Observatório Alviverde

23/08/2013

A TORCIDA PRECISA APOIAR OS JOGADORES E RECONHECER O TRABALHO DE kLEINA. SÓ ASSIM VAMOS SUBIR!



 
Eu sempre disse e vou repetir: boa parte dos problemas do Palmeiras provêm de sua torcida, boa parte dela fanática e insana.

Sempre me bati e o farei, enquanto viver, reivindicando um tratamento equânime e equitativo em relação aos nossos maiores adversários.

Entretanto, por questão de honestidade, caráter e princípios, vejo-me obrigado a denunciar o "quinto-colunismo" explícito e escancarado fomentado por parte considerável da mídia palestrina.

Este é um problema mais que do que sério, seriíssimo, pois essa parcela da mídia palestrina, extremamente influente,  em determinados momentos, consegue ser ainda pior e mais deletéria ao clube do que a mídia comum que há anos persegue, deprecia e trabalha para apequenar o Verdão.

Vejam se é possível:

O Palmeiras está há 12 jogos sem perder, com 7 vitórias consecutivas e encaminhadas as classificações nas duas competições que disputa, mas isso parece não bastar para arrefecer os ânimos de nossa presunçosa torcida, ressalvadas as exceções de praxe.

O que mais se lê em blogs e mídias sociais, são manifestações de insatisfação (?, como pode?) com a ótima campanha do time. Inacreditaaavel!

Mais do que isso, uma inexplicável e irracional hostilidade a Kleina e a jogadores como Márcio Araújo e Juninho, constante, interminável, que recrudesce, encorpa e amplifica a cada jogo, mesmo que o time saia de campo na qualidade de vencedor.

Isso é inadmissível e mostra bem o caráter personalista doentio e a insaciedade inexplicável de parte de nossa torcida, responsável, muitas vezes, aliás,  por certas crises que se instalam no clube. 

Kleina tem sido chamado, desprezivelmente, como um técnico de série B e já vejo um movimento orquestrado em muitos blogs e sites que compõem a mídia palestrina, no sentido de que ele não tenha o contrato reformado e, consequentemente, não seja o técnico do Palmeiras no ano do centenário.

Confesso-lhes, eu também não acreditava em Kleina, mas fui paciente e esperei que ele realizasse o seu trabalho.

Não acreditava, sobretudo, por não ser ele aquele técnico cascudo, tipo Felipão, Muricy ou Luxa, tipos que se colocam acima de tudo e de todos ao assumir qualquer clube, e, muitas vezes, sobrepõem-se e atropelam os próprios diretor de futebol e o presidente.

Mas, por incrível que possa parecer, a maior força de Kleina é a sua fraqueza, pois, no mundo moderno e distenso em que vivemos hoje, parece que já não há mais lugar para durões!

O elenco gostou de Kleina, de seu modo educado de ser, de sua finesse e de sua preocupação em só elogiar os atletas quando vem a público através da mídia, ainda que muitos dos citados estejam fora de seus planos. Em suma, Kleina é, antes de tudo, um profissional ético!

Há uma velha mania em boa parte da torcida palmeirense, de menosprezar, diminuir, desvalorizar e, até, de demonizar os técnicos egressos de times do interior.

Por isso, rejeitam Kleina afirmando que ele serve, apenas, para a Ponte, não para o Palmeiras. 

É preciso, entretanto que, principalmente, os novos torcedores lancem um olhar retrospectivo à história recente do Palmeiras, onde poderão verificar e constatar que o técnico mais vitorioso veio, coincidentemente, exatamente do time pontepretano. O nome dele? Vanderley Luxemburgo!

Por que, então, atrapalhar e não permitir que Kleina continue desenvolvendo com tranquilidade o seu trabalho?

Na verdade, quem merece todas as críticas e "reproches"são aqueles torcedores que movem, incessantemente, essa odiosa campanha contra um técnico honesto, trabalhador, moderno e, até o momento, vencedor e digno de nossos encômios, louvores, respeito e elogios! 

Da mesma forma, a nociva campanha difamatória é estendida e, ao menos neste momento, circunscrita e resumida a dois atletas, Márcio Araújo e Juninho.

Não vou defender Araújo a ponto de colocá-lo como insubstituível ou como um craque de ponta em sua posição e "imexivel",  muito longe disso!

Em primeiro lugar, perguntemos:

O Palmeiras poderia ter alguém melhor na posição? 

A resposta é muito fácil.

Claro que sim!

Um substituto, do ponto de vista técnico-individual,  não seria tão difícil de ser encontrado, desde que o clube pudesse e se dispusesse a gastar.

Mas o Palmeiras, neste momento, dispões de recursos para investir em um volante de contenção ou assemelhados de maior expressão?

Na real, colocando-se as coisas de forma prática e objetiva, o que temos em mãos é Araújo.

Fora ele, temos um ou outro jogador experiente mas de menor condição técnica como Wendel, ou jovens promissores, porém ainda imaturos como Denoni que carecem de cancha e experiência.

A constatação a que se chega é a de que o maranhense, se não é nenhum portento, é um jogador de boa qualidade e potencial, que entre altos e baixos, mas altos do que baixos, vem correspondendo ,se não as nossas expectativas, mas as nossa necessidades.

Em um olhar amplo sobre os times, elencos e jogadores disponíveis no atual futebol brasileiro, constata-se, facilmente, que Araújo é superior a 60% dos volantes de contenção da série A, e transita na faixa de um bom jogador.

Já na série B, supera a marca de 90% entre todos os que vi, até agora e, nessas condições, pode ser considerado um atleta especial, de grandes utilidade e valia para a competição.

Mais do que tudo isso, é um atleta de grupo, disciplinado, que exerce, por incrível que possa parecer, forte liderança em campo. 

Em decorrência, principalmente, disso, foi apoiado por todos os técnicos com os quais trabalhou no Palmeiras, Muricy e Felipão, inclusive.

É desnecessário citar a versatilidade de  Araújo que já atuou em várias posições diferentes e mesmo nas contingências de adaptação e improviso, não reclamou, foi para o sacrifício e não comprometeu.

Pelo contrário, mostrou, para quem se dispusesse a enxergar, a sua condição de jogador comunitário, espécime em extinção no futebol atual, mais do que profissional, um antro de mercenários!

Quanto a Juninho, o Palmeiras comprou, senão gato por lebre, menos, marreco por pato.

Juninho está longe de ser um lateral marcador e se assemelha, muito mais, a um ponta à antiga, embora sem tanto drible nos pés como os jogadores daquela época, todos sepultados pelo "revolucionário" ídolo dos idiotas e paga-paus da mídia de minha época, Telê Santana, o "mestre"! Hahahahahahahhahahaha....

Só por essa intervenção esdrúxula e indevida no futebol brasileiro - funcionou apenas no São Paulo com o auxílio precioso das arbitragens - não deveriam ter-lhe atribuído o epíteto de mestre, mas esse é um outro assunto!

Juninho, nem ponta, nem lateral, nem armador,  foi outra indicação de contratação absurda de Felipão.

O Palmeiras, estupidamente, fez um altíssimo investimento em um jogador mediano com rótulo de craque, que o Figueira conseguiu passar à frente por um exorbitante preço de craque. 

Agora é preciso que se compreenda que, se com Juninho está ruim, sem ele será pior, haja vista a inexistência de alternativas individuais de banco e da impossibilidade anunciada por Paulo Nobre de novas contratações.

A opção natural, Fernandinho, além de estar em fase final de recuperação de fratura, foi picado pela mosca verde (leia-se Kleina) e quer jogar como meio campista;

Aí, é forçoso reconhecer, não há lugar para ele, a julgarmos pelo que mostrou até agora. O futuro dele, a Kleina pertence, ao menos por enquanto!

Juninho é um dos jogadores da preferência de quem escala, e  GK, em passado bem recente, não permitiu que ele se transferisse para o Vasco. Agora tem de segurar as pontas!

Seria um excelente negócio para o jogador e para o Palmeiras, que poderia, no amplo universo do futebol brasileiro, sobretudo, da série B, encontrar opções bem melhores e mais baratas. Kleina dormiu de touca!

Mas, convenhamos, nós que estamos aqui, do outro lado do campo e que temos, apenas, o poder da opinião, jamais da resolução, o que é que se pode fazer agora? 

Tirar Juninho para colocar quem? 

O lento Marcelo Oliveira, que nos deixa mais compactos na defesa mas que tem tão pouca força e velocidade no apoio?

Portanto,  a conclusão é óbvia: não temos, no elenco, ninguém melhor do que Juninho para a ala esquerda. Diga-se, também, de passagem, ele tem melhorado bastante o seu rendimento nos últimos jogos.

Creio que já passou da hora de a torcida abrir os braços e proporcionar um "time", um descanso, uma folga, uma trégua ou, sei lá como definir, uma condição ambiental favorável para que Kleina continue seu trabalho profícuo e vencedor, ao menos pelo que os números verberam até agora.

Da mesma forma, vamos motivar e incentivar Araújo e Juninho, considerando os seus acertos, reconhecidamente maiores e, até onde for possível, relevando os seus erros, muito menores.

Eu sei que está cheio de sites e blogs da mídia palestrina, ligados à política interna do clube e que procuram manipular opiniões, estabelecer a discórdia e o caos ao clube visando ao favorecimento de suas correntes políticas, colimando o poder!

É para esse aspecto que o torcedor comum do Palmeiras tem de abrir os olhos e estar atento, a fim de que ele não seja transformado em massa de manobra e servir de talher para que outros possam se banquetear com todas as benesses decorrentes do poder.

É necessário a crítica, sim, mas a crítica que possa ajudar a construir um Palmeiras maior e, sobretudo, melhor!

Que tal frustrar esses donos de blog para os quais a política do quanto pior, melhor é a que mais lhes convém?

O Palmeiras, neste momento, está vencedor, mas para que ele seja, de fato, vencedor, urge que a torcida respeite e reconheça o bom trabalho de Kleina,

Mais do que isso, que, simbolicamente, abrace os jogadores, mesmo aqueles de quem não gosta ou pelos quais não nutra simpatias, pois, queiramos ou não, nas atuais circunstância e hora, o Palmeiras não fará investimentos.

Para que o time possa voltar à elite, temos de dar, também, a nossa contribuição.

Pensem que essa contribuição, principalmente, passa pelo apoiamento de todos os palmeirenses de bom senso, a um grupo que, longe de ser limitado, é, disparadamente, o melhor entre todos os que disputam o acesso. Não creiam, por favor, na política derrotista de alguns porque não procede!

Por extensão, como ficou provado ao término do Paulistão e  evidenciado no jogo contra o Atlético PR, já dispomos de um elenco capacitado a disputar a série A, em muito melhores condições do que aquele que foi rebaixado no ano passado.

Mas, se você não conseguir fazer o que sugerimos, ajude o time com a imensurável força de seu silêncio!

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LEIA ESTA MATÉRIA DE RODAPÉ, MUITO IMPORTANTE!  

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Kleina erra se poupar os sãos e os que não gostam de viajar de ônibus!

Concordo, plenamente, com a disposição de Kleina em poupar Valdívia para o jogo em Curitiba, porque se recupera de contusão!

Não concordo, definitivamente, com Kleina quando ele fala em poupar titulares "por cansaço"!

Cansaço de que?

De jogar - como se joga desde que se instalou refletores para jogos noturnos na década de 40 - dois jogos por semana?

Se os atletas não aguentam dois rotineiros jogos semanais, existe alguma coisa errada em nossa preparação física!

O Palmeiras precisa, cada vez mais, ganhar entrosamento, o que, apenas, se consegue, mantendo o time titular sempre jogando.

O jogo em Varginha é tão importante quanto o jogo na capital paranaense, pois envolve o nosso retorno à elite.

Ademais, no terreno das probabilidades, é muito mais possível que retornemos à primeira divisão, do que sejamos campeões da Copa do Brasil.

Por isso, seria de bom tom que colocassemos em campo a nossa força total em ambos os jogos.

Que Kleina não tenha medo da verdade e peite possíveis aproveitadores que, mesmo em um ônibus espetacular como você vê na foto, com todo o conforto, alegam estafa e desejam obter o passaporte para uma folga remunerada no instigante fim de semana paulistano!

Eles vão alegar que, para se prepararem melhor para o jogo em Curitiba seria de bom alvitre eliminar uma "cansativa" viagem ao interior de minas, no chamado voo rasteiro!

Cruzeiro, Atlético e América, para quem não sabe, viajam constantemente às longínquas cidades do interior mineiro, que distam, às vezes, quase mil quilômetros de Belo Horizonte,  Varginha inclusive, quase sempre, de ônibus.

Os jogadores não reclamam e nem pedem para ser poupados!  (AD)