Observatório Alviverde

08/04/2014

A NOTÍCIA É BOA! VINICIUS FOI EMPRESTADO AO VITÓRIA! MAS QUEM VIRÁ PARA O LUGAR DELE?



Não sei qual foi a "sumidade" de nossa base que superdimensionou a capacidade do mediano Vinícius, a ponto de conseguir fazê-lo o jogador mais novo a vestir a nossa camisa. Com todo o respeito ao jovem atacante, esta é uma prerrogativa que ele não merecia!

Felipão, que adora jogadores toscos, corredores, combativos e obedientes, encampou a idéia, se é que não tenha sido ele o autor de tamanha estupidez!

Imaginando (só imaginando) que tivesse em mãos um superdotado do futebol, Scolari promoveu Vinicius, um atleta comum, limitado e imaturo, imediatamente, indevidamente ao time profissional, e o Palmeiras, como sempre, pagou caro por seu crasso erro de avaliação! 

O tempo se encarregou de provar, cento e oito jogos depois, (coisas que só acontecem no Palmeiras) que Vinicius não estava pronto nem para a base, a julgarmos pelas suas pífias apresentações na Copa São Paulo de juniores deste ano.

Quando ele juntou-se aos garotos da base com o status de salvador da pátria para enfraquecer, digo, "reforçar" o time, eu disse para comigo mesmo: "-perdemos outra Copinha! Não deu outra!

Longe de querer atribuir-lhe a culpa pelo fracasso (que é do técnico e dos dirigentes) registro que o nosso melhor e mais criativo, atacante, João Pedro -hoje no Cu-ríntia- ficou inexplicavelmente esquentando o banco e vendo Vinicius ocupar indevidamente a posição e vestir a camisa que, por merecimento deveria ser dele!

Em suma, por não ser nenhum jogador acima da média, e, -menos ainda-, um fora-de-série, Vinicius deveria, antes da açodada promoção ao time principal, ter percorrido de forma natural os trâmites e degraus normais de sua carreira, a fim de amadurecer e de aprimorar o seu futebol, antes de desfrutar de uma vaga cativa no elenco do Palmeiras, como ele desfrutou.

Sei que muitos vão me censurar pela abordagem forte e direta do tema, alegando que Vinícius "é, apenas um garoto", que é muito novo ou coisa assim, embora esteja ele a quatro meses de completar 21 anos e atingir a maioridade plena.

A esses respondo que aquilo que menos importa na análise da situação é a idade do atleta, recrutado da base para o time principal -é verdade- em tenros 16 anos. 

O que conta, em situações análogas, é sua qualidade técnico-individual, seu futebol e, principalmente, a sua madureza, traduzida por sua capacidade de adaptação a uma categoria superior, aspectos que, ao menos até o jogo Ituano 1 x 0 Palmeiras, Vinicus esteve longe de mostrar.

Para sepultar qualquer argumentação daqueles que se condoem com críticas a jogadores mais novos, Pelé, em 1958, na época apelidado de Pererê, foi artilheiro do Paulistão aos 16 anos marcando 58 gols, com críticas ou sem críticas!

Da mesma forma Edu (ponta esquerda revelado pelo XV de Jaú e pelo próprio Santos) o mais jovem jogador a vestir a camisa da Seleção Brasileira, aos 16 anos,  recebeu uma saraivada de críticas quando chamado para a Seleção, e, no entanto, nem por isso sucumbiu. Foi campeão do mundo no México em 1.970!

Querem um exemplo doméstico e mais recente? Edu Manga!

Ele nasceu em 1963 e em 1985, na idade atual de Vinicius, foi recrutado por Enio Andrade para o futebol profissional, ficando, a partir daí, sujeito à apreciação crítica da mídia paulistana que, se sabe, nunca foi simpática ou favorável ao Palmeiras e, jamais apalpou ou poupou qualquer jogador alviverde. 

Edu Manga, em campo, principalmente quando foi convocado para a Seleção, calou -completamente- os críticos, o que Vinicius jamais soube fazer, ressalvada a diferença técnica descomunal de qualidade que, teoricamente, os separa, do vinho para a água!

Como se vê, os craques já nascem feitos, e eles sim podem ser recrutados -assim como Rivelino no Curintia e Ademir da Guia, no Bangu e no Palmeiras- antes da hora, para os times profissionais

Vinicius está longe de ser, sequer, um projeto de jogador diferenciado, quanto mais de um craque. Por que queimar etapas com um jogador tecnicamente mediano? Não dá pra entender!

Em 108 partidas - entre as que entrou com a bola em movimento, por poucos minutos e as que começou como titular, Vinicius conseguiu assinalar a "extravagante" soma de 8 gols! Quanta perda de tempo... e de títulos, naturalmente!

Certa vez escrevi neste espaço que Vinicius deveria ter, dos dois, um; ou um padrinho muito forte ou um empresário influente.

Só isso poderia explicar e justificar a sua longa e estéril permanência no elenco titular do Palmeiras, registrando-se que, nunca, na história do clube, um atleta da base desfrutou de tantas e reiteradas oportunidades para se firmar no elenco principal quanto ele.

Ao mencionar tudo isso, não significa que estejamos rebaixando Vinicius, colocando-o no patamar daqueles aos quais chamamos de "grossos"!

Fique claro, considero-o um jogador mediano, óbvio, sem o drible fácil no pé, cuja capacidade de ação resume-se às jogadas de velocidade pelo lado esquerdo do campo! Se seu repertório técnico for mais abrangente, isso ele não conseguiu mostrar no centenário de jogos em que vestiu a nossa camisa.

Aliás, essa exclusiva performance pelo flanco esquerdo, foi única função que Vinicius conseguiu desincumbir de forma razoável em sua interminável trajetória de 108 jogos com a camisa do Palmeiras, com uma ou outra atuação um pouco melhor em que conseguia sair-se satisfatoriamente, enganar-nos por um ou dois jogos, após o que retornava a sua habitual toada improdutiva!

Pelo que vi, analisei, observei e senti, a propósito de Vinicius, quero reiterar de uma forma bem clara que o considero mediano e  irregular, um jogador nota 5.

Ele, no Palmeiras, progredia, embora a passos de tartaruga, de forma intermitente e oscilante para uma nota 6, com alguma perspectiva de, com o passar do tempo e com a chegada da maturidade, alcançar, no máximo, a condição de um atacante nota 7. É muito pouco para as responsabilidades e ambições de um clube como o Palmeiras.

Foi tardio o empréstimo de Vinicius para o Vitória, mas essa é a única esperança de o Palmeiras poder se ressarcir de todo o investimento estupidamente empreendido - apostar todas as fichas em um jogador, apenas, mediano-, cuja presença no elenco era sinônimo de prejuízo. 

Além realizar muito pouco, -quase nada-, quando escalado, Vinicius ocupava um lugar estratégico no elenco que poderia, perfeitamente, ter sido destinado a um atleta mais capacitado que chegasse e resolvesse, -de pronto-, os nossos crônicos e recorrentes problemas ofensivos.

Emprestar o jogador, reitero, é uma forma inteligente e viável de minimizar e corrigir essa malfadada situação, embora a diretoria tenha demorado demasiadamente, antes de tomar a iniciativa.

Agora é esperar que outro clube -o Vitória- de menor importância e responsabilidade do que o Palmeiras no cenário esportivo nacional, possa ter Vinícius no elenco e, em troca de sua cessão, tenha a paciência suficiente para esperá-lo, primeiro, desabrochar para o futebol e, depois, para se firmar profissionalmente.

Milagres acontecem -até no futebol- e, quem sabe, daqui a um ano ou mais, Vinicius estoure e possa retornar ao Verdão como um jogador profissionalmente amadurecido, definido e consolidado.

Mas, a se julgar pelo que ele (não) mostrou nas tantas vezes em que vestiu a gloriosa "maglia" esmeraldina, (sempre faltou muito para que ele pudesse ser ungido, sequer, como grande revelação) esse milagre dificilmente ocorrerá. Quem viver, verá! Espero viver!

Substituir Vinicius é fácil! Ultimamente até um cone o faria! Que a diretoria, agora, trate de ir atrás de um atacante de verdade, capacitado, experiente e à altura de nossas maiores necessidades!

QUEM VOCÊ INDICARIA PARA O LUGAR DE VINÍCIUS?

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