Observatório Alviverde

13/06/2016

PALMEIRAS GANHA COM MÉRITO E BRAVURA. GOL DO CURICA MUITO BEM ANULADO!


Digam todos o que disserem, mas, acima de tudo, como diziam os antigos locutores de rádio -por acaso sou um deles- foi emocionante, arrepiante e adrenalizante a incontestável vitória do Palmeiras sobre os gambás.

A magreza do resultado -1 x 0- não condisse com o domínio esmagador exercido pelo Palmeiras, muito mais time, muito mais sangue, muito mais raça, muito mais empenho, muito mais alma, muito mais tudo.

A vitória veio, essencialmente, pela imposição palmeirense em campo, tanto e quanto por seu maior empenho e melhor desempenho 

O Palmeiras, o tempo todo, deu verdadeiras aulas de entrega, de pegada, de eficiência, tanto e quanto de gana, fibra, estoicismo e, se isto existe em futebol profissional, até de amor à camisa.  

Mais, muito mais do que transformar a lealdade em padrão diante de um time botineiro e violento, o Palmeiras, de Cuca e de todos nós, deu um vareio de bola no adversário e fez do jogo um autêntico linha contra a defesa.
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PERSONAGEM DO JOGO, ZÉ ROBERTO! 
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Atuação individual espetacular do veterano jogador. Ele conseguiu, finalmente, jogar o tempo todo sem perder sua consistência física, o que é, muito mais do que apenas importante, imprescindível. 

Além disso, ZR exerceu com perfeição o seu papel de liderança e foi o porta-voz de Cuca no gramado, junto aos companheiros. 

Cumpriu fidedignamente o papel tático que lhe foi confiado, malgrado algumas falhas -naturais- de marcação sem que por isso mereça qualquer retaliação. 

O único reparo a fazer é que a constante preocupação e a consequente mobilização do time inteiro,  -o tempo todo- a fim de cobrir um jogador sempre sujeito a ser batido com facilidade, o que limita muito a fluidez do time, a rapidez na saída de bola e a velocidade do jogo.

Como a chamada atuação perfeita em futebol é raríssima, mesmo em se tratando de jogadores acima da média ou de craques, malgrado compreensíveis pequenas falhas Zé Roberto esteve um portento no clássico de ontem!

A grande indagação é se ZR tem e terá condições de manter -de maneira contínua- a força física e o ritmo de jogo exibidos ontem, pois condição técnica -quem não sabe?-, ele a tem e de sobra.

Pergunta pertinente: teria sido a sua esplêndida atuação contra o Curica uma espécie de "canto do cisne"?  
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O CRAQUE DO JOGO 
Vai ser difícil apontar e nominar, tantos foram os jogadores do Verdão que se apresentaram magnificamente bem e tiveram atuações irrepreensíveis muito acima da média esperada.

Qualquer nome entre Jean, Thiago Santos, Moisés e Tchê-Tchê é de bom tamanho e encarna a figura do melhor em campo.

Como cada qual elege o seu favorito eu, particularmente, concedo a honraria a Tchê-Tche, não sem antes ressaltar o fantástico trabalho de Jean -jogadoraço- completo na defesa, no apoio e no fôlego. 

Jean atuou limitado em sua ação defensiva de marcação e combate por um cartão injusto que lhe foi aplicado aos 37 do primeiro tempo em falta absolutamente banal em seu setor, na orla do gramado.

Até Tite, insistente por posar sempre de bom moço disse bem alto, conforme captaram os microfones do PFC: "Essa também não é para cartão".

Ele queria registrar supostas injustiças do árbitro nos cartões aplicados: 
1) a Cristian por falta duríssima em Gabriel Jesus.
2) a Felipe por falta desclassificante em Gabriel de Jesus que partia em direção à área 
3) a Giovanni Augusto que deu uma acintosa cotovelada em Dudu numa disputa de bola no lado esquerdo da defesa palmeirense. Se fosse vermelho seria de melhor tamanho. É muita desfaçatez!

Thiago Santos confirmou novamente tudo o que eu disse dele num momento em que grande parte da torcida crucificava com críticas contundentes e injustas esse jogador raçudo, brigador e muito responsável dentro e fora de campo.

Moisés foi importantíssimo porque correu e se empenhou em grau maior que qualquer outro jogador em campo. 

Incendiou o jogo e o time durante os noventa minutos e pareceu-me, entre todos, o jogador que menos queria perder o clássico, a julgar por seu esforço sobre-humano, colossal, descomunal. A raça, ontem, teve nome e atendia pelo nome de Moisés.

Foi o artífice do gol definidor do placar do "derby", em penetração inteligente, demolidora e devastadora por trás da linha de zaga curicana que culminou com um petardo de esquerda -nem é sua perna boa- rebatido pelo goleiro curicano e aproveitado por Cleiton Xavier, de cabeça, assinalando o gol solitário suficiente para dar a vitória ao Verdão.

O MELHOR DE TODOS, TCHÊ-TCHÊ                                                                                            Resultado de imagem para tche tche palmeiras
Tche-Tchê. Um jogador moderno, versátil e em nível de Seleção

Atuação espetacular -outra-, do garoto que veio do Audax.

Excepcional presença para atacar, para defender, para armar, para cobrir, para correr, para criar, para lançar, arrematar e fazer, enfim, tudo!

Anarquizou o sistema defensivo curicano jogando mais como meio-campista ofensivo, sem voltar tanto para ajudar Jean quanto nos outros jogos, mas para conter os avanços da linha de médios do Curica.

É um jogador talentosíssimo e que faz a diferença.

Indicação de quem? De Cuca!
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MENÇÃO HONROSA, EDU DRACENA
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Atuação firme, sempre com seriedade e empenho!

Sobraram-lhe personalidade e liderança.

Foi o dono do jogo aéreo em seu setor.

Faltou-lhe, apenas e tão somente, ritmo de jogo.

Mas só pega ritmo quem joga!
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O MELHOR EM CAMPO PARA CUCA, DUDU
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Cuca não declarou o que publicamos, mas ficou subentendido quando ele retirou Dudu quase que ao final do jogo. 

Quando o técnico age assim, retirando uma estrela, é, na maioria das vezes, para que esse jogador seja aplaudido pelo público presente ao estádio. A massa palmeirense, outra vez mais, ovacionou Dudu personagem marcante em todos os clássicos!

Do ponto de vista individual, reconheço, Dudu poderia ter rendido muito mais.

Há que se ressaltar porém que, tática e coletivamente, ele esteve muito bem e isso representa um enorme progresso para um jogador que pecava pelo exagero do individualismo .

Dudu, outra vez, foi alvo certo das botinas pesadas da defesa curicana embora o alvo preferido da escória tenha sido o menino Gabriel Jesus.

A diferença foi que, pelo menos desta, vez o juiz esteve justo e apontou as infrações em cima de Dudu. Desde o episódio Ceretta que os árbitros se recusavam a marcar as faltas sobre Dudu.

E ainda há torcedores que têm Tite na condição de um anjo e imaginam que ele pede aos seus atletas para que não batam nos adversários. HAHAHAHAHAHAHAHA!

As pancadas em Jesus e Dudu, seletivas, pareceram-me sob encomenda!
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CONCLUSÃO
Foi um jogo, enfim, em que o time todo jogou bem e com motivação, do começo ao fim. Até rimou!

Prass
Foi pouco exigido.

Thiago Martins 
Melhora a cada jogo na medida em que vai amadurecendo e "criando casca".

Mateus Sales 
Entrou quase no fim do jogo e cumpriu bem o seu papel.

Roger Guedes 
Foi substituído no intervalo mesmo realizando uma partida taticamente perfeita, voltando para ajudar a marcar e tudo mais. Eu sacaria Gabriel Jesus!

Gabriel Jesus 
Por sua grande mobilidade, velocidade e poder de improviso, deu trabalho à defesa curicana mas perdeu gols incríveis. 

Jogador de um potencial imenso, precisa, porém, amadurecer. 

Parece sentir demais a "responsa" quando disputa os clássicos, jogos nos quais ainda não conseguiu fazer nenhum gol! 

Tem de entrar menos pilhado nesse tipo de jogo e, cada vez mais, procurar ser mais frio nos jogos de maior exigência e importância.

Rafael Marques
Os palmeirenses que o desprezam -infelizmente são muitos- um dia, certamente, vão dar a devida importância ao trabalho desse araraquarense que ama o Palmeiras e que dá tudo de si pelo time em campo. 

Atacante, RM ainda assim se sacrifica exercendo funções que não seriam dele como marcação, cobertura, recomposição e outras.

Cleiton Xavier
Apesar do gol decisivo assinalado com uma cabeçada consciente, digna de quem sabia para onde direcionar o toque, CX10, exclusivamente por falta de ritmo, foi presa fácil para a marcação dos curicas. 

Ele precisa condicionar-se melhor para poder ajudar como pode e sabe o time do Palmeiras.

Fique claro, porém e isso é muito importante, que, independentemente dele, o Palmeiras precisa de um armador clássico com capacidade pessoal de dar um toque de classe, maturidade e objetividade ofensiva ao time.
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O MELHOR TÉCNICO 
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Cuca, mais uma vez, deu um banho em Tite.

Foi o melhor técnico do "derby" pois mudou a tônica do jogo no intervalo.


Digamos -todos- entretanto e a plenos pulmões, que o melhor técnico foi o demagogo curicano.

Com a inapelável queda de Dunga do comando da Seleção, querem apostar que a CBF vem com tudo para substituí-lo por Cuca?

Aposto que a mídia vai apoiar!

Será muito estranho porque há bem poucos dias noventa e nove por cento dos jornalistas afirmavam que Tite deveria ser o técnico da Seleção! 
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A POLÊMICA DA ARBITRAGEM

Num primeiro momento fiquei com a impressão de que o Curica houvesse sido operado pela arbitragem e até me espantei com o ocorrido.

Mas se houvesse sido, eu não ia ligar e nem "dar bola", tantos são os repetidos e reiterados favorecimentos que esse time recebe -reiterados em jogos, jogos e mais jogos, de forma acintosa e desavergonhada, conforme ficou nítido no Brasileiro do ano passado conquistado no apito e, já tantas vezes, no Brasileirão deste ano.

Ademais, dentro do próprio "derby", houve um pênalti escandaloso de Felipe em Gabriel Jesus, abraçado por trás em autêntica gravata de m.m.a., e um atropelamento em Dudu dentro da área que se fosse em favor deles, (a julgarmos pelo que acontece em cada jogo), decretaria outro tiro-de-rigor contra o Palmeiras.  

O primeiro lance de toque dentro da área reclamado pela torcida palmeirense em meu entendimento não caracterizou pênalti pois foi um toque de mão involuntário tipo bola na mão e não mão na bola.

Reconheço, entretanto, que se fosse contra o Palmeiras a tchurma da TV teria interpretado assim: "em minha avaliação não foi nada e se eu fosse o juiz, nada marcaria. Mas como têm sido marcados de maneira recorrente pênaltis em lances assim contra outros times, por uma questão de isonomia quero dizer que o pênalti tem de ser assinalado e sua marcação foi correta"! 

Lembram-se de quando o Noriega soltou essa pérola em um penal desse jaez contra o Palmeiras parece-me que em um Flamengo x Palmeiras?

Eu não desfrutaria da vitória com alegria completa e pleno entusiasmo, se o Palmeiras vencesse o clássico com o auxílio da arbitragem

Detesto quando isso, às vezes, acontece e o Verdão leva vantagem em algum jogo mediante erros de arbitragem.

Eu, ao final do jogo, estava um pouco triste sem a euforia natural condizente com a vitória no "derby" até que falei com meu irmão que chamou-me a atenção para o fato de Bruno Henrique ter cabeceado o braço de Prass. 

Fui conferir na reprise! Então pude ver, constatar e conferir que, de fato, ele estava certo. Aliás, em tomada de câmera por trás do lance deu para verificar que cabeçada nas mãos de Prass ocorreu exatamente no momento em que ele estava iniciando o processo de segurar a bola o que caracterizou, perfeitamente, a infração do curicano.

Outro detalhe importante foi que o apito do árbitro no momento em que Prass foi chargeado, anulava qualquer lance posterior tanto e quanto fez com que o jogador palmeirense parasse por um átimo, permitindo a antecipação do jogador curicano que tocou para a rede.

Mas quem definiu tudo e acrescentou um aspecto até então imperceptível de erro da arbitragem foi o comentarista de arbitragem da ESPN, o ex-árbitro Sálvio Spinola Fagundes Filho

Além de reconhecer a falta como clara e cristalina ele provou que houve impedimento curicano no lance anterior à falta sobre Prass. 

Até na RGT o antipalmeirense Gaciba constatou a irregularidade.

Fui ver as imagens. Houve tudo o que apontamos!

Digam-me, então, de que eles reclamam? 

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NA TV 

Odiney Ribeiro não vai receber desta vez uma boa nota porque não mostrou suficiente imparcialidade narrativa. 

Ele caiu, como sempre, na vala comum do discurso de favorecimento ao Cu-ríntia, o que se constitui em mais do que simples doença, em verdadeira praga midiática. 

No caso de Odiney, talvez ele tenha procurado fazer média e alinhar-se com a política da empresa em que trabalha, a RGT !

Nada que o torcedor comum perceba, mas que eu sei que rola porque já fui narrador de TV. 

Vilaron esteve muito bem e não serei incongruente crucificando-o pela opinião de que não houve irregularidade no lance do gol curintiano porque, num primeiro momento, também tive a mesma impressão.

Uma câmera por trás do gol e a reprise do lance várias vezes fizeram-me mudar de opinião!
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