Observatório Alviverde

15/04/2016

ALÉM DE CLEITON XAVIER O PALMEIRAS PRECISA DE OUTRO ARMADOR!

 SÓ NOBRE E MATTOS NÃO VIAM!
 
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 O Mundo Alviverde via...


Sem os dinossauros e os quarentões o time do Palmeiras é outro, muito outro! Mais leve, mais veloz, mais marcador, mais corredor, mais lutador, competitivo, criativo, objetivo e tudo mais que queiram. 
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0 comprobatório 4 x 0 de ontem sobre o River uruguaio, justíssimo, recompensou o time que jogou mais e melhor. 
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O único defeito do Palmeiras, evidenciado no primeiro tempo, foi a existência de um armador mecânico, Robinho, pouco inventivo que limitou a criatividade do time. O Palmeiras -na real- precisava mesmo de um armador pensante e pensador.
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Cleiton Xavier, voltando de contusão, entrou aos 12 do segundo tempo e esmerilhou a equipe fazendo-a brilhar. Enquanto não firmar um jogador dessa característica ou, quem sabe, amelhor no time principal -existem, sim jogadores assim-, o Verdão não vai adquirir um DNA técnico e tático compatível com sua grandeza. Robinho não jogou mal, mas armar (embora ele arme) não é a praia dele.
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O que valeu, terminado o jogo, foi que ninguém jogou ou se apresentou mal. Todo mundo lutou, se esforçou e deu tudo de si. O Palmeiras atual, sob Cuca, em todos os aspectos, é outro, muito outro.
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Infelizmente com o 0 x 2 dos reservas do Nacional contra o Rosário em Montevidéu, o Palmeiras poderia estabelecer qualquer diferença no placar sobre o River e não chegaria à classificação. Conforme antecipei, pelo fato de não depender só de si, a desclassificação palmeirense era a tendência lógica do fechamento do grupo, mais clara do que a própria clara . Dentro e fora do campo.
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Resta o consolo de que o Palmeiras lutou, se esforçou, venceu e convenceu, enfrentando um time que embora estivesse precocemente eliminado, parecia dopado financeiramente. Provo!
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Ao dizer isso, não estou me referindo ou criticando o grande empenho, a aplicação em campo ou o extraordinário espírito de luta do time uruguaio obrigações morais de qualquer time, mas à cera constante, ao jogo truncado, às faltas sequentes, às provocações e outras catimbas que não tinham sentido em face da eliminação precoce do time oriental. Ao menos para mim, isso tem nome:"jogo da mala-branca".
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Quem tem vivência em futebol percebeu, ontem, que a grande motivação do River transcendia a sua posição na tabela ou qualquer interesse em melhorá-la? Explico: o jogo estava 1 x 0 e o River, na retranca, fazia cera... O Palmeiras fez 2 x 0 e o River, na retranca, truncava o jogo... O Palmeiras fez 3 x 0 e só aí, no limite de suas condições técnicas, o time uruguaio passou a ousar. O interesse do River não era outro senão o de tentar impedir que o Palmeiras se classificasse. Querem a prova definitiva? Aos 22 minutos do segundo tempo, o "bancário" Flores, aflito, perguntou a um repórter da Fox sobre o andamento do Nacional x Rosário Central, em Montevidéu.
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Onde estão os puristas, os estoicos, os idealistas e todos aqueles que -inocentemente- creem que o futebol profissional é decidido estrita e exclusivamente, dentro de campo, mormente os chamados "torneios eliminatórios" como a Copa Libertadores? 
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Por outro lado, teria o Palmeiras prometido, ajustado ou enviado algum incentivo ao Nacional para que derrotasse o Rosário, como este OAV recomendou? Ou, como de costume, colocaram tudo nas mãos de Deus? Para que se respeite o segundo mandamento mosáico e não se tome em vão o nome do Criador, vou mudar os termos e dizer, "Ou, como de costume, colocaram tudo nas mãos dos deuses do futebol"?
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Sou convicto de que nem todos os deuses, por milhares que fossem, teriam o poder de obrar o milagre da vitória do Naça que obraria com certeza uma pequena valise branca, contendo uns poucos milhares de dólares, pesos ou reais, introjetando mais energia e gana no time uruguaio para que derrotasse o Rosário!  
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Não concordei com os analistas da Fox que elegeram Allione o craque do jogo entregando-lhe um troféu. Conquanto o argentino tenha ido bem e assinado com a tinta verde permanente de seu talento dois dos quatro gols palmeirenses, tanto e quanto completado bons passes, aplicado bons dribles, finalizado várias vezes e enfim, atuado muito bem, entendo que Jean jogou mais do que ele, tanto e quanto Egídio, Gabriel, Matheus Sales, Vitor Hugo e Alecsandro, este sim, por mérito e justiça, a expressão superlativa da digna porém melancólica despedida palmeirense da Libertadores 2016.
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A entrada de Cleiton Xavier aos 12 do 2º tempo e a transformação radical -para melhor- do time em termos táticos e, sobretudo, técnicos, representou o atestado de competência deste blog, de tantos blogueiros e, modéstia à parte, deste bloguista, nós, todos, que reivindicávamos em tom uníssono a contratação de um substituto para Valdívia desde que ele foi, sumaria e estranhamente, demitido. Pode-se dizer que acertamos na mosca e estamos, todos, de parabéns!
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Em compensação ficou provado que Nobre e Mattos estavam c-o-m-p-l-e-t-a-m-e-n-t-e equivocados, quando contratavam jogadores para todas as posições da equipe, exceto para a armação. Para justificar, o diretor Mattos -aquele que entende tanto de negócios e tão pouco de futebol- repetia o raciocínio ilógico e sem base de Calçade, de PVC e de outros luminares" da mídia, que, com a maior impropriedade e desfaçatez, afirmam que não existe mais no futebol moderno a figura exclusiva do armador. Se não existe, o que é que CX10 fazia e fez em campo ontem à noite? 
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Viram e sentiram a metamorfose do time sem um armador mecânico -Robinho- e já devidamente integrado ao comando de um armador pensante que procura o jogo, que se desloca constantemente, que encosta para receber, que levanta a cabeça antes de passar e que arrisca, frequentemente, o arremate de longa distância? Por que tanta demora na aquisição de um jogador dessa característica? 
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E se querem saber, mesmo, o Palmeiras -independentemente do retorno auspicioso de CX-10 ao elenco, tem a necessidade premente de um outro jogador para cumprir esse papel. 
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Um velho ditado, aplicado ao futebol do Verdão, diz que "quem tem três tem dois, quem tem dois tem um e quem tem um não tem nada". 

O Palmeiras, para o trabalho de armação eficiente que a torcida tanto espera, suficiente para melhorar e incrementar o DNA técnico da equipe, só tem, hoje, mesmo, para armar o jogo, Cleiton Xavier! (AD)
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