Observatório Alviverde

11/09/2014

PALMEIRAS 1 X 0 CRICIÚMA: VITÓRIA MAGRA COM EFEITO DE GOLEADA!


Ainda que o Palmeiras vencesse o Criciúma por meio a zero, eu festejaria, pois, na circunstância atual do Verdão, qualquer vitória é bem-vinda e vale por uma goleada.

Um time viciado em perder, como era o Palmeiras de Gareca (quem sente falta dele?) que empata na estreia do novo técnico e vence o jogo seguinte, é evidente e elementar que apresenta sinais visíveis de melhora, sob todos os aspectos.

Vejam, verifiquem e constatem comigo que, de fato, a vitória simples e magra de ontem sobre os catarinas valeu por uma goleada e melhorou, "demaaaaiiiiisss", a vida do Palmeiras, porque...

1) Ganhamos três pontos importantíssimos.

2) Derrotamos um adversário direto na luta contra o rebaixamento em um jogo, daqueles, a que chamamos de seis pontos.

2) Subimos duas posições importantíssimas na tabela, considerando-se que empatávamos com o Criciúma na décima sétima posição com 18 pontos e, apenas, os tênues critérios de desempate é que nos excluíam do Z4.

3) Havia, além do Criciúma, repito, com o qual empatávamos, só três equipes atrás do Verdão, Coritiba, Vitória e Bahia. Agora, já são cinco, haja vista que conseguimos ultrapassar, também, a Chapecoense.

4) Com 21 pontos, necessitamos, agora, de um único pontinho para alcançar o Botafogo, que tem 22, e isso poderá ocorrer já na próxima rodada, desde que o "Fogão"tropece e o Palmeiras consiga derrotar o Flu. 
Obs: Com Gareca no comando, era impossível projetar-se ou imaginar o Palmeiras derrotando qualquer time carioca no Maracanã, mas, pelo que se viu e deduziu nestes dois jogos, a tarefa, embora, ainda, difícil,  já não transita mais pelo terreno das impossibilidades.

5) Em razão da vitória de ontem que, ao menos para mim, repito, soa como goleada, alguns resultados paralelos ocorreram na rodada em benefício do Palmeiras: 
a) Grêmio 1 x 0 Atlético PR, que segurou o time paranaense na parte de baixo da tabela e o coloca entre aqueles que lutam para não cair. 
b) Botafogo 2 x 4 Bambis, resultado ruim em função da rivalidade, mas que enseja ao Palmeiras a possibilidade de ultrapassar o Botafogo, já na próxima rodada.
c) Coritiba 3 x 0 Chapecoense, resultado que proporcionou ao Palmeiras ganhar uma posição e diluir os números do time catarinense, que eram superiores aos do Verdão até a rodada de ontem.
d) Dos jogos de hoje, quinta-feira, só interessa -mesmo- ao Palmeiras o Cruzeiro x Bahia, em Belo Horizonte. A não ser que ocorra uma improvável zebra ou a ocasional intervenção do "Sobrenatural de Almeida", o Bahia de Kleina deve perder e manter-se na rabeira, com a agravante de contabilizar ainda mais prejuízos naqueles números importantes da luta contra o descenso, denominados critérios de desempate, pois corre o severo risco de ser goleado.

6) O resultado magro com efeito de goleada que o Verdão estabeleceu sobre o time carvoeiro, manifesta-se, sobretudo,   no primeiro e mais importante quesito dos critérios de desempate, o número de vitórias. Ontem, o Verdão chegou a sua sexta vitória e fica em posição privilegiada em relação a todos aqueles que compõem o piso da tabela (Bahia, 3 pontos. Criciúma, Vitória e Coritiba, 4 e Chapecoense, 5 pontos.).

7) Da mesma forma o Verdão já alcança, em número de vitórias, os dois adversários que na contabilização dos pontos, estão logo a sua frente, Botafogo e Atlético Pr, que também têm 6 vitórias. Da mesma forma, o Palmeiras fica, apenas, a uma vitória dos todo poderosos Flamengo e Santos que, ao lado de Figueirense e Goiás, totalizam sete triunfos no Brasileiro.

8) Para que não me alongue tanto na exposição dos benefícios trazidos pela vitória de ontem, registre-se que ela é um fator psicológico importante na recuperação emocional da equipe que, certamente, vai ganhar mais autoconfiança, motivação e disposição para a difícil batalha do próximo sábado, no Rio, contra o Fluminense.

Arrisco-me a dizer, ainda que os números em sí nada garantam que nessa segunda rodada do returno do Brasileiro, se o Palmeiras vencer o bambi carioca, sábado que vem, livra-se do risco rebaixamento. Mas é mera questão de palpite!
...  
Foi muito bem o Fábio, ontem contra o Criciúma. Quando a bola chega toda a hora ao gol (como ocorria no tempo de Gareca) e o goleiro é obrigado a intervir a todo instante, haverá, sempre um descuido, um acidente ou um momento em que ele irá falhar. 

Não teria sido esse excesso de necessidade de intervenções e participação nos jogos o fator que precipitou tantas falhas de nosso jovem goleiro em sucessivos jogos ? 

Ontem Eldinho esteve bem, diferentemente de todas as partidas das quais participou. Finalmente, ele conseguiu me impressionar favoravelmente. Já não era sem tempo.

Estaria ele tolhido e inibido em face de tudo de ruim que acontecia no Verdão? É possível! Se jogar, sempre, o que jogou ontem, Wendel vai ficar no banco!

Vitorino foi, novamente, o melhor da defesa e nem a saída prematura de Tóbio, com quem já se entrosava, o fez cair de produção. 

Eguren entrou e jogou para o time. Victor Luiz teve altos e baixos. É jovem e tem muito a aprender.

No meio de campo destaco a correria de Renato e a bravura do eficiente Marcelo Oliveira que, mesmo contundido, continuou em campo e não afinou. 

Leandro, fora de posição,(ele é atacante agudo mas tem voltado para armar) não foi bem. Trata-se de um jogador que só deu certo na série B, de quem o Palmeiras, se encontrasse um bom negócio deveria se desfazer. 

Felipe Menezes substituiu Leandro e, de início, sentiu o "peso da responsa" e as vaias da torcida, mas, à medida que foi se adaptando ao jogo mostrou um bom repertório de jogadas e realizou alguns lançamentos olhando para um lado e tocando para outro como nunca houvera visto em outros jogos.

Juninho lutou, correu muito mas rendeu pouco, haja vista que, apesar de sua grande disposição, é limitado tecnicamente para atuar como armador. 

Improvisado na função, Juninho vai, aos poucos, aprendendo a arte de armar o jogo, mas, atualmente, apenas, quebra o galho e segura a posição para seu verdadeiro proprietário, o craque Valdívia.

Cristaldo substituiu Juninho, mas atuou mais à frente, sobretudo pelos lados do campo, deixando a Felipe Menezes e Diogo a incumbência da preparação das jogadas. 

Pelo fato de ter feito o gol, sim, mas, principalmente pela velocidade que proporcionou ao ataque do Palmeiras, Cristaldo entrou resoluto, deu conta do recado e decidiu o jogo assinalando um gol importantíssimo. É candidato a ídolo!  

Henrique, também, esteve esforçado sem, entretanto, deixar a sua marca, como vinha ocorrendo, haja vista que perdeu outro gol feito, que poderia ter selado a vitória do Palmeiras com mais tranquilidade. 

O Palmeiras precisa prementemente, urgentemente,  de outro homem de área de características diferentes das de Henrique, para que, em determinadas circunstâncias, possa mudar e variar o jogo, a fim de surpreender os adversários.

O melhor em campo, em meu entendimento, foi Diogo, apesar de ser e estar castrado (pelo esquema) naquilo que sabe fazer de melhor, isto é, partir pra cima do adversário com a bola dominada, driblar, abrir espaços em sistemas defensivos muito fechados e atuar ofensivamente. 

Ontem, Diogo esteve muito bem em todos os aspectos, da marcação à armação. O gol definidor surgiu de sua visão, percepção da trajetória da bola e perfeito uso do corpo na luta contra um zagueiro muito mais alto, assim como da antevisão da penetração de Henrique e Cristaldo. Teve uma grande atuação, ontem, o meia que veio da Portuguesa!

Dorival Júnior, ainda que o Palmeiras viesse a perder ou empatar o jogo, não seria censurado por este OAV! Como ressaltamos no post de ontem, nosso técnico fez tudo certo no que respeitava à armação do time, exatamente aquilo que o gringo limitado e cego não conseguia fazer, isto é, manter, sempre que possível o time base. 

A não ser que retorne o craque Valdívia, acredito que, Júnior, ressalvados aqueles jogadores que venham a se afastar por contusão, mantenha, contra o Fluminense, a mesma escalação que iniciou o jogo de ontem contra o Criciúma.

É assim e só assim que se consegue um time homogêneo, equilibrado e entrosado, exatamente tudo o que nos faltou quando Gareca esteve à frente do Palmeiras.

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Na TV

Excelente a transmissão de Jota Júnior no Palmeiras x Criciúma!

O tape deveria ser remetido a Cléber Machado e Galvão Bueno, para que o vissem, analisassem, ouvissem e aprendessem que "o que, realmente, o público quer ouvir de um narrador, é, nada mais, nada menos do que, exclusivamente, a identificação de quem está com a bola". 

Eu não estou interessado (ninguém está) no que pensam o Cléber e o Galvão, a não ser no nome do jogador que está com a bola. Cléber, por sinal, como comentarista, é muito fraco! 

Quem não se lembra dele, "âncora" no Sportv, indeciso, fraquíssimo? Sua saída representou um grande alívio aos telespectadores. 

Se ele pode ser narrador? Pode, e dos bons! Infelizmente, assim como Galvão, ele sempre quer ocupar, também, a função de comentarista e, com isso, torna-se um chato de galocha!

É óbvio que, reconheço, de vez em quando, o narrador pode (deve) inserir informações úteis ao telespectador, tanto e quanto os repórteres. Gostei de 80% das informações inseridas por Jota Jr. ontem, no relato de Palmeiras x Criciúma.

Outro aspecto importante na transmissão, foi o profissionalismo de Jota que respeitou o colega Ivan Andrade pois não pautou ou dirigiu o comentarista, obrigando-o a abordar o jogo sob o seu ângulo de visão, como fazem Cléber, Galvão, Luís Roberto e, principalmente, Milton Leite. 

Ivan Andrade esteve bem (é jornalista descompromissado e não ex-jogador comprometido com seu ex-clube e respectiva torcida). 

Gostei quando ele lançou no ar um conceito que também é meu e que já usei milhares de vezes em minhas transmissões e comentários no rádio: 

"em futebol todo time tem de agredir (taticamente, é claro) o adversário. Se não agredir é agredido e perde o jogo". 

Era assim o Palmeiras de Gareca, e, por isso, não conseguiu ganhar de ninguém!

Sem os chatíssimos hunos, ex-jogadores infiltrados e, via de regra, fanáticos curintianos, flamenguistas ou tricolores, a transmissão esteve descontaminada, despoluída e sem as costumeiras agressões ao bom-senso e à língua portuguesa.

Quando do gol do Palmeiras, houve um erro de Jota Júnior, talvez pelo fato de estar acostumado às anulações dos gols alviverdes.

Em vez de seguir narrando o gol até o final do relato, para, só a partir daí, então, mencionar que havia reclamação dos jogadores do Criciúma e chamar o comentarista para a análise, Jota, mesmo com o árbitro e os bandeiras correndo para o meio de campo sinalizando a validação do lance,  seccionou a única emoção do jogo e de seu relato, para, simplesmente, registrar um fato banal e corriqueiro de reclamação, quando as imagens na TV sequer mostravam os jogadores catarinenses. 

Em vez de discorrer a respeito do que as câmeras focalizavam e a TV exibia, isto é, a comemoração de Cristaldo e a festa da torcida do Palmeiras, ele preferiu parar e relatar um fato aleatório, estragando, completamente, o único gol da partida. Uma pena! Na ânsia de, jornalisticamente, acertar ele errou!

Estaria, ele, de olho no monitor, como manda o figurino? Parece que não!

Apesar do pequeno desvio, nota 8,5 para o narrador!

Muito bem o repórter André Hernan, deveria ilustrar, mais, as transmissões com notícias curtas e rápidas do noticiário comum, ou falar a respeito dos bancos, dos técnicos, dos jogadores reservas e dos bastidores mais amiúde. 

Não o censuro por isso, pois desconheço se ele obedece ou não a algum esquema de trabalho adredemente preparado! Creio que sim!(AD)