Observatório Alviverde

16/01/2010

UM INÍCIO ANIMADOR, MAS AINDA É MUITO CEDO PARA CONCLUSÕES!

Não, não estou considerando o placar desse Palmeiras X Mogi. Ganhamos de 5 X 1 de forma inapelável, mas o que vou abordar não é a folga do resultado, mas as circunstâncias em que conseguimos o resultado. O time rendeu acima das expectativas e participou do jogo com interesse, motivação, empenho e atitude. Foi por isso que goleou. Claro está que a goleada foi facilitada por um erro crasso deRodrigo Martins Cintra, amarelando Baraca em suposta falta sobre Armero e o expulsando por uma segunda infração, essa sim existiu e o cartão foi justo, em cima de Diego Souza.
Apesar de o time interiorano haver jogado a maior parte do jogo com apenas dez homens, ouso dizer que, hoje, nem com doze em campo o Mogi conseguiria evitar uma sonora goleada.
Mostramos um time mais compactado, mais marcador para o que muito contribuiu a presença de Márcio Araújo, um volante pegador que alternou-se com Pierre nas tarefas de marcação e de apoio, com a vantagem de não haver errado nenhum passe em 90 minutos. Concomitantemente proporcionou mais liberdade a Pierre, facilitando-lhe, em muito, o trabalho.
Nossa defesa de um modo geral esteve bem, mas com vulnerabilidades nas costas de Armero e, principalmente, de Figueroa, defeitos crônicos remanescentes da temporada passada. Léo estreou bem e até fez um gol, mas pareceu-me um zagueiro lento, tendo sido batido na corrida em diversas oportunidades. Danilo também esteve bem, embora continue usando de uma certa truculência em lances sem importância e abusando das reclamações à arbitragem, o que lhe valeu, já na primeira rodada, o primeiro cartão amarelo da temporada.
Sob o aspecto tático, usamos menos as laterais do campo do que no ano passado e Armero em tarde de bom futebol, foi muito mais lançado pela esquerda do que Figueroa pela direita.
No meio de campo gostei da apresentação de William, mais maduro, depois de seu giro, por empréstimo, a equipes de menor expressão. Seu lançamento a Cleiton Xavier, na jogada do segundo gol, fez lembrar os grandes lançadores do futebol do passado. Um primor! Foi substituido, no segundo tempo, por Deyvid Sacconi que apresentou progressos em relação a última temporada, jogando com bastante personalidade, dando-se ao luxo de individualizar muitas jogadas. Cleiton Xavier foi o de sempre e mostrou o quanto a sua ausência nos prejudicou no Brasileirão passado. É, sem dúvida, o motorzinho do time. Jogou muito mas foi superado por Diego Souza, a expressão superlativa da goleada sobre o Mogi. Além de marcar dois gols, sofreu o penalti que Cleiton converteu selando o placar do jogo. Robert fez um gol de oportunismo, daqueles convertidos por centro-avantes que não acreditam em bola perdida. Se serve como consolo eu diria que o futebol de Robert é bem mais objetivo do que o de Vagner Love, e que atuamos reforçados pela ausência deste jogador que deixou o Palmeiras para jogar no Rio. Tivemos, também, o lançamento de um zagueiro de nossa base, de nome Gualberto, que participou pouco do jogo, mas que já vai se acostumando ao time principal, à camisa e à implacável cobrança de nossa torcida, num momento em que a diretoria anuncia que o prestígio aos jogadores da base será uma das prioridades em 2010. Começamos, como o fazemos há quinze anos, o Paulistão com vitória. Um início animador, mas ainda é muito cedo para conclusões.
DEIXE O SEU COMENTÁRIO