Observatório Alviverde

02/09/2014

DORIVAL JÚNIOR, UMA CONTRATAÇÃO QUE TEM TODOS OS INGREDIENTES PARA NÃO DAR CERTO!


 
Dorival Júnior pode ser o novo técnico, 
mas há, na praça, opções bem melhores!

Conheço, de perto, o trabalho de Dorival Júnior, assim como a sua personalidade. Por isso, posso afirmar, sem medo de erro, que se trata de um profissional trabalhador, responsável, probo, correto, sério e dedicado.

Palmeirense de coração, ex-jogador do Verdão por quase quatro anos, de 1989 a 1993, Júnior, como era chamado em seu tempo de atleta, era de família umbelicalmente ligada ao Palmeiras.

E o era através de um elo sagrado em nossa história, seu tio, Dudu, volante categorizado e raçudo, capitão das nossas academias de 60 e de 70, que, sem favor algum, além de um líder em campo foi um dos maiores e melhores cabeças de área do futebol brasileiro em todos os tempos! 

Júnior, o sobrinho do capitão, como jogador, chegou ao Verdão em 1989 e atuou quase quatro anos na posição de seu mestre e conselheiro, usando o mesmo número da camisa do tio.

Tanto e quanto Dudu, Júnior foi sempre um jogador raçudo, interessado, disciplinado, empenhado e determinado, que prestou bons serviços ao Verdão.

Da mesma forma que Dudu, Júnior, em sua passagem pelo Verdão, também encarnou a condição de líder em campo.

É bem verdade que sua liderança e prestígio foram bem menores que as do tio, seguramente o maior líder do Palmeiras entre 60 e 80 sucedendo Jair da Rosa Pinto na década de 50 e Júlinho Botelho na década de 60. 

Diga-se de passagem que Dudu foi o segundo melhor volante que eu vi em ação com a nossa camisa dos anos 50s aos dias de hoje. 

O primeiro, inquestionavelmente, foi o pernambucano Zequinha, cujas importância e influência, entretanto, foram muito menores do que as do senhor Olegário Tolói de Oliveira, aquele que conseguiu domar, liderar e submeter até o indomável Emerson Leão!

Para efeito de refrescar minha memória, busquei informações oficiais a respeito do trabalho de Júnior como técnico, constatando que ele iniciou a carreira  em 2002 como auxiliar técnico do Figueirense.

Em 2002, na qualidade de (quase) um voluntário, Júnior, formado em Educação Física, tirou a Ferroviária do caminho do descenso e, a partir daí, iniciou a carreira como técnico de futebol, tendo passado, antes, também, pelo Figueirense como gerente de futebol.

Sua saga como técnico, iniciou-se ainda no Figueira, onde Júnior emplacou um título, e prosseguiu com uma transferência para o nordeste, onde, a princípio, ele treinou, discretamente, o Fortaleza. 

Do Ceará ele regressou ao sul do país, tendo comandado o Criciúma e o Juventude, também de forma discreta.

Em 2006 ganhou um título pernambucano pelo Sport, mas não ficou em Recife, tendo retornado ao sul para dirigir, primeiro o Avaí e, depois, já no sudeste, dirigiu o São Caetano, clube com o qual caiu para a Série B.

Em 2007, ainda no São Caetano, empreendeu uma campanha exemplar desclassificando os bambis nas semifinais do Paulistão!

 Dorival Júnior teve o esforço e o mérito reconhecidos, pois aquela campanha o catapultou para o Cruzeiro, onde, a princípio, realizou um excelente trabalho, ao qual faltou, entretanto, apoio, sustentação e sequência. 

Após ter tirado o time mineiro de uma crise e realizado uma boa campanha no Brasileiro de 2007, Dorival perdeu a referência, sucumbiu diante das circunstâncias e o time estrelado caiu pelas tabelas no momento crucial do Brasileirão, realizando, então,  uma campanha, que terminou, apenas, mediana.

Em 2008, Dorival recusou uma oferta do Palmeiras, optando pelo Coritiba, de onde saiu para subir com o Vasco, que estava na série B, à elite do futebol brasileiro.

Em 2010 transferiu-se para o Santos que tinha um time jovem, no qual despontavam Ganso e Neymar, jogadores com os quais Júnior se desentendeu seguidamente, não sendo prestigiado pela diretoria santista que preferiu demiti-lo a colocar Neymar fora do time em um clássico contra os gambás. 

Foi altamente desgastante e desprestigiante a passagem de Júnior pelo Santos, pois, se sobrou-lhe rigidez no trato com as estrelas, faltaram-lhe paciência e jogo de cintura na condução de assuntos disciplinares.

Em 2010, dirigindo o Atlético Mineiro, então no rebolo em razão do trabalho pífio e desinteressado de Luxemburgo, Dorival conseguiu, na bacia das almas, livrar o Galo do rebaixamento, mas a sua sequência foi fraquíssima e ele acabou dispensado.

Reapareceu, em 2011, no Internacional, pegando o time no meio do caminho, no mês de agosto, isto é, com pouco tempo para trabalhar e impor o seu esquema.

Desempenhando um trabalho de boa qualidade, Dorival foi feliz no Inter, ganhando a Recopa e classificando o Colorado para a Copa Libertadores na última rodada do Brasileiro após vencer o Gre-Nal por 1 x 0. 

No ano seguinte venceu o gauchão, mas sofreu uma dura pressão da torcida que não gostava de sua atuação, o que culminou com a sua imediata demissão!

Tão logo deixou o Inter, Júnior foi treinar o Flamengo, onde começou muito bem, mas, na sequência, demitiu-se, em razão de não concordar em ter o salário reduzido pelo clube, que já naquela época estava sem dinheiro e vivenciando enorme crise!

Ano passado, Dorival foi para o Vasco e levou o time a uma situação extremamente difícil em razão dos maus resultados obtidos, que encaminharam o cruzmaltino carioca ao rebaixamento.

Ainda em 2013, tão logo deixou o Vasco, Dorival foi parar no Fluminense, onde, também, levou o time ao descenso, só não consumado em função da "redentora" vitória do time, que é o rei do tapetão, no STJD.

O Bambi carioca aproveitou-se de um cochilo
(teria sido isso mesmo? Duvido!) de um funcionário da Portuguesa e colocou, primeiro, no banco e, depois, em campo, um jogador em condições irregulares, naquela que é uma das maiores vergonhas da história do STJD e do futebol brasileiro em todos os tempos!

Essa, portanto, é a saga de Dorival Júnior que o senhor Paulo Nobre, um plebeu nas idéias, quer colocar como técnico do Palmeiras.

Trata-se, como evidencia seu extenso porém mediano currículo, de um técnico meia-boca, de reduzidas liderança e carisma, muito longe do perfil de personalidade exigido por um clube como o Palmeiras o qual ele já esnobou, declinando de dirigi-lo em 2008, dando preferência ao modestíssimo Coritiba! 

Por que, agora que Dorival está fora do futebol e no ostracismo, ele não desconsidera, como já o fez, a proposta do Palmeiras e vai treinar, novamente, o Coxa?

Um técnico sem uma liderança forte e sem carisma, dificilmente dará certo no Palmeiras! É por isso que eu não contrataria Júnior, a não ser em derradeira instância e na falta de alguém mais competente!

VOCÊ ACREDITA QUE DORIVAL JÚNIOR SEJA O TÉCNICO IDEAL PARA DIRIGIR O VERDÃO?

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OUTRA SUGESTÃO A PAULO NOBRE!

 
 Argel Fucks

Ontem eu disse que, fosse eu o presidente, contrataria Tite!

Na indisponibilidade de Tite, chamaria Jair Picerni, o melhor entre os disponíveis e que dispensa comentários.

Hoje, apresento outro nome: Argel Fucks.

Ex zagueiro (dos bons) do Palmeiras, Argel empreende fantástico trabalho de recuperação no Figueira!

Argel é jovem (parou de jogar recentemente) tem personalidade forte, tem carisma responsabilidade e dedicação,, além de ser alto,  forte e decidido. Com ele, ninguém brinca!

Lembrei-me de Argel porque, certa feita, ainda zagueiro do Verdão, ao perdemos um jogo decisivo, ele desabou em um choro alto e sofrido, indo às lágrimas pelo nosso Verdão!

Que ninguém o chame de sentimentalóide, posto que ele mostrou, nesse ato, que gostava do time e honrava a nossa camisa! 

É desse tipo de profissional que precisamos no Palmeiras (AD)