Observatório Alviverde

18/06/2017

DEPOIS DE VER O TIME NOS ÚLTIMOS TRÊS JOGOS, COMEÇO A ACREDITAR QUE O PALMEIRAS PODE REAGIR!


(comentário redigido no intervalo do jogo)
O Vilaron disse no Premiere que a carga faltosa por trás do zagueiro Rodrigo Becão sobre Keno na hora de fazer o gol "não existiu" porque o zagueiro do Bahia "tocou primeiro" na bola e a queda do atacante foi, simplesmente, resultado do choque inevitável que se deu na seqüência.

Mas o que diria ele (nós todos que o conhecemos sabemos bem) fosse o lance favorável ao Curica ou aos Bambis?

Diria, simplesmente, que o zagueiro fez uso de força desproporcional e que o pênalti, de fato, existiu.

Marsiglia, ex-árbitro e comentarista na RGT (estou conferindo agora no intervalo) corrigiu e salvou a honra da empresa ao afirmar que um zagueiro que vai para o lance da forma como R.Becão foi está querendo, sim, cometer a penalidade e tem de ser punido.

De minha parte digo que foi um lance escandaloso de pênalti daqueles que, via de regra, os árbitros sempre marcam contra o Palmeiras, mas dificilmente marcam quando é a favor. Desta vez não discriminaram o Verdão e assinalaram o pênalti, convertido com habilidade e mestria por Róger Guedes que abriu o marcador e estabeleceu Palmeiras 1 x 0 no placar.

Pelo que vi e depreendi deste primeiro tempo, o Palmeiras tem de ganhar nota dez nestes quesitos:
a) manutenção da base (parece até que Cuca leu o nosso OAV) b) empenho da rapaziada em campo
c) eficácia na marcação (com algumas falhas pontuais e individuais, é claro d) obediência tática.
Obs: Tudo mérito de Cuca.

O Bahia dominou territorialmente o jogo como era de se esperar de um time de massa mandante, mas o Palmeiras sempre foi mais perigoso, mais insinuante e mais criativo.

O Bahia empatou o jogo no final do primeiro tempo em um cochilo coletivo da defesa após duas defesas espetaculares seguidas de Prass.

O 1 x 1 do primeiro tempo foi injusto porque o Palmeiras esteve muito melhor em campo do que o adversário.

Cuca está anunciando neste instante a saída de Mike da lateral direita para a entrada de Tchê, mas essa é uma alteração que deveria ter sido feita mesmo antes de o jogo começar para que se evitasse perda de tempo.
(postagem publicada no intervalo do jogo).
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POSTAGEM FINAL

Destaco em primeiro lugar a vitória por goleada, incontestável, inquestionável, importantíssima...
Foi a primeira na casa dos adversários neste Brasileiro, merecidíssima, do time de melhor categoria que se impôs ao rival. Um time que mete quatro gols em um Bahia invicto em plena Fonte Nova  não pode -absolutamente- ser acusado ou condenado de ter jogado mal!

Precisamos, todos nós, considerar que em um campeonato do nível do Brasileiro do outro lado há sempre um time de qualidade a ser batido, caso específico do Bahia, que não sem motivo mas por justa justiça é conhecido como "Tricolor de Aço".

As virtudes do time do Palmeiras na vitória de hoje:

1) Empenho.
O time do Palmeiras, hoje, esteve interessado, focado, determinado e, do começo ao fim, lutou pela vitória. A garra, o espírito de luta, a vontade e a aplicação dos jogadores levou o time ao triunfo.

2) A obediência tática.
Hoje (que ótimo!) não houve um único jogador palmeirense acomodado em campo. Cada qual, jogando bem ou mal, atacando ou defendendo, interpretava no terreno de jogo a filosofia de jogo de Cuca e cumpria exatamente o que ele determinava. Já houvera sido assim contra o Santos mas o Palmeiras perdeu porque na quarta-feira o ataque não funcionou. Funcionou hoje e o Palmeiras venceu!

3) Time 100% marcador!
O Palmeiras jogou quase que o tempo todo atrás fechado em blocos, marcando fortemente no ataque a saída de bola do adversário e exercendo o acompanhamento não apenas dos laterais mas de quem quer que fosse dos adversários que se projetasse ao ataque.

4) Futebol total
O Palmeiras tomou poucas vezes a iniciativa do jogo, optando mais por esperar pelas iniciativas do Bahia, visando a retomar a bola e contra-atacar com a defesa adversária  aberta e desorganizada. Por isso e para isso marcou o campo todo e o tempo todo, fazendo-me lembrar a Seleção da Holanda (Copa de 1974 na Alemanha) de Cruyff e Neskeens que introduziu no "planeta bola" aquilo que se usa até nos dias de hoje,  a marcação alta e persistente que muitos, até cronistas esportivos, têm como modernidade e novidade desconhecendo que já existia naquele tempo sendo conhecido como "futebol total".   

5) Time contra-atacante!
A formulação tática palmeirense, então, foi a do contra-ataque, mormente na etapa completar.
Pelo fato de o Verdão ter feito 2 x 1 logo aos 4 minutos do 2º tempo, o Bahia foi tomado por um certo desânimo e o Palmeiras, então, além de contra-atacar perigosamente, começou a mandar também territorialmente na partida criando muitas situações de gol. A goleada teria sido muito maior se Keno, Róger Guedes e (pasmem) até Guerra que não tem por hábito ser fominha não tivessem deixado de passar a bola para os companheiros mais bem colocados.

5) Preparo físico espetacular
Não sei onde o Palmeiras foi buscar tanto fôlego e disposição para marcar o tempo todo sem esmorecimentos e sem perder o ritmo. Parabéns a Omar Feitosa e sua equipe de fisicultores porque, finalmente hoje, eu vi o time mostrando a mesma força, velocidade e disposição do ano passado, em contraste com aqueles times lerdos, preguiçosos e desinteressados do tempo de Eduardo Batista. Sem medo de errar eu sou convicto de que a preparação física da equipe foi outro fator decisivo na vitória de hoje. Ah, antes que eu esqueça, embora Egídio não seja o lateral ideal (pelo menos até agora não foi) mas o time sem Zé Roberto perde a vulnerabilidade habitual da lateral esquerda e passa a ter muito mais ofensividade e velocidade pelo lado esquerdo do campo.

FICHA TÉCNICA:


BAHIA 2 X 4 PALMEIRAS
Local: Estádio da Fonte Nova, em Salvador   
Árbitro: Rodolpho Toski Marques (FIFA)
Assistentes: Bruno Boschilia (FIFA) e Victor Hugo Imazu dos Santos
Detalhe: Boa atuação do trio

Público total: 33.621 pessoas
Renda: R$ 1.052.472,00
Interessante: A torcida do Palmeiras presente ao estádio foi muito maior que a do Curica quando esse time joga na Bahia. A Globo SP (ao menos no tempo em que assisti ao jogo por lá) não mostrou a torcida do Palmeiras nem quando os jogadores estiveram à frente dela para saudá-la comemorando os gols e nem disse nada sobre ela. O canal Premiere só mostrou a torcida e falou "en passant" sobre ela no final do jogo.
Ah se fosse a torcida do Curica que houvesse comparecido em tão grande número eles estariam registrando e elogiando até agora. Como são FDPs! 

Cartões amarelos: Régis Souza (BAH); Keno, Juninho e Willian (PAL)
Consequência: Willian está fora do jogo contra o Atlético Goianiense.

GOLS:

Do PALMEIRAS: Róger Guedes, aos 17 minutos da primeira etapa; Keno, aos três, Yerry Mina, aos 37, e Willian, aos 47 minutos do segundo tempo.
Do BAHIA: Vinicius, aos 44 minutos do primeiro tempo; João Paulo, aos 39 da etapa final
Importante: O Palmeiras jogou bem e quebrou a invencibilidade do Bahia na Fonte Nova neste Brasileirão e, ao mesmo tempo ganhou, a primeira fora de casa. Ou alguém acha que é fácil derrotar o Bahia em Salvador fazendo quatro(4) gols.

OS TIMES:
BAHIA: Jean; Eduardo, Tiago, Rodrigo Becão e Matheus Reis (Armero); Juninho (João Paulo) e Renê Júnior; Vinícius (Gustavo Ferrareis), Zé Rafael e Mendoza; Edigar Junio
Técnico: Jorginho

AS MINHAS NOTAS AOS JOGADORES DO VERDÃO
 PALMEIRAS: Fernando Prass (Nota 8) - Mayke (Nota 6) - Tchê Tchê (Nota 6,5) - Yerry Mina (Nota 8) - Juninho (Nota 7) - Egídio (Nota 6,5) -

Thiago Santos (Nota 7,5) - Luan (Nota 6) - Jean (Nota 6) - Róger Guedes (Nota 8) , Guerra (Nota 8) - Keno (Nota 8,5) - Erik (Nota 6) - Willian (Nota 8)
Técnico: Cuca (Nota 9)

Essa foi a minha visão em relação ao jogo, respeitando, claro, todas aquelas diferentes da minha.

Se o Palmeiras jogar sempre com a raça, aplicação e determinação mostradas hoje contra o Bahia, muito em breve irá chegar às primeiras posições.

Depois do que vi nos últimos três jogos contra, respectivamente, Flu, Santos e Bahia começo a acreditar que vai dar certo!

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CUCA FALA EM ENCAIXE MAS MEXE NO TIME EM TODOS OS JOGOS. PALMEIRAS DE CUCA SÓ TEM TRÊS TITULARES ABSOLUTOS!


Cuca usou uma expressão pertinente e perfeita que define o atual momento do Palmeiras: o time precisa se encaixar!

De fato, dono de um dos maiores e melhores elencos do Brasil, com múltiplas  individualidades e repleto jogadores de nomeada, o Verdão ainda não se encaixou como deveria em 2017.

Entretanto, para o alento e a esperança da torcida verde esse ajuste de linhas a que Cuca chama de encaixe o começou a acontecer -ao menos me parece- a partir dos 3 x 1 sobre o Flu e do 0 x 1 contra o Santos.

Rigorosamente certo em sua avaliação Cuca, agora, precisa ser humilde e admitir que, entre tantas outras existentes, uma das razões determinantes da falta de encaixe do time é ele mesmo, isto é, o próprio Cuca.

E o é na medida da impaciência que o domina este ano e o impele a fazer o time de "balão de ensaio" alterando-o após cada jogo, seja ganhando, perdendo ou empatando...

Isso soa como se o Palmeiras estivesse fazendo o Brasileirão de laboratório e preparando a equipe visando apenas às finais da Copa do Brasil e da Copa Libertadores, competições curtas, de caráter eliminatório e que exigem um menos tempo e consequentemente um sacrifício menor para chegar ao título.

Sei, perfeitamente, que as contusões são implacáveis e não avisam quando chegam, tornando compulsórias as alterações.

Da mesma forma as punições e suspensões dos atletas apenados com cartões ou expulsos por motivos diferentes e condenados pelos tribunais, também exigem, obrigatoriamente, alterações no time. 

Ainda que se considere tudo isso, Cuca, reconheça-se, tem exagerado nesse quesito pois não para de mexer no time tirando completamente a tranquilidade e a confiança da rapaziada mais nova, provocando descontentamentos, ansiedades e rivalidades absolutamente desnecessárias.

Eu sempre soube que um time de futebol para sagrar-se vencedor das competições que disputa, tem de ter o que chamamos de força comunitária,  espírito de equipe ou, melhor ainda , sentido de conjunto.

Para que chegue a esse estágio é necessário ter um "time-base" (tinhamos no ano passado) abrindo ensanchas para duas ou três variantes individuais em caso de necessidade de jogo ou mudança de esquema, mas este Palmeiras de 2017 anda bem longe disso.

Culpa, também, de uma diretoria incipiente e pouco versada em bola que permitiu que seu perdulário e inconsequente diretor de futebol contratasse um principiante para treinador numa virada de ano das mais importantes da história e da vida do clube.

De uma diretoria que, da mesma forma, permitiu que esse mesmo diretor emprestasse, cedesse ou vendesse muitos jogadores mais jovens e promissores do elenco sem o aproveitamento ou promoção de nenhum jogador egresso da base.

Em razão disso, o Palmeiras, agora, não encontra reposição para aqueles atletas aparentemente sem importância que negociou mas que tiveram um grande peso na conquista do Brasileirão/16.

Eu não quero mencionar Barrios ou Alexandro, jogadores extremamente caros mas que não vinham correspondendo e tampouco vou citar João Pedro, Juninho e tantos outros...

Obrigo-me, porém a citar Mateus Sales e Allione, que foram quase de graça para o EC Bahia e são dois grandes exemplos. Eles não vão jogar hoje por questões contratuais, mas, por incrível que pareça, fazem uma enorme falta no banco palmeirense.

Dizer o que, também, do armador Régis, palmeirense declarado, meio campista habilidoso, canhoto, que não chegou a jogar sequer uma partida inteira com a camisa alviverde e que hoje é um dos favoritos da torcida do Tricolor de Aço? 

Ele também não joga esta tarde, mas por um motivo diferente: está se recuperando de uma contusão.

Mas, afinal, quem -nos dias de hoje e sob Cuca- é titular absoluto no time do Palmeiras?

Na defesa, Prass, Mina e, por incrível que pareça, o veteraníssimo Zé Roberto que, por sinal, para ser poupado (?) nem viajou com a delegação. Pode? 

Claro que pode. Ele pode e ninguém fala nada, mas já imaginaram se fosse o Valdívia o que a mídia, as organizadas e os anti estariam dizendo?

ZR esta sendo poupado por que ou para quê? Para enterrar o time no jogo da semana que vem? Fosse como complemento do time, tudo bem, mas para jogar 90 minutos? Ora, Vakatakokinho,Kuka...

No meio de campo, embora afastados, Felipe Melo e Dudu são titulares e, com muita boa vontade, (mas muita, muita e muita), Tchê, apesar da péssima forma. E é só!

Hoje tomei conhecimento de que ele está saindo de uma virose, que andou baqueado fisicamente e por isto não rendia. Tomara que seja só isso!

Em relação ao time, considerando-se que Felipe e Dudu estão contundidos, ZR não tem mais condições e Tchê está mal, o Palmeiras tem, hoje, apenas três atletas considerados titulares . 

Os demais jogo sim, jogo não, vão e vêm ao sabor das ondas ou do refluxo das marés sendo obrigados a se desgastar e virar "leões de treino" para que possam obter a titularidade.

Não sei qual o time que Cuca mandará a campo esta tarde, na Fonte Nova, em Salvador.

Eu simplesmente reintegraria Mina e Borja e preencheria as ausências de Dracena e Zé Roberto (os dois não viajaram à Bahia) e começaria o jogo apostando nesta escalação:

Prass, Tchê, Mina, Juninho e Michel Bastos (Egídio).
Tiago Santos, Guerra, Jean , Róger Guedes e Willian.
Borja.

E você?

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