Observatório Alviverde

31/07/2020

PALMEIRAS TEM MAIS TIME DO QUE A PONTE, MIRASSOL E CORINTHIANS!


Tenho verificado e constatado que o futebol, cada vez mais, se torna um esporte monótono, banal,  repetitivo e, por muitas vezes, irritante!

Os jogos e as jogadas se repetem à exaustão a cada evento e a única coisa que muda é o nome dos times e o uniforme dos jogadores. 

Raramente ocorre um drible, uma jogada de improviso, um lance de classe ou espetacular que motive as torcidas ou que encante os espectadores.

Pode-se dizer que hoje se festeja, exclusivamente, o resultado dos jogos e das competições.

Chegou-se a um ponto em que os parâmetros de julgamento resumem-se a isto: ganhou é o maior e o melhor, ainda que não seja. Se empatou dá para suportar,  mas se perdeu é o pior do mundo, ninguém presta e o técnico, os jogadores e a diretoria têm -todos- de ser mandados embora.

Em minha avaliação o futebol tornou-se um esporte mecânico desvalorizado pela repetição das jogadas, paralisação constante da bola, pelo excesso de faltas e pela "cera" contumaz que tanto irrita os que ousam ir aos estádios ou aos que assistem aos jogos pela TV.

Transportando essa linha de pensamento que não é negativa, mas muito realista, ao Paulistinha/20 eu advirto e chamo a atenção de todos os "amantes do esporte bretão" que não esperem nada de novo ou diferente no campo de jogo nessas quatro partidas finais que decidem o campeonato.

Não se iludam, mas não haverá nenhum time especial ou diferente disputando as três partidas que decidirão as semifinais do Paulistinha-20. Se um grande jogo vier a ocorrer terá sido por mero acaso, aquilo que no futebol se chama "zebra".

Vou mais além e lhes digo que dos quatro que chegaram, o Palmeiras, ainda que mal escalado e com a ausência de Dudu é "disparamente" o menos ruim. Uso a expressão menos ruim porque esse é o parâmetro em que o time está contextualizado.

Falando dos outros, considero o  Mirassol uma retranca dotada de boa capacidade de contra-ataque. É um time de bola comprida, rápido mas com deficiências defensivas, sobretudo no jogo aéreo.

Já a Ponte, pelo que vi ontem contra o Santos, é um time com mais recursos do que o Mirassol. Embora também use a retranca, tem o diferencial de um excelente preparo físico, tem velocidade na saída de bola e usa bastante as laterais do campo. Suas principais estratégias são as infiltrações dos alas e dos meias que se encostam e se aproximam para trocar passes para as infiltrações e para os cruzamentos. O centroavante, normalmente, joga de costas para atrair os zagueiros e abrir os espaços para quem venha de trás e arremate de média ou curta distância.

Já o Curica mudou de técnico mas não mudou de filosofia. Do ponto de vista estratégico, tudo decorre como no tempo de Carile. A diferença para os times que também jogam na defesa, é que o Corinthians tem jogadores de melhor qualidade técnica, um pouco mais de criatividade quando parte com a bola para o ataque, além da inegável força e tradição da camisa, sempre alimentada por arbitragens facciosas referendadas pela FPF, com o beneplácito explícito vergonhoso de uma mídia cúmplice e vassala.

Ontem, por exemplo, no jogo contra o Braga, o zagueiro Fágner deveria ter sido expulso por uma entrada violentíssima, desleal e criminosa, ao entrar de sola sobre o baixo ventre de um adversário. Entretanto o árbitro afinou, desconversou, nama assinalou e o os homens do VAR não tiveram dignidade para fazer sequer a verificação do lance. Na TV Sandro Meira Ricci, como já se esperava, disse que "como o pontapé não acertou o adversário em cheio (?), caberia apenas o cartão amarelo" e, descaradamente, convalidou o erro grosseiro erro de arbitragem de seu colega e também corintiano Raphael Clauss.

Em minha avaliação isenta quero deixar claro que o Palmeiras é muitos furos superior a qualquer desses times. Tem uma camisa tão forte quanto o Curica e jogadores de melhor qualidade do que o adversário em quase todas as posições. 

O que tem faltado ao time nos derbys é, além de um pouco mais de autoconfiança, atacantes de qualidade, de improviso, drible, arremate e poder de fogo suficientes para decidir os jogos, coisas que não temos tido ultimamente! Não vou ficar dizendo essas bobagens que o time tem medo, falta de interesse, não tem raça ou coisa assim. Isso é bobagem. O Palmeiras precisa começar a partir para contratar atacantes acima da média ou fazê-los na base. Encontrar defensores de qualidade não é tão difícil.
 
Voltando ao derby, como o Palmeiras, no primeiro jogo contra o Curica, poderia vencer atuando com Veiga (fraquinho) e Lucas Lima (mediano e jogador pra time pequeno) jogando juntos e Luís Adriano no banco? Melhor teria sido se Luxa tivesse optado por entrar com a garotada que, além de imprevisível, ao menos corre e dá trabalho.

Há que se ressaltar, também, o trabalho de bastidores, sobretudo quando se trata da escolha do árbitro. O Palmeiras voltará a aceitar  o irmão de PCO no jogo final? Aceitará Raphael Clauss (cá entre nós até pode aceitar) sem criar celeuma e dizer que teme ser prejudicado? Esse tipo de catimba, creiam, também ajuda na hora do derby.

Moral da história. Apesar dos pesares o Palmeiras ainda tem um time com capacidade suficiente para derrotar o maior rival desde que Luxa escale o que tiver de melhor e consiga encontrar um antídoto tático para essa manjada mas sempre bem sucedida retranca de Carile e mantida por Tiago Nunes.

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