Observatório Alviverde

04/08/2016

CHEGOU A HORA DA GRANDE ARRANCADA!


Foi extremamente favorável a rodada de ontem do Campeonato Brasileiro para o Palmeiras!

E o foi nas mesmas medida e proporção que o sorteio do adversário da Copa do Brasil na segunda-feira que passou, o Botafogo da Paraíba.

Em relação ao Brasileiro, qualquer resultado diferente da derrota do Curica para o Atlético Pr. e do "0X0" entre as Sereias e os Urubus não seria tão benéfico e tão producente para o Verdão.

Em suma, os resultados se adaptaram, perfeitamente, às necessidades alviverdes e, como se diz na gíria, "juntaram-se a fome e vontade de comer".

A grande lição deixada à torcida palmeirense pelos resultados de ontem é a que "o Campeonato Brasileiro é difícil e não significa, necessariamente, que pelo fato de ter perdido duas vezes consecutivas que o time do Palmeiras não presta, que o técnico não presta, que o elenco é fraco, "uma m..., uma b..." e que nenhum jogador  tenha capacidade para atuar no Verdão ou coisa assim como tantos chegaram a afirmar.

Isso mostra claramente que nós, palmeirenses, com poucas exceções, somos -quase todos- portadores da doença do radicalismo (incluo-me nessa faixa) e costumamos transitar do oito ao oitenta com muita facilidade. Não deveria ser assim!

Euclides da Cunha em seu livro "Os Sertões" cunhou uma frase antológica a propósito da resistência dos homens do interior do Brasil na Guerra de Canudos, aos quais ele denominou, simplesmente, sertanejo. Ei-la: "O sertanejo, antes de tudo, é um forte..."

Por minha falta de inspiração e criatividade vou parafraseá-lo a propósito do sofredor, digo, torcedor do Palmeiras, afirmando que "o palmeirense, antes de tudo, também é um forte, mas, depois de tudo, é um emocional. Ganhando ou perdendo!

Os dois tropeços contra o Galo e o Botinha, doídos, porém normais transmutaram os humores palestrinos, frustraram-lhes as verdes esperanças, impregnaram-no de tristeza, revolta, ódio e pessimismo e levaram a torcida a malhar violentamente o elenco, transformando-o em uma espécie de judas fora de época.

Fique bem claro e explícito, não censuro de forma alguma o posicionamento exacerbadamente crítico da torcida.  Pelo contrário, até o compreendo! 


A torcida alviverde, via de regra, não é masoquista e detesta perder, exceto aqueles que vão à mídia e à Internet, sugerem escalações, cravam previsões e fazem futurologia e não aceitam perder. 

Não raras vezes torcem para que o Palmeiras perca simplesmente a fim de que acertem sempre em suas apostas. Tá cheio de torcedor assim! 

A vontade de ganhar os leva a torcer mais pelos palpites que emitem do que propriamente para o time! São os donos da verdade que querem, também, ser donos do time.

Na verdade a saga palmeirense em sucessivos campeonatos tem sido marcada pela incrível tendência de o time se transformar sempre em "cavalo paraguaio", isto é, largar bem e no meio da competição entregar a rapadura! Isso, porém, tem explicação!

Os motivos dessa falta de "punshing" e da ausência de força de chegada do time na hora decisiva das competições foram, na maioria das vezes, causados muitas vezes por elencos curtos que não davam opções aos treinadores. 

Outras vezes foram decorrentes de arbitragens catastróficas e ou tendenciosas, como em 2009, quando Simon tirou, definitivamente, o Palmeiras da disputa pelo título, tanto e quanto também houvesse havido desequilíbrio administrativo, brigas internas pelo poder e, sobretudo, a falta de um elenco maior, mais compacto e mais rico!

Meus amigos apesar de tudo e de todos os pesares, a minha mensagem nesta metade do ano de 2016 é de esperança e de otimismo em relação ao Verdão no Brasileiro e, principalmente, na Copa do Brasil. 

Estou convicto de que o Palmeiras vai chegar forte no funil das duas competições. Se vai ganhar os títulos eu não garanto porque não sou beduíno e nem versado em ocultismo.

Acredito que, malgrado todas grandes carências palmeirenses decorrentes da inexperiência da atual diretoria no trato com o futebol ainda assim vai dar para o Palmeiras chegar onde a torcida tanto espera e almeja.

E vai chegar não obstante:

1) a fatal contusão de Prass,

2) o excesso de contratações, 

3) o inchaço e a má distribuição dos jogadores por posições,

4) à falta de um meia criativo e desequlibrante

5) à ausência de poder de convencimento da diretoria para a manutenção do craque Gabriel Jesus,

6) à natural "poupança" de Gabriel de Jesus que deve se empenhar menos, evitar as dividas e os lances mais ríspidos dos jogos, daqui ao final do ano,

7) à ineficiência do clube na "guerra dos bastidores" que apanha quieto e é triturado pelos árbitros, bandeirinhas, tribunais, Federação e CBF. 
Obs: Cadê o diretor mais bem pago do Brasil que não diz, nunca, uma única palavra contra os abusos perpetrados contra o clube?

8) à -às vezes-, autocrática teimosia do presidente que, por exemplo, até hoje não providenciou e nem contratou um meia armador para o lugar de Valdívia por temer que o time se acerte e que ele venha a ser chamado de burro por ter contratado para substituí-lo Cleiton Xavier a preço de craque, ele que não passa de um mediano e com a desvantagem de chegar ao Palmeiras fora de forma e contundido.

9) os erros elementares de escalação e as opções táticas errôneas de Cuca que tem acreditado "demaaaais" em alguns jogadores que, de há muito, deveriam estar no banco de reservas como opções e não no time como titulares e como proprietários absolutos de posições.

10) à falta de providências em relação ao trabalho de esvaziamento constante exercido por parte de uma parcela ponderável da mídia.

Eu acredito -muitíssimo- na perspectiva da retomada da liderança do Brasileiro pelo Verdão, já, a partir desta noite, ainda que sabendo das dificuldades que a equipe enfrentará em Chapecó.

Parto do princípio que, time por time, o Palmeiras é muito melhor que a Chapecoense e tem tudo para se  impor ao adversário principalmente em função de seu elenco, tecnicamente melhor tanto e quanto por seu peso e tradição de maior campeão do Brasil. Cuca deveria dizer isso à rapaziada na hora da preleção!

Um mero empate esta noite em Chapecó conduz o Palmeiras a vice-liderança ao lado do Curica nos números, mas superando-o no item desempatante do saldo de gols que, aliás, já é melhor que o do oponente, mas só a vitória reconduzirá o Verdão à liderança.

Sei que todos já sabem de tudo mas, ainda assim, explico:

Hoje, quarta-feira, 04/08, antes do jogo, a classificação está assim: 

Em 1º Santos, 33 pontos, 10 vitórias, 3 empates, 5 derrotas.
O Santos marcou 32 gols, sofreu 16 e tem um saldo de 16 gols.

Em 2º Curica, 33 pontos, 10 vitórias, 3 empates, 5 derrotas.
O Curica marcou 27 gols, sofreu 14 e tem um saldo de 13 gols.

Em 3º Palmeiras, 32 pontos, 10 vitórias, 2 empates, 5 derrotas  
O Palmeiras marcou 32 gols, sofreu 18 e tem um saldo de 14 gols.

Se o Palmeiras conseguir vencer a Chapecoense passará a somar 35 pontos e estabelecerá uma diferença de dois pontos sobre o Santos que passará a ser o segundo colocado!

Chegou a hora da grande arrancada rumo ao título!

EU ACREDITO!!!  

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