Observatório Alviverde

09/04/2016

ATÉ QUANTO O VELHO ORGULHO PALMEIRENSE TEM PREJUDICADO O VERDÃO!


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Palmeirenses existem -infelizmente- que, apesar de os tempos serem outros, muito outros, julgam-se ainda acima do bem e do mal, se arvorando em mais palmeirenses do que os outros palmeirenses. 

Mas o que é isso senão o velho e desgastado orgulho palestrino, superado, desnecessário, exacerbado, potencializado e tudo mais que pode captar e perceber a nossa nem sempre solerte consciência verde e branca...

É o mesmo sentimento doentio, a mesma onda nociva de pensamento que impediu o clube de se tornar a maior potência futebolística não apenas do Brasil mas da América Latina e quiçá, do próprio mundo. 

A história que conto é antiga e remonta os meus tempos de infância. 

Vem de uma época em que os torcedores paulistanos do Palmeiras, isto é, aqueles que frequentavam o clube ou residiam na capital, com ares de superioridade tratavam os irmãos palmeirenses interioranos aos pontapés, com amplo desprezo e desdém sempre os desqualificando.  

Fossem ou não associados di clube esses palmeirenses agressores, pelo simples fato de residirem perto da sede, julgavam-se os donos, os "bons da boca", os maiorais e tratavam o torcedor interiorano, como se curicanos ou bambis eles fossem.  É claro que havia exceções!

Eu mesmo passei várias vezes pela situação, senti o problema na pele e cheguei a ser tratado assim! 

Não virei curicano ou sãopaulino porque nasci palestrino, filho de pai que, embora não fosse fanático e visse no futebol apenas uma espécie de lazer, também era palestrino.

Mas que, muitas vezes, tudo isso transitou por minha cabeça infantil, levando-me à incerteza e à dúvida de continuar palmeirense, garanto-lhes que sim. Muitos de amigos meus, sucumbiram!

Foi um período em que o Palmeiras, apesar do "crash" dos anos 50 (foram de 7 a 8 anos sem ganhar nada e quase 10 sem derrotar o Curica, era o dono absoluto de 70 a 80% da totalidade da torcida do interior paulista. 

En passant: nessa época existia até quem torcesse pela Portuguesa de Desportos, mas, santistas não havia um nem para remédio!

O tempo passou, as gerações se sucederam, se renovaram, mas o velho vício de os torcedores palmeirenses da capital tratarem como inimigos os palmeirenses do interior ainda não cessou, haja vista as constantes agressões físicas das (des)organizadas aos aficcionados palmeirenses do interior. 

Vira e mexe ainda vejo palmeirenses interioranos sendo desrespeitados e tratados de forma menosprezível e vulgar por "torcedores" da capital, os mesmos que se julgam proprietários exclusivos do clube, acima do bem, do mal e do próprio amor dos palmeirenses do interior.

Esse é o raciocínio estúpido, frequente e demolidor predominante há anos nos bastidores do clube...

Interessante é que as sucessivas administrações do clube não ligam a mínima ou a menor importância aos fatos e nem os considere ou coíba...

Essa manifestação estúpida, idiota, ilógica, irracional, discriminatória, incompreensível e altamente prejudicial aos interesses do Verdão, faz vir à tona as personalidades doentias dos chamados "donos do clube e "proprietários exclusivos da verdade". 

À essa gente insana, orgulhosa e inconsequente debite-se o fato de o Palmeiras não ser, hoje, o clube de maior torcida do estado de São Paulo... 

Aliás, essa discriminação extrapolou (não se resumiu ao desprezo frequente aos torcedores do interior), alcançando parâmetros e situações (dentro e fora do clube) as quais prefiro não abordar porque prejudicariam terrivelmente o Verdão mesmo nos dias de hoje. É inominável!

O fato é que entra diretoria, sai diretoria e entre os burros e os luminares que se alternam sazonalmente na direção do Palmeiras, nunca aparece um -diferenciado-, que consiga visualizar que o Verdão, apesar de tudo e apesar dos pesares, ainda é a maior força futebolística do interior de São Paulo e uma das maiores do Brasil.

De há muito o Palmeiras tinha de estar jogando -sempre que possível- no interior de São Paulo em cidades como Rio Preto, Ribeirão, Bauru, Piracicaba, Araraquara e outras, mormente quando a fase (frequentemente acontece) não esteja propícia, pois o torcedor interiorano, como nenhum outro, tem extremados amor, calor, carinho e veneração pelo Verdão.

Baseando-nos em tudo o que foi dito e aplicando a grave lição do passado ao meu, ao seu, ao NOSSO BLOG, vamos, todos, a partir de hoje, deixar transcritas neste espaço as nossas opiniões, mas sem a necessidade de que nos preocupemos com aquelas, diferentes, de outros palmeirenses criticando-as fora dos limites da razoabilidade e da educação. Opinião, afinal, cada qual tem a sua. 

Da mesma forma, tenho observado que muitos dos nossos reagem negativa e agressivamente a qualquer crítica (ainda que cabíveis e pertinentes) de outros companheiros, se esquecendo porém que só através da crítica construtiva se consegue obter parâmetros para o progresso. 

Aliás, para o desgosto e a decepção daqueles que se revoltam com as críticas ao clube (mesmo as construtivas) e só admitem os elogios, quero dizer-lhes que todo o elogio é uma crítica, embora uma crítica favorável. 

Lembro-me, há muitos anos, e não vou divulgar nomes porque as personagens estão vivas e ainda participam do mundo político, que um governador de GOIÁS financiava um jornal de oposição para que o criticasse livremente em tudo o que considerasse errado, como uma forma de obter parâmetros de governabilidade. 

O Palmeiras tem de ser, proporcionalmente, sempre, assim, com a vantagem de que ao menos neste OAV, não precisa gastar um único centavo!

Eu, que procuro manter em dia as postagens e que posso fazer o que quiser neste espaço, até impedir comentários dos blogueiros, não me julgo -jamais me julguei- uma palavra jurisprudencial, pois conheço bem o exato valor da crítica. 

Por isso (atentem ao que faço), coloco, todos os dias, as minhas crônicas, submissas às observações e apreciações de todos os que escrevem por aqui. Mas não é assim que funciona e na ordem natural das coisas teria e tem de ser, na prática?

Sou convicto de que acerto, erro, erro e acerto pois assim é a vida e assim segue a vida e ninguém, definitivamente, é perfeito. 

Entre tantos virtuosos, o único perfeito que transitou pelo mundo foi crucificado há cerca de dois mil anos!  

Dito isso tudo, faço um apelo a todos os signatários-comentaristas deste OAV para que continuem criticando construtivamente o Palmeiras e, ao mesmo tempo, discordando, quando entenderem ser necessário, de outros colegas, porém SEMPRE com moderação, educação e discrição.
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PALMEIRAS NO PAULISTÃO
Amanhã, pelo Paulistão, tem Mogi-Mirim x Palmeiras em Mogi, jogo difícil e decisivo, com a diferença marcante de que o Verdão, desta vez, depende apenas de si para se classificar para a próxima fase do certame.

O grande perigo desse jogo em que o Palmeiras joga desfalcado de inúmeros titulares, reside no fato de o Mogi Mirim, com 15 pontos, estar brigando por sua sobrevivência na série A. Como se sabe, serão seis os rebaixados este ano. 

Embora não dependa apenas do próprio Mogi, o time de Rivaldo pode driblar o rebaixamento assim: 

Abaixo do Mogi estão o Rio Claro 9, o Capivariano 10 que não podem mais alcançá-lo pois já estão rebaixados.

O Mogi luta com diretamente com o Oeste 12 e o XV de Piracicaba 14 e se conseguir vencer o Palmeiras vai para 18 pontos e elimina tanto um quanto o outro. 

Depois teria de torcer para que ao menos dois times entre Ferroviária 16, Agua Santa 16 e Botafogo 16 perdessem os seus jogos ou, caso empatassem, tivessem os números desempatantes inferiores aos seus.

Tudo isso foi publicado para que todos fiquem sabendo que o Mogi-Mirim vai entrar com tudo amanhã contra o Palmeiras.

Já o Verdão terá de entrar atento e pilhado, porquanto, embora dependa apenas de si, precisa exclusivamente da vitória para não ficar à mercê de outros resultados. 

O principal adversário palmeirense na luta pelo primero lugar do grupo, o  Novorizontino, também com 21 pontos, vai enfrentar o Curica em jogo no qual tudo pode acontecer. 

Quem não sabe que se a curicada ficar sabendo que o Palmeiras está perdendo o jogo em Mogi é capaz de fazer um resultado de conveniência a fim de eliminar o Verdão?

Na verdade, o grupo do Palmeiras B é o mais equilibrado e o mais difícil deste Paulistão, com TODOS os participantes pontuados e devidamente habilitados a brigar pelas vagas.

Com 20 pontos o São Bernardo é outra grande ameaça, embora tenha uma desgastante batalha de atrito a cumprir contra o ameaçado Água Santa em Diadema. 

A Ponte Preta, em flagrante evolução vai a Rio Claro enfrentar o time de pior campanha deste paulistão, o Rio Claro, rebaixado, com apenas 9 pontos conquistados.

O time campineiro tem tudo para vencer, mas, da Ponte, o Palmeiras pode se livrar mediante simples empate, tanto e quanto do Ituano, também com  19 pontos e que vai ter um jogo dificílimo no Moisés Lucarelli contra o excelente time do Red Bull Brasil, já classificado para a próxima fase do Paulistão.

Para se livrar de todos esses problemas, conforme já mencionamos, o Palmeiras precisa, exclusivamente, de uma vitória sobre o Mogi, nem que fosse, (fora possível), de meio a zero.

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