Observatório Alviverde

18/03/2014

UMA BOMBA CHAMADA WESLEY!




E assim se passaram três meses -quase- desde que o Palmeiras entrou em 2014, ano de seu centenário, em grande estilo, com altivez, propriedade, competência e suficiência.

Os resultados animadores do futebol do Verdão na fase atual, que se prenuncia -reconheçamos- áurea, têm tudo a ver com as reformas administrativas de Nobre, que nem precisou redescobrir a pólvora para atingir o seu (e o nosso, também) desiderato!

Detalhe: sempre com o apoio irrestrito e desinteressado deste blog, sobretudo no que respeita à contratação do bom e barato -jovem e de qualidade- e do contrato de produtividade individual e coletiva, que o saudoso presidente do XV de Piracicaba, Romeu Italo Ripoli, já utilizara de forma pioneira e vencedora no XV de Piracicaba, levando o modesto time piracicabano ao sexto ou sétimo lugar no Brasileiro Série A, na década de 70. 

É verdade que Nobre -como não admitir- contou com uma enorme dose de sorte, em função de os resultados em campo terem sempre sido favoráveis e ajudado na estabilidade de sua administração. Mas, é bom que se diga, também, que a sorte sempre ampara e ajuda os que trabalham com empenho, dedicação e seriedade!

Como negar que o jovem presidente lutou, se esforçou, se superou e envidou os seus melhores esforços e experiências empresariais, a fim de viabilizar o instável clube, Palmeiras? 

E foi além, principalmente, no sentido de montar um time à altura da  realidade palmeirense, que fosse, a um só tempo, do tamanho das dimensões, tradições e da grandeza do clube, e, por outro lado, compatível com as atuais perspectivas financeiras de nossa Sociedade Esportiva!

Pelo que foi noticiado e até onde eu sei, até dinheiro do próprio bolso Nobre emprestou ao clube visando a regularizá-lo!

Nem assim, conseguiu (ainda) reabilita-lo economicamente, suprimir o milionário déficit fiscal e, enfim, zerar, enfim,  a contabilidade, para que o Palmeiras -devidamente regularizado e legalizado- possa receber (também)  patrocínios públicos!

Para isso, creio que será necessário um segundo mandato sob Nobre, a fim de que o clube possa ser (completamente) depurado, manter a escrita no azul e possibilitar a formação de grandes times de futebol. 

Com tudo e apesar de tudo, sou convicto de que "não fosse a excelência da campanha do time no Paulistão", Nobre estaria na berlinda, e em maus lençóis.

Mesmo sem merecer, seria sepultado na vala comum dos ex-presidentes perdedores, pouco ou nada responsáveis, e seria detratado, anarquizado e desmoralizado pela torcida.

O Palmeiras, o clube, -do qual emana o time-, pela têmpera irascível, incontrolável e indomesticável de seu corpo associativo cuja maioria, ególatra, vaidosa, jactanciosa, ambiciosa e prepotente -parece até que todos almejam ser presidentes- é uma sociedade esportiva diferente, diversa, diferenciada, ímpar e sui-gêneris, o que torna qualquer administração palmeirense mais árida, penosa, difícil e dificultosa do que a de qualquer outro clube. 

Tudo isso, porém, só potencializa os méritos de Nobre, que, até agora, são infinitos!

Muito pouco frequentei as alamedas palmeirense e jamais fui sócio do clube -antigamente restrito aos oriundi mais abastados e seus descendentes, hoje, invadido por considerável horda de bárbaros (torcedores de outros times que se tornaram sócios) e que fazem de tudo para derrubar o nosso futebol- mas, ainda que à distância, dá para que se tenha uma idéia das refregas de bastidores em briga constante e contínua entre o social e o esportivo!

Entretanto, ainda assim, estamos vivendo um momento ímpar, mágico e especial em nosso Palmeiras, conquanto muitos dos nossos nem se deem conta, preferindo enveredar pelo caminho  da desaprovação sistemática e gratuita, da crítica constante e doentia, da feroz e permanente oposição, cega, sistemática e anárquica, sem eira e nem beira. 

Isso é muito ruim para o clube e, via de consequência, para o time. É preciso que essa gente dê um tempo, ao menos neste ano importante e festivo do centenário alviverde!

Não, não estou me referindo às críticas decorrentes das insatisfações pontuais da torcida quando se manifesta contra os jogadores, elenco, Kleina ou outros temas afins como produtividade do time, haja vista que isso é normal e assunto, tipicamente, de varejo, barato! 

Este espaço também critica e elogia esses aspectos do dia a dia e continuará fazendo, pois faz parte da rotina de um esporte, cuja matéria prima mais importante é a emoção!

Refiro-me, sim, à oposição política desleal daqueles que, -de olho no poder- torcem pelo insucesso de Nobre, ainda que sabendo que o insucesso do presidente representa, nas mesmas proporções,  o insucesso do clube e o malogro das aspirações dos verdadeiros palmeirenses.

Pelo que vi e notei (à distância) das atitudes de Nobre, tão criticadas por tantos, mormente pelos oportunistas ambiciosos, ele administra o clube com correção, seriedade e responsabilidade! Falar mais o que?

Acho louvável e, mais que isso, política e administrativamente correto, que Nobre procure, antes de tudo, colocar prioritariamente, o clube em ordem, sem partir para os desnecessários negócios mirabolantes da contratação de figurinhas carimbadas do futebol, -investimentos sem lastro e sem futuro em jogadores velhos, pirotecnia pura- simplesmente porque alguns apedêutas da mídia e da torcida assim o desejam e exigem!

Foi o caso de Wesley, contratação financeiramente equivocada, muito além do que valia ou vale o atleta e das próprias possibilidades econômicas do clube, uma bomba de efeito retardado que ameaça explodir nas mãos de Paulo Nobre!

Ninguém discute -nem pode discutir- a qualidade de Wesley, mas sua aquisição representou um desastre financeiro de enormes proporções, malgrado o bom o esforço e o bom rendimento do atleta, que passou mais tempo em tratamento do que, propriamente, atuando!

O empresário de Wesley -ingrato, frio, calculista e dinheirista, completamente insensível-, agora, às vésperas de uma possível renovação, contrariando as declarações do jogador, anuncia que ele não permanecerá no Palmeiras, caso tenha de aderir ao regime da produtividade.

O Palmeiras, -leia-se Tirone e Frizo-, que, estupidamente, assumiu uma dívida de mais de 20 milhões de reais para ter um jogador com sucedâneos muito mais baratos em profusão e disponibilidade no Brasil, está agora vivendo um grande dilema, não obstante a ação desleal impetrada pelo empresário de Wesley na paternalista justiça do trabalho, com a qual o jogador afirma que não concorda, embora eu não acredite no que ele declara à frente de microfones e câmeras!

Como o contrato de Wesley vence em fevereiro do ano que vem -justamente daqui a um ano- o Palmeiras, a não ser que renove com ele até agosto deste ano -seis meses antes-  corre o risco de perder tudo o que investiu e o que, eventualmente, ainda terá de pagar por Wesley, caso ele assine um pré-contrato com qualquer outro clube que por ele se interesse.

Se não quiser ficar com o prejuízo iminente -autêntica bomba de efeito retardado- nas mãos, o Palmeiras terá de negociar Wesley com algum clube europeu ou estrangeiro, justamente na janela de transferências internacionais, prevista para daqui a três meses, em julho. 

A saída de Wesley para qualquer clube brasileiro, neste momento, parece difícil, inviável e pouco provável, em face do altíssimo salário que o jogador recebe , do qual ele, definitivamente, não abre mão e nem troca por qualquer possível vantagem de uma remuneração por produtividade!

Entretanto, pelo trabalho de Kleina, de Brunoro, dos fisicultores e de todos os envolvidos com o elenco e com o futebol profissional, chegamos a uma condição em que, com exceção a Valdívia e, talvez, de Fernando Prass, o Palmeiras pode perder qualquer atleta sem sofrer solução de continuidade!

Isso é muito bom pois realça e ressalta o trabalho desenvolvido até agora, seriíssimo. Se vamos ou não ganhar títulos no ano de nosso centenário, é outra conversa. O que interessa é que temos um time altamente competitivo, líder absoluto e isolado do Paulistão onde ostenta a melhor campanha e é um dos favoritos ao título!

Melhor do que isso, só se formos campeões! Estamos chegando lá!

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