Observatório Alviverde

03/02/2016

VALDÍVIA COM OS DOIS PÉS NO GALO MINEIRO!


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 O Palmeiras não precisa de Valdívia, mas de alguém que jogue tanto e quanto ele!

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A imprensa mineira não tem feito grande alarde, mas estou sabendo que as negociações entre o Galo Mineiro e Jorge Valdívia estão bastante avançadas.

Com Dátolo e Lucas Prato argentinos remanescentes da temporada passada já  confirmados, o Atlético, que adquiriu os equatorianos Juan Cazares e Erazo, tem quatro estrangeiros na equipe e o direito de contratar mais um.

Com a ida do meia Giovani Augusto para o Curica, o time mineiro pretende repor (à maior e à melhor) a perda desse jogador e o nome indicado pelo técnico Diego Aguirre (que de bobo não tem nada) não é outro senão o do chileno Jorge Valdívia.

Antes abordar o assunto ao qual desejo me referir (sugestão do Marco) explicando as razões dos altos e baixos de Robinho com a camisa do Verdão, quero deixar bem claro o seguinte: 

" ainda que Valdívia estivesse disponível e representasse a perspectiva de uma contratação fácil, eu, sinceramente, preferia que o Palmeiras não o contratasse".

Alexandre Mattos, o autor intelectual e material da homérica cagada, ou, para que não sejamos tão rudes e pornográficos, do maior equívoco de 2015, perpetrado simplesmente para fazer média com aquela torcida carnavalesca tanto e quanto com muitos de torcedores industriados pela mídia antipalmeirense, simplesmente, não merece ter ou ver em campo um jogador com a qualidade do Mago.

Aliás, por que esses mesmos torcedores, tanto e quanto a banda podre e covarde da mídia nada falam, reclamam, discorrem ou mencionam a respeito da prolongada ausência de CX-10, cuja presença na enfermaria e no Departamento Médico palmeirense está muito mais prolongada que a de Valdívia?

Alguém tem visto, lido ou percebido alguma campanha contra CX-10 (como faziam contra Valdívia), exigindo que ele deixe o Palmeiras? 

Ninguém viu, verá, nem ninguém leu, lerá e nem perceberá porque isso jamais ocorrerá.

Não obstante, aquelas campanhas odiosas contra o chileno provinham dos torcedores de aluguel, justamente aqueles que por sua truculência nos estádios se imaginam proprietários exclusivos do time do Palmeiras.

Muito bem faz Nobre em mantê-los a quirera e água, sem subvencioná-los. Um clube bem organizado e forte pode dar-se ao luxo de prescindir dessa malta. O Palmeiras, sob Nobre, ainda bem, está assim!

No entanto, Mattos não conseguiu enxergar esse aspecto a tempo e hora e, muito mal influenciado, deixou sair infantilmente o jogador mais valioso das Américas. 

Detalhe: Não sou eu que afirmo isso, mas os jornalistas que cobriram o Sul-Americano de 2015.  Quem discordar, que reclame com eles!

Entremos, então, no assunto principal: a queda de rendimento de Robinho que em tudo a ver com a saída de Valdívia.

Robinho não foi indicado ao Palmeiras por um qualquer ou por qualquer um, mas por Alex Cabeção, um dos maiores meias da história do futebol brasileiro, ex-jogador do Verdão.

Fosse Robinho um armador clássico e Alex o teria apresentado assim, mas se sabe que Alex o indicou ao Palmeiras como um talentoso segundo volante para a composição da meia-cancha, jamais como um cérebro pensante ou um especialista em  armação.

Robinho está sendo (sempre foi) a maior vítima da estúpida negociação de Valdívia, tanto e quanto da relutância de Mattos em contratar um camisa dez (como se dizia antigamente) talentoso e habilitado à armação. 

Sem esse jogador e se vendo obrigado a exercer uma função para a qual não tem a menor vocação, Robinho pode vir a se constituir em mais um talento desperdiçado pelo Palmeiras como dezenas de outros.

Quem não sabe -sempre foi assim- que Robinho é um atleta para atuar um pouco mais à frente, para o jogo curto e para os deslocamentos que infernizam as defesas, tiram os zagueiros da área, ensejam os espaços ao ataque para aquele "um-dois" demolidor de defesas, para os chutes impressentidos e inesperados à média e longa distância, para as cobranças de falta (quando Zé Roberto deixa), de escanteios e, enfim, mil e uma outras utilidades.

Versatilidade sempre foi e é a marca registrada de Robinho que, vez ou outra, em face de seu apreciável e indiscutível talento surpreende a tudo e a todos com lançamentos e enfiadas de bola espetaculares que, muitas vezes, redundam em gol.

E, no entanto, Robinho só tem sido usado como "armador jardineiro", isto é aquele que só quebra o galho, posto definitivamente que essa não é a sua maior e melhor especialidade.

Quem desconhece que ao lado armadores da qualidade de Alex Cabeção ou do mago Valdívia, que Robinho é um jogador
espetacular, objetivo, agudo, desequilibrante e acima da média? 

Até Marcelo Oliveira, a julgar-se por seu empenho para que Valdívia tivesse contrato renovado e permanecesse no Verdão. 

O que se tem visto, conforme registra o meu amigo Marco em e-mail, é muita teimosia tanto e quanto o egocentrismo e orgulho pessoal de Mattos aspectos dos quais ele não quer abrir mão sob qualquer hipótese.

Ele insiste em provar a todo custo que o time do Palmeiras nunca precisou e nem precisa de um meia armador diferenciado, simplesmente para tentar justificar a tese segundo a qual a venda de Valdívia foi sensata e correta, quando quem tem bom senso ou entende de bola, sabe bem que não foi.

Como Deus -que é palmeirense e escreve certo sobre linhas tortas- iluminou Mattos na contratação de Régis, ex Sport e a revelação entre os armadores do Brasileirão de 2015, espero que Marcelo Oliveira tenha peito para escalá-lo, sacrificando um atacante ou até um volante (a depender da fórmula de jogo adotada). 

A presença de Régis (ou de um armador de ofício) poderá corrigir o maior problema apresentado pelo time do Palmeiras no ano que passou e que se repete a cada jogo de 2016 como se não houvesse solução: a ligação direta, ou no linguajar da torcida, o chutão.

Não custaria a Mattos, a MO ou ao time do Palmeiras um único centavo a tentativa de testar um  esquema assim contra qualquer equipe de menor porte deste Paulistão! Por que, então, não tentar?

Um armador categorizado e competente no time, hoje, agora, já! 

Nem que seja Régis, 23 anos, que se jogar e render no Palmeiras o que jogou e rendeu no Sport em 2025, tem tudo para ser como se diz modernamente, "o cara"!

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