PALMEIRAS X CREFISA. É PRECISO (LONGE DA POLÍTICA) JUNTAR A FOME COM A VONTADE DE COMER!
Mais do que, simplesmente, estranheza e espécie, tem causado constrangimento a intriga de bastidores que coloca em campos opostos o Palmeiras e seu principal patrocinador, a Crefisa.
A princípio fiquei sem entender a postura de Nobre e da diretoria, que parecia não estar nem aí para o patrocinador.
Hoje, porém, atento ao noticiário, já consigo entender a razão determinante da situação e que se resume numa frase: a disputa pelo poder.
Chamem Nobre de tudo, mas, por favor, não o rebaixem, menosprezem ou minimizem, aplicando-lhe a pecha de burro, acusando-o de estar brigando gratuitamente com o casal que comanda a Crefisa.
Há uma razão para o comportamento, senão belicoso, restritivo, de Nobre em relação ao patrocinador.
Segundo se comenta, o cliente, a exemplo de Nobre, também "biliardário", estaria se alinhando com os setores mais retardados e reacionários da política do clube, colimando o poder em futuro bem próximo.
Segundo as mesmas fontes, o casal vinte já estaria rezando pela cartilha de quem, equivocadamente, sempre colocou o futebol do Palmeiras não na condição de um clube de ponta do futebol brasileiro, mas, simplesmente, de um clube de lazer de alto luxo e com status de casa de câmbio ou de estabelecimento bancário.
É óbvio que eu, definitivamente, não avalizo a conduta da diretoria ao tentar produzir camisas retrô da era Parmalat, temporada de ouro e inesquecível na vida do clube, em detrimento da Crefisa e dos demais patrocinadores.
Se mal pergunto, me desculpem, mas com quanto em dinheiro a turma do leite iria entrar na promoção das camisas retrô?
Da mesma forma, estranhei e não aprovei quando a primeira dama da Crefisa veio a público com uma virulência linguística muito acima do tolerável, expondo, amadoristicamente, o clube a uma situação ridícula e deplorável de crise, simplesmente incontornável e inadministrável.
Ela poderia, perfeitamente, ter sido mais amena e tratado o problema internamente sem a necessidade de escandalizar. E, no entanto escandalizou!
Foi muito ruim aquele episódio em relação ao Palmeiras e só não deixou sequelas graves em razão da conquista da Copa do Brasil, que, praticamente, deletou o assunto, para o bem de todos e felicidade do clube, do patrocinador e de toda a nação alviverde.
Mas as consequências dessa batalha de egos, reitero, foi muito ruim para o Palmeiras e deixou sequelas.
O exemplo maior do que estou afirmando é que ninguém mais fala acerca dos dois ou três jogadores de ponta que a Crefisa houvera sinalizado iria contratar para o Palmeiras.
Sem ficar em cima do muro, faço questão absoluta de dizer que nessa mixórdia eu sou mais, (muito mais mesmo) o presidente Paulo Nobre, embora a minha preferência seja o reatamento total do acordo existente, sob todos os aspectos.
Ao tomar conhecimento da ação deletéria de ex-dirigentes em relação a esse "affair", certamente por ciúmes e pela impotência de voltarem ao poder, deixo claro que reservando-me sempre ao direito de criticar o que esteja certo ou errado em relação à atual diretoria, tenho o dever de apoiar Paulo Nobre!
Até porque foi ele que através de seu mecenato e extremo amor ao clube, constituiu-se no único responsável pela guinada de cento e oitenta graus da SE Palmeiras em direção ao melhor presente e ao melhor futuro para o time e para a própria instituição que estava à beira da insolvência.
Sem Nobre nada teria sido feito e o Palmeiras, como vem ocorrendo há anos, estaria novamente nas mãos de pessoas que visariam, muito mais, aos próprios interesses, do que, propriamente aos interesses e objetivos do clube.
Ademais, em meu entendimento, patrocinador algum é maior do que o clube, nem a Crefisa, a Parmalat e nem ninguém.
Claro está e claro fique que temos todo o interesse em que haja uma harmonização de interesses e que a Crefisa continue participando ativamente do projeto Palmeiras e, reciprocamente, que o Palmeiras também respeite o cliente e seu vultoso investimento no clube.
É preciso, como se diz na gíria do dia a dia, que se juntem a fome com a vontade de comer!
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