Observatório Alviverde

30/03/2011

DEIXA QUE DIGAM, QUE PENSEM, QUE FALEM…

 

Esse Palmeiras de Felipão não é o time de nossos sonhos, mas é o time da nossa realidade.

A nossa realidade é a da humildade, da simplicidade, da união, do empenho da luta, da raça e do amor pela camisa que, nos dias de hoje, salvo raras exceções, significa doação e empenho profissional.

O Palmeiras é tudo isso e muito mais do que isso.

Vejam o que disse Kléber, pois é extremamente importante:

“ Em 2008, o nosso time era melhor tecnicamente, mas a gente não tinha a mesma determinação. Em 2008, era só amizade mesmo. Hoje, além da amizade, há muita vontade. É o espírito, o jeito Felipão de ser e de querer ganhar o jogo. A gente tem assimilado isso bem".

É ótimo poder ouvir isso, sobretudo quando a citação parte de uma inquestionável liderança dentro do elenco, de um jogador reconhecidamente muito importante, vivido e identificado com as nossas cores.

Mas não limitaram-se a apenas isso as declarações do “Gladiador”. Ele, com coragem e personalidade,  estendeu a sua arguta observação, interpretando o comportamento vicioso e viciado da imprensa paulistana, que mede futebol, exclusivamente,  através de uma fita-métrica de duas faces, uma do São Paulo e outra do Corinthians.

Leiam o que disse Kléber em um rasgo de desassombro e coragem, haja vista que jornalistas adoram criticar, mas não toleram ser criticados:

"Antes mesmo de o campeonato começar, a gente ouve e lê comentários, acompanha os programas esportivos e percebe que nunca estamos entre os favoritos. Ninguém confia em nós. Se alguém fala que o Palmeiras vai ser campeão, são os palmeirenses. O resto fala que Corinthians, São Paulo e Santos estão mais preparados. Mas nós estamos na nossa".

Estou achando interessante que os próprios jogadores já estão incomodados com o tratamento discriminatório da imprensa ao clube.

É assim que todos teriam, na prática, de agir, com o fito de desmascarar os mal-intencionados que trabalham, na cara dura, pelos seus times de interesse ou de coração em detrimento do Palmeiras.

É uma campanha sórdida, em pleno andamento há décadas que os soretes da mídia, quando cobrados, vêm, na maior desfaçatez, com a resposta pronta como sopa requentada, despropositada e mentirosa na ponta da língua, afirmando, com a maior cara-de-pau  que tudo não passa de teoria da conspiração.

Longe de ser uma teoria, é uma constatação de perseguição explícita, constante e interminável. Parafraseando Churchil, “nunca, na história dos conflitos do futebol, tantos trataram tão mal a poucos”

Na verdade, é inadmissível e inexplicável como a mídia paulistana, a pior do país, ( esta é a mais pura expressão da verdade), trata o clube que tem, reconhecidamente, a terceira maior torcida do Brasil.

Não, não venham contestar os meus argumentos com os números apresentados pelo mais furado instituto de pesquisas do país, o Data-Folha, que não consegue acertar quase nada nem na política.

Esse instituto de pesquisa pertence ao famigerado jornal “Folha de São Paulo”, sem a menor credibilidade na área esportiva, se constituindo no pior jornal do segmento. Quem não sabe que não é, como eles gostam de dizer, “um jornal a serviço DE São Paulo, mas um jornal a serviço DO São Paulo;

Que os facciosos da mídia, quando forem falar em tamanho de torcidas, louvem-se no Timemania, sem qualquer dúvida, a maior, a melhor e a mais honesta mostragem entre todas que se possa fazer no sentido de apurar-se a estatística mais compatível com a realidade. A mostragem desse concurso da Caixa e do Governo federal tem dimensões nacionais.

O importante nesta hora é que a bolerada já tomou conhecimento e já tem consciência da discriminação e da perseguição da mídia para com o Palmeiras. Valdívia, Marcos Assunção e até o humilde Márcio Araújo já se manfestaram e protestaram contra a desagradável situação.

Felipão tem encarado a turma da mídia de cima para baixo, como convém que sejam as coisas, haja vista o baixo nível profissional de mais de 90% dos repórteres que o entrevistam, frequentadores assíduos das escolas de jornalismo do histriônico Milton Neves ou do tendencioso Juca Kfoury.

Inconformados com as réplicas de Felipão, que os colocou em seus devidos lugares, a “reportada” como forma de protesto, vestiu nariz-de-palhaço para espicaçá-lo e desmoralizá-lo.

Felipão os ignorou e quem os viu pela TV com cara de tacho de fazer sabão, ficou convencido de que agora não falta mais nada para que continuem a representar os seus ridículos papéis no picadeiro da comunicação.

O que causa espanto e perplexidade é que ninguém da diretoria tem crista suficientemente ereta para enfrentar a mídia. Isso é incrivel!

A subserviência, a conveniência e a leniência têm sido a marca registrada do comportamento de nossos dirigentes, fracos, passivos e, na maior parte das vezes, medrosos, poltrões e convenientes.

Domingo enfrentaremos o Santos, cuja campanha é inferior a nossa e cujo time também é inferior, posto que é desentrosado, inexperiente, passa por processo de transição de treinador e é ganso-dependente.

Ganso, o jogador mais promissor do futebol brasileiro, muito mais do que Neymar ou qualquer outro, tenta readquir o decantado ritmo de jogo, mas, pelo que vem mostrando, está, ainda, bem longe de seu objetivo.

O meia paraense ainda não vive a plenitude de suas formas física e técnica e tem poucas condições de fazer a diferença, domingo, contra o Palmeiras, como sempre fez. Pode, até, fazê-la, posto que é craque, mas é pouco provável que aconteça.

Em meu modo de entender, o Palmeiras, se não é o favorito, tem muito boas chances de vencer.

Dos quatro clubes grandes de São Paulo, é o time que tem o melhor aproveitamento em 2011 (77,19%), é o time que menos perdeu e também é a equipe com a zaga menos vazada. A imprensa jamais vai falar isso, mas nós falamos!

Eles vão continuar cantando, decantando e badalando os marmanjos, digo, meninos da Vila (meninos?) e tudo farão para deslustrar e desmerecer o melhor time do momento no Paulistão, a SE Palmeiras.

Mas como disse aquele que foi, talvez, o primeiro “rag” da música popular brasileira, gravado por Jair Rodrigues na década de 60 e que empresta o título a esta postagem,

“DEIXA QUE DIGAM, QUE PENSEM, QUE FALEM!”