Observatório Alviverde

01/04/2012

PODÍAMOS PERDER, MAS NÃO PRECISAVAMOS PERDER!

 

Meu Deus, o que foi aquilo?

Era o time do Palmeiras contra o Mirassol ou um aglomerado de jogadores?

Deu calo em minhas vistas ter de assistir a outra pífia apresentação da equipe.

E eu que cheguei a pensar que Felipão houvesse se reciclado, revendo a sua arcaica filosofia de jogar, sempre, na retranca. Ledo engano!

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O Palmeiras contratou Wesley por quê e para que?

Para ter mais força de ataque, pressupúnhamos.

Mas parece que, para Felipão, Wesley, será, simplesmente, mais um volante de contenção do que de armação..

Aliás, falando francamente, sua função tática nos jogos contra o Paulista e o Mirassol não foram uma coisa, nem outra.

Wesley no esquema defensivista de Felipão,  não passou de uma peça perdida do ponto de vista tático, com funções desconhecidas e incompreensíveis!.

Reconhecemos que está em fase de adaptação e sem ritmo de jogo.

Mas, falta de ritmo de jogo à parte, percebe-se, claramente, que o talento de Wesley, a julgarmos pela forma como vem atuando, está sendo e será sub-aproveitado.

E eu cheguei a acreditar e escrevi que Wesley era o “elo encontrado” para dar maior consistência e força ao nosso setor mais carente, o ataque.

Até agora, porém, ele tem sido um jogador absolutamente comum, nivelado por baixo.

Wesley precisa reagir e melhorar!

Ele tem tudo para isso pois é, potencialmente, um dos melhores volantes ofensivos da atualidade

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Time pequeno sempre joga, contra os grandes, na retranca.

O Mirassol não foi diferente.

A coincidência é que o Palmeiras, embora grande, também jogou retrancado e pagou um preço altíssimo, perdendo em casa por 1 x 0.

O grande equívoco de Scolari é abdicar de atacar para defender mais e melhor.

Por isso temos tantas dificuldades para fazer gols.

Vejam que privilegiamos a defesa recuando oito ou nove jogadores para marcar.

Dessa maneira, prejudicamos o ataque que, na maioria das vezes. sobe com, no máximo, quatro jogadores contra defesas com seis, sete ou mais defensores.

É mamão com açúcar para qualquer defesa, por pior que ela seja!

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Quando imaginamos que Felipão está mudando de filosofia e que vai colocar o time à frente, ele tem uma baita recaída.

Outra vez ele colocou o time atrás e fez, novamente, o jogo do caranguejo, isto é, preferiu defender a atacar.

É patético ver o time do Palmeiras acanhado, medroso, acuado, acovardado, jogando vergonhosamente na defesa contra um time de salário mínimo.

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Nossos laterais não podem ser chamados de alas porque raramente ultrapassam a linha divisória.

Quando o fazem afunilam como se quisessem se transformar em meias ou centro-avantes. Isto vem ocorrendo há vários jogos!

Em razão disso temos pouquíssimas jogadas ofensivas agudas e perigosas e nosso ataque é inofensivo.

A fixação defensiva dos laterais é a causa determinante deste problema.

Nossos melhores jogos e resultados ocorreram quando Juninho se projetou e ocupou o lado esquerdo.

Ele chegou a marcar alguns gols, mas, parece, nem isto sensibiliza o nosso treinador.

Sem jogadas pelos lados o campo, como podemos penetrar em uma defesa hermeticamente fechada? Como furar uma retranca? Como destrancar um ferrolho?

Sem jogadas pelos flancos, como habilitar o centro-avante, por melhor que ele seja? Barcos só conseguia tocar na bola quando procurava o jogo longe da área adversária!

A frase é banal, mas verdadeira. Felipão tem de entender, que “a melhor defesa é o ataque!”

Scolari precisa, de uma vez por todas, ter consciência de que ele não está dirigindo o CSA de Alagoas, onde iniciou a carreira. Lá, sim, ele poderia jogar impunemente na retranca.

Aqui é Palmeiras, “cazzo”, o Campeão do Século e o clube mais vezes campeão do Brasil.

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Com os laterais guarnecendo posição e não se apresentando para a função de ala o Palmeiras torna-se um time de toque lento, burocrático e previsível e óbvio..

Barcos, repetimos, sempre esquecido, só recebeu bolas na fogueira, a maioria para dividir com os zagueiros.

Maicon Leite, um dos maiores velocistas do futebol brasileiro, não tem espaços para atacar e ser explorado em sua melhor característica;

Além disso, joga taticamente errado, aberto pela esquerda.

No Santos era um jogador importante, que fazia muitos gols atuando em um setor onde estava acostumado, pela ponta direita, até porque ele é destro!

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Digam todos o que disserem mas a falta que Valdívia está fazendo é enorme, descomunal.

O chileno faz falta até quando atua de forma mediana, abaixo de sua real capacidade.

Valdívia, jogando apenas metade do que sabe e pode, é melhor e rende mais do que muitos jogadores de nosso elenco jogando bem 

Tudo em função de sua estupenda visão de jogo, grande versatilidade e admirável capacidade de drible, improviso e até de arremate que fazem dele, quer a mídia queira ou não, admita ou não, reconheça ou não, um craque!

O inconcebível é que um craque desse porte e quilate seja obrigado a cumprir a função de marcação o tempo todo, como se não passasse de um mediano qualquer que tem de correr muito em campo para poder cavar um lugar no time.

Esta, talvez, seja a razão determinante das contusões em série que tem afastado Valdívia do time do Palmeiras.

Um jogador tão talentoso porém limitado fisicamente, não deveria ser obrigado a ficar correndo atrás de beques igual um louco para, simplesmente, cumprir a inútil e desgastante função de marcar a saída de bola.

As energias de Valdívia deveriam ser canalizadas e usadas para que ele infernizasse as defesas adversárias e desse maior sentido de profundidade ao nosso ataque.

Valdívia é outro caso explícito de sub-aproveitamento de talento em face de um esquema tático démodé, superado, ultrapassado e manjado!.

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Deola está precisando aprimorar dois fundamentos para vir a se tornar um goleiro no qual se possa confiar plenamente.

O primeiro é a saída do gol quando o atacante penetra livre com a bola dominada.

Marcos era perfeito nesse quesito!

Ele sabia abafar o adversário crescendo à frente dele, roubando-lhe o ângulo de arremate e saltando para a interceptação da bola.

Fosse Marcos o nosso goleiro contra o Mirassol e dificilmente teríamos tomado aquele gol.

Dono de um avantajado corpanzil e detentor de  uma capacidade de reação maior do que Deola, Marcos fecharia o ângulo e dificultaria o arremate.

Mas a maior dificuldade de Deola, sempre muito bem debaixo a trave, é a mesma que atormenta a vida da maior parte os goleiros brasileiros, a saída do gol. Ele é fraco nesse segmento.

Eu, particularmente, tenho uma convicção: O reserva Bruno vai ganhar a posição quando obtiver a primeira oportunidade no time principal!

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Todos se recordam que recomendei e avalizei aqui no OAV a troca de Daniel Carvalho por Pierre.

Do ponto de vista técnico, acertei na mosca. Daniel é anos luz melhor do que Pierre.

Eu só não imaginava que Daniel ia demorar tanto para entrar em forma, se é que ele, um dia, vai, ainda, conseguir este objetivo..

Ainda gordo, sem capacidade aeróbica para agüentar o repuxo de 90 minutos de um jogo, ele consegue jogar bem por 20 ou 30 minutos e, depois, murcha, completamente, em campo.

Ontem chegou a ser repreendido por Felipão que disse que Daniel estava marcando os adversários com os olhos.

Poucos minutos depois, o retirou de campo colocando Pedro Carmona em substituição demasiadamente tardia, mas com bom impacto para o time que, com muito mais mobilidade, chegou a subir de produção.

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Meus amigos, a partir de hoje, eu juro que não vou mais criticar Marcos Assunção, ainda que ele esteja andando dentro de campo..

Cheguei à dolorosa conclusão de que, com tudo e apesar de tudo, ele ainda é a nossa melhor opção na posição,

Apesar da lentidão e da falta de pernas, mormente no segundo tempo dos jogos, Assunção tem.quatro vantagens que justificam a sua permanência como titular no time do Palmeiras::

Primeira: sua inigualável bola parada, aliás, a nossa melhor opção ofensiva.

Segunda: seu senso de responsabilidade exemplar e sua aplicação e empenho na marcação visando a retomada de bola.

Terceira: sua ótima saída de bola que facilita o trabalho do meio de campo na conexão com o ataque.

Quarta: seu comando e liderança dentro de campo.

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Quero, finalmente, falar sobre Felipão.

Eu gostaria de saber de que ele tem medo ao colocar o time para jogar tão defensivamente. Isso é incompreensível!

Fosse, estrategicamente, em um clássico contra o CU-rintia, Bambis ou Santos, tudo bem. Todos nós entenderíamos!.

Mas, jogar atrás, encolhido e privilegiando a defesa contra um clube da expressão do Mirassol ou qualquer outro do interior paulista, de orçamento paupérrimo, é imperdoável.

As lições do Brasileirão 2011 parece que não foram suficientes para que o nosso técnico mudasse de atitude e de filosofia; Como ele é teimoso!

No ano passado, por muito pouco não fomos rebaixados, mesmo tendo a segunda melhor defesa da competição.

O Palmeiras se defendia bem, mas não tinha competência para fazer gols.

Era um time desequilibrado porque o nosso treinador só pensava em marcação e em posturas defensivistas.

Com um ataque ridículo e improdutivo e uma série interminável de empates, a campanha palmeirense foi ridícula, abaixo da crítica, para um clube de tamanho investimento no futebol.

Será que neste 2012 estamos trilhando pelo mesmo caminho?

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Hoje, após tomarmos o gol aos 23 minutos, o que Felipão deveria ter feito?

Deveria ter mandado todo mundo pra frente, sem medir as consequências, a fim de encaixotar o Mirassol e procurar o gol a qualquer custo,

Perdido por um, dois, três ou mais gols, não importava, como, também, pouco importava que o Palmeiras oferecesse o contra-ataque ao Mirassol.

O que importava, mesmo, era ganhar os pontos para buscar a liderança ou, na pior hipótese, minimizar o vexame e conseguir o empate 

Não é assim que faz o time das galinhas? Eles não se entregam nunca e, em razão disso, dificilmente são derrotados.

Ontem parecia que havia uma certa conformação dos jogadores em face do resultado negativo.

Eu não consegui enxergar na equipe palmeirense aquela vontade, o sangue nos olhos e aquela gana de empatar ou de virar e ganhar o jogo.

Isso é ruim, porque baixa o moral a equipe no momento crucial da competição. Com esse tipo de atitude, dificilmente vamos ganhar o titulo.

É preciso ligar o sinal de alerta, trabalhar mais e ter mais ambição e ousadia, senão “a vaca vai pro brejo” logo no primeiro jogo do octogonal.(AD)

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