Observatório Alviverde

07/04/2023

ABEL FERREIRA ANOTE AÍ O NOSSO PULO DO GATO!

Ninguém, em pleno gozo de suas faculdades e que tenha um mínimo de moral, decência e dignidade, quer que o Palmeiras ganhe os jogos e os campeonatos na marra, mas, menos ainda, admite que os perca também na marra.

 Infelizmente, ainda que o Palmeiras tenha vencido ultimamente a maioria das competições que tem disputado, vivenciamos tempos que estampam e refletem justamente aquilo que mais detestamos, criticamos e repelimos mas que continuam acontecendo com o Verdão, dentro e fora de campo.

Muitas vezes -pasmem- até por ações do VAR que, ultimamente, tem sido um pouco mais útil ao Palmeiras eliminando um largo percentual de sem-vergonhice midiático-arbitral que continua danando a vida do Verdão.

Independentemente de tudo isso e para que nunca o palmeirense se esqueça, há que se proclamar sempre que, o principal motivo da ressurreição sócio-esportiva foi  a "II Arrancada Heroica" implementada por Paulo Nobre, grande  palmeirense e nome mundial da história do automobilismo ao ser aleito presidente do Verdão. 

Do ápice (hoje) de seus 55 anos recém completados e de moderníssimos conceitos de administração, Nobre, aos 47, tirou o Palmeiras dos meandros do prejuízo, do atraso, da vergonha, do ostracismo, da ganância, do limbo, enfim, reinserindo-o à elite do futebol brasileiro de onde o Verdão jamais deveria ter saído. 

 Já se pode afirmar, sem medo de errar, ainda que estejamos tão perto da revolução administrativa perpetrada por Nobre, que ele é um dos maiores presidentes palmeirenses da história em todos os tempos, e é por isso quem tanto o agradecemos e tanto o reverenciamos, colocando-o na condição de paradigma. 

Ainda mais quando surgem as crises! 

Aí o palmeirense se pergunta e comenta convicto: 

"Fosse Nobre quem estivesse no poder nestes dias de tanta turbulência, sou convicto de que as coisas seriam outras, muito outras, muito melhores". 

Mesmo que estivessemos (como estamos) metidos na atual situação, por motivos decorrentes do próprio futebol e conhecendo-lhe o comportamento de líder, sou convicto de que ele já teria colocado tudo na berlinda, incendiando a FPF, cobrado a arbitragem, "peitado" Abel, comissão técnica, e cobrado ações do departamento de futebol e a própria torcida, atacando de perto e em todas as frentes as principais mazelas do nosso futebol. 

Vou republicar as tais mazelas, posto que já as publiquei, da mesma maneira que tantos palmeirenses ilustres que aqui escrevem também apontam os erros do time e do clube via eloquentes, formidáveis e sábias críticas construtivas.

MEDIDAS QUE JÁ TERIAM DE TER SIDO ADOTADAS PARA O MOMENTO DIFÍCIL QUE ESTAMOS VIVENDO: 

1) Ofício contra a demora da árbitra Edna em aplicar cartões aos jogadores do Água Santa que seguram o Palmeiras através do manjado recurso das faltas menos violentas sempre que perdiam a bola. Exigir a escalação de um árbitro mais rigoroso... 

 2) Entrar em contacto com o presidente da FPF e com os dirigentes do Departamento de Árbitros e cobrar deles essa postura profissional da arbitragem. Isso não se chama pressão, mas prevenção 

3) Entrar em contato com a direção de programas televisivos de esporte e outros, e solicitar espaço para que representantes do clube participem dos mesmos para expor (com veemência) um problema que tem o poder ameaçador de levar o Palmeiras à derrota em perde um campeonato. 

4) Diretoria tem de cobrar de Abel Ferreira que não escale alguns jogadores que já mostraram que não deram certo, mas que o português parece ter por eles verdadeira admiração.

Com Erick no banco e louco pra disparar, Abel ousa escalar Breno Lopez (típico jogador de banco que só rende algo quando entra como reserva), o fominha-enfeitador Flaco Lopez, o esforçado Navarro e outros?  Na hora de substituí-los no grupo, os mantém por quê?

5) (IMPORTANTE ) 

Em relação a Endrick, que ficou vários jogos sem pontuar, e foi defenestrado do time, eu quero chamar a atenção de todos para algo que Abel finge não querer enxergar, mas que existe e é sério: 

" Desde que ele foi promovido em definitivo à titular nunca foi lançado ou presenteado por NENHUM companheiro de equipe com uma única bola redonda, mas, apenas com aquelas que mais parecem um quadrado ou uma caixa de sapatos. E muitos ainda reclamam que o garoto não consegue fazer gols. Tá difícil! 

Em relação a Endrick, outro aspecto: Por quê e para quê sacá-lo se não há ninguém melhor? O time, por acaso, perdeu nas vezes em que ele entrou e não marcou? 

Por que desperdiçar talento e colocá-lo pra correr atrás de beques quando os beques é que teriam de correr atrás de Endrick? 

Por que, quando Eric vai auxiliar na marcação, não colocá-lo na lateral do campo mas um pouco mais à frente? Ele e Rôni, abertos um em cada lado do campo para segurar dois beques (marcação e cobertura) dariam superioridade numérica ao time pra defender e preparar os contra-ataques? 

OBS - Pressinto inveja de alguns dos mais velhos em relação a Endrick. Viram que comemoração de gol desenxabida ele teve no domingo passado após abrir a contagem contra o Água Santa? 

 6) Tem faltado espírito comunitário e desapego a várias jogadores do Palmeiras nestes últimos jogos,  principalmente nos confrontos de domingo passado e de anteontem. Tá todo mundo mais preocupado consigo mesmo do que com o grupo. 

Viram o que fizeram Dudu e Gabriel Menino domingo e Flaco Lopes em La Paz, quando, com dois colegas ao lado, livres e prontos para marcar,  chutaram com egoísmo nas mãos dos goleiros?

A principal conclusão a que se chega é preocupante e a faço numa pergunta: "Estaria, o time, perdendo o seu sentido gregário, talvez o fator mais determinante de seu sucesso até agora? 

7) Sob o aspecto tático eu não estou entendendo essa hibernação de Dudu, sempre escondido em sua toca de tatu (royalties a quem disse isso) pela direita do campo, quando se sabe que ele rende muito mais na beirada esquerda de campo. 

Aliás, a fase de Dudu ultimamente tem sido tenebrosa e se ele tem de melhorar muito pra jogar MAL, de quanto mais precisa pra jogar O QUE SABE? Ele está longe, muito longe mesmo, de ser o grande craque de tanta lucidez e desequilibrante que foi no ano passado. 

 8) Tem de haver ordem de mobilidade constante para Rôny, o único atacante (fora Endrick) que consegue correr o tempo todo e o campo todo, mas de forma inteligente e que não dê desgaste ao nosso principal (é isso mesmo que vocês leram) atacante. 

9) Sei que Abel, por falta de peças (Já chega de falar tanto em roupa beleza e avião e contrate D. Leila), tem jogado só com Zé Rafael como volante. O Palmeiras, sem Danilo, tem necessidade de atuar com dois volantes, para minorar a exigência de empenho na marcação de nossos atacantes. Deu pra notar que ao final do primeiro jogo contra o Água Santa, os atacantes palmeirenses não conseguiam parar em pé diante de tanto cansaço? Como um time desses, nessas condições e a essa altura do jogo, pode fazer gols? 

 10) Agora vou publicar o pulo do gato, que você não viu nem ouviu em qualquer noticiário midiático, nem em noticiários, blogs ou sites: 

 "a chave com a qual o Palmeiras poderá abrirá a "casamata" aguassantense para ser o Campeão Paulista da temporada é esta, desde que, paralelamente, apresente um futebol de boa qualidade. 

Anotem, vocês também, jornalistas que adoram usar as ideias alheias e a análise dos outros como se fossem suas propriedades e sem lhes dar o devido crédito. 

O PULO DO GATO 

O Água Santa é um time experiente, essencialmente de força que procura jogar mas não deixa o adversário jogar. 

Por isso picota o jogo cometendo sucessivas faltas visando a se recompor para ajuste de linhas 

Da mesma forma, o jogo do Água Santa é, todo ele, em função de um jogador referência, o centro-avante Bruno Mezengue, que o Santos que gosta muito de atacantes parece que contratou. 

Alto, forte, calmo, experiente, bom por cima e por baixo, mestre da cabeçada e dono de uma incrível capacidade de fazer gols Mezengue é ameaça séria contra a conquista de mais um título pelo Palmeiras.

O resumo do "modus operandi" do time de Diadema é exatamente esse e a melhor forma de anulá-lo e superá-lo é a marcação homem a homem sobre Mezengue., 

Abel teria de escolher um marcador que acompanhasse o quase veterano Mezengue colocando-o, o jogo inteiro sob marcação pessoal e como se diz na gíria do Bretão, fungando no cangote dele o tempo todo. 

Tal procedimento diminuiria em 80% a força ofensiva do Água Santa. A marcação pessoal incessante, completa e total sobre o atacante artilheiro/referência parece ter o poder de impedir que o mais importante objetivo tático do adversário prevaleça. Isso diminui-lhe as jogadas de preparação e retira-lhe a força ofensiva que visa a abastecer e preparar tudo para o jogador mais experiente e a maior referência. 

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PS - Meu comentário não visa a fazer prosélitos, apenas reflete meus pontos de vista. Por isto esteja à vontade para concordar ou discordar de minhas opiniões (AD)