Observatório Alviverde

23/01/2015

UMA DERROTA ESPERADA!


 

O Palmeiras, "as usual", "comme d'habitude", isto é, como de hábito, como de costume,  perdeu outra decisão e, consequentemente, a oportunidade de ir à final da Copa São Paulo de Juniores. 

Menos mal que a derrota tenha ocorrido na semifinal, para o modesto Botafogo de Ribeirão Preto. 

Fosse na final, para o Cu-rintia, o vexame seria maior e os desapontamentos, decepções e frustrações dos palmeirense seriam decuplicados.  

Assim, resta o consolo de que a derrota de 1 x 2 para a"Pantera da Mogiana", poupou-nos de um maior constrangimento.

Agora que tudo está consumado e que a decepção e a sensação de impotência tomam conta do torcedor palmeirense, faço algumas observações a respeito do time, do resultado e das circunstâncias que envolveram a derrota.




 Vou resumir as causas que, em meu entendimento, foram determinantes para a derrota.

1) A ausência forçada do armador Juninho, grande líder e o principal jogador do time e a falta de um substituto à altura para a armação. 

Esse foi o fator principal. Com Juninho (espécie de Valdívia da base) não teríamos perdido esse jogo. 

No conceito coletivo Juninho é um jogador mais importante para o Verdinho do que, até, Gabriel de Jesus.

2) A arbitragem tendenciosa de Antonio Ferreira Júnior,um incompetente (para não dizer coisas piores) cuja influência foi nociva e danosa contra o Palmeiras nos imperceptíveis detalhes que, na maioria das vezes, decidem um jogo. 

Trata-se de um árbitro novo, nome que o Palmeiras já tem de manter sob suspeita, pois deve aparecer em jogos do próximo campeonato paulista.  

Mas, terá o Palmeiras esse cuidado? É claro que não pois o futebol do clube ainda não é administrado profissionalmente.

Ferreira e seus auxiliares, ontem, inventaram laterais, faltas e escanteios pró e contra e vários impedimentos inexistentes, mas sempre contra o Palmeiras

Mas seu maior defeito foi não ter coibido a violência do time de Ribeirão Preto que bateu, impunemente, o tempo todo. 

Lineker deveria ter sido expulso ainda no primeiro tempo, mas a conivência do árbitro deixou que esse jogador continuasse em campo até quase os 40 do segundo tempo.

Além de tudo, o árbitro parecia torcer pelo Botafogo (apitou, visivelmente, torcendo) e contribuiu para a vitória do time do interior deixando de assinalar faltas visíveis contra o Botafogo nas imediações da área, tanto e quanto parou o jogo o tempo todo por qualquer motivo de somenos importância, sem aplicar a lei da vantagem.

Ao final, depois das sucessivas cenas de cera do time de Ribeirão por simulação de contusões (é preciso acabar com a farsa do fair play que está sendo desvirtuado e transformado em instumento de catimba) o faccioso Antonio Ferreira Júnior (ele deve ser curintiano ou bambi fanático) concedeu míseros e vergonhosos cinco minutos de acréscimos em um jogo com quatro ou cinco atendimentos às falsas contusões de jogadores do Bota. 

O atendimento ao goleiro que durou quase três minutos e as seis alterações processadas pelos treinadores não foram consideradas pelo faccioso soprador de apito.

Mas o Palmeiras vai reclamar desse tendencioso aprendiz de arbitragem junto à FPF e pedir para que não seja escalado em seus jogos do Paulistão? 

É óbvio que não, porque além de não ter ocorrido nenhum erro em lances cruciais, a diretoria cabaço do Palmeiras não sabe aferir quando um árbitro prejudica um time nos chamados pequenos detalhes. Foi isso o que ocorreu!

3) O Palmeiras, como se não bastasse o time baixo que monta, todo ano, na base, além disso, tinha um goleiro muito baixo, responsável indireto pelo primeiro gol (não saiu e nem sai nunca do gol porque é baixo. 

No segundo gol, também faltou presença física mais ostensiva ao jovem goleiro. Um atleta de maior porte físico, que ocupasse mais espaço, teria amplas condições de evitar aquele gol.



O garoto João Paulo pode, até, ser bom goleiro embaixo dos paus, mas forçoso é dizer que ele não tem físico talhado para  a exercer a função com eficiência, sobretudo no jogo aéreo e nas bolas alçadas.

Então, perdemos o jogo, também, pela falta de um goleiro de boa envergadura que saísse do gol com eficiência nas bolas cruzadas.

4) Além de tudo, por que continuamos a armar times mais baixos e franzinos do que os nossos adversários? 

Sobretudo na base, o jogador de menor porte físico só pode jogar se for muitas vezes melhor do que aquele de maior compleição corporal. 

O time do Botafogo era muito mais alto do que o do Palmeiras e esse fator, na ausência do desequilibrante Juninho, levou o time de qualidade inferior à vitória. 

Entra ano e sai ano, e o Palmeiras não aprende a lição, nem nos juniores e nem no profissional.

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Escaldado por incontáveis derrotas, calejado por seguidas decepções, o palmeirense, hoje, já é capaz de conter as lágrimas, de mascarar os sentimentos e, aparentemente, rir-se da própria dor.

Mas, intimamente, o torcedor do Verdão cada dia mais é um sofredor, fato esse simbolizado pelos dois torcedores de gerações díspares que faleceram em pleno estádio. O mais provecto ao final do ano passado e o jovem, há menos de uma semana.

O palmeirense ironiza as derrotas, ri por fora, mas morre por dentro. Até quando vai aguentar? Ou vamos morrer, todos, em lenta e interminável agonia?
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NA TV
Excelente o trabalho de Linhares Júnior, hoje, um dos melhores narradores do Sportv (superior ao humorista titular) e, da mesma forma, de Tiago Crespo, o repórter.

Sem restrições, desta vez, ao comentarista Vagner Vilaron. Ontem, foi muito bem!

Linhares Júnior fica marcado, positivamente, como o único narrador de TV que reconheceu e registrou no ar a conquista, pelo Palmeiras, da Copa São Paulo dos campeões de Copa em 1995.

Não registrou da forma enfática como eu gostaria de ouvir, mas, ao menos, entre todos os medrosos, convenientes e parciais que pululam na profissão foi o único a fazê-lo. Foi corajoso, para o que muito contribuiu a sua condição de paranaense. Parabéns. (AD)