Observatório Alviverde

04/02/2010

JOGAMOS, CORREMOS, DOMINAMOS E TIVEMOS MUITO MAIS POSSE DE BOLA. MAS CHUTES A GOL, NADA!

O Palmeiras, contra a Lusa, jogou o mesmo futebol opaco que vem jogando ultimamente. Muita posse de bola, muita bola alçada, sem ter a mínima contundência ofensiva. A situação, crônica, é potencializada, naturalmente, pela falta de bons atacantes e homens de área eficientes no elenco. Esta deficiência, mais uma vez, e sem qualquer dúvida, foi o fator determinante do desinteressante empate com a Portuguesa. Foi um jogo no qual, se o Palmeiras dominou territorialmente, a Portuguesa esteve, sempre, muito mais perto do gol. O falso domínio que exercemos no segundo tempo, não pode ocultar os nossos defeitos ofensivos que se repetem a cada jogo. Fica patente a falta de atacantes efetivos e a ausência de finalizadores em nossa equipe. A rigor, só Diego Souza e, um pouco, David Dacconi, chutam ao gol. Esse é um problema que tem de ser solucionado com a maior urgência possível, sob a pena de soçobrarmos neste paulistão.
Gostei de Marcos. Nao fosse ele teríamos perdido. Figueroa, muito bem. Danilo, excelente. É hoje o nosso melhor homem-de-área, defensivo e ofensivo. Edinho, pesado, fora de forma, ainda inadaptado ao futebol brasileiro. Armero. Ele tem cérebro? Ele raciocina? Pierre, o de sempre, eficientíssimo e raçudo. Márcio Araújo, excelente, defendeu muito e não errou nenhum passe.
Deyvid Sacconi, altos e baixos. Robert. E ele jogou? Diego Souza. Não pode ser garçon porque ele é o dono do boteco. Sentiu muito a falta de CX10. João Artur, por enquanto é só um Joãozinho com potencial. William. Mostrou, no Vitória, que tem muito mais futebol. Lenny. O Palmeiras merece jogadores de melhor qualidade. Eu não sei porque a torcida gosta tanto desse jogador, absolutamente, baixote, franzino, enfeitador, improdutivo e que só rende alguma coisa se atuar como ponta à antiga pelo lado direito do campo.
PERGUNTA FINAL. Por que os jogadores que o Palmeiras pretende estão sempre com algum problema e nunca podem vir diretamente e sem problemas para o clube? O Palmeiras me faz lembrar aquela moça que só se mete com homens comprometidos. É brincadeira...

PALMEIRAS X PORTUGUESA, JOGO DA REABILITAÇÃO OU DO AGRAVAMENTO DA CRISE?

Em horário estranho para um dia de semana, cinco horas da tarde, a TV Globo marcou, intempestivamente esse Palmeiras e Portuguesa. Uma pena, pois em horário adequado teríamos bons público e renda, malgrado o tropeço palestrino contra o seu maior rival, o Corinthians, domingo passado no Pacaembu.
O jogo de hoje está sendo chamado de o jogo da reabilitação. Vai ser ótimo se ela vier.
Mas, que se cuide o Palmeiras, pois poderá, em caso de um mau resultado, transformar-se em jogo do agravamento da crise. Que ninguém se iluda ou tente tapar o sol com a peneira, estamos, sim, em crise. A derrota contra os gambás, além de doída, fez soar forte as vuvuzelas contra a diretoria e, principalmente, contra Muricy Ramalho. Ou voces acham que a oposição e a turma do amendoim deixariam passar em branco essa oportunidade ímpar de tripudiar sobre Belluzzo, seus pares de diretoria e, principalmente, sobre o nosso treinador?
Noves-fora as ondas, esse Palmeiras e Portuguesa tem tudo para agradar. Tradicionalmente os dois clubes mantêm, através dos anos, uma rivalidade sadia, posto que representavam, em seus primórdios, duas das mais importantes vertentes da colonização brasileira, a colônia italiana e a colônia portuguesa. Isso ficou, ainda perdura, mas sem o peso daqueles tempos.
Embora campeã tão poucas vezes, a Portuguesa sempre manteve times de qualidade, competitivos e que davam imenso trabalho ao trio de ferro e ao próprio Santos. Em vários momentos de sua história, a lusa, como também é conhecida, foi a asa-negra dos grandes do futebol paulista. Embora não fosse feliz contra os pequenos, era o terror dos times grandes.
Nos dias de hoje as coisas mudaram. A Portuguesa não ostenta o mesmo estatus, o mesmo brilho, a mesma importância e nem ocupa mais o mesmo espaço que ocupou, outrora, no futebol de São Paulo e do Brasil. É um time mediano, de investimento mediano, procurando reconquistar o tempo e o caminho perdidos em sua trajetória. Já o Palmeiras de hoje, também um espectro do velho Palestra e da decantada Academia, em nível mais qualificado, mais elitizado também luta por esse mesmo reencontro.
Time por time, o Palmeiras é melhor. Mas nem por isso reúne credenciais suficientes para impor-se com facilidade. Pela situação psicológica inevitavelmente desanimadora em que está mergulhado o elenco após a derrota para o Corinthians, pela falta absoluta de atacantes eficientes e de homens de área, pela ausência de Cleiton Xavier, e por vários outros motivos, embora melhor, o Verdão não pode, desta feita, ser considerado o favorito. Nem mesmo considerando-se o tabu de não perdermos para a lusa já a cinco anos! O jogo vai ser pegado e muito difícil. Menos mal que contaremos com o nosso único canhoneiro eficiente e mortal, Diego Souza. E, ao mesmo tempo em que agradecemos aos céus pelo fechamento da janela européia de transferências só nos cabe perguntar de novo: até quando vai perdurar essa "diegodependência"?
DEIXE O SEU COMENTÁRIO