Observatório Alviverde

31/01/2019

O SEGUNDO TIME DO PALMEIRAS CUMPRIU A SUA OBRIGAÇÃO!


O time número dois de Felipão não jogou quase nada mas ganhou do perigoso Oeste e manteve a longa invencibilidade palmeirense contra times brasileiros.

Mas eu não disse que seria um jogo apertado e de muitas dificuldades?  Foi!

Mas só foi em função de um árbitro fraquíssimo escalado pela FPF talvez para irritar a diretoria e a torcida palmeirenses, em razão não somente dos erros crassos cometidos durante todo o jogo, mas. principalmente pela irritante tolerância com o jogo violento aplicado pelo time interiorano, principalmente na etapa inicial..

A vitória de 1 x 0, conquanto magra, foi justa haja vista que o próprio analista de arbitragem global, o suspeitíssimo PCO reconheceu a existência de dois pênaltis para o Verdão, um dos quais do zagueiro Kanu em Edu Dracena, (um violento chute na barriga) passível de expulsão.

Quem não conhece PCO que o compre. Eu, não, porque sei, perfeitamente, que tanto no clássico de domingo que vem entre Palmeiras x Curica, tanto e quanto nos jogos decisivos deste Paulistinha ele, num repente, passará a não ver mais nada que favoreça o Palmeiras.

Voltando ao jogo, o primeiro tempo do Palmeiras foi mediocre (médio mesmo!) mas poderia ter sido melhor não houvesse o time alviverde se preocupado tanto em defender, com o recuo excessivo dos pontas e , sobretudo, dos meias, o que facilitou -muitíssimo- o trabalho da defesa do Oeste que deixava claro desde o início que jogava por um empate, mas de olho na perspectiva de um contra-ataque bem articulado através do qual pudesse vencer.

Eu disse antes do jogo que acreditava que o Palmeiras vencesse o Oeste através da imposição técnica, porquanto a preparação do Oeste era -supunha-se- melhor que a do Verdão pelo simples fato de ter começado muito antes . Calculei mal, muito mal!

Pelo que mostrou em campo, o time de Felipão já alcançou um nível bastante elevado nesse aspecto e embora tenha atuado com pouca gana ofensiva e como se diz, com o freio de mão puxado e, visivelmente, se poupando, mostrou, por incrível que pareça, muito mais força física do que o adversário. O que faltou mesmo, foi bola!

Um jogo em que um volante de contenção tecnicamente limitado como Thiago Santos consegue ser o melhor em campo sinaliza  a preocupação exclusiva do time com o futebol defensivo.

Não fosse a clássica "domingada" do zagueiro Maracas que dormiu bem na hora do passe e foi desarmado por Felipe Pires que penetrou e chutou forte, tirando o zero do placar e o Palmeiras do marasmo, o time de Scolari teria tido dificuldades ainda maiores para vencer a partida.

No primeiro tempo eu resumo tudo e lhes digo que faltou ousadia aos homens de meio de campo no sentido de chegar na área adversária para as tabelas, melhor distribuição do jogo e arremates de longa distância, tanto e quanto faltou a presença de um distribuidor de jogo e assistente.

Não critico Felipão porque ele tentou dar um jeito no setor primeiro com a escalação de Dudu, mas o baixinho jogou resguardado, claro, pensando no derby de depois de amanhã.

No intervalo do jogo ele sacou Dudu e colocou Scarpa armador e teoricamente criativo, mas Scarpa, apesar de esforçado não correspondeu, da mesma forma que o burocrático, previsível e nem um pouco ousado Raphael Veiga, muito mais preocupado em marcar do que em atacar.

Algum tempo após tentou acertar o setor com Lucas Lima que, para não variar, foi uma peça de pouca utilidade e nenhuma criatividade, voltando a cumprir outra atuação pífia.

Encastelado na defesa o Palmeiras tentou jogar em contra-ataques a fim de liquidar o jogo, sem, no entanto, conseguir nada, justamente pela falta de um jogador cerebral à frente da defesa para os chamados "lances de bola comprida" explorando a velocidade de Felipe Pires (bom jogador) e a boa presença de área de Deyverson. Ficou tudo, apenas, na teoria.

A escalação do time de ontem deixa pistas para que se antecipe o time que irá a campo sábado contra o Curica: Weverton, Mayke, Luan, o paraguaio e Diogo Barbosa. Felipe Melo, Bruno Henrique, Dudu e Moisés ou Lucas Lima ou Scarpa. Carlos Alberto e Borja.

FICHA TÉCNICA DE OESTE 0 X 1 PALMEIRAS: 
Data e Local: 30/-1/19, na Arena Barueri em Barueri (SP)
 
Árbitro: Salim Fende Chavez - Péssimo, NOTA 3.
Assistentes: Neuza Ines Back e Evandro de Melo Lima. NOTA 6 à dupla.
Cartões amarelos: Kanu, Cicinho, Matheus Jesus( e Alyson (OESTE); 
Raphael Veiga e Thiago Santos (PALMEIRAS)

GOL
PALMEIRAS: Felipe Pires, aos 40 segundos do 2º tempo

TIMES
OESTE: Matheus Cavichiolli; Cicinho, Kanu, Maracás, Alyson; Matheus Jesus, Betinho; Roberto, Elvis (Gabriel Vasconcelos), Mazinho; Bruno Lopes (Jheimy)
Técnico: Renan Freitas

PALMEIRAS:  
Weverton; Bem o jogo todo. Teve sorte no chute de Kanu na trave, à queima-roupa. NOTA 7
Marcos Rocha - Fisicamente bem, está sem ritmo de jogo. NOTA 6.
Ant. Carlos - Muita seriedade. Simplificou sempre. Não se preocupou em jogar bonito. NOTA 6.
Edu Dracena - Sempre bem posicionado foi um gigantes nas coberturas. NOTA 6,5.
Victor Luís - Esforçado, mas falta ritmo. Esteve bem. NOTA 6,5.
Moisés - Jogou para o time em noite de pouca inspiração.NOTA 6.
(Bruno Henrique) - Entrou tarde e não mudou nada no time. Só lutou. NOTA 5.
Raphael Veiga - Atuação burocrática. Não conseguiu criar nada. NOTA 5.
(Lucas Lima) - Dizem que ele entrou em campo, mas não vi. NOTA 3.
Dudu - Poupou-se, visivelmente,  para o derby. NOTA 5.
(Gustavo Scarpa) -Muito espírito de luta, esforço e correria. NOTA 6,5.
Deyverson - Sem o menor poder de arremate e conclusão. Só correu. NOTA 5.

PERSONAGEM DO JOGO
Felipe Pires roubou uma bola e fez o gol da vitória. Quem mais poderia ser a personagem do jogo? NOTA 7.
CRAQUE DO JOGO
O defensivismo do time e o empenho, o esforço, a vontade e a mobilidade de Thiago Santos, fizeram dele o craque do jogo. NOTA 7,5.

Técnico: Luiz Felipe Scolari
Palmeiras não mostrou nada de novo. NOTA 7.


COMENTE COMENTE COMENTE