Observatório Alviverde

20/04/2014

VIRADA EM CRICIÚMA! VERDÃO COMEÇA BEM A SUA TRAJETÓRIA NO BRASILEIRO!


Um problema no decodificador de minha TV a cabo, impediu-me de assistir, ao vivo, a mais da metade do Criciúma x Palmeiras, na hora do jogo. 

Interessante que os dois outros pontos de recebimento de sinal também apresentaram problema. 

Assisti, então, à reprise do jogo somente agora de manhã, pois, como sempre acontece em relação aos jogos do Palmeiras, a turma global só os repete na alta madrugada ou no outro dia pela manhã!

Criciúma 1 x 2 Palmeiras, em meu entendimento resumiu-se ao seguinte: 

Ciente e consciente da supremacia técnica e individual do Verdão, Caio Jr. apostou em jogar -unicamente- explorando eventuais erros do Palmeiras! 

Quando seu time "achou" o primeiro gol, logo aos 12 minutos (jogada infeliz de Kardec, cabeceando contra a sua própria meta um cruzamento venenoso de Bayer) muito mais o Tigre recuou do que avançou, chamando ao seu campo de defesa o Palmeiras, visando a surpreender nos contra-ataques. Quase surpreendeu!

Após o gol, o Palmeiras passou a enfrentar uma retranca ainda pior do que a que já encontrara até então, em que não havia brechas ou situações a serem exploradas. 

A marcação era implacável, mormente sobre Valdívia, a fim de impedir as melhores articulações do ataque do Verdão. 

Só havia uma brecha na defesa do Criciúma, no lado direito da defesa catarinense, lado esquerdo do ataque do Palmeiras, que Kleina só viria a explorar no segundo tempo, após as entradas salvadoras de Wesley e de Leandro, nos lugares respectivos de Marcelo Oliveira e de Marquinhos Gabriel, no intervalo do jogo.

Durante todo o primeiro tempo, o Palmeiras teve uma única chance de marcar.

Dois minutos após ter sofrido o gol, (aos 14), Valdívia e Marcelo Oliveira, livres, cara a cara com o goleiro, fizeram o mais difícil e perderam o gol após falta batida por Bruno César.

Em campo, sobretudo em função da escalação do "armandinho" Marquinhos Gabriel, canhoto que, não se sabe porquê só atua pelo lado direito do campo, o Palmeiras tinha sempre um homem a menos para finalizar ou tentar o gol.

Em razão disso, não conseguiu criar mais nada e nada mais do que a jogada mencionada, exceção feita a alguns arremates à grande distância que não redundaram em perigo para o time carvoeiro. 

Da mesma forma, o Palmeiras tentou uma ou outra bola alçada em busca de Kardec, em lances absolutamente ineficazes e inócuos em razão do forte poder antecipativo e da total predominância no jogo aéreo da dupla de zaga catarinense (Fábio Ferreira e Escudero) jogadores de elevadíssima estatura e envergadura!

Há dois dias, discordando da atitude de Kleina em deixar Leandro -que servia à seleção sub 21- no banco, abri até uma postagem para que os palmeirenses abordassem o tema. 

Um time que quer ganhar os jogos, não pode prescindir de um jogador ofensivo e finalizador como Leandro, -raro nos das de hoje-, haja vista que, pelas próprias circunstâncias táticas do time, já se sabia que, quando joga com Marquinhos Gabriel, o Palmeiras perde, completamente, a ofensividade e o seu poder de fogo.  

A bem da verdade, registre-se, o time catarinense desfrutou de algumas situações para a feitura de gols, que consagraram Prass como o grande nome do jogo, em decorrência de várias defesas salvadoras, dificílimas, e, decisivas do paredão palmeirense.

Ao final do primeiro tempo, além de alguns chutes perigosos que passaram perto do gol alviverde, o Criciúma dispôs de duas chances em que Prass salvou.

Aos 38 -a primeira- em um chute forte de Silvinho, que penetrou -livre- em contra-ataque pela esquerda e -a segunda- aos 42, em um arremate longo de Paulo Bayer muito perigoso muito bem defendido por Prass.

No segundo tempo, embora o Palmeiras continuasse melhor, logo aos 10 ms, já houve uma bola enfiada por Paulo Bayer em que Prass se antecipou e salvou.

Aos 29 uma arrancada de Eduardo que penetrou livre e, cara a cara arrematou... Prass salvou novamente mandando a córner. 

Na sequência, do lance, na bola alçada, houve uma cabeçada de Fábio Ferreira no canto baixo esquerdo, para a defesa magistral de Prass! 

Aos 47, cabeçada -de costas- de Serginho da entrada da pequena área em que Prass evitou o gol.

Depois de uma atuação desse jaez, afirmo, sem medo de errar, que Prass garantiu o resultado, na defesa.

Valdívia, com sua genialidade de craque desequilibrante, -como sempre- foi o homem decisivo, o grande condutor do Palmeiras à vitória;

Pode-se dizer quer a vitória palmeirense, foi, simbolicamente, um parto laborioso e difícil cujo desfecho ocorreu, apenas, em cima da hora! Kleina que agradeça aos céus pois escapou de boa e conseguiu encobrir os próprios erros!

Resumo: Prass foi o craque do jogo e o chileno Valdívia, a personagem. Essa vitória -pode-se dizer assim-, Prass, garantiu, Valdívia, construiu e a arbitragem -finalmente- ajudou ao não marcar um pênalti duplo de Tiago Alves! 

Digo-lhes, também, sinceramente, que após tantos anos e tantos jogos de prejuízos incalculáveis causados pelas arbitragens e pelos árbitros, peguei-me satisfeito (não deveria ser assim) pelo fato de, finalmente, o Palmeiras ter tido algum lucro com um erro arbitral!

Quando o Palmeiras (quase sempre) é garfado, a mídia sempre diz que os nossos adversários não têm nada com isso! 

Desta vez, é o Palmeiras que não tem nada com isso, pois conseguiu a vitória mediante a imposição de seu futebol -bem superior- contra um time tecnicamente inferior, mas muito perigoso.

Discordo daqueles que dizem que o time jogou mal. Na realidade, deve-se dizer, isto sim, que o time não jogou tão bem quanto seria capaz!

Aliás, quando se diz isso é muito positivo, pois se trata de um sinal evidente de que muitas coisas que já são boas, podem ser melhoradas e aprimoradas.

Parafraseando Tomas Alva Edson (o inventor da lâmpada elétrica) que disse que o gênio é  90% de transpiração e 10% de inspiração, o Palmeiras foi,-exatamente- assim ontem contra o Criciúma. 

Jogou com raça, força e empenho (ontem insuficientes) durante 80 minutos e com inspiração, objetividade, produtividade e suficiência em 10 minutos, quando fez os dois gols, virou o placar e garantiu a vitória!

Não atribuo notas tão baixas -como tenho visto e lido na Internet- ao time e a Kleina, considerando a dureza do jogo e o quanto é difícil vencer em Criciúma, no Heriberto Hulse, verdadeiro alçapão.

Já destaquei Prass e Valdívia como os melhores em campo e, agora, falo sobre os demais.

Dou uma nota 6 a Wendell, por não ter apoiado bem!

Concedo 7 a Lúcio, o melhor da defesa e 5 para Tiago Alves (precisamos de um zagueiro de melhor expressão para esta posição)

Juninho não esteve bem na marcação e foi extremamente confuso no apoio, leva 6. 

Faltaram-lhe capacidade e percepção para explorar a esquina direita da defesa do Criciúma, desocupado latifúndio, verdadeira terra de ninguém, o que ocorreu só no segundo tempo com as entradas de Wesley e de Leandro. Por ali o Palmeiras chegou ao empate!

Josimar, 6, melhorou -muito- em relação aos jogos anteriores e esteve muito bem. Começo a acreditar no potencial desse jogador a quem não via com bons olhos. 

Marcelo Oliveira, 6, é bom para defender e mediano para atacar ou apoiar o ataque. Kleina precisa definir onde ele se sai melhor, se na zaga ou no meio de campo. Quem sabe seja ele o quarto zagueiro que estamos procurando? É bem possível!

Marquinhos Gabriel, canhoto que joga recuado e, embora seja um canhoto atua, sempre, inexplicavelmente, pelo lado direito do campo,outra vez não esteve bem.

Sua saída do jogo foi fundamental para que o Palmeiras pudesse virar o jogo. Nota 5.

Bruno César, nota 6, parece-me ainda sem confiança e fora de sua melhor forma física. Deve melhorar -certamente vai- de acordo com a sequência do Brasileiro.

Kardec, nota 7, só melhorou quando entraram Leandro e, -principalmente- Wesley, e ele passou a ter companhia em campo. No primeiro tempo atuou muito isolado e solitário.

Rodolfo, pouco acionado, mostrou que sabe jogar e que, com o passar do tempo e com o amadurecimento em um clube da grandeza do Palmeiras, pode explodir. Nota 6;

Gilson Kleina, nota 6. Não escalou bem o time , mas conseguiu refazer-se dos erros ao colocar em campo Wesley e Leandro no intervalo, embora fossem -ambas- substituições previsíveis.

Não gostei da qualidade técnica do futebol apresentado pelo  Palmeiras, mas estou satisfeito pela raça, pelo espírito de luta, e, principalmente pela aplicação da equipe em campo.

Para aqueles -sobretudo a turma da mídia- que estão criticando tanto o árbitro goiano André Luiz de Freitas Castro pelo erro crasso de não ter assinalado um pênalti aos 11 do 2º tempo, cometido em sequência, duas vezes, por Tiago Alves, (primeiro ao chutar Serginho, e, depois por tocar intencionalmente a bola com o braço), só quero dizer o seguinte;

Houve, também, muito antes disso, aos 5 minutos, do segundo tempo, um pênalti para o Palmeiras, cometido por Scudero  que empurrou Bruno César, por trás, dentro da área!

Quando o palmeirense estava caído, Escudero chutou a bola -violentamente e acintosamente- contra o palmeirense com o intuito não, apenas de conseguir um tiro de meta, mas, sobretudo, de machucá-lo. 

Sequer cartão Escudero recebeu, como manda a lei. A turma da TV preferiu contemporizar, mudar rapidamente de assunto e, sequer, deixou o lance render! Foi um pênalti claríssimo e, no mínimo, um lance para advertência mediante cartão!

Com tudo e apesar de tudo, o Palmeiras começou com o pé direito a sua participação no Brasileiro, mas, com tudo e por tudo, melhorar é preciso!

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Muito boa a transmissão do Sportv! 

Narração segura -como de hábito- de Luiz Carlos Santos.

Noriega, ontem, foi bem 

Só precisa parar com a mania de achar que, pelo fato de ficar ou de estar contra o Palmeiras em 90% dos lances de arbitragem que comenta -será que só ele não consegue notar isso?- estará sendo imparcial! É só ser natural, e, ponto.

Felipe Diniz e Vivian Cipriano os repórteres, estiveram muito bem!

A RESPEITO DO PREMATURO FALECIMENTO DE LUCIANO DO VALLE

 
Desapareceu, simplesmente, o Pelé da narração esportiva em TV. Dizer mais o que?
Ele era tão bom, tão poderoso, tão talentoso, que, mesmo sabedor de sua enrustida aversão pelo Palmeiras, eu o colocava no âmbito da exclusividade de minha preferência, fosse qual fosse o narrador ou canal que com ele concorresse.
Preparei-lhe um necrológio sincero, realista e caprichado, mas, à última hora, me detive, pensei bem, refleti e preferi não publicar!
Sendo, eu, um incorrigível profissional, classista e realista, mencionaria todas as portas que, como empresário e líder de classe, irresponsavelmente, impensadamente e inconsequentemente, Luciano fechou. Preferi não fazê-lo
Mesmo em se tratando de serem os colegas jornalistas esportivos as maiores vítimas dos sonhos de Luciano, por incrível que pareça e apesar de tudo, todos o admiravam, sem nunca pensar, imaginar ou considerar as agrúrias pelas quais passaram, (continuam passando) pelo muito e muito que sofreram (e sofrem) e pela falta completa de perspectivas profissionais com que foram aquinhoados pelo brilhante companheiro respeitado -muito mais- pelo seu imensurável talento...
Eu teria de publicar quantos deles (nunca foi e não é o meu caso, graças a Deus) -até hoje- estão desempregados e passando por necessidades, em razão da veleidade de Luciano, de sua absoluta falta de sensibilidade e de sua completa desconsideração pela classe e pelos companheiros de profissão.
Fique registrada, também, a sua face crudelíssima de empresário que tudo fez pelo esporte, mas que pouco ou nada fez por sua classe. C'est la vie!
Do Valle, em minha opinião, foi -sempre e mais- um locutor, um narrador, um promotor de eventos, um "técnico" multimodal, isto é, de muitas modalidades, grande ganhador de dinheiro e, bem pouco -quase nada- um jornalista com J maiúsculo.
Ele conseguiu, há anos, a proeza de trocar um Loureiro Júnior, um Juarez Soares, um Otávio Pimentel, um Barbosa Filho, um Milton Peruzzi e tantos outros colegas de profissão por Rivelinos, Clodoaldos e outras personagens e personalidades afins entre si, mas  que nunca tiveram nada -absolutamente nada- com a profissão! 
Foi ele quem abriu caminho para que, hoje, Neto, Beletti, Miller, Róger, Edmundo, Júnior, Caio Ribeiro, Roberto Carlos, Ronaldo(goleiro) Ronaldo Fenômeno e tantos outros ex-jogadores, todos eles, sem exceção, clubísticos, corporativistas, fraquíssimos de opinião, (quase todos milionários) trabalhem, mas Mauro Betting, Sérgio Cunha, Sérgio Noronha, Roberto Petri , Mauro Nóbrega e tantos outros colegas, verdadeiramente jornalistas, fossem defenestrados de suas funções ou obrigados a delas abdicar! 
Vai deixar saudades, sim, -demasiada- o excepcional narrador que partiu, o Pelé da narração esportiva televisiva e meu narrador de preferência, certamente, insubstituível...(AD)

PS- Perdoem-me pela franqueza (é minha marca mais registrada) e, por favor, não me chamem de insensível por tudo o que tive a coragem de dizer. 
Diante da voz honesta de minha consciência não posso ser omisso ou incoerente e faltar com a (minha) verdade, ainda que neste momento grave, em face de tudo o que este blog  já publicou sobre o assunto! (AD)