Observatório Alviverde

19/04/2018

MÍDIA GARANTE QUE SÓ DOIS BONS RESULTADOS CONTRA INTER E BOCA MANTÊM RÓGER MACHADO NO COMANDO DO VERDÃO!


Hoje, 5ª feira, assisti a alguns programas esportivos de rádio e tv que analisavam o "milionário Palmeiras" como eles gostam frisar, pelo mero prazer de provocar e tripudiar sobre a torcida.

Ouvindo rádios e vendo TVs de Sampa, BH e Rio, pude observar que há entre os jornalistas como que um consenso tácito e cúmplice na análise das performances e situações vivenciadas pelo time palmeirense.

O conceito midiático que o Palmeiras tem um dos melhores elencos do país é unânime, comparado ao Grêmio, Fla, Curica e Cruzeiro, referenciado e reverenciado como um dos melhores do país.

Só não sei aferir se, de fato, estão sendo sinceros ou se trata de algum ardil visando a perpetuar as crises no Verdão.

Digo isso porque, quando o time perde eles dizem que "nem com um elenco milionário o Palmeiras consegue vencer". 

Quando vence, argumentam, pelo simples prazer de desvalorizar o resultado que "também com um time caro como esse tem de vencer mesmo porque é obrigação"!

De qualquer forma há como que uma unanimidade nas análises e conceitos emitidos pelos mais variados críticos e comentaristas de todas as partes do país para o bem e para o mal.

Ultimamente, após qualquer considerando relativo ao time e ao elenco, todos eles chegam sempre à conclusão que Róger Machado, tecnicamente, está abaixo do padrão de qualidade do elenco que dirige ou imagina dirigir.

Esta visão de que ele está abaixo do nível do grupo que comanda eu já considerava desde que ele foi anunciado como o novo técnico do Palmeiras, ainda que eu não o situasse no mesmo patamar de Eduardo Batista, a frustrada invenção de Icaro Mattos, um corretor de ilusões a serviço do Palmeiras. Só por isto não protestei!

A suicida invencionice de Icaro Mattos, Eduardo Batista, com quem ele imaginou alcançaria o céu, terminou mal, muito mal e em pleno início de temporada ele viu-se obrigado a substituir seu protegido por Cuca.

O avião palmeirense, então, com Cuca no manche mas com muitos jogadores que não eram da plena confiança do técnico Campeão Brasileiro de 2016, até que conseguiu planar no espaço do Campeonato Brasileiro mas, como decolou mal, acabou soçobrando nas regiões abissais da Libertadores.

Este ano Icaro Mattos voltou a inventar (ele não se emenda mesmo) e tentou voar usando outro piloto, Róger Machado, que, se não era Batistinha, piloto de asa-delta, estava mais para piloto de paulistinha do que para comandante de Boeing.

O gaúcho, apesar de ter chegado às finais do campeonato doméstico, classificou-se à duras penas, nos pênaltis, leia-se, na bacia das almas, após ter tomado um baile dos meninos do Santos em pleno Pacaembu.
  

De qualquer forma respeito muitíssimo o trabalho de Róger, sempre respaldado pelo fato de ser alguém do ramo, com a vasta prática e experiência do atleta que foi, de boa qualidade, sério, disciplinado, responsável e, numa palavra, exemplar! 

Falta-lhe, porém, além da experiência, a militância em times pequenos, as verdadeiras escolas de técnico que ele, segundo soubemos, ele despreza e evita assumir!

Tenho visto e lido as manifestações de insatisfação e até de repúdio de boa parte da galera palmeirense em relação a Róger que iniciou o seu trabalho há pouco mais de três meses e, em relação a isso, quero dizer o seguinte:

Após ter passado pelos gigantes Grêmio e Galo Mineiro, clubes nos quais apresentou, de início, bons trabalhos, imaginei (todos imaginaram) que Róger, chegando ao Palmeiras pudesse dar a estabilidade tática e o preparo emocional de que o time tanto precisava e precisa.

Além de não ter conseguido sequer alcançar um padrão, um elementar desenho tático ou uma definição da forma eficiente de jogar, RM tem pecado pela mesmice tática, pela falta de inspiração nas escalações e nas substituições, tanto e quanto pela falta de inventividade e criatividade, embora, reconheça-se, tenha dado ao time um ótimo preparo físico. 

Entretanto, a julgar-se pelo futebol burocrático e previsível apresentado, pela falta de "elan" e de entusiasmo da rapaziada, estou tendo a impressão de que Róger não está conseguindo motivar suficientemente o grupo.

Todos nós continuamos esperando um time que tenha um "plus", isto é, aquele "mais", aquele "além", aquela força espiritual, aquele algo invisível, aquela força anímica, aquele sangue no olhar que se vê, claramente, no time do Curica, muito mais bem arrumado que o do Verdão, embora inferior em individualidades.

Com tudo e apesar de tudo, eu, de minha parte, não demitiria Róger, tendo em vista que os resultados do time até agora, embora  não sejam os ideais, ao menos têm sido razoáveis. 

Temo repetir o relativo fiasco de 2017 haja vista que a substituição de técnico ocorreu nas mesmas época e circunstâncias que ocorreria este ano.

Ademais, um profissional de bom "pedigree", correto, sério, honesto, responsável e conhecedor prático da matéria como Róger Machado, pode, perfeitamente, de uma hora para outra, pegar no breu, firmar-se e, finalmente, deslanchar.

Alguém como ele tem, sim, de ter uma nova oportunidade. Ele merece!

Digo isto porque os comentários que correm na Internet e o noticiário esportivo estão registrando que a diretoria teria comunicado Róger que...

"se os resultados dos dois próximos jogos, contra o Inter e contra o Boca Juniors, respectivamente pelo Brasileirão e pela Libertadores não forem convincentes trocará o treinador".

Se a diretoria, de fato, agiu assim e deu divulgação ao fato, errou! 

Não apenas pelo respeito devido a Róger, como, principalmente, por retirar a confiança do treinador em dois jogos importantíssimos, diminuindo-lhe a força e a autoridade junto ao grupo.

Pior do que isto, "liberando geral" para que aqueles do elenco que circunstancialmente não gostam do treinador, se escalados, corram para não chegar, chutem, não para acertar o gol, mas para derrubar o treinador.

O fato é que, independentemente do que cada um de nós julga, pensa ou deseja, desta vez, Róger Machado ata ou desata. 

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