Observatório Alviverde

26/09/2020

NÃO É SÓ O PALMEIRAS QUE EXIGE DO FLAMENGO O CUMPRIMENTO DA TABELA DO BRASILEIRÃO!

 

Não critico o presidente Gagliotte que, alinhado a 18 clubes entre os 20 da Série A, exige que o Flamengo cumpra o protocolo acertado no início do Campeonato Brasileiro e entre em campo amanhã à tarde no Allianz contra o Verdão.

Pelo contrário, até enalteço a postura surpreendentemente firme de um presidente um tanto ou quanto tíbio, que, via de regra, mostra-se submisso e concessor.

Só que desta vez ele enfrentou e peitou a diretoria do clube carioca, tomou uma posição firme e insistiu em sua tese de isonomia entre os clubes.

Como que ostentando uma liderança natural, o Palmeiras foi apoiado em seu preito por dezoito dos vinte clubes interessados, ao passo que o Flamengo não foi apoiado por nenhum outro clube, pasmem, nem pelo Corinthians.

A vitória da tese palmeirense em votação oral rápida e nominal dos interessados, evidencia de maneira categórica que, independentemente de tudo o que ocorreu e até dos desdobramentos futuros incertos e não sabidos, o Flamengo foi defenestrado da condição de dono da competição.

Boa parte do público e a maior parte da mídia eram convictos de que, como o Flamengo manda e desmanda nos eventos fazendo, praticamente, tudo o que lhe interessa e quer, imporia, mais uma vez as suas exigências, verdadeiras ordens unidas aos demais clubes.

Mas não foi o time carioca que liderou a campanha para que o Brasileiro recomeçasse antes da hora?

Não foi o Flamengo que exigiu que os times (sobretudo os de menor expressão como o Goiás) cumprissem o protocolo ajustado, independentemente do número de atletas portadores do vírus, sob pena de perda de pontos se não entrassem em campo?

Eles, os flamenguistas, enceguecidos e arrogantes, só não poderiam imaginar que o feitiço também se voltasse contra o feiticeiro!

Na volta da viagem ao Equador, o Fla, da noite para o dia, ficou com apenas 13 jogadores (dos aptos para o primeiro time) e está passando, agora, pelo mesmo buraco pelo qual exigiu, de maneira inapelável, que outros times passassem, sempre com a desculpa da necessidade do cumprimento protocolar. Bem feito!

Fique claro que a atitude forte e resoluta do Palmeiras, respaldada pela unanimidade dos clubes, menos um, o próprio Fla, pressupõe o curso normal do campeonato, como fora (foi) adredemente estabelecido, caminho pelo qual o time carioca não pensou, jamais, em fazer qualquer concessão a qualquer adversário.

Tudo o que você ler ou ouvir na mídia em termos de "reconhecimento do problema", da "necessidade de bom-senso",  "letalidade da doença" e demais desculpas não pode e não deve ser levado em conta e o Palmeiras tem de ser absolutamente implacável em sua decisão, já referendada pela CBF e respaldada pelo STJD.

Para que (Fla e mídia) não digam que estamos exagerando ou coisa parecida, para que não repitam tudo o que já se sabe da letalidade da doença e da necessidade de "dar um tempo", há que se perguntar o seguinte: 

"por que esses fatores que só "passaram a valer" para o Flamengo a partir do momento em que o time carioca vestiu a pele do lobo e teve a infelicidade de ver o Corona Vírus invadindo a saúde de seus atletas?"

A conclusão a que se chega é esta: "assim como o Flamengo agiu com o Goiás, mais do que solicitando exigindo e obrigando que o alviverde goiano cumprisse o protocolo em  sua plenitude, o clube carioca tem de , agora, cumprir sua parte!"

Ademais, depois da foto da delegação dentro do avião, tomada e publicada pelo fotógrafo do próprio Fla ontem demitido, mostrando que nenhum jogador usava máscara e que todos os vivenciavam relações promíscuas demais para estes tempos de doença,  deixa bem claro que o Flamengo não estava nem aí para nada e assumia uma postura inconsequente. 

Como dizia o repórter Mauro Neto, ex Rádio Capital São Paulo e grande palmeirense "Agora que a procissão passou, não adianta o Flamengo querer tirar o chapéu"

Não sei, a partir das negativas da CBF e do STJD da entidade, quais os caminhos legais, ainda dentro da esfera da justiça esportiva, que podem ser tomados pelo Fla ... 

Porém, em verdade em verdade eu lhes digo que, "na impossibilidade de atingir seus novos e escusos objetivos pelos caminhos normais, não constituir-se-á em qualquer surpresa se o Flamengo tentar alterar o que ele próprio estabeleceu visando a obtenção de seus interesses e objetivos via justiça comum, ainda que com todos os riscos inerentes a esta ação!

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