Observatório Alviverde

05/01/2021

PALMEIRAS COLOCA OS DOIS PÉS NA FINAL DA LIBERTADORES/20!

Algo ficou bem claro, findo River Plate 0 x 3 Palmeiras: o melhor time entre os quatro finalistas desta Liberta é o Palmeiras! 

Vou além e digo, também, sem medo de errar, que o Verdão já está na final contra o vencedor de Boca x Santos, antecipando que estarei torcendo logo mais pelos argentinos.

O resultado, per si, mostrou, evidenciou e realçou tudo o que a maior parte da mídia brasileira fazia questão de negar, da melhor qualidade palmeirense em relação ao time argentino.

Vou além: o placar só não foi mais dilatado porque os jogadores do Palmeiras, estabelecidos o 0 x 3, preferiram tirar o pé da aceleração de jogo e evitar a violência imposta pelo desmoralizado adversário, tanto e quanto prevenir-se dos cartões e, sobretudo, das contusões.

Dizer-lhes, porém, que não tive medo de um resultado negativo a partir do início ousado e  impetuoso do time portenho seria, de minha parte, falta de sinceridade.

Explorando os flancos, mormente o esquerdo onde Marcos Rocha jogava sem o auxílio de ninguém, por duas vezes o River esteve a pique de abrir o marcador, errando um arremate e, no outro lance, ensejando a Weverton uma defesa salvadora, espetacular...

Com quatro minutos de jogo o Palmeiras já era envolvido pelo adversário, mas Abel Ferreira, sentindo que a marcação era falha pelo lado de Rocha, ordenou que Gabriel Menino formasse dupla com ele e resolveu -definitivamente- o problema.

A partir daí o Palmeiras equilibrou as ações, passou a ter mais autoconfiança e o jogo se desenvolveu mostrando o Verdão atrás e fazendo o "jogo da paciência" na espera de arrumar um contra-ataque e um gol.

Os "milionários", na realidade, só tinham mesmo a posse de bola , haja vista que não conseguiam se infiltrar entre a defensiva palmeirense ou sequer, criar jogadas que terminassem em cruzamentos, a fim de explorar o jogo aéreo. 

Em resumo, pode-se dizer que os argentinos criaram muito pouco, esbarrando na verdadeira "linha maginot" estrategicamente montada por Abel e só chegaram depois disso em um único lance, num cruzamento de Montiel para Suarez que chegou tarde para o carrinho fatal.

O Palmeiras abriu a contagem em seguida, aos 26 do 1º tempo, quando Menino recebeu de Patrick pelo lado direito do campo, avançou e cruzou forte e rasteiro para a área. 

Com a visão obstruída num primeiro momento, o goleiro do River imaginou que a bola tivesse maior velocidade do que na realidade tinha e, em vez de tentar agarrar deu um carrinho de afastamento...

Ele só não podia imaginar que a bola, reboteada, acabaria nos pés de Rôni, livre, que chutou muito forte da entrada da área e a bola, após desviar num zagueiro do River foi direta para o fundo das redes: Palmeiras 1 x 0. 

Esse gol deu mais confiança à boleirada e, depois dele, o Palmeiras, 10 minutos depois, fez um golaço com Scarpa mas Luis Adriano estava impedido no momento do lançamento após receber de Patrick.

Houve mais duas chances de gol, a partir do gol anulado, sendo uma do Palmeiras com Rôni e outra do River em cobrança de falta que tocou no travessão embora Weverton, se a bola viesse mais baixo, poderia defender já que acompanhou o lance.

O que o River não esperava é que o Palmeiras voltasse tão ligado quanto voltou para o 2º tempo criando, de cara, uma situação de gol com Rôni e, logo em seguida, marcasse o segundo gol com Luiz Adriano.

Empereur roubou a bola na defesa e serviu Danilo que, imediatamente, tocou para Adriano em profundidade. Adriano, na corrida, bateu a zaga "riveriana" e tocou entre as pernas do goleiro Armani! Palmeiras 2 x 0. 

O River ainda criou uma boa chance quando, numa bola alçada, De La Cruz desviou e Carrascal cabeceou com imenso perigo num lance em que Weverton nada poderia fazer, senão torcer.

Àquela altura do jogo o Palmeiras se impunha por sua melhor preparação física e o toque de bola do Verdão (achei até exagerado pois preferia tentar mais gols) envolvia completamente o River e irritava os seus jogadores que começaram a provocar e a bater nos palmeirenses.

Num desses lances Carrascal fez falta em Gabriel Menino e,  na conclusão do lance tentou chutar o palmeirense pelas costas, sendo, imediatamente, expulso.

Imediatamente após o Palmeiras fez o 3º gol numa cobrança de falta devidamente ensaiada, tenho certeza, na qual Menino e Scarpa se posicionaram e Scarpa, inesperadamente, cruzou para a cabeçada de Viña, dando cifras finais ao marcador. PALMEIRAS 3 X 0 RIVER PLATE.

Foi um resultado justo e perfeito em um jogo de ótima qualidade a que eu chamo de final moral antecipada da Libertadores, haja vista que, por incrível que pareça, a própria mídia assim deixou transparecer.

Num jogo no qual ninguém no Palmeiras jogou mal, nem Alan que entrou sem imaginar que jogaria em face da contusão de Luan, nem o perseguido Marcos Rocha que pode jogar bem o quanto puder e seus detratores sempre vão dizer que ele não jogou nada.

De qualquer forma, especificamente no jogo de ontem, Rocha (honesto é reconhecer) teve duas falhas, uma no início e outra no final do jogo e ambas quase redundaram em gol. É incrível como os caras estão "secando" esse lateral que, na verdade, é um dos melhores da posição no Brasil.

Pelas duas falhas graves concedo a Rocha uma nota 6,5 sendo que a nota média do time é 7. 

Os que mais se destacaram foram Weverton, 8, Viña,  8, Patrick de Paula, 8 e Luiz Adriano, pelo gol, também 8.

A personagem e o craque do time têm de ser escolhidos entre Rôni e Gabriel  menino, ambos com nota 9. Qualquer que seja a escolha, a ordem dos fatores não irá alterar o produto pois qualquer dos dois fez por merecer a condição de ser entronizado como o melhor em campo. 

De minha parte, Menino foi o melhor e, em razão disto este OAV o destaca como "craque do jogo"! 

O craque dos craques, entretanto foi Abel Ferreira que extrai deste blog uma nota 9,5 que só não se transforma em 10 porque o River esteve superior ao Palmeiras nos primeiros 20 minutos da primeira fase

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