Observatório Alviverde

14/10/2012

VOCÊ ACREDITA NA RESSURREIÇÃO DO VERDÃO?



O Palmeiras, que jogava pela sobrevivência, joga, agora, pela ressurreição.

Mas, ressuscitar como, jogando a bolinha mixuruca que jogamos contra os bambis e, principalmente, contra o Coxa?

Como pode voltar a respirar um time pra lá de nervoso, neurastênico, atabalhoado, improdutivo e inconsciente?

Um time que, a cada jogo, entra em parafuso, e só piora as suas performance e situação classificatória?

Um time que, sem qualquer dúvida, é o mais limitado, o de mais baixa produtividade e o pior, técnicamente, entre os 20 concorrentes?

Como atingir 60% dos pontos a disputar, invertendo a sofrível pule dos 30% atuais?

Seria engatar uma sequência semelhante aos aproveitamentos do Grêmio e do Galo Mineiro, além dos 60%?

Como conseguir tão alta performance se, tirante o Flu de Abelão, apenas estes dois clubes conseguiram atingir o patamar? 

Para que se calcule o gráu de dificuldade, considere-se, também, que os dois times posicionados logo abaixo da linha dos 60% são Vasco e SP, respectivamente, 57 e 56 % de aproveitamento!

Para complicar, vamos enfrentar o Náutico, 37 pontos , 11 vitórias, 35 gols marcados, 43% de aproveitamento e irrepreensível campanha caseira. 

Os pernambucanos têm como objetivo e buscam, apenas, entre 6 e 9 pontos em 27 possíveis, para que se garantam na série A. 

Só um tsunami de resultados negativos os tira da zona de conforto em que se inserem.

Como se tudo não bastasse, o Palmeiras terá, em teoria, oito desfalques para hoje, começando por Valdívia, passando por Correa, Maikon Leite, Henrique, Maurício Ramos e Daniel Carvalho, até chegar em Assunção que é o mais importante.

Na prática serão sete, porque DC,  piada pronta, não conta. 

Pode-se dizer, sem medo de errar, que o Palmeiras entrará em campo reforçado pela ausência desse jogador.

Em compensação, Fabinho Capixaba foi reintegrado ao elenco após peregrinações forçadas por tantos times de média e pequena expressão. nos quais nunca se firmou, e surge como reforço palmeirense, no ocaso deste Brasileirão.

Resta saber se um reforço para o Palmeiras ou para os adversários!

A reintegração de Capixaba ao elenco teria sido uma solicitação de Kleina, ou uma imposição da diretoria,  analfabeta em futebol?

Sem querer prejulgar o retorno de Capixaba - é pouco provável, mas, quem sabe ele acerta? - está aí mais um motivo pelo qual eu não desejava a contratação de Kleina.

Kleina era o grande sonho de consumo de Frizzo, impedido de agir livremente e ao seu bel-prazer no futebol do Palmeiras no tempo do autocrático e absorvente Felipão, dono de ego e personalidade mais fortes do que o pouco expressivo diretor de futebol.

Kleina, nem bem começou,  e já se mostra dependente, submisso e, calculo, em pouco tempo será um técnico de total subserviencia à diretoria apedêuta, mesmo em início de trabalho, ainda naquela  fase que se chama de lua de mel com os dirigentes, sócios, com o time e com a torcida.

Tomara que eu esteja errado!

Viajaram a Recife: 

Goleiros: Bruno e Raphael Alemão
Laterais: Artur, Fabinho Capixaba, Juninho e Leandro
Zagueiros: Thiago Heleno, Román e Leandro Amaro
Volantes: João Denoni e Márcio Araújo
Meias: Tiago Real, Patrik, Mazinho e Patrick Vieira
Atacantes: Luan, Obina, Vinícius e Betinho



O provável time:
 

Bruno; Artur, Thiago Heleno, Román e Juninho; Márcio Araújo, João Denoni, Mazinho e Tiago Real; Luan e Obina.

É uma formação mais modesta, porém de jogadores que, ressalvadas as suas limitações técnicas, têm boa condição física.

Quando escapou do rebaixamento, premido pela necessidade,  o FLU montou, à última hora,  uma equipe dessas de força, leveza e, principalmente, velocidade, promovendo vários juniores e muitos reservas.

Quem sabe esteja nesse time mais humilde que enfrenta o Náutico esta tarde em Recife, a receita, ainda que tardia, para que o Palmeiras encontre a formação ideal e parta para um vira-vira na classificação.

Apesar de estar sem ritmo de jogo, acredito que Mazinho possa aparecer com destaque, principalmente se Kleina lhe der liberdade para driblar, improvisar e individualizar as jogadas.

Uma vitória simples sobre o Náutico pode reanimar o Palmeiras e, a depender do resultado de Coritiba x Bahia, poderá reduzir a diferença em relação ao perdedor para seis pontos ou para sete diante dos dois, em caso de empate.

Se o Bahia perder, teremos um confronto direto com o tricolor baiano em Salvador na próxima quarta-feira.

Essa seria a grande oportunidade de reduzir a diferença com o Bahia para apenas três pontos.

A partir daí, em mais seis rodadas, ou 18 pontos a serem disputados, tudo seria possível.

O que desanima é que qualquer combinação de resultados, por mais difícil que seja, é sempre muito mais fácil do que uma vitória do Palmeiras.

Eu creio que o jogo de hoje em Recife represente, em definitivo a chance derradeira e o último atalho possível para escapar da degola.

É preciso que o time lute, se esforce, se supere e que jogue com garra e com aplicação para que não seja enterrado neste domingo.

VOCÊ ACREDITA NA RESSURREIÇÃO DO VERDÃO?

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