Observatório Alviverde

24/06/2012

JAMAIS UM “DERBY” ENTRE TIMES MISTOS DO PALMEIRAS E DO CU-RINTIA VALEU TANTO QUANTO O DERBY DE HOJE NO PACAEMBU!

 

Na história do “derby” vivenciamos poucos Palmeiras X Corinthians com seus times suplentes, antigamente chamados de “expressinhos” 

Porém, antes que falemos sobre o jogo desta tarde, permitam-me um parêntesis.

Quero informar aos palmeirenses mais jovens o porquê da palavra “derby” como sinônimo do clássico.

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“Derby” é uma expressão do turfe adaptada ao futebol pelo saudoso jornalista Thomas Mazonni de “A Gazeta Esportiva”, para nomear o maior jogo de São Paulo e do Brasil

“Derby”, hoje uma palavra universal, vem dos tempos em que não existia esse esporte fabuloso que tomou conta o mundo, o futebol.

Os eventos esportivos mais atrativos e de maior apelo popular daquela época, na maioria os países, eram as corridas de cavalo.

Muitos ligam a origem da palavra “derby” às corridas que aconteciam na cidade de Derby, localizada no leste da Inglaterra, mas isto não é verdade.

A palavra “derby” foi adaptada ao turfe e surgiu entre um grupo de amigos que se reunia na casa de Sir Edward, décimo segundo Duque de Derby.

Para homenagear o Duque os visitantes resolveram dar nome a uma corrida de cavalos com obstáculos  de “derby”.

O primeiro Derby do turfe ocorreu em 4 de maio de 1780, num percurso de uma milha, tendo a distância sido aumentada para uma milha e meia (2400 m) alguns anos mais tarde.

De ano a ano, de geração em geração, na famosa pista de hipismo Edsons Downs, nas cercanias de Londres, se realiza, até hoje, a prova de corrida de cavalos com obstáculos que passou a ser sinônimo de maior espetáculo esportivo, primeiro nas corridas, depois, no futebol.

Os dicionários ingleses assim definem a palavra derby: 1. (n.) A race for three-old horses, run annually at Epsom (near London), for the Derby stakes. It was instituted by the 12th Earl of Derby, in 1780.

Conclusão

No jargão do mais castiço futebolês “derby” significa o espetáculo esportivo supremo de uma comunidade.

Palmeiras e Corinthians fazem jús ao epíteto do clássico!

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Apesar do esforço da mídia paulistana no sentido de desclassificar o derby e classificar o Corinthians X São Paulo como o principal evento do futebol paulista, este clássico, denominado “majestoso”,  não conseguiu, até hoje, sequer arranhar a liderança, a grandeza e a importância maior do “derby” entre Palmeiras X Corinthians. 

Aliás, muito mais do que qualquer reconhecimento da mídia, o que vale, mesmo,  é o reconhecimento da FIFA,  que coloca o nosso “derby”como o décimo clássico de maior rivalidade e grandeza do planeta.

Acredite (na mídia) quem quiser!

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Sem mais digressões, falemos do Corinthians X Palmeiras desta tarde, no Pacaembu.

A vantagem decorrente do fator campo está com as galinhas.

O CU-ríntia está acostumado a jogar no Pacaembu que, em razão de seu uso constante pelo time da marginal sem número, transformou-se,na prática, em casa deles.

Felipão tem toda a razão quando pede à diretoria que transfira o mando dos jogos do Verdão para Barueri ou para outros estádios haja vista que o Pacaembu, de fato, não pode ser considerado a casa do Palmeiras.

Aliás, diga-se de passagem e por antecipação:

“jogar contra o Coritiba no Pacaembu é suicídio e o mesmo se aplica em relação ao Morumbi que tem a preferência de Felipão”..

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Time por time, creio que o Palmeiras, esta tarde, estará muito mais bem armado do que o rival.

O CU-ríntia não vai colocar em campo nenhum dos onze que começarão o jogo decisivo da Libertadores contra o Boca.

A poupança será total!

Entretanto, Tite vai escalar jogadores importantes como Júlio César, Ramon, Wallace, Marquinhos, Douglas, Willian, Liedson.

Alguns muito muito rodados e outros experientes, estes jogadores são, atualmente, reservas imediatos mas há pouco tempo eram titulares absolutos.

Além disso contará com Paulo André que está voltando de contusão e Romarinho, uma das revelações do Paulistão deste ano, contratado recentemente junto ao Bragantino.

O time mais provável do CU-rintia é este:Júlio Cesar, Weldinho, Paulo André, Wallace e Ramon; Marquinhos, Willian Arão e Douglas; Willian, Liedson e Romarinho.

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Time por time, o Palmeiras que Felipão deve escalar, parece-me melhor que o deles, tanto do ponto de vista individual, como, principalmente, do coletivo.

Se o nosso técnico não surpreender, como normalmente o faz, o time o Palmeiras começará o jogo assim:

Bruno; Artur, Maurício Ramos, Thiago Heleno e Juninho; Márcio Araújo, Henrique, João Vítor e Daniel Carvalho (Valdivia); Mazinho e Betinho.

Dos titulares palmeirenses só Marcos Assunção e Barcos não foram relacionados.

Leandro Amaro também está fora da lista mas por decisão do próprio treinador que optou pelo paraguaio Román.

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A dedução a que se chega é a de que entraremos em campo com a nossa força máxima exceto Barcos e Marcos Assunção.

Isto é muito bom porque nesta luta de duas frentes, não é aconselhável que se despreze ou sub-avalie a importância do Brasileirão.

Um triunfo leva o Palmeiras aos cinco pontos.

Nessa hipótese:

Se o Sport perder para o Inter na Ilha vai ser alcançado em número de pontos pelo Palmeiras.

O mesmo sucederá com o Bahia se vier a perder para o Figueira em Floripa.

Mas, nas duas hipóteses, o Palmeiras só os superaria na tabela se conseguisse inverter o saldo de gols, segundo critério de desempate.

No primeiro critério, o número de vitórias, todos estariam empatados com,  apenas, uma.

O Sport e Bahia têm saldo negativo de um gol, o Palmeiras de três.

Para ultrapassar os nordestinos o Palmeiras necessita de ganhar o “derby” por um placar mais elástico.

Além disto,  tem de  torcer para que os dois clubes nordestinos sejam derrotados por uma razoável diferença de gols.

A nossa maior chance de sair da zona de rebaixamento seria através de um empate ou uma derrota do Santos que joga em casa contra o Coritiba, coincidindo, sempre é bom repetir, com uma vitória nossa em cima das galinhas.

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Resta saber como vai se comportar o trio de arbitragem paulista que apita o clássico de amanhã:

Árbitro: Luiz Flávio de Oliveira

Assistentes: Emerson Augusto de Carvalho e Rogério Pablos Zanardo.

Há anos que as arbitragens e o STJD são os dois adversários extras que o Palmeiras tem de vencer em cada Brasileirão;

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FELIPÃO ESTÁ CERTO AO ESCALAR A MAIORIA DOS TITULARES?

OU DEVERIA, ASSIM COMO OS ADVERSÁRIOS, POUPAR OS MELHORES JOGADORES PARA DECIDIR A COPA DO BRASIL?

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