Observatório Alviverde

06/07/2017

ZÉ ROBERTO, O ESFORÇADO PELADEIRO!


HISTÓRIA

1954. O Palmeiras vendeu seu maior artilheiro do início da década de 50, Humberto Tozzi para a Lazio da Itália,  mediante vultosa soma.

Jair da Rosa Pinto, o armador palmeirense da época, um dos mais importantes jogadores da história e o melhor lançador do futebol brasileiro de todos os tempos, perguntado a respeito, disse, em entrevista, a frase histórica que um dia até virou música:

"Não vai dar certo! Levaram a flecha e esqueceram o arco, Eu"!

Três anos depois Jair da Rosa Pinto, no Santos, "fazia" Pelé! 

Ninguém da mídia nunca disse que Jair ajudou a construir Pelé. Só o próprio Pelé em seu livro "Eu sou Pelé"!

Detalhe: Jair estava entre 42 e 43 anos de idade. (eu acho que já disse isso tudo por aqui)
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FALTOU ARCO A UM TIME CHEIO DE FLECHAS

O Palmeiras, ontem em Guayaquil, estava cheio de flechas.

Willian, Dudu e Borja que começaram o jogo e Róger Guedes e Keno, que entraram depois, todos atacantes agudos, velocíssimos, que trabalham bem no facão, bons de drible, deslocamentos,  improviso e arremate.

Poucos times no mundo têm tantos e tão bons atacantes quanto os tem o Palmeiras. Mas quem os colocaria para jogar se o Palmeiras não dispunha de um único lançador em campo?

O jogo de ontem contra o Barça genérico, por suas próprias características de velocidade extremada, era ao feitio de um jogador assim. Mas não fizeram questão absoluta de demitir Valdívia sem cuidar antes de ter um substituto? Até hoje não o encontramos!

Ocorreu em péssima hora o problema com o filho de Guerra. Com ele em campo o Palmeiras, mesmo que houvesse insistência na estúpida escolha de ZR para começar o jogo, o Palmeiras teria um bom arco para arremessar as suas flechas, com grandes perspectivas de vencer o jogo.

Mas como conseguir isso se o lançador do Palmeiras, ontem, era, exclusivamente, o limitadíssimo Zé Roberto?

Ou, perguntando com todo respeito a Cuca, respeito esse que aumentou ainda mais ontem após ele ter tido peito, disposição e coragem e culhões para tirar duas estrelas do time no 2º tempo ZR e Dudu: 

"por que ele não colocou em campo Raphael Veiga em um jogo cujas características favoreciam o estilo de futebol do garoto de Curitiba?"

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TIRO NO PÉ

O comentarista Osvaldo Pascoal, na Fox, (pasmem) escolheu Zé Roberto como o melhor palmeirense em campo e perguntou em pleno ar por que CUCA o tirou antes da hora. 

Será que ele viu outro jogo? Ou será que desconhece aquela máxima segundo a qual "nem tudo o que reluz é ouro".

No intervalo do jogo cravei meu comentário pedindo a saída do amorfo Zé Roberto que já não tem mais a mesma efetividade de outros anos e, hoje, não passa de um peladeiro, no bom sentido da palavra. 

Sem condições para a função de velocista na lateral, Cuca agora o experimenta na função de fundista, na condição híbrida de volante de contenção e meia, no meio de campo.

Saber jogar ZE sabe, mas para jogar futebol profissionalmente nos dias atuais, se o atleta não tiver condições físicas para acompanhar o ritmo do jogo e dos adversários, ele irá comprometer seu time.

Quando vi a escalação inicial de Cuca sem Guerra e com Zé Roberto, sem nenhum outro atleta de meio de campo capacitado a construir as jogadas ofensivas  imaginei lá com as minhas abotoaduras "desta vez vamos perder! 

Com muita luta, teremos condições de, até, empatar"... 

P-E-R-D-E-M-O-S !  (AD)

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DADOS TÉCNICOS:
BARCELONA 1 X 0 PALMEIRAS
Local: Estádio Monumental Isidro Romero Carbo, em Guiaquil-EQU
Data: 5 de julho de 2017, quarta-feira
Horário: 21h45 (de Brasília)

Gol do BARÇA: Alvez, aos 46 minutos do 2º Tempo

Árbitro: Patricio Losteau (ARG) (O melhor que vi nos últimos anos) 
Assistentes: Diego Bonfa (ARG) e Gustavo Rossi (ARG) (excelentes, de grande nível)
Cartões amarelos: Pineida, Valencia, Diaz (BCN); Zé Roberto, Juninho, Tchê Tchê (PAL)

BARCELONA: Banguera; Velasco, Aimar, Arreaga e Pineida (Valencia); Minda (Castillo), Oyola e Diaz; Esterilla Alvez, Ayovi (Vera)
Técnico: Guillermo Almada

O TIME DO PALMEIRAS E AS NOTAS DOS JOGADORES:
Fernando Prass (Nota 6) ; Tchê Tchê (Nota 5) , Mina (Nota 5) , Luan (Nota 6) e Juninho (Nota 3);

Thiago Santos (Nota 4) e Bruno Henrique (Nota 4); Willian (Nota 6) , Zé Roberto (Nota 5) (Roger Guedes (Nota 5) e Dudu (Nota 4) (Michel Bastos (Nota 4);

Borja (Nota 4) (Keno (Nota 4) ) 

Técnico: Cuca (Nota 4) Continua indo para o buraco abraçado com Zé Roberto.

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PS - Há muito mais coisas a serem ditas o que faremos nos próximos comentários. Viram no que deu a tal poupança? Ganhamos um jogo na bacia das almas e perdemos outro que um time mais bem entrosado e sem tantos rebuscamentos e invencionices de escalação dificilmente perderia. (AD)