Observatório Alviverde

04/11/2011

ASSUNTO KLEBER ABORDADO NO ARENA SPORTV

 

O Arena, ontem, foi ancorado pelo Noriega, coadjuvado por Oscar Ulisses e os ex-jogadores (invasores da profissão de jornalista), Caio e Muller.

Todos, até o âncora, abordaram o caso, falando da proposta do Grêmio por Kléber, com várias teses a respeito dos desdobramentos do tema.

Oscar Ulisses, como sempre, falou muito, não disse nada e mostrou que,  como analista,  é o melhor âncora de programas esportivo de rádio em Sampa, só isso. Seu depoimento, mais do que vazio foi vaziíssimo!.

Nori, Caio e Muller, que conhecem a problemática, concordaram e discordaram (sem que discutissem entre si) em vários pontos de vista, cada qual apresentando a sua versão, mas só Caio e Muller propuseram soluções.

Sem querer ser o dono da verdade eu diria que, na teoria, na teoria, todo mundo acertou, mas, na prática, funciona tudo de forma diferente.

Com a CLT nos moldes atuais, facciosa, protecionista, dirigida, voltada, exclusivamente, para beneficiar o chamado obreiro, há pouca coisa que o Palmeiras, patrão, possa fazer para contornar a incômoda situação gerada pelo indisciplinado funcionário.

A cada dia a CLT torna-se mais leonina em detrimento do empregador e segue sendo  aprimorada, neste aspecto, quase que a cada reunião legislativa em Brasília, por deputados demagogos e inconseqüentes à procura de votos e de reeleições.

Em vez de revisar e reformar a lei do atraso, vão concedendo benefícios cada vez mais absurdos aos obreiros, empobrecendo e travando o desenvolvimento das empresas e fomentando as reclamações, grande parte delas indevidas, mas, quase sempre, vitoriosas.

É por isso que, hoje, ninguém mais quer contratar empregados e um posto de emprego está cada vez mais difícil de ser obtido, mas este é um outro assunto..

Qualquer teoria.relativa à solução do caso Kléber cai por terra, pois a nebulosa CLT é surreal e ultrapassa, em muito, os limites da lógica, do bom-senso, da compreensão e da própria razão.

Diga-se de passagem que. em razão disso, advogados de melhor nível, de há muito, estão longe das questões da justiça trabalhista, a vergonha do Brasil.

Fosse há 20 anos, o Palmeiras adotaria as medidas que adotou e colocaria o passe de Kléber à venda pelo preço que bem lhe aprouvesse, sem quaisquer consequências..

Anos após, apreçaria o passe do jogador em conformidade com os salários ajustados em um tipo de regra que nem me lembro mais e, ponto.

De uma forma ou de outra, o jogador daquelas épocas sabia que se não tivesse profissionalismo ou não procedesse bem, corria o risco de não jogar por um bom tempo e, em certos casos, de encerrar a carreira.

O clube detentor do passe, superfaturaria o preço da liberação e fim de papo. 

Naquela tempo os clubes eram soberanos e tinham autoridade para lidar com essas situações, haja vista que eram a parte preponderante, exceto em determinadas situações previstas em contrato.

Hoje, com a CLT e o “politicamente correto” da república dos piqueteiros,(deixamos de ser a república dos engravatados e viramos a republica dos piqueteiros, isto é, só mudaram as moscas) qualquer juizinho do trabalho arrebenta não só o Palmeiras, mas, qualquer patrão, que ouse punir um empregado.

Estou “careca” de ver demissões (corretíssimas) por justa causa,  serem  derrogadas por magistrados esquerdinhas que tratam os patrões nas audiências como se fossem bandidos.

Essa gente, que fala tanto em direitos humanos, repito o que disse ontem, esta ajudando a forjar em nosso país novas gerações de malandros, golpistas e de vigaristas sob a égide da própria lei.

Como o errado é que está certo, manda mais o empregado do que o patrão. O empregado sempre tem razão e estamos conversados.

As leis, no Brasil,  tinham de ser regidas pelo princípio, não do protecionismo, mas, da isonomia. Isso, sim, é justiça, não a injusta e parcialíssima CLT!

Vejam que é uma situação na qual o Palmeiras, do ponto de vista jurídico, tem pouquíssimas saídas e está no mato sem cachorro, sem gato, sem rato.

Se Kléber for readmitido estará quebrado o princípio basilar da hierarquia, abrindo perspectivas para novas e semelhantes rebeldias.

Se Kléber ficar sem treinar ele entra na justiça contra o clube e reclama que está sendo cerceado de exercer a sua profissão e reivindica a sua imediata liberação.

Se concedida a liberação judicial, o clube perde os direitos econômicos que só existem e perduram enquanto o contrato estiver vigente.

Se treinar à parte reclamará, além do cerceamento do exercício da profissão, que está sendo submetido ao ridículo e, certamente, entrará com uma ação por danos morais.

Se Felipão, Murtosa, Frizzo, Tirone ou qualquer diretor concederem entrevistas e falarem qualquer coisa que ele julgue prejudicial a sua pessoa ou a sua imagem, Kléber pode entrar com outras ações paralelas por danos morais, quantas ele achar necessárias, independentemente das reclamações principais.

Vejam em que cumbucas estão as mãos de Tirone e de Frizzo, cujos silêncios provêm, com certeza, das orientações que vêm recebendo dos advogados do Palmeiras.

Frizzo agiu com muito cálculo e frieza quando Kléber simulou contusão para não fazer o sétimo jogo pelo Palmeiras, forçando ser negociado com o Flamengo.

Mesmo desacatado verbalmente pelo moleque e atingido em cheio em sua imagem de dirigente e cidadão, Frizzo segurou tudo no osso do peito e contornou a situação, recebendo, em razão disso, uma saraivada de críticas,  chegando a ser tachado de covarde e despersonalizado.

Ao contrário, Frizzo tem de ser parabenizado pela conduta fria, correta, e altamente profissional manifestada no episódio, sem responder à altura as provocações de exu. Frizzo tem empresa e, certamente, já deve ter sofrido na própria pele as injustiças da CLT, a lei do cão!

Aos olhos de muitos Frizzo “afinou”, mas, na realidade, sua atitude foi extremamente corajosa ao tolerar com serenidade o desrespeito pessoal e as ofensas de que foi vítima, poupando o clube de aborrecimentos e de prejuízos financeiros. 

A grande pergunta é esta: diante da legislação protecionista da CLT nos dias de hoje, qual o caminho que o Palmeiras pode e deve seguir para uma resolução viável do caso Kléber, mantendo a dignidade do clube e evitando prejuízos financeiros de grande monta?

Administrar situações de desmandos de funcionários nos dias de hoje é uma tarefa impossível em face do protecionismo CeLeTista. Imaginem, então, administrar um clube de futebol,

É por isso que a atividade futebol ou, por extensão, o esporte profissional, deveria ter uma legislação à parte, completamente diferente, face as suas peculiaridades e singularidades e o envolvimento de tanta grana.

Isso ainda não foi abordado no Arena e era o mais importante a ser dito, da necessidade de uma legislação específica, à parte das ingerências da CLT que normatize a relação patrão-empregado no futebol.

LEIAM, POR FAVOR, A MATÉRIA ABAIXO E VEJAM SE NÃO TENHO RAZÃO QUANDO PEÇO UMA LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA SOBRE O FUTEBOL EM FACE DA CLT.

ALIÁS, INDO MAIS ALÉM, DEFENDO QUE O FUTEBOL DEVERIA TER UMA JUSTIÇA ESPECÍFICA E DEFINITIVA REGIDA PELAS  LEIS DA FIFA,  QUE FUNCIONASSE,  NÃO,  ÀS EXPENSAS DO ERÁRIO, MAS DO PRÓPRIO FUTEBOL

POR QUE O SPORTV NÃO FAZ UMA MATÉRIA NESSE SENTIDO?

http://esporte.uol.com.br/futebol/ultimas-noticias/2011/11/03/palmeiras-gasta-cerca-de-r-18-milhao-em-2011-com-jogadores-e-tecnicos-que-deixaram-o-clube.htm

O QUE VOCES LERAM NÃO É UM PROBLEMA EXCLUSIVO DO PALMEIRAS.

AS AÇÕES DOS BOLEIROS NA JUSTIÇA TRABALHISTA  CONTRA QUALQUER CLUBE, DE QUALQUER DIVISÃO TEM SIDO. MAIS DO QUE FARTAS, EXAGERADAS.

MAS, SEGUNDO OS “DOGMAS” INFALÍVEIS DESSE SIMULACRO DE JUSTIÇA, O OBREIRO SEMPRE TEVE, TEM E TERÁ RAZÃO, AINDA QUE AS EMPRESAS E  OS CLUBES POSSAM IR TODOS À FALÊNCIA!

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