Observatório Alviverde

10/02/2015

A ALLIANZ ARENA ESTÁ PRECISANDO DE UMA REFORMA!



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Forte dúvida me assoma à cabeça no que respeita aos verdadeiros propósitos de Paulo Nobre em relação ao futebol do Palmeiras.

Até aqui, pelo que denoto e deduzo, são elitizados os projetos, objetivos e intenções do jovem presidente

Da mesma forma, ele parece pouco ou nada preocupado em governar no melhor estilo democrático, exercendo o cargo em função da torcida, com a torcida, para a torcida e pela torcida.

Pelo que deixou transparecer, do início de sua administração, até hoje, Nobre não está nem aí para a LEAL...

Da mesma forma, ele nem parece se importar com os segmentos de menor poder aquisitivo da torcida palmeirense, se esquecendo que o pobre de hoje será o remediado ou o rico de amanhã. 

A tendência elitizada de Nobre ficou evidenciada no episódio de rompimento, sem reatamento e sem volta,  de suas relações com as organizadas, marco inicial, ainda, de sua primeira administração.

Mas nenhum outro argumento que evidencia essa tendência supera aquele da cobrança de preços proibitivos dos ingressos, pratica vigente e corriqueira do presidente para todos jogos do Palmeiras, ainda que não sejam os clássicos.

Domingo passado uma multidão de palmeirenses, calculada em mais de dez mil pessoas, transitou, frustradíssima, pela Rua Turiaçu às portas da Allianz Arena, objetivando assistir ao derby, sem, no entanto, conseguir.

Além de não ter acesso à Arena, a massa humana teve de ser contida à base de cassetete e de bombas de efeito moral, pela PM, a fim de evitar que problemas de maior monta pudessem ocorrer na região, a partir daí.

Insensível, Nobre não desceu, nunca, do assento etéreo que, certamente, ocupava em algum camarim de luxo da Allianz, e, impávido, fingiu que o que ocorria em via pública, ainda que na porta do estádio envolvendo torcedores palmeirenses, não era da responsabilidade dele ou do Palmeiras.

Houvesse o clube inserido no contexto do clássico ingressos mais baratos, à altura da capacidade aquisitiva do torcedor comum, as manifestações ocorridas em via pública não teriam existido.

Ao mesmo tempo, o Palmeiras teria um público muito maior dentro do estádio a empurrá-lo em busca de uma vitória sobre o maior rival.

E, no entanto, a insensibilidade da diretoria do Verdão, em flagrante contraste com a diretoria cu-rintiana, esta muito mais profissional, impediu que 10 mil vozes palmeirenses se juntassem às quase 30 mil dos torcedores que haviam entrado e que a Allianz abrigou durante o derby. 

Vejam e sintam a diferença de mentalidade entre as diretorias do Palmeiras e do Cu-ríntia:

Ao sentir que o Palmeiras armava nos bastidores para que o jogo tivesse uma única torcida, o então presidente deles, Mário Gobbi, convocou a mídia, abriu a caixa de ferramentas contra Nobre, contra o Palmeiras, contra a FPF e promoveu um escândalo em que não poupou ninguém, nem o poder público.

Mas não ficou apenas nisso. Foi à justiça, às barras dos tribunais, a fim de procurar uma saída legal a fim de proporcionar a sua torcida a condição de assistir ao clássico. 

Na base da pressão, Gobbi atingiu, plenamente, os seus objetivos. Teria coragem ou faria isso pela torcida palmeirense o presidente Paulo Nobre?

O Palmeiras, ao contrário, desconsiderando e desmoralizando, completamente, grande parte de sua torcida e sem abrir mão de um único centavo que fosse, impediu que dez mil torcedores ou mais, entrassem no estádio a fim de que pudessem incentivar o time contra o seu maior rival. Deu no que deu!

Como é que podemos aumentar  o tamanho de nossa torcida com atitudes mesquinhas dessa monta, altamente prejudiciais à imagem do clube?

É preciso que Nobre compreenda que, às vezes, é preferível, até, deixar de ganhar um pouco de dinheiro e investir na torcida. A torcida é a alma de qualquer clube e um clube sem torcida é um corpo sem alma! 

Como eu disse em postagem, outro dia, o Palmeiras só não virou uma nova Portuguesa em razão do tamanho, do carinho, do calor e do amor de sua torcida!

Inaugurada a Arena, é necessário, agora, que o Palmeiras e a W.Torre revisem alguns aspectos referentes ao estádio e que, deixando de lado as vaidades, promovam a necessária separação de alguns setores do estádio, entre os quais o local reservado aos visitantes.

Da mesma forma, seria de bom alvitre que houvesse a separação de um espaço especial para o torcedor de menor poder aquisitivo, uma espécie de geral que pudesse abrigar aqueles setores da torcida palmeirense de menor poder aquisitivo.

Se V. Exa. não sabe, nobre presidente, o Palmeiras é um clube de massa e ainda tem a terceira maior torcida do Brasil!

Isso tudo, sem falar da faixa maior da torcida palmeirense, aquela localizada no interior de sampa e de outros estados, completamente ignorada e excluída do processo de crescimento e dos planos de Nobre. 

Quando será que o Palmeiras voltará novamente a jogar em cidades como Rio Preto, Ribeirão Preto, Presidente Prudente e outras, onde, por coincidência, o Verdão sempre derrota os seus maiores adversários nos clássicos?

O que, efetivamente, pretende o máximo mandatário palmeirense em relação à torcida?

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