Observatório Alviverde

04/06/2018

A MAIOR PARTE DA TCHURMA DO SPORTV NÃO CONSEGUE MESMO SER IMPARCIAL EM JOGOS DO PALMEIRAS!


Quando o notório sãopaulino Gustavo Vilani iniciou a transmissão de Palmeiras x Bambis tentando conter sua tendência de "narrar pro bambis", eu pensei, cá com os meus botões: até quando ele aguenta?

Após meia hora de narração justa e isenta, deu para perceber (daí em diante) o quanto ele torcia por seu time de coração.

Parecia Paulo Soares, o amigão, coincidentemente um fanático Bambi, que quando narrava um "choque-rei" pelo rádio, fazia figa com a mão que não segurava o microfone quando o Palmeiras atacava e secava o Verdão com toda a fé,  a fim de que o gol não saísse.

Da mesma forma mantinha os dedos em figa quando os bambis atacavam, a fim de que o gol deles contra o Palmeiras visse a acontecer. 

Estas são duas pequenas amostras de que há anos é assim, não apenas em relação à estes mas a tantos outros profissionais, sem que o torcedor que os acompanha em rádio ou TV imagine ou dê conta. 

Por isto, à frente da TV eu tinha certeza absoluta de que a transmissão isenta de Vilani não perduraria pelo jogo todo. 

Por essa razão não causou-me nenhuma espécie quando constatei que o relato justo houvera durado apenas e tão somente uns trinta minutos, findo os quais ele recaiu na vala comum do antigo parcialismo bambi que o contém, de outro narrador pretensamente imparcial.

Foi notória a tristeza Vilani, digna de dó mesmo, quando o Palmeiras (muito mais time e ele não disse isto em nenhum momento do relato) empatou o jogo, de pronto virou o placar, até chegar ao gol que consolidou a predominância tática, técnica e completa do time mais bem dotado, estruturado, talentoso e poderoso, sem qualquer dúvida, o Verdão!.

Mas muito mais do que a tristeza de Vilani (outro locutor palrador da pior escola do decadente Galvão, que hoje faz rádio em TV) foi a sua enorme revolta quando a arbitragem, correta e acertadamente, validou o segundo gol palmeirense.

Incontido e incontível em sua revolta, Vilani passou o tempo todo do jogo abordando insistentemente o assunto como se houvesse sido aquele gol e não a melhor performance e rendimento palmeirense, os fatores determinante e desencadeante da derrota "bambina"! 

Ele nem se deu ao trabalho de consultar quem conhece arbitragem mais do que ele, preferindo "bostejar" incessantemente do momento do gol ao final da trasnsmissão com uma insistência difícil de ser tolerada.

De fato, reconheço que William, ao receber a bola perto da pequena área, ostentava posição irregular. 

Em jogada normal de ataque, isto é, fosse ele lançado ou habilitado por um companheiro de equipe e o gol seria irregular. Nessa circunstância, de fato, ele estaria impedido.

O que Vilani e o comentarista que o acompanhou (bom, em meu entendimento), que tanto e tantas vezes criticaram o árbitro e o bandeirinha após o gol, não sabiam, não sabem mas deveriam saber, é que a bola chegou aleatoriamente aos pés de William que não foi lançado por ninguém de sua equipe.

A bola, impulsionada por um zagueiro Bambi que tentou esvaziar sua área, tirou qualquer cogitação de impedimento de William, conquanto o narrador Vilani, tenha alegado que a bola roçou -antes- em um jogador palmeirense, fato esse que as reprises, na TV, também não deixaram claro ou elucidaram.

No entanto, se o roçar ou o tocar em um jogador palmeirense leva dúvidas a Vilani, sinto muito em ter de dizer ao insigne narrador bambi que ainda que ocorresse "o roçado", o resvalo e até a "carimbada" no zagueiro, o que valia mesmo era o chute de desafogo desferido pelo jogador sãopaulino que, de acordo com as regras centenárias do ludopédio, porém ainda vigentes, impedem que o bandeira e o árbitro assinalem a "banheira"!

Vejam que não foi apenas o árbitro central que validou o gol em atitude solitária e autocrática. Ele consultou, antes, o auxiliar de área e em seguidade o bandeirinha que sequer registrou a irregularidade. 

Imagino, quem sabe, que tenha trocado olhares até com outro árbitro escondido no meio dos mais de 30 mil palmeirenses que estiveram no Allianz,  ocorrendo, então, a convergência e a unanimidade de opiniões.  

Ao Vilani (uma festa em seu rádio hahahahahhaa) que ainda faz rádio em TV e até imita meu amigo Jorge Curi quando fala em TV sobre "a última volta do ponteiro" em tempos digitais, alguns conselhos: 

1) Pare de fazer rádio na TV e de querer aparecer o jogo inteiro com números de jogos pretéritos e outras bobagens históricas que não interessam, senão a muito poucos e que desagradam a maioria.

2) Não torça, senão para você mesmo. Não deixe transparecer -nunca- o time pelo qual torce, principalmente quando transmitir os jogos dele.

3) Evite o excesso de opinião (os narradores de hoje também querem ser comentaristas) e deixe sempre a missão da análise para o comentarista, a não ser que esteja sozinho na transmissão.

3) Seja diferente dos outros locutores em atividade e pare de enganar o torcedor o tempo todo com estatísticas e informações inúteis que não agregam nada ao presente e nem interessam a ninguém.
Este, o maior defeito da geração atual, infelizmente foi absorvido também por alguns locutores de mais idade, Jota Júnior inclusive, este que, apesar de cumprir as melhores performances e de há muito tempo, constituir-se como o melhor de todos, infelizmente adota esse equívoco em detrimento de seu trabalho.

PS - Perguntem se Walter Abrahão, Milton Cólen, Geraldo José de Almeida, Fernando Solera, Peirão de Castro, Térsio de Lima, Luís Noriega, José Italiano e até Galvão Bueno (quando jovem) entravam nessa chatice de ligar importância a números frios que, quem quiser e na hora em que quiser, tem a sua disposição na Internet?

Precisam de informações para algumas situações que exigem "encher linguiça"? Falem sobre público, renda, transferências, sobre os reservas que podem entrar e outros assuntos do momento esportivo ou que digam respeito ao jogo que estão transmitindo.

Em relação a confrontos pretéritos só mesmo aquela informação básica e tão simples acerca de (tantos) jogos, (tantas) vitórias, (tantos) empates e (tantas) derrotas, nada mais que isto. É maçante ter de ouvir que em mil novecentos e rascunho da bíblia, ou em outra data remota aconteceu isto ou aquilo!

4) Não entre naquilo que a estupidez dos narradores (ou seria a máscara e a vontade de aparecer?) de hoje não os deixa perceber: quem assiste na TV ao jogo de seu time de coração ou de qualquer outro, só quer saber mesmo de aspectos concernentes ao jogo que está sendo transmitido e, principalmente, identificar e saber quem está com a bola. Nada mais que isso! O resto, é resto!

O Vilani por seu potencial vocal, pela desenvoltura de seu improviso radiofônico, pelo bom português e até por seu vocabulário um pouco mais rico do que a média geral dos locutores de TV, é um bom narrador.

Não obstante seu "tricolinismo exacerbado" que ostenta com orgulho até nos programas de estúdio e de todas as suas qualidades, precisa saber que ainda está bem longe de ser um excepcional locutor de TV. (AD)

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