Observatório Alviverde

28/01/2017

O PALMEIRAS PERDE POUCO COM A REFORMA DOS TÍTULOS MUNDIAIS!


Minha primeira decepção com o Palmeiras ocorreu em meu tempo de menino, quando o Verdão empatou com o Curica no Pacaembu e perdeu o Campeonato do IV Centenário de São Paulo.

Lembro-me que após a festa do campeão, a mídia (já extravagantemente curicana) anunciava pelo rádio e pelos jornais que o Curica seria campeão por cem anos, isto é, até 2054, mantran repetido provocantemente pela alvinegrada de minha cidade e de todo o estado de São Paulo.

Para festejar a conquista, a diretoria curicana (muito diferente da nossa três anos antes quando ganhamos o Mundial) fez muito marketing promovendo o time, os jogadores e a marca do clube e até lançando uma música cujos acordes perturbam-me até hoje, decorridos sessenta e dois anos.

O pior (não há como negar) é que se trata de uma música muito bonita que você pode ouvir neste endereço ou em outros da Internet:

https://www.letras.mus.br/corinthians/campeao-do-4o-centenario/

Para quem não quiser ou se dispuser a ouvir a música publico parte da letra:

"Corinthians, Corinthians, falou mais alto a tradição
Corinthians, Corinthians, por cem anos serás o campeão...
Corinthians, sempre leal adversário
Ostenta com orgulho a faixa de Campeão do IV Centenário.

A minha frustração em razão dessa derrota foi tal que em meus parcos oito anos fui muitas vezes às lágrimas pela perda do Campeonato do IV Centenário. 

Minha mãe, nonagenária, mas graças a Deus viva, forte e lúcida foi testemunha de tudo.

Ao mesmo tempo, tive o desprazer de ver vários garotos que odiavam o Curica, mudando de time, deixando de ser palmeirenses e passando a torcer, a maioria, pelos Bambis e alguns, até, pelo Santos.

O Santos estava emergindo para a elite do futebol paulista após contratar o maior armador da época e um dos maiores jogadores da história do futebol brasileiro em todos os tempos, Jair da Rosa Pinto.

Detalhe: por causa da derrota no jogo que decidiu o campeonato do quarto centenário, o Palmeiras dispensou Jair sem dó e sem piedade como se fosse ele o maior culpado pela perda do Campeonato do Centenário. O Santos o acolheu!

Jair foi um jogador tão importante, mas tão importante que Pelé declarou abertamente em seu livro "Eu Sou Pelé" que não tivesse ele Jair da Rosa Pinto como lançador e talvez o fenômeno "maior jogador do mundo" jamais existisse.

Fico por aqui para não delongar a postagem, simplesmente para registrar, além desta, aquela que foi a minha maior decepção em referência ao Palmeiras.

Quem proporcionou-me tal frustração foi o Sr. Mustafá Contursi, mas, poderia, por acaso ser outro?

Ninguém sabe porquê (imagina-se porquê), inexplicavelmente MC entregou de mãos beijadas o direito adquirido em campo de o Palmeiras de disputar o Mundialito do Rio, ano 2.000, ao arqui-inimigo Curica.

O que esse senhor tinha na cabeça ao proceder de uma forma tão inconsequente e irresponsável?

Por  que permitiu (sem nenhuma resistência) que o Curica disputasse um mundialito e entregou ao adversário um direito líquido, certo e inalienável do Palmeiras, adquirido dentro de campo?

Vejam se no Rio de Janeiro o  Vasco cedeu o seu lugar ao Flamengo ou a qualquer outro clube interessado. É claro que NÃO! 

Certamente em sua cabeça havia (há) o mesmo produto que Rui Barbosa carregava dentro da barriga! 

É o caso de se perguntar: 

"- O presidente do Curica faria o mesmo em relação ao Palmeiras? 

Nunca, jamais, em tempo algum e sob qualquer hipótese! Nem a bico de carabina, como se dizia antigamente!

Meus amigos, a atitude de Mustafá (que a imprensa tanto elogiou e exaltou quase unanimemente) representou aquilo que se chama de "coisa de doido, "de louco varrido" ou de maluco, para que não se faça outras ilações!

Pode-se dizer que foi algo tão surreal que nem sequer as organizadas, certamente interessadas em obter vantagens, se posicionaram contra o então tomador de conta do Palmeiras!

Aliás, Mustafá, no Verdão, nunca passou de um tomador de conta do clube e toda a visão e inteligência que a mídia lhe atribui não passa de um mito, ou de um conto da carochinha. O que ele tem, demaaais é apenas maquiavelismo e ousadia.

Não fosse por ele e o Curica sequer teria participado do Torneio de Verão do ano 2.000, posto que o Campeão da Libertadores houvera sido o Palmeiras.

Em resumo, foi uma verdadeira traição à comunidade verde que, infelizmente, muitos já nem se lembram mais, tanto e quanto o povo que vive os nossos dias já se esqueceu de Fernando Henrique e sua "troupe", imaginando que apenas os petistas desconstruíram o Brasil. Nenhum deles presta! Nenhum!

Tudo o que nós palmeirenses estamos sofrendo decorre daí, da atitude estúpida, amadorística, irresponsável, inexplicável, tomada na contramão dos interesses do clube por alguém que preferiu -muito mais- zelar pelos interesses do maior adversário, do que, propriamente, do Palmeiras em flagrante ação e situação de "lesa clube".

Quero ver, agora, qual será o posicionamento da mídia em face das perdas de alguns times por ela adotados.

Quanto ao Palmeiras, pouco perdeu em face da notória falta de reconhecimento do meio jornalístico paulista e brasileiro ao mundial que conquistou em 1951. 

Ninguém quer levar em consideração que além de ter sido o primeiro realizado, foi disputado pelo maior número de times campeões, de uma forma muito mais séria e muito mais profissional!

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UM APELO AOS AMIGOS QUE VÃO POSTAR!

Não façam críticas ofensivas, achincalhes ou xingamentos ao cidadão Mustafá Contursi, mas critiquem (quem assim o desejar) exclusivamente às suas ações como presidente do Palmeiras, preferentemente sem ofensas pessoais! Conto com a compreensão de todos!
(AD).