Observatório Alviverde

13/03/2014

FALTOU BOLA PARA QUE O PALMEIRAS DESCLASSIFICASSE ANTECIPADAMENTE O VILHENA!


 

Errei em meu prognóstico de classificação sem jogo de volta, porque tive aquilo que às vezes falta a Kleina, a coragem!

Não foi o caso de ontem em que o nosso técnico procurou fazer o melhor, mas não foi feliz a não ser no finalzinho do jogo quando já era tarde e a classificação antecipada jazia moribunda!

Ontem eu tive o desassombro de abrir a postagem com uma manchete colocando todas as fichas no time e em Kleina:

"CRAVO E APOSTO QUE O PALMEIRAS VOLTA A SAMPA CLASSIFICADO SEM A NECESSIDADE DO JOGO REVANCHE"!

Superestimei o Palmeiras, subestimei o Vilhena!
Não sei, entre os dois erros de avaliação qual o mais grave!
Talvez aquele de superdimensionar a capacidade do Palmeiras, um time que, apesar de -no geral- estar bem, vive, ainda -é normal- instabilidades táticas, técnicas e emocionais!

E ainda tem gente que fala em poupar jogadores, sem ter a dimensão exata do que representa um time ajustado, acertado, entrosado que jogue junto o maior número de vezes! Tudo o que faltou ao Verdão ontem em  Vilhena!

Parece que a bobagem da poupança de domingo contra o Paulista voltou a atingir o time em cheio,  ontem em Rondônia, ainda que o adversário fosse inexpressivo, fraco, que jogou com denodo, raça, força e aplicação, explorando, principalmente os contrataques.

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 Com esforço e luta o Palmeiras só se libertou no fim do jogo com um gol de Leandro, que Vinicius não faria!

 Eu imaginava um jogo inicialmente duro -como é praxe ocorrer nesses encontros entre um grande e um time desconhecido- só nos primeiros minutos ou, vá lá, apenas no primeiro tempo. 

Imaginei que as dificuldades fossem abrandadas à medida em que o tempo passasse, a partir do momento em que o Palmeiras reconhecessse o campo e o adversário.

Entretanto, o jogo de ontem foi atípico, diferente de tudo o que eu já houvera visto em outras Copas do Brasil. 

Em vez de reconhecer campo e adversário, o Palmeiras foi quem esteve -sempre- irreconhecível! 

Em alguns momentos do jogo -inexplicavelmente- o Verdão chegou, até, a levar sufoco do time da casa o que levou Kleina a admitir, nas entrevistas finais, que viu a viola em cacos e chegou a admitir que pudesse pudesse ser derrotado.

Equivoquei-me, então, na avaliação antecipada de nosso time, haja vista que o Palmeiras não correspondeu -nunca- as nossas melhores expectativas ontem em Vilhena (RO) e, sequer conseguiu jogar para o gasto, embora o resultado em si tenha sido bom, e ocorrido de maneira proporcional às nossas necessidades.!

Moral da história:
Por tudo o que expus, errei feio, mas errei em função de meu entusiasmo de torcedor, já que, na matéria propriamente dita, fiz questão de realçar os perigos que um adversário incógnito e desconhecido nos proporcionaria, em um país integrado pela TV, no qual não existem mais times bobos ou inocentes.

Sorte, a minha, que não apareceu nenhum jogador mais ousado, disposto a apostar! HAHAHAHAHAHA

Na "real", o Palmeiras não esteve -nunca-, ao menos perto do que supunha o meu magnânimo coração palestrino que, afinal, falou mais alto do que a razão!
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 O Palmeiras, pasmem, enfrentou um time improvisado, ontem, em Vilhena!

Eu esperava e pensava um jogo -vou repetir- que apresentasse, apenas e tão somente, alguns obstáculos iniciais e que o Palmeiras, em pouco tempo, os contornasse e superasse, impondo a sua técnica, a sua tradição e a sua condição de time de muito melhor qualidade, expoente do futebol brasileiro.

Estava -completamente-  fora de minhas cogitações mais pessimistas -para mim era, até, algo impensável- que o time se apresentasse tão mal e exibisse um futebol primário, nivelando-se ao adversário!

Pior do que isso, eu, jamais poderia supor que, em muitos momentos do jogo, o Palmeiras fosse -reiteradamente- ameaçado e submetido tática e  tecnicamente por um time desses, a que chamamos, desprezivelmente, de catadão! No entanto, foi o que aconteceu!

Birigui, o técnico do Vilhena, conhecido goleiro do futebol paulista da década de 80, conseguiu fechar  um "catadão" apenas na semana retrasada, contando com jogadores que -sem a menor convivência ou entrosamento- mas com raça, na disposição e motivação, conseguiram se aglutinar e encarar o todo poderoso Palmeiras!

Para que se tenha uma idéia, O Vilhena é um time e orçamento baixíssimo, predominantemente de salário mínimo, cuja soma dos ordenados,-computado todo o elenco- é inferior ao que ganha -não Lúcio, Wesley ou Valdívia, mas- qualquer jogador de prestígio mediano tipo Wendel ou o paraguaio Mendieta. A folha do Vilhena é orçada em -apenas- 90 mil por mês.

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Desta vez não culpo Kleina -diretamente- pelo fiasco, considerando-se a escalação e reposição dos titulares bem como o seu esforço em corrigir o erro crasso cometido em  Rio Preto, de entrar com um mistão.

Aquela atitude -antecipei aqui-  quebrava a corrente do preparo técnico, tático e, sobretudo, do entrosamento de um time ainda em formação!

O mau rendimento do Palmeiras, ontem, em Vilhena tem muito a ver com a bobagem de domingo passado, em razão da desnecessária solução de continuidade, isto é, do seccionamento da sequência de preparação de um time que -enganam-se os que pensam o contrário- ainda está processo de formação e definição!

Além de ter entrado com os titulares, -já pensaram se não entrasse?- Kleina teve a sensibilidade de preservar Patrick e Vinicius -salvos do incêndio contra o Paulista- que esmerilharam naquele jogo, mormente Vinicius, e, repeti-los como titulares! Teria errado se não o fizesse!

Os dois garotos, por meritrocracia, tinham de continuar titulares! Continuaram e jogaram 3/4 do jogo, mas não renderam o que deles se esperava!

Se não  deu certo, fazer o que? Simplesmente, substituí-los. Sobretudo Vinicius, peça decorativa! Foi o que Kleina fez! Mendieta, substituiu Vinicius e Leandro entrou no lugar de Patrick Vieira.

Na prática, Kleina só projetou mais alternativas ofensivas ao time com a entrada de Leandro, que deveria ter substituído Vinicius, mas trocou seis por meia dúzia ao colocar em campo Mendieta homem exclusivamente de preparação, de pouca movimentação e nenhuma marcação. Isso, ao menos, Patrick Vieira estava fazendo!

Aí entra aquela faceta da coragem de atacar, que não se identifica com o nosso treinador, sempre preocupado -muito mais- em resguardar o setor tal e qual, tirando o ímpeto ofensivo de um time que - em condições normais- é vocacionado ao ataque! 

A saída de Eguren -substituído por Bruno César- foi uma ótima alternativa, embora muito tardia, e o gol da vitória começou com uma boa jogada do "chutachuta".

Eguren foi uma peça exclusivamente decorativa, o pior em campo e sua substituição,  somente aos 35 minutos do segundo tempo com o placar em branco é a prova -contundente- de que Kleina é um pertinaz defensivista!

Jogar com Vinícius afunilado e sem espaço para que ele apronte o que melhor sabe fazer, a correria e a jogada de preparação ofensiva pelo lado esquerdo do campo,-ficou provado- não dá! Ademais, ontem, Vinicius jogou sempre longe da esquina esquerda do campo, terreno ocupado em 90% das vezes por Juninho, o melhor palmeirense em campo!

Kleina demorou a perceber e só tirou Vinicius -ontem, infelizmente, muito ineficiente- aos 20 minutos do segundo tempo!

Vinicius, que nem a costumeira combatividade mostrou, fez hora-extra em campo, sem que Kleina se tocasse ou percebesse que ali estava a maior razão da falta de liga entre meio campo e linha e da pouca efetividade do ataque palmeirense.

A entrada de Leandro consagrou o que dissemos da melhora ofensiva da equipe, não apenas pelo lindo gol que marcou, mas por sua rotatividade e movimentação em campo,-muito maior do que Vinicius- que deu nova cara ao ataque palmeirense, apesar, também, da pífia atuação de Mendieta.

Que não se tome, porém, o jovem Vinicius como "boi das piranhas", haja vista que o time, como um todo, não rendeu, a começar lá atrás, da porta da cozinha. 

Prass jogou bem e na exata medida da exigência do ataque adversário! Cumpriu o seu papel.

Wendel jogou com raça, aplicação e responsabilidade, mas, técnicamente,  o Palmeiras precisa de um especialista para a posição. Ontem faltou apoio ao ataque. Muito!

Lúcio e Marcelo Oliveira, os jogadores mais exigidos, sacrificados pelo campo pesado e enfrentando um time cujo estilo de jogo era o contra-ataque com velocidade,  foram, depois de Juninho, os melhores! No jogo aéreo estiveram inexpugnáveis, mas enfrentaram um ataque de baixa estatura!

Eguren não é aquele que, mesmo sem tê-lo visto em campo, a torcida dizia que era melhor do que Márcio Araújo?

Será que, por mera questão de coerência,  vão iniciar alguma campanha desmoralizante contra ele como fizeram com Araújo?

Não, não estou pedindo isso, mas, apenas e tão somente, perguntando, já que Eguren -pelo que tem mostrado- é um jogador muito inferior a Araújo! Falta muito para Eguren jogar mal, quanto mais, para jogar bem!

França com muito boa vontade pode até ser incluido no rol daqueles que estiveram menos mal -Prass, Lúcio, Marcelo Oliveira, França e Juninho- reservando-se a Valdívia e Kardec um capítulo à parte.

Valdívia, mais uma vez, não conseguiu jogar. Os jogadores do Brasil inteiro,-até os de Rondônia, Roraima, Amapá e Fernando de Noronha- já sabem que podem bater a vontade no chileno que os árbitros -de qualquer parte ou região do país, até os do Mato-Grosso do Sul como o Sr. Paulo Vollkopf - não vão marcar nada!

A televisão, mostrando a impunidade dos algozes do Mago, revelou ao Brasil a melhor maneira de parar Valdívia. Impressionante como ninguém fala ou faz nada para coibir o abuso e como os árbitros se repetem nesse erro! Absurdo dos absurdos! 

Cabe a Kleina -como fazia Telê nos bambis- protestar e reclamar em rede nacional e rádio, tv, jornal e internet, ou a caça ao Mago não vai parar. Nunca!

Kardec, com o impedimento de Leandro, contundido, está comendo o pão que o diabo amassou e assou. Se volta para buscar o jogo, o Palmeiras fica sem quem conclua. Se joga infiltrado na área, a bola não chega até ele.

A volta de Leandro ao time titular  deve dar mais consistência tática ao time e, só assim, Kardec -com companhia para tabelar e trabalhar- pode voltar a render o que sabe e pode, embora, em meu entendimento, merecêssemos um centro-avante mais habilidoso e de melhor expressão técnica! Desculpe-me quem pensa o contrário, mas é a minha opinião!

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Agora é esperar o jogo de volta contra o Vilhena, na expectativa de que Kleina não cometa, novamente, a bobagem de entrar com um time misto.

Não tenho dúvidas quanto a nossa classificação para pegar o vencedor de Sampaio Correia do Maranhão e o Interporto que empataram, ontem em Tocantins em 2 x 2 e prosseguir na Copa do Brasil.

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NA TELEVISÃO

Assisti a 90% do jogo na ESPN com Paulo Soares, excelente transmissão, muito superior a Milton Leite, fiz a comparação e explica-se.

O "amigão", além de ter um padrão vocal que pode concorrer com o de Leite, leva ampla vantagem no quesito que tem faltado ao narrador global, o entusiasmo e a vibração, que ele parece perder quanto relata o Palmeiras.

Os 10% do jogo a que assisti no Sportv, -só em função da sucessiva queda do sinal da ESPN- foram suficientes para que eu pudesse verificar como decaiu Milton Leite, que, até bem pouco tempo era, para mim e para muitos, o melhor narrador em atividade, -depois de Luciano do Vale-, muito melhor do que Galvão, Kleber, Luís Roberto ou do que qualquer outro da Globo!

Eu me perguntava diante de tal transformação de Leite -para pior- se não seria eu que estava de prevenção contra ele,  pois só tenho visto defeitos nele, um narrador televisivo que sempre deteve a minha preferência.

Mas tive a certeza de que estava certo em minhas observações e análises, quando ele anunciou a transmissão do jogo do Flamengo no Maracanã com Luís Carlos Santos que aparecia no telão.

Para a minha tranquilidade de consciência, e para o meu convencimento da queda abrupta da qualidade das narrações de Milton Leite, Santos entrou na transmissão com alegria, com energia, com uma vibração contagiante direto do Maraca, em contraposição ao relato engolido e sem a menor vibração que nos proporcionava Milton Leite, exageradamente coloquial e sempre que possível procurando, mais, comentar do que narrar! Uma pena!

Mas não pensem que só tenho elogios ao sãopaulino "amigão" que confidenciou a amigos que o time que ele mais odeia é o Palmeiras e, -segundo consta e corre solto através da "rádiotv"-, quando relata o verdão faz figa por baixo da bancada e torce contra.

Ontem, em nenhuma ocasião da transmissão, -da abertura até os 30 do segundo tempo- ele teve a iniciativa de realçar em áudio, aquilo que se via estampado indesmentivelmente nas imagens, anunciando que a torcida palmeirense presente ao estádio em Vilhena era, senão maior, minimamente, de tamanho igual à torcida vilhenense. Sobrou clubismo, faltou profissionalismo!

Era algo palpável e visível, mais na cara do que a pouca barba do "Amigão", mas como bom sãopaulino ele fez questão de esconder, de tentar tapar o sol com a peneira da omissão, a fim de não passar recibo naquilo que já se sabe, da esmagadora maioria da torcida do Palmeiras em relação aos bambis, em qualquer região deste país!

Bertoni, o comentarista, se não luziu, não decepcionou e o repórter Nicoletti esteve muito bem! (AD)