Observatório Alviverde

24/07/2015

PORQUE DEFENDO O FUTEBOL DO INTERIOR E A VOLTA DOS ESTADUAIS.


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É preciso resgatar a força do futebol do interior!


O futebol brasileiro está na C.T.I., vítima da incompetência dos clubes, dos dirigentes e de parte ponderável da mídia, curiosamente aqueles profissionais  que se julgam de vanguarda, autossuficientes, modernos e atualizados.

Arrogantes, facciosos, despreparados, completamente desprovidos de bom-senso e de visão crítica presente ou futurista, (há poucas exceções) tanto fizeram que conseguiram "europeizar" o futebol brasileiro, levando-o ao mais profundo dos infernos técnico e financeiro.

Para que se entenda esse processo terminal, é necessário, que se analise o passado recente das manifestações da crônica esportiva em geral, que, infantilmente aderiu e repercutiu as pseudolideranças jornalísticas, estas, sim, as maiores responsáveis pelo caos em que está mergulhado o futebol brasileiro.   

Quem não se lembra, por exemplo, dos primórdios do Cartão Verde, que, desde 1993 (literalmente), jaz no ar até hoje, como um cadáver insepulto, em plena TV Cultura SP! 

Numa época, aquela, de tão poucas opções na telinha, o programa, de âmbito nacional, levado ao ar aos domingos, em horário nobre, surgiu como um lampejo de esperança de divulgação da verdadeira essência do futebol, isto é, dos clubes, das competições, dos atletas e da torcida.

Entretanto, não foi isto o que se viu e nem o que ocorreu! 

Provavelmente, por injunções políticas, o comando do programa foi entregue ao medíocre, faccioso e politiqueiro jornaleiro, digo, jornalista, Juca Kfoury. Foi o pior que poderia ter ocorrido. Para a comunicação e para o futebol! 

Pegando carona na força e na credibilidade da TV Cultura, JK difundiu e ampliou por muito tempo as suas ideias errôneas e equivocadas a respeito do futebol brasileiro, visando a elitizá-lo. 

Essas ideias, copiadas (na cara dura) do futebol europeu, foram logo encampadas por despersonalizados da própria mídia, que, sem compreendê-las, refundiram-nas e deram-lhes eco, integralmente, em seus veículos.

Sem medo de errar, afirmo, categoricamente, que o Cartão Verde, aquele dos anos 90s, sob Juca, foi a razão precípua do caos que se abate, hoje, sobre o "ludopédio nacional".

Para evitar o fechamento dos clubes, o governo federal foi obrigado a intervir e os clubes, endividados até a raiz dos cabelos, estão tendo de recorrer ao Governo Federal para poderem permanecer de portas abertas. 

"Coisas do Brasil", definiria a música Guilherme Arantes e Nelson Motta! 

JK em termos de mídia eletrônica, foi, tecnicamente, um dos piores profissionais que conheci em mais de 50 anos de militância no meio jornalístico.
  
Voz feia, fala fina, irritante e gaguejante, de enorme dificuldade de expressão tanto e quanto arrogante, personalista e egotista, fico, às vezes  imaginando quem foi o "puto que pariu", em rádio e televisão, essa superfluidade jornalística!

Isto tudo, porém, seria desculpável e, até, irrelevante, não fosse, o citado, tão antipático, tão curto e vazio em sua vã filosofia, tanto e quanto nocivo e deletério aos reais interesses do futebol brasileiro!

"Para não dizer que não falei de flores" (obrigado,Vandré) salvar-se-ia, esse cidadão, exclusivamente, pela qualidade formal de seus textos, mas nada que o coloque em condição de excepcionalidade, no melhor sentido da palavra.

Curintianíssimo, perde-se pelos desvãos do facciosismo futebolístico dissimulando um discurso de neutralidade, mas, na realidade, apoiando sistemática e intransigentemente o seu time de coração! 

Por sua insistência no denuncismo, pela interferência direta que exerce sobre a cartolagem pecadora e assustadiça, e, pela falta de melhores conteúdos, como tolerá-lo? 

A comparação que fez esta semana, dos (mesmos) delitos disciplinares do palmeirense Dudu e do (já julgado) curintiano Petrus, por "mera"coincidência, no dia do julgamento de Dudu, foi uma patética manifestação do clubismo que ele tanto nega e de seu ódio escancarado e explícito à S.E. Palmeiras.


Ao afirmar que os dois atletas mereciam ser exemplarmente punidos no rigor da lei e no limite maior da pena (ele sabia que Petrus só sofrera três jogos de suspensão), ele instou e pressionou o Tribunal a suspender o palmeirense no limite da pena, fingindo zanga pelo fato de Petrus não ter sido apenado do mesmo modo que era preciso. Ó dor! 

Observem que ele não disse que as punições teriam de ser equânimes, dentro dos mesmos parâmetros de julgamento, haja vista que Petrus sofrera (escandalosamente) três jogos de suspensão.  

Seu discurso foi aquele, manjadíssimo, de que um erro não justifica outro! 

Fosse ao contrário, abordaria, ele, o tema da forma que abordou? Sou convicto de que NÃO!

Quem não percebeu que ele desejava e pedia, abertamente, apenas e tão somente a  punição do palmeirense?
 

Ninguém do meio jornalístico, detentor de personalidade, de conhecimentos do esporte e visão lógica da vida, desconhece a influência negativa desse cidadão, também chamado, ironicamente, por muitos de "Ki Furo".

Sua principal marca nos anais do futebol e da mídia, foi a concepção, promoção, autoria e participação na redação da Lei Pelé, a maior excrescência da história do futebol profissional brasileiro em todos os tempos e razão precípua da maior parte dos dramas e tragédias dos clubes brasileiros.

Não obstante a influência, (não entendo porquê a cartolagem o atende, respeita, teme e prestigia tanto) Juca está marcado, indelevelmente, pelo estigma de "editor fraco", fracassado, incompetente e denuncista que afundou, artisticamente, a revista Placar transformando-a em porta-voz dos interesses de Curintia e Flamengo!

Quem não sabe que Placar tinha potencial para ter sido a melhor revista esportiva brasileira de todos os tempos? E, no entanto, não foi, nem com todo o peso, prestígio e a estrutura que lhe emprestava e empresta a Editora Abril em razão de sua facciosa e tendenciosa linha editorial!

Para que eu não diga tudo o que penso a respeito de alguém que, não merece críticas, posto que se encontra abaixo delas, quero resumir influência de JK no processo de deterioração do futebol brasileiro.

Voltemos, então, aos primórdios do Cartão Verde tempo em que ele comandava a "formidável atração televisiva" HA HA HA HA HA! 

Chefes de claque e, a um só tempo, componentes do coral de apoio a Juca e suas "ideias de jerico" pode-se dizer que seus companheiros de programa, José Trajano e Flávio Prado serviram-lhe de escada.

Por isso os considero co-autores ou, no mínimo, cúmplices, da ordem ideológica que destruiu os campeonatos estaduais e matou o futebol no interior do país abalando os alicerces e a estrutura do futebol brasileiro, que nunca mais foi o mesmo. 

Por isto, já não se tem mais quantidade de atletas para extrair qualidade. A diminuição, leia-se, destruição burra, impensada e inconsequente dos campeonatos estaduais decretou o apequenamento e a liquidação do futebol do interior, o grande celeiro!

Profissionalmente superiores a Juca, J.T. e F.P. (que pelas iniciais ninguém o perca) participaram do programa igualmente determinados a não comentar futebol, mas, apenas, criticar a conjuntura vigente, censurar o sistema, desmoralizar as pessoas envolvidas e condenar as instituições do futebol ou a ele ligadas. 

Isto, em última análise, não é fazer crônica esportiva, mas promover a anarquia esportiva!

Como sempre ocorreu e ocorre em todos os programas comandados por Juca, o Cartão Verde, logo de cara, abdicou da análise técnica dos jogos, e dos atletas. 

Continua assim, até hoje, embora mais humanizado, com menor agressividade e com o poder diminuído em face da disseminação das TVs a cabo, que desconcentrou as audiências!

O Cartão antigo, enfocava, exclusivamente, os temas ligados às crises, problemas, à política esportiva rasteira e outras situações comportamentais das pessoas ligadas ao futebol, constituindo-se num programa de críticos de moral. 

É óbvio que esses temas também têm de ser abordados, mas não podem constituir-se em matérias exclusivas como ocorria e ocorre, invariavelmente, nos programas de Juca, direcionados ao "quanto pior, melhor"! 

A análise da essência de futebol no CV, só ocorria em relação aos jogos do Curintia, do Fla e dos Bambis, o paulista e o carioca! 

O Palmeiras só era analisado com muita crítica e amplo desprezo, nos jogos em que perdia, constituindo-se apenas em um saco-de-pancadas!

Em outras palavras o Cartão Verde de Juca, era, muito mais, uma atração que privilegiava o persecutório, as fofocas e à submissão à Europa, do que um programa esportivo, cujo nome era a um só tempo tão forte, significativo e impositivo.

Pode-se dizer que a marca e o legado deixados pelo CV foram respectivamente, o denuncismo barato e a condução do futebol brasileiro à condição pré-falimentar que, hoje, ostenta, técnica, moral e financeiramente.

Já abordei o tema, mas não custa repetir que, não fosse a intervenção recente do governo federal, estabelecendo um Refis e o futebol brasileiro, da plebe à elite, teria soçobrado, morrido e estaria enterrado para sempre na vala comum da mediocridade diretiva, da ação deletéria dos empresários e das negociatas.

Desde a implementação da Lei Pelé, o futebol brasileiro só cresceu para baixo feito rabo de cavalo. Copiada do modelo europeu, ela e a CLT muito têm contribuído para o esvaziamento do futebol e para a falência em série dos clubes e do futebol do interior.

A lamentável conjugação da arcaica CLT à imoralíssima Lei Pelé, retirou os jogadores dos ativos e do patrimônio dos clubes, doando-os,  imbecilmente e inconsequentemente, a empresários e atravessadores.

Este, sem tirar nem por, o resultado da brincadeira midiática do prestidigitador Juca que tanto entusiasmo conseguiu transmitir aos ingênuos jornalistas do interior.

Interessante que, até hoje, sem se darem conta da enrabada que levaram, sem direito a óleo, vaselina ou camisinha, os desavisados cronistas interioranos o chamam, tanto e quanto a Prado e Trajano, para simpósios, palestras e até para homenageá-los em datas especiais!

Os caras não percebam e nem se dão conta de que Juca e seus apaniguados são os maiores responsáveis pelo declínio do futebol interiorano, pela falência de várias dezenas de clubes tradicionais e pelo fechamento de milhares de postos de trabalho na imprensa esportiva interiorana, reduzida, hoje, a "subnitrato do pó de traque".

Esses incautos e humílimos jornalistas, sequer imaginavam ou imaginam que, com a decorrente falência dos clubes, suas profissões, suas cidades e eles próprios foram e estão desvalorizados, relegados a uma situação sub-falimentar, sendo que parcela expressiva deles, perdeu os seus empregos.

Falsos libertários da bola, profetas nihilistas do caos, causas das causas da ruína do futebol brasileiro, esse verdadeiro trio parada dura do primeiro Cartão foi o responsável direto pela semeadura do cáos que tomou conta do futebol brasileiro.

Apregoavam que modernizavam o futebol brasileiro, modernidade essa que como o cavalo de Átila, onde pisou não nasceu mais grama.

O processo de divisões nacionais ainda em vigência, por eles sugerido e, afinal, instituído, está e sempre esteve longe de manter incólume a pujança do interior e do futebol brasileiro.

Mas eles defenderam com tanta firmeza a causa equivocada e acreditaram tanto em seus próprios erros que 99% do público e dos jornalistas acreditaram neles.

Foi assim que conseguiram "provar" a milhões de incautos que um pais continental como o Brasil tinha de ter a mesma estrutura esportiva de micro países como a Bélgica, a Suiça, a Itália, a Espanha e outros.

As séries B e C do Brasileiro altamente deficitárias escancaram que esses caras,apoiados pelos companheiros e pela parte desavisada da população, atiraram o futebol brasileiro no mais fundo do poço da inadimplência, da destruição e da desgraça. Só não vê quem não quer.

Não digam que só estou falando somente agora, porque fui o único jornalista que apontei o equívoco, bradei e bati forte contra eles tantas vezes, dizendo tudo o que era necessário a tempo e hora.

Mas enquanto eles se expressavam através da mídia em âmbito nacional, eu falava, apenas em econômicos espaços internéticos, com a força de comunicação de um carro de som.

Juca, ex-malufista, ex-fernandista e agora petista, isto é, um parceiro dos detentores do poder, ao assumir como assessor de Pelé no Ministério dos Esportes, foi quem encaminhou todas as excrescentes leis que liquidaram os clubes, o futebol no interior e, por consequência, com as bases e as estruturas dos clubes e do futebol brasileiro.

Foram as ações burras e equivocadas desses e de tantos outros jornalistas que apequenaram o futebol brasileiro, conduzindo-o ao descalabro e a quase insolvência.

Da mesma forma, destruíram a crônica esportiva do interior do Brasil, apequenanso o futebol brasileiro em todas as instâncias, culminando com os 1 x 7 contra a Alemanha! 

Suprema humilhação de um futebol que perdeu o viço, a grandeza, a abrangência, a dignidade, a condição de fabricar os grandes craques e, enfim, a falência múltipla de inúmeros clubes que lhe davam vida, sustentação e renovação.

Para que o futebol brasileiro ressurgisse e recupersse tudo o que perdeu os campeonatos estaduais deveriam ser fortalecidos e estendidos até o final do mês de maio, em sintonia com Libertadores, Copa do Brasil e outras competições paralelas.

De junho a dezembro o Brasileiro seria jogado em pontos corridos para a classificação e com um mata-mata final valendo, em cima, o título e a habilitação para a Libertadores e em baixo para definir os rebaixados.

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PS:As críticas aos jornalistas supra citados não são pessoais, apenas profissionais!