Observatório Alviverde

16/05/2013

EU DARIA O BONÉ A KLEINA!

 

Quero deixar claro, claríssimo, que não faço e nem farei qualquer campanha de esvaziamento contra Kleina que, se seguir no comando do Palmeiras – parece que vai – terá todo o meu apoio.

Fique claro: minha opinião sobre Kleina é a de que ele não ostenta o perfil de técnico ideal para dirigir o Palmeiras.

Minha reivindicação de que seja substituído, não ocorre em função de simpatias ou antipatias, mas em função de estatísticas e de resultados.

É este o “invejável” cartel” de Kleina;

Jogos: 42

Vitórias: 17 

Empates: 11 

Derrotas: 14 

Aproveitamento de 49,2% em 9 meses de trabalho.

Foram duas eliminações nos primeiros mata-matas dos dois torneios, em que chegou às quartas de final, não às semifinais ou finais.

Nenhum clássico vencido e uma sequência nada recomendável de cinco jogos seguidos sem vitória.

Ao assumir o time das mãos de Felipão o Palmeiras estava em 16º lugar e ao terminar o Brasileiro o Verdão estava 19º!

Portanto, não me acusem de oportunismo ou de irresponsabilidade opinativa, assumidos em função de uma simples derrota para o Tijuana, modestíssimo clube do futebol mexicano, fundado há apenas cinco anos e neófito em competições internacionais.

Eu disse isto, um pouco antes de saber que o técnico seria Kleina:

(SIC)

“A emergência que vivemos exige um técnico com visão de jogo, ousado, atrevido, que forme um time rápido, nos dois sentidos da palavra, depressa e veloz, que lance os jogadores da base, que jogue ofensivamente e que conheça o ambiente do Palmeiras”.

Exatamente tudo o que Kleina não tinha e provou que não tem!

Querem mais?

Comparem o cartel de Kleina ao de Felipão que todos, aqui, consideravamos péssimo e, efetivamente, era!

Foram 164 jogos oficiais dos quais Scolari venceu 70, empatou 49 e foi derrotado 45 vezes, com um pífio aproveitamento de 52,6%,

O mau cartel de Felipão foi 3,4% melhor do que o péssimo cartel de Kleina em um universo três vezes maior de jogos disputados do que o atual treinador.

Felipão deixou o time como campeão da Copa do Brasil e na 16ª posição do Brasileiro, a 7 pontos do Flamengo, o primeiro fora do Z4.

Kleina, como previ, não teve capacidade suficiente para reagir e tirar o time do descenso.

Se o percentual de pontos conquistados por Felipão, levemente acima da linha limitrofe de 50%, não era suficiente para nos manter na divisão de elite, o que poderíamos esperar dos cerca de 40% de Kleina no Brasileirão 2012, muito pior? Deu no que deu!

Aliás, o percentual de Kleina, repito, da ordem de 40%, só subiu e chegou aos 49% em razão das cinco vitórias recentes sobre as “potências” Linense (em casa), Tigre (em casa), Ponte Preta (Em Campinas), Libertad (casa) e Guarani (casa).

Contra a matemática, não há argumentos!

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Todos os técnicos abaixo, tiveram média de produtividade superior a Kleina, de 2000 aos dias de hoje.

1-) Emerson Leão (2005/06) - 58j - 31v-14e-13d - 61,4%
2-) Jair Picerni (2003/04) - 79j - 42v-19e-18d - 61,1%
3-) V. Luxemburgo (2008/09) - 113j - 60v-23e-30d - 59,8%
4-) Estevam Soares (2004/05) - 47j - 24v-12e-11d - 59,5%%
5-) Celso Roth (2001) 48j - 25v-10e-13d - 59,02%
6-) V. Luxemburgo (2002) 30j - 16v-5e-9d - 58,8%
7-) Antonio Carlos Zago (2010) - 19j - 9v-5e-5d - 56,1%
8-) Caio Júnior (2007) - 60j - 28v-16e-16d - 55,5%
9-) Luiz Felipe Scolari (2010-12) - 164j - 70v-49e-45d - 52,6%
10-) Muricy Ramalho (2009-10) - 34 jogos - 13v-11e-10d - 49%

Os números, então, provam, categoricamente e de forma indesmentível que Kleina não deu certo.

Antecipo, outra vez o meu pensamento e afirmo que a insistência com ele, nos coloca em rota de risco e pode, perfeitamente, colocar o Verdão em uma situação insustentável no que respeita a sua volta ao pelotão de elite do futebol brasileiro.

Que ninguém se iluda com o que muitos da mídia fala acerca de segunda divisão, que é uma competição muito fácil, coisa e tal e que o Palmeiras vá ganhar, exclusivamente, com o seu nome, passado, títulos, grandeza ou tradição. Não é nada disso!

Quando o Palmeiras subiu, só conseguiu fazê-lo através de uma renovação total através de um técnico vibrante, Jair Picerni, vice-campeão das Olimpiadas de Los Angeles em 84, uma espécie de Luxemburgo sem grife.

Picerni não teve medo de expulsar a maoria dos medalhões e montar um time mesclado, equilibrado com valores jovens como Wagner Love, Edmilson, Lúcio, Diego Souza, Magrão e outros que se juntaram aos experientes Marcos, Bahiano, Daniel, Marcinho Guerreiro, Adãozinho e outros.

A hora exata de demitir Kleina não era nem esta, tardia, mas a partir da mais humilhante derrocada de nossa história, contra o Mirassol.

Em fato inédito e inusitado, o time de salário mínimo do interior paulista, conseguiu a proeza de fazer seis gols no Palmeiras em apenas um tempo e esteve a pique de marcar outros e elevar a goleada em mais três ou quatro gols.

Essa derrota de Kleina foi, de longe, a maior vergonha da história palmeirense desde que o clube foi fundado em 1914.

Lembrem-se de que o “moderníssimo Kleina” foi para aquele jogo contra o Barcelona, digo, contra o Mirassol, com quatro volantes, Charles, Leo Gago, Márcio Araújo e Wesley. Dizer mais o que?

Naquela oportunidade Kleina ratificava a sua completa incapacidade e inexperiência para comandar um clube da grandeza do Palmeiras.

Indagado, na coletiva, após o jogo, sobre razão pela qual não tirou de campo o garoto Marcos Vinicius que assustado, horrorizado, nervoso, apavorado, atabaolhado, patético, perdido e incapacitado psicologicamente para continuar, após ter marcado um gol contra aos quarenta segundos de jogo, Kleina, candidamente, respondeu:

“ Não tirei o garoto, porque se eu o tirasse, iria queimá-lo para o resto de sua carreira”.  É preciso dizer mais?

Então, entre queimar um jogador incompetente e queimar o Palmeiras, Kleina optou por queimar a história do clube, mostrando que está mais preocupado com a carreira de atletas do que com a instituição que o mantem sob contrato!

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Respeito todos aqueles que saudaram e aprovaram a contratação de Kleina.

Eu, em setembro do ano passado, afirmei, categoricamente, sem ficar em cima do muro, que na circunstância então vivida pelo clube naquela época, com 92% de chances de ser rebaixado, Kleina não tinha o perfil ideal para substituir Felipão e comandar o Palmeiras.

Fui contundente na afirmação e a fiz antecipadamente, assim que o contrataram como novo técnico.

Disse que ele não evitaria a queda palmeirense para a segunda.

Não evitou mesmo!.

Disse, também, que Kleina não tinha pulso forte nem comando.

Está claro que não tem!

Não há como negar o que afirmo, visto que ficou patente em tantas circunstâncias.

A mais recente delas foi a de aceitar a sugestão-imposição do presidente através de entrevistas.

Por portas de travessa, isto é, indiretamente, Nobre sugeriu a escalação de Kléber, afirmando que era um grande jogador que o Palmeiras foi buscar no Porto de Portugal.

Disse que não estava pensando em contratar nenhum camisa nove porque Kléber era o camisa nove de que o Palmeiras precisava e que tinha tudo para se consagrar com a camisa do Verdão.

Kleina levou tão a sério os conselhos bostejantes de Nobre, típicos de quem não conhece nada de bola, e não apenas escalou mas manteve Kléber, figura decorativa, até o final do jogo contra o Tijuana. É muita falta de personalidade!.

Consequencia: perdemos e Kléber, o preferido do presidente não fez absolutamente nada em campo e só chutou uma única e solitária vez ao gol mandando a bola para o tobogã.

Por outro lado, gostaria que Kleina, se não justificasse, ao menos explicasse a dispensa indesculpável do único reserva capaz de alterar o panorama tático ofensivo de um jogo, Roni, justamente no evento mais importante do ano.

Antes disso ele deveria, primeiro, explicar e justificar, também, porque Roni não joga e Vinicius e Kléber, muito inferiores a Roni sob qualquer ponto de vista, são titulares. 

Kleina, também, tem de mencionar a razão pela qual impediu que o ineficaz e ineficiente Juninho, um lateral comum e mediano, que provou não saber defender e, menos, ainda, atacar, fosse para o Vasco, quando nem titular ele tem sido no Palmeiras.

Qualquer troca com qualquer jogador vascaíno, mormente Eder Luis ou o equatoriano Carlos Tenório teria sido proveitosa e vantajosa para o Palmeiras.

E a insistente e irritante manutenção de Vinicius que, após dar sinais de que poderia ter se encontrado, voltou a jogar mal, jogo sim, outro, também?

Kleina parece imitar Felipão que não tirava o fraquíssimo Tinga do time nem por um decreto do presidente!

Por que deixou de escalar Denoni após tantas boas apresentações do jovem valor e da confirmação de que ele é um jogador aproveitável?

Por que admitiu a contratação de André Luiz, zagueiro baixo e lento, vulnerabilíssimo no jogo aéreo?

Por que indicou a contratação (se não indicou aprovou e referendou) de Heldinho, terceiro reserva no Curíntia e em seguida o colocou no banco?

Por que deu ordens explícitas para que Souza cobrasse todaa as faltas e escanteios contra o Tijuana em detrimento de Ayrton, muito mais eficaz e agudo nesse tipo de jogada?

Como pôde colocar Tiago Real para exercer a função de armador se ele não tem nem cacoete para exercer a função?

Por que não colocou o novato Serginho para jogar, a partir do momento em que sentiu que o seu time não conseguia atacar com eficiência pela falta de quem armasse o jogo?

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EM 21/09/2012,  EU ESCREVIA NESTE BLOG:

(SIC)

“Entendo que este não era o momento psicológico de contratar Kleina.

Ele não tem o perfil de um treinador revolucionário, carismático, motivador,...

Está demasiadamente longe daqueles que, assim que chegam em um novo clube, conseguem incendiar o ambiente, despertar os ânimos, motivar os jogadores, fazê-los render mais do que podem e levá-los à superação.

Seu trabalho é o que chamamos de trabalho de formiguinha, a longo prazo, a perder de vista.

Kleina constrói a equipe, devagarinho, simbolicamente, de tijolo a tijolo, parede por parede, e faz tudo como manda a cartilha do futebol.

Eu recomendaria a sua contratação pelo Palmeiras em qualquer outra circunstância, mas, em meu entendimento, este não era o momento mais indicado ou adequado.

Seria, sim, se o Palmeiras já estivesse salvo ou rebaixado - ainda não está -  e fosse iniciar um processo de reengenharia no elenco visando à temporada de 2013.

O empenho da diretoria do Palmeiras em contratar um treinador que é uma incógnita em termos de dirigir um time de primeira grandeza do futebol brasileiro, passa a impressão de que Arnaldo Frizzo e Cia não estão acreditando que o Palmeiras vai sobreviver na Série A.

Se o time sucumbir e não conseguir sair do corredor da morte, eles usarão a contratação de Kleina e a preparação do time para 2013 e para a Libertadores, com um anteparo às ondas, censuras e críticas que, certamente, virão de uma forma forte, contundente e descomunal, absolutamente imprevisíveis.

Do jeito que é a nossa torcida, bipolar, irracional, incompreensiva, se o Palmeiras for rebaixado criticarão, fritarão e queimarão Kleina logo no início do ano, deixando a nova diretoria com outro problema a resolver e outra indenização milionaria a quitar.

Não foi assim com Bonamigo, que fazia mais sucesso do que Kleina, quando no Coritiba?

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Espero, sinceramente, estar errado, lembrando que não faço parte daquela facção de nossa torcida que quando exerce a futurologia e emite opiniões, em vez de torcer para o sucesso do time, torce para que as suas opiniões e convicções, ainda que terrroristas, sempre prevaleçam. 

Quero deixar claro que torço para o Palmeiras, não para o E.C. Minha Opinião Paulista" ou para o "Minha Corneta F.C!

Estou torcendo, muito, de verdade, para que a minha opinião não prevaleça!

Desejo que Kleina me contrarie e consiga motivar o time neste resto de Brasileirão, tirando-nos do descenso, da mesma forma que eu acreditava que Picerni pudesse fazer.

Estou com Kleina, e não abro! “

TERIA EU ERRADO EM MINHAS PREVISÕES?

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VOCÊ É CONTRA OU FAVORÁVEL À DEMISSÃO DE KLEINA?

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