Observatório Alviverde

27/06/2015

TÊM QUE PASTAR!



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Uma imagem que vale mais que mil palavras!

Não me causará qualquer espécie se, nos giros da bola e da vida, a transferência de Valdívia ricochetear na Arábia e o chileno retornar ao Brasil para o Cruzeiro ou, em pior hipótese, para o Flamengo.

No entanto, para que isso ocorra, será necessário, primeiro, que ele deixe o Palmeiras.

Após os fatos ocorridos entre ontem e hoje, parece que, para a decepção e frustração de maior parte da mídia e de pequena parcela da torcida, Valdívia ainda não deixou ou desligou-se do Verdão.

Como se tudo não bastasse, o clube árabe que houvera anunciado a contratação do chileno apagou, inexplicavelmente, a informação de seu site oficial. Teria malogrado o negócio? Parece que sim!

Em razão de tudo isso o que se observa é que os novos fatos começam a causar contração, desconforto e desencanto, tanto nos "manchetes" da Mancha,  quanto nas manchetes da Mídia.

Para não me alongar no assunto, apenas advirto: Quem tem olhos para ver, veja! Quem tem ouvidos para ouvir, ouça! Quem tem compreensão para compreender, compreenda! Mas, quem tem boca pra falar, não fale! Simplesmente, cale e espere! 

Os antigos, de notória e reconhecida sabedoria, já diziam: "nada como um dia após o outro e uma noite no meio dos dois". Estamos em plena noite! Por que, então, não sonhar?

Da mesma maneira os antigos afirmavam que "peru é que morre de véspera"! Sem que esconda o meu grande ceticismo, estou resolvido a esperar as manifestações oficiais, do Palmeiras e de Valdívia!

Agora, anotem, e, se, por nova desventura da torcida palmeirense, o evento vier a acontecer, aposto que tão logo o Mago retorne ao Brasil e vista qualquer camisa que não seja a do Verdão, será, imediatamente reconhecido como craque e aclamado pela mesma mídia que tanto o detonou e criticou, como o melhor jogador em atividade no futebol brasileiro. Ainda não dá para cravar, mas há mil motivos para se suspeitar! Se ocorrer, cobrem-me, depois!

O noticiário da semana a respeito do Mago, simplesmente, confirma o que escrevi, há mais tempo, neste espaço, acerca de sua saída, próxima e iminente.

Uma história parecida:

Em meados dos anos 50s o Palmeiras se desfez de seu único craque, Jair da Rosa Pinto, por motivos similares aos que ocorrem, atualmente, com Valdívia.

Para quem não sabe, Jair da Rosa Pinto, foi o maior lançador, entre todos, da história do futebol brasileiro, muito mais do que Gerson, Rivelino ou qualquer outro, e dono de um dos mais poderosos chutes da história do futebol brasileiro.

Pressionado pela mídia, que exigia renovação do elenco, premido pelo clamor da torcida que passou a perseguir Jair sob a alegação de que ele já era velho, se contundia muito e não corria em campo, o Palmeiras dispensou o jogador, em 1955, ano em que completava 34 anos. 
 O Santos, sabedor das qualidades de Jajá da Barra Mansa, como ele era conhecido, contratou-o. 

No mesmo ano, Jair levou o Santos a ganhar o título paulista e, depois, aos títulos de 60 e 61. 

Dai em diante, até transferir-se para a Ponte Preta, seu último clube, Jair comandou o Santos em seguidas conquistas na Copa Brasil, Rio-São Paulo, em vários torneios nacionais e internacionais, tendo participado de inúmeras excursões por todos os continentes.

Jair, que não servia para o Palmeiras, serviu para o Santos e foi o armador que consagrou Pelé. Sou convicto de que, sem Jajá, o fenômeno Pelé não teria alcançado a repercussão e a importância que alcançou!

Sem medo de errar, Jair fez Pelé!

Acham que estou exagerando?

Quem achar que sim, não me censure antes de ler o depoimento do próprio Pelé em seu livro "Eu sou Pelé"!

Exclusive o ocorrido em relação a Pelé, o Palmeiras repete com Valdívia o que fez com Jair há exatos 60 anos, em 1955.

Infelizmente, para Paulo Nobre, a conversa vazia de apedêutas da bola e de finórios ganhadores de dinheiro valem mais, muito mais do que o clamor de uma nação.

O presidente alviverde, quando o assunto não é finanças, mas, bola, age, no evento Valdívia, como tantos outros presidentes absolutamente leigos que o Palmeiras (com raras exceções) teve em todas as décadas, homens que, até hoje, ainda não perceberam que, a exemplo do maior rival, o Palmeiras também é uma grande nação e uma importantíssima religião.

Sua falta de visão no futebol, no futebol, no futebol (repito que não estou me referindo à parte econômica em que ele mostrou-se espetacular, genial) é tão acentuada, que ele não consegue perceber que há quem precise do lugar de Valdívia para empreender novos negócios  e justificar a compra de outro(s) jogador(es).

Lamentavelmente Nobre parece considerar que os bostejos da mídia inimiga e de quem mostra que sabe muito pouco de bola, valem mais -muito mais- do que a clara, explícita e cristalina realidade dos gramados.

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