Observatório Alviverde

21/04/2013

ITUANO 2 X 1 PALMEIRAS.

 

FERNANDO PRAS SAIU DE CAMPO DIRETO PARA O HOSPITAL, LOGO AOS 15 DO PRIMEIRO TEMPO.

BRUNO ENTROU E ENTERROU O TIME,

FALHOU NOS DOIS GOLS QUE LIVRARAM O ITUANO DO REBAIXAMENTO.

O PALMEIRAS, AGORA, TERÁ DE  DECIDIR A VAGA PELA SEMIFINAL DO PAULISTÃO NA VILA BELMIRO CONTRA O SANTOS.

MAS, COM ESSE GOLEIRO PODEMOS DERROTAR O SANTOS?

O ÁRBITRO FLÁVIO RODRIGUES DE SOUZA TAMBÉM AJUDOU A ENTERRAR O VERDÃO DEIXANDO DE MARCAR DOIS PÊNALTIS.

O PRIMEIRO AOS 5 MINUTOS DO 2º TEMPO QUANDO MARCINHO GUERREIRO MERGULHOU PARA DETER A PASSAGEM DA BOLA E TOCOU-A, INTENCIONALMENTE, COM A MÃO. 

O SEGUNDO, AOS 31 MINUTOS, QUANDO, FORA DO LANCE, MAS DEFRONTE O ÁRBITRO, O ZAGUEIRO VITOR HUGO SEGUROU THIAGO REAL DENTRO DA ÁREA!.

O PALMEIRAS SEGUE A SUA SINA DE AMARELAR EM JOGOS DECISIVOS E ENTREGAR RESULTADOS PARA TIMES INEXPRESSIVOS.

QUANDO É QUE ISSO VAI ACABAR?

FALE SOBRE O ITUANO X PALMEIRAS, AQUI.

SE QUISER COMENTAR SOBRE O TEMA TELÊ, CLIQUE EMBAIXO DO ARTIGO. ABS  (AD)

O MITO TELÊ SANTANA É OUTRA FARSA MIDIÁTICA!

 

Eu não disse - jamais direi - que Telê não foi um excelente técnico. Seria um atestado público de burrice e faltar com a verdade!

Da mesma forma não reconheço - nem concordarei nunca - que ele teria sido o maior e o melhor entre os técnicos brasileiros em todos os tempos, como quer impor e fazer crer a mídia. Seria aceitar uma injustiça e referendar uma mentira!

A entronização de Telê à condiição de semideus do futebol, brotou da mitômana classe jornalístico esportiva. 

Foi (aí, sim), um atestado público de vassalagem doentia, no  reconhecimento hiperbólico de um profissional cujos atributos jamais ultrapassaram a linha da honestidade, dedicação ao trabalho, da imposição de uma disciplina rígida e da exigência extrema nos treinamentos, visando a extrair o máximo de cada atleta sob o seu comando.

São virtudes importantes e nobilíssimas, reconheço, mas quem viu alguns times que vou declinar teria condições de discordar de minha opinião?

Teria sido Telê um estrategista da estatura de Elba de Pádua Lima, o Tim, campeão com o modestíssimo Bangu de Paulo Borges, Parada, Ladeira e Aladim?

Não!

Montou, por acaso, algum time superior ao fantástico Inter de Minelli, da década de 70 que tinha Carpegiane, Falcão, Figueiroa, Marinho, Batista, Dario e Valdomiro?

Nunca!

Qual de seus times foi superior ao mortífero Cruzeiro de Ayrton Moreira, de Piaza, Raul, Procópio, Dirceu e de Tostão?

Jamais!

Ao Botafogo antigo de Saldanha ou Geninho, com Garrincha, Nilton Santos, Pampolini, Paulo Valentim, Didi e Quarentinha?

Ou ao Botafogo um pouco mais recente de Zagalo, com Gerson, Afonsinho, Rogério, Jairzinho e Paulo César?

É brincadeira!

Ao Flamengo de Cláudio Coutinho na década de 80, de Leandro, Andrade, Adilio, Bebeto, de Nunes, e de Zico, o maior artilheiro do Maracanã ?

Nem com os times que formou na Seleção!

À academia palmeirense de Brandão da década de 70, a segunda de Dudu, Ademir, Leivinha, César e do maior reserva da história, Fedato, campeoníssima no início dos anos 70s?

Em inglês, never!

À primeira academia de Filpo Nuñes de Valdir, Djalma Dias, Zequinha, Julinho, Carabina, Djalma Santos, Geraldo Scoto ( o melhor marcador de Garrincha), do pernambucano Aldemar, (melhor e mais limpo marcador de Pelé), de Vavá, o peito de aço?

Ou a primeira academia renovada já com Dudu e Ademir, com Gildo, Servilio, Ademar Pantera, Rinaldo, Dario Alegria e outros em uma época em que o Palmeiras fazia o que fazem, hoje, os nossos três maiores adversários, que enchem o elenco de atacantes e só depois partem para arrumar o meio de campo e a defesa?

Nós fomos os pioneiros nessa política de contratações, mas há muito tempo, infelizmente, só contratamos zagueiros e volantes.

Ou à segunda academia de Leão, Luís Pereira, Alfredo Mostarda, César Maluco, Leivinha que ao lado de Ademir da Guia foram convocados para a Seleção que disputou a Copa da Alemanha em 74 ? 

Respondendo em frances, jamais! (pronuncia-se jamé)!

Ao Santos de Lula com Hélvio, Jair Rosa Pinto, Pagão, Zito e Pelé?

Nunca!

Ao Santos, ainda de Lula, técnico muito mais vezes campeão que Telê, ganhando tudo com folga, goleando o Benfica em 62, atropelando o Mlan em 63 com outra geração de jogadores Gilmar, Calvet, Dorval, Coutinho, Pepe, Pelé e o indomável Almir pernambucano?

Nem pensar!

A primeira academia palmeirense e o Santos foram os dois maiores times de futebol formados no Brasil de 1950 até hoje, verdadeiras máquinas de jogar futebol.

Sem essa de preparo físico inferior, de times mais lentos, porque é pura teoria e soa tão falso quanto se afirmar que Telé é o melhor técnico brasileiro de todos os tempos.

Por tudo o que expusemos, real e verddeiro, como sustentar a tese de um treinador que, noves fora as Copas Toyotas, e as Recopas, competições de um jogo só, tem um currículo inferior a dezenas de treinadores brasileiros?

Seu currículo, levemente superior ao de Luxa, em função das duas Libertadores, é muito inferior ao de Felipão, por exemplo,e ao de Zagalo, muito mais vencedores do que ele.

Se formos voltar ainda mais no tempo, ele perde, conforme comprovei, para Lula, do Santos e até para o folclórico Vicente Italo Feola, no próprio São Paulo FC, visto que o treinador que se dizia dormir em campo, tem um título que vale por todos de Telê, o de primeiro campeão mundial de futebol com a Seleção Brasileira..

Estejam convictos do que vou dizer agora:

Apenas e tão somente pelo fato de ter treinado os bambis, Telê ganhou notoriedade, fama e virou mito. 

Em qualquer outro clube seria considerado, no máximo, um ótimo treinador. Nada mais que isso!

Foi assim em sua passagem por Fluminense, Galo Mineiro, Grêmio e no próprio Palmeiras, para citar somente os times mais importantes em que trabalhou.

Em termos de clube, reconheça-se, Telê foi excelente, montando sempre boas equipes, no Palmeiras, inclusive.

Porém, menos, muito menos do que a imprensa, sobretudo a paulistana, apregoa.

O endeusamento de Telê não chega às raias da irracionalidade como ocorreu com João Saldanha, também elevado aos píncaros da glória imerecidamente, embora tão distante de Telê quanto a terra da lua ou mais!

Ao contrário do que a imprensa projeta e propaga, Telê teve, sempre, prazo de validade.

Foi demitido várias vezes e, em algumas delas, por imposição das torcidas em face de maus resultados, como qualquer outro treinador menos conhecido ou badalado.

Quem da mídia divulgou que Telê foi defenestrado e saiu corrido pelas torcidas do Grêmio e do Palmeiras?

Quem disse que o lamentável episódio da depredação da sala de troféus do Palmeiras sobreveio da indignação dos abomináveis manchados pelos maus resultados de Telê?

Até no SPFC, em razão de sua personalidade autocrática, dominadora e implicante, sofreu resistências e contestações, com a agravante de partir do próprio grupo de jogadores.

Quando os bambis ganharam a segunda Copa Toyota, impropriamente chamada no Brasil de Mundial de Clubes, a maior parte dos jogadores recusou-se a confraternizar ou a comemorar com ele.

Chegou-se a dizer, na época, à boca pequena, que atletas influentes pediram  à diretoria que o demitisse.

Mas isto a mídia sempre fez e faz questão de esconder. É como se nada houvesse ocorrido.

O que vale é a cria, a paixão pelo pelo mito parido a fórceps, e,  enfim, Telê, o imortal que, de fato, ele é, e sempre será, malgrado os escandalosos exageros midiáticos.

Vejam, leiam, interpretem e avaliem as conquistas de Telê e respondam-me sinceramente:

Um treinador com esses números e dois sucessivos fracassos rotundos na Seleção Brasileira pode ser, em sã consciência, considerado o maioral da história do futebol brasileiro.

Começou ganhando um título nacional pelo Galo Mineiro, treinando um time que ele mesmo não montou.

Apenas e tão somente deu sequência ao trabalho de Yustrich que formou o time campeão brasileiro de 1971.

Introduziu um único jogador no time, Humberto Ramos e manteve o esquema e os métodos do seu antecessor o que, de certo modo, foi até uma virtude..

De importante, ganhou o carioca de 69, o gaúcho de 77, os mineiros de 70 e 88, currículo, inegavelmente, de um bom técnico, mas insuficiente para que se o proclame o melhor técnico da história,

Fora isso, só ganhou títulos respaldado pelo esquema bambi, muito mais forte e influente do que o Sweitão, Hicks, MSI ou qualquer outro a partir de quando começou a dirigir o SPFC.

Ganhou a Copa Toyota (que, repito, a Fifa nunca chamou de Mundial de clubes), em 92 e 93 (competições de um jogo só), na bacia das almas jogando retrancado e marcando gols espíritas)

Duas Libertadores de 92 e 93, (estas, sim, importantíssimas)

Duas Recopas: de 93 e 94 (competição caça níquel, irrelevante)

Os paulistas de 91 e 92, com a ajuda do apito parceiro e o Brasileiro de 91, nas mesmas condições.

Embora bom, esse background não é suficiente para que se diga que Telê foi ou é, de fato e de direito, o  número um entre todos os técnicos brasileiros,

Nessa história há um outro viés vergonhoso, de fazer corar um frade franciscano, que precisa ser revelado às novas gerações de torcedores,

A mídia sãopaulinopaulistana sempre adulou Telê, ajudou Telê, sustentou Telê, dando-lhe, apoio e respaldo mesmo quando ele exorbitava de suas funções e feria, frontalmente, a ética!

Em todos os jogos em que o SP estava perdendo, mormente nos clássicos, era seu costume partir em direção aos repórteres no intervalo e pedia espaço para falar.

Então, em cadeia nacional de rádio e tv , fazia um longo dircurso contra a arbitragem, colocando-a contra a torcida, pressionando-a

Mas tal não ocorria apenas nos intervalos dos jogos. Muitas vezes, quando apenas se interessava em ameaçar um trio de arbitragem, sobretudo em jogos decisivos, exigia a coletiva antes do início do jogo. Era de lei!

Os repórteres pareciam treinados para servi-lo em seus propósitos de amedrontar os árbitros em qualquer jogo, a fim de induzi-los a apitar em pról de sua equipe, como se já não apitassem!

DETALHE: Jamais foi punido por isso, nem pelo TJD ou pelo STJD embora exercitasse a prática de forma recorrente.

Telê, certamente não inventou, mas, seguramente, consagrou a expressão esquema Parmalat para depreciar o Palmeiras, mostrando completa ingratidão pelo clube que o tirou do limbo e do ostracismo!

Dizia isso publicamente, sem o menor pundonor, sem que a mídia o repreendesse.

No fundo, o discurso de Telê ia ao encontro dos interesses clubísticos da maioria dos cronistas, que só faltavam ir ao orgasmo quando ele bostejava a imprecação provocativa.

A verdade é que a mídia o endeusou, cegamente, como se fosse ele um santo descido do céu para reinar sobre o inferno do futebol.

Quem o conheceu pessoalmente sabe que, conquanto não fosse um mau caráter, não era nada disso que pintavam, mas, apenas, um profissional oportunista que sabia aproveitar-se de todas as situações visando a começar a ganhar qualquer jogo fora do campo.

Quem da mídia disse que na Copa de 82 ele treinou o tempo todo com Paulo Isidoro e, misteriosamente, iniciou a Copa com Dirceu Borboleta? Alguém o cobrou ou criticou por isto?

Alguém detacou que ele impediu Serginho Chulapa de jogar em seu melhor estilo, sufocando-o, subjugando-o ao esquema tático?

Alguém destacou que ele não teve peito para substituír o improdutivo Chulapa por Roberto Dinamite, muito mais e melhor jogador?

Não, só tinham boca para lamentar a ausência do contundido Careca, como se fosse ele o único bom centro-avante existente no Brasil, pois era o preferido de Telê.

Alguém denunciou que Telê encheu a seleção de coestaduanos, formando uma comissão técnica nepotista, autêntica confraria de cumpadres mineiros?

Que manteve Luizinho (baixote) como titular, mesmo tendo no banco Juninho e Edinho, muito melhores?

Alguém disse que preteriu Leão, então o melhor goleiro do país, ainda no Palmeiras, que, sequer, foi convocado, por pura implicância e que optou por levar e escalar o frangueiro Valdir Peres?

Que cazzo de melhor seleção do mundo era aquela pela qual a mídia chora até hoje?

Uma seleção que ganhou roubado da Rússia, de virada, por apenas 2 x 1, com um gol em cima da hora, sofrendo mais do que sovaco de aleijado?

E, pior, com a anulação de um gol legítimo dos soviéticos e a não marcação de um pênalti escandaloso para os vermelhos?  Como foi bom e providencial, naquele tempo, um brasileiro ser presidente da Fifa!

Vejam se exagero, apesar da patriotada de Do Valle, no vídeo abaixo.

No lance do gol anulado reparem que o jogador Russo saiu da alegada posição irregular lado a lado com o jogadore brasileiro e. portanto, não havia pênalti.

Reparem, também, no que Márcio Guedes falava acerca do ataque da “maquina de jogar futebol” hahahahaha de Telê e tirem as suas conclusões. 

Sintam o desespero de Do Valle porque o jogo não terminava!

Vejam que comprovei tudo o que afirmei! O resto é fantasia!

Inexplicavelmente a mídia, até hoje, continua gavando aquela Seleção perdedora, sem o menor motivo para tal;

Exibiu o melhor futebol do mundo porque goleou impiedosamente a poderosissima Escócia por 4 x 1?

Vejam que o timaço de Tele tinha uma defesa tão ruim (tinha mesmo) que conseguiu até tomar um gol da Escócia, seleção famosa, historicamente, pela improdutividade ofensiva.

Por quê enaltecer exageradamente os quatro gols contra uma Seleção fraquíssima, sem menor tradição em Copas?

O time de Telê conforme cantava e decantava exageradamente a mídia, “dava um show e exibia toda a essência do futebol arte”.

Isso, diziam, por ter goleado, depois, a invencível Nova Zelândia por 4 x 0, pulverizando outro adversário que só havia ido passear na copa espanhola.

É verdade que o Brasil ganhou bem da Argentina, então campeã mundial, por 3 x 1 em sua única atuação objetiva e convincente na copa de 82.

O  jogo  ficou marcado pela expulsão do desconhecido garoto Maradona que chutou o estômago de Batista e foi expulso aos 40 do segundo tempo, após uma atuação pífia, sem nenhum brilho.

Aí veio o jogo diante da Itália, aquele que causou a nossa debacle. Era, anotem, apenas, o segundo time forte que cruzava o caminho do time de Telê;

Considere-se que a Rússia tinha, apenas, uma seleção de porte mediano, sem a menor tradição de Copas, como é até hoje, decorridos largos e longos 31 anos e quase 8 copas.

Foi um jogo em que o Brasil jogava pelo empate, mas tomou, de cara, um gol de cabeça de Paulo Rossi, assinalado sobre uma defesa que só tinha um jogador de boa estatura, Oscar.

Leandro, Júnior e, principalmente, Luizinho eram jogadores muito baixos, sem que o melhor técnico de todos os tempos tivesse observado a deficiência com a devida antecedência.

Sócrates empatou após lindo lançamento de Zico, mas a Itália, logo em seguida, marcando a saída de bola, induziu Toninho Cerezo a tocar a bola afoitamente para Luizinho.

Desatento, olhando para o outro lado do campo, talvez reclamando de alguém, como era a sua característica, Luizinho hesitou e foi, tardiamente, para a bola.

Paulo Rossi chegou primeiro, dominou, partiu livre e desempatou, virando o primeiro tempo com a vantagem italiana.

Para que não digam que não falei de flores, o Brasil voltou melhor do que a Itália.

Tomou conta do meio de campo e partiu pra cima, chegando ao empate com Falcão depois de receber de Júnior em uma bonita deixada de Cerezo.

Mas por que o Brasil era melhor e, aparentemente, dominava o jogo e mantinha mais a posse de bola?

Simplesmente porque a Itália recuou para atrair os brasileiros e no melhor estilo catenaccio, tentava matar o jogo no contra-ataque.

A partir do empate o jogo mudou, novamente, e ficou lá e cá, com alternância de posse de bola..

Foi assim até que a Itália desempatou.

Após cobrança de córner que resvalou em alguém, sobrou para um impiedoso Paulo Rossi, livre, estabelecer um definitivo o 3 x 2 que liquidou a seleção do futebol mais bonito entre todas, até hoje. Seria cômico se não fosse trágico.

Mesmo assim eu não consigo parar de rir HAHAHAHAHAHAHAHAHA. 

Essa mídia me diverte, mesmo!

Para não alongar mais do que me alonguei, nem quero falar tanto sobre a segunda Copa do México em 86, a que pude, também, assistir pessoalmente.

Tudo começou com a covarde campanha da mídia, que, locupletada com Telê, derrubou covardemente Evaristo de Macedo.

Daí em diante veio a ação entre amigos que convocou, politicamente, na promíscua relação de amizade entre Telê e alguns setores da mídia, vários jogadores.

Detalhe: antes de ir para a Seleção, Telê invadiu a profissão de jornalista e era comentarista do SBT. Daí a locupletação!

Leão e Casagrande só foram convocados por serem unanimides da mídia sendo que  Leão não foi titular em nenhum jogo e apenas esquentou o banco.

Casagrande, improdutivo, jogou dois jogos completos contra a Espanha e contra a Argélia e entrou no lugar de Careca no final do jogo contra a Irlanda do Norte. Depois, foi sacado do time!

Nem um nem outro foi, jamais, escolha de Telê, mas imposições da mídia parceira ao melhor técnico do Brasil.

Pelo que me contou um parente próximo de Telê, entre outros, Leão e Casão agitaram bastante os bastidores da seleção no México e tiveram arengas e arestas com Telê, mas ninguém nunca disse ou divulgou um palavra ou uma virgula sobre isso.

Antes e com a aprovação unânime da mídia, Telê dispensou, sumariamente, Eder Aleixo da Seleção, tirando-o da Copa do México..

Em um amistoso preparatório no Estádio João Castelo, no Maranhão, dia 1º de abril de 1986, Brasil 4 X 0 Peru, que transmiti pelo rádio, Eder foi protagonista de uma expulso infantil com pouco tempo de jogo.

Deu uma peitada desnecessária, fora do lance em um peruano, à frente do árbitro quando a bola, em lance morto, se perdia em lateral quase no meio de campo..

Não havia nenhum ponta esquerda melhor do que Éder mas, em nome de uma disciplina que, ao contrário da Copa da Espanha, jamais existiu, Telê preferiu radicalizar, desligando-o da seleção.

Radicalizou, também ao cortar Renato Gaúcho que saltou o muro da Toca da Raposa para encontrar-se com marias-chuteiras em uma festa, do lado de fora da concentração.

Tudo bem que o caso de Renato era passível de uma punição rigorosa, mas muitos jogadores que chegaram depois do horário previsto, como Sócrates e Leandro, também saltaram o muro para retornar à concentração, sem maiores consequências.

Para que não me acusem de estar forjando informações para defender a minha tese, entrem, por favor, neste blog:

http://globoesporte.globo.com/sp/ribeirao-preto-e-regiao/noticia/2013/02/amigo-revela-que-socrates-pensou-em-pedir-dispensa-da-selecao-em-86.html

Ora, o melhor técnico do Brasil, orgulhoso, insensível, autocrático, irreconciliável, em sua disposição de manter a “otoridade”, cuidou, em todos os casos, somente de seus interesses pessoais;

Não considerou que estava a poucos dias do início da Copa e que não tinha ninguém melhor do que Éder, Renato ou Leandro em suas respectivas posições.

Custava, considerando-se a proximidade da Copa, reunir o grupo e usar o famoso jogo de cintura para contornar todas essas situações?

Em vez de punir os jogadores, puniu a Seleção, pois Leandro, que fora apenas advertido pela mesma indisciplina de Renato e Sócrates, recusou-se a viajar, comunicando a decisão apenas no dia do embarque, em solidariedade ao companheiro cortado do grupo selecionado.

Em campo o Brasil do melhor da historia começou com uma vitória magra de 1 x 0 sobre a Espanha, sem o menor merecimento com um gol de Sócrates de cabeça após chute de Júnior que bateu no travessão.

Como de praxe, o árbitro deixou de validar um gol espanhol legítimo, em que a bola bateu no travessão, tocou embaixo atrás da linha do gol. Como era bom ter um brasileiro no comando da Fifa!

Para que não me desmintam, por favor, confiram:

Depois disso, o melhor treinador da história conseguiu golear a Argélia por 1 x 0 e demoliu a poderosíssima Irlanda do Norte por 3 x 0.

Para gáudio e satisfação da mídia, como se dizia antigamente, com um aproveitamento de 100% e a revelação de um talento, Josimar, do Botafogo, convocado às pressas para o lugar do rebelde Leandro, o Brasil passou para as oitavas..

Josimar, era festejado após marcar dois belíssimos gols, já colocado como o melhor da copa em sua posição e a mídia, satisfeita e realizada, exaltava o grande mestre pela escolha do reserva de Leandro, já esquecido..

Na primeira partida das oitavas, com um time modificado, o Brasil goleou a Polônia por 4 x 0 com uma ótima apresentação, convencendo plenamente.

A Polonia que derrotara o Brasil oito anos antes por 1 X 0  no único jogo de Ademir da Guia com a camisa da Seleção, era um time diferente e disputava a Copa Mexicana com um time reformulado

Boniek e Smolarec eram as novas estrelas polonesas e os principais jogadores após a geração que chegara em terceiro lugar na Copa da Alemanha;.

Considerando-se o retrospecto da Seleção da Polonia, foi uma ótima vitória e o Brasil então teria de enfrentar a França de uma geração espetacular de jogadores, desde o goleiro Bats a Tusseau, Tiganá, Rocheteau, Stopyra e outros, até o legendário Platini, um dos melhores daquela Copa.

Perdemos nos pênaltis, após 1 x 1 no tempo regulamentar, mas a pretensa superioridade brasileira morreu nos erros primários de nossos cobradores e nas mãos do excelente Joel Bats.

Interessante é que, com todos os defeitos, com todos os problemas, com um time inferior técnicamente ao de 82 a Seleção de 86 realizou uma campanha rigorosamente igual a de 82 no confronto numérico.

A seleção de 82 privilegiou o ataque e negligenciou na defesa, Marcou 15 gols, mas sofreu 6, com o saldo de 9..

A seleção de 86 foi fortíssima na defesa, tendo sofrido um único gol da França e marcado 10 através de várias formações ofensivas, com o saldo também de 9 gols..

Entre as duas, uma jogou para se exibir na Espanha e a outra jogou tentando ganhar, no México.

Das duas, em meu enrtendimento, a Seleção de 86 foi muito mais equilibrada, embora sem apresentar espetáculo, refinamento no toque de bola e a necessária força ofensiva..

Tudo porque o melhor treinador da história escalou um ataque diferente a cada jogo e foi incapaz de definir uma formação ofensiva contundente;

Não, ninguém jamais disse isso porque a mídia só queria tieta-lo nada mais.

Mesmo tendo em mãos duas sucessivas gerações de jogadores excepcionais, o melhor da história fracassou e sucumbiu, arrastando consigo a unanimidade midiática que confirmou Nelson Rodrigues e mostrou ser burra.

Essa gente Incensou Telê e ajudou Telê a fazer propaganda de tudo o que ele, na prática não fazia, O conto do jogo limpo e do “fair play” sempre foi pura retórica, mera fantasia.

Jogo limpo com Pintado, com Ancheta, Oberdan, Ronaldo, com Antonio Carlos, Dinho, Vitor e tantos outros que esqueci, jogadores que batiam no que estivesse à frente? Contem outra!

Que time parou mais os jogos com faltinhas que impediam o adversário de atacar? Isso também fazia parte do jogo limpo preconizado pelo mestre?

Nas mesmas proporções do SPFC, talvez o Fluminense de Zezé Moreira a quem Telê serviu como jogador e propagou ser seu grande mestre e inspirador.

Zezé jogava com o time todo recuado, esperando por qualquer erro do adversário e por um gol de Valdo, para golear de 1 x 0.

A promoção de Telê pela mídia paulistana, sem precedentes, só veio mesmo a partir de quando ele assumiu o SPFC.

Até hoje escondem e ninguém da imprensa tem coragem de dizer que o clube que lhe abriu as portas para atuar no futebol paulista e para a Seleção foi o Palmeiras. A passagem de Telê pelo Verdão é como se não houvesse existido.

Da mesma forma, quando Telê voltou de seu vitorioso trabalho no futebol rural, digo, árabe, os bambis não o procuraram, mas quem o procurou foi o Palmeiras.

Com tudo certo para retornar ao clube brasileiro que o projetou e reconheceu, na prática, o seu bom trabalho, Telê acabou adoecendo e nunca mais voltaria a treinar qualquer outro clube.

Superdimensionaram-lhe o trabalho que era excelente, sim, mas, somente no que respeitava a fundamentos, disciplina e ao espírito de grupo.

Taticamente era, a exemplo de seu mestre, um adepto fervoroso do jogo defensivo adaptado ao contrataque, esquema vigente no Brasil que apenas Luxemburgo e “meia dúzia de três ou quatro” treinadores brasleiros não fazem uso.

Reparem, também, que apesar de sempre realizar bons trabalhos, Telê, raramente foi campeão, esbarrando sempre em equipes que não tinham a disciplina tática de seus times, mas que tinham aquilo que ele não adotava ou permitia aos seus jogadores, a improvisação.

Taticamente, foi o pioneiro no Brasil, (no Brasil, no Brasil) da tática do lateral se projetando e fazendo as vezes de ponta, embora muitos garantam que a inovação chegou com Claudio Coutinho.

Aquilo que era mais velho do que o rascunho da bíblia em termos de Europa, virou dogma no Brasil.

A partir de então, não se cultivou mais a formação de meias clássicos e, principalmente, de pontas especialistas, justamente a diferença entre o futebol arte e moleque que se praticava no Brasil e o futebol óbvio que se via no exterior.

Assim, extinguiu-se e eliminou-se a formação de grandes lançadores e de exímios dribladores, exatamente aqueles que demoliam as defesas européias e tornavam mais curto o caminho em direção ao gol.

Como se vê, a extnção das raríssimas espécimes dos meias e dos pontas agressivos, nasceu com Telê e foi consagrada pela mídia.

Hoje, surpreendentemente, ouço e vejo contemporâneos meus, ainda em atividade, criticando tudo isso, mas se esquecendo que ele próprios foram apoiadores de todas essas práticas de mestre Telê que, diziam, representavam a chegada do futebol do futuro.

O que se verifica nos dias de hoje é a dura realidade da insuficiente renovação de valores.

Quem não vê que o futebol de hoje é mecânico e se ressente dà falta de jogadores com ginga, drible no pé, com o poder de individualizar lances e capacidade de improvisar as jogadas.

Há uma crônica falta de meias que pensem o jogo e de ponteiros ágeis como os de antigamente que demoliam a marcação e facilitavam a tarefa dos atacantes na busca incessante do gol.

Interessante que jogamos, hoje, como os europeus jogavam antigamente e eles, como os brasileiros jogavam antigamente!

Enfim, a inexistência de craques é uma realidade palpável do futebol brasileiro e tudo começou a partir do momento em que os esquemas defensivistas como o de Telê foram imitados por treinadores sem criatividade.

A substituição dos preciosos pontas por toscos laterais, Impropriamente chamados de alas, virou uma constante, um modismo que perdura, lamentavelmente, até os dias de hoje.

Para encerrar:

O galo mineiro tem como maior segredo um ponta, Bernard.

Sabem por quê o Galo perdeu para os bambis?

Não, não foi porque Ronaldinho foi bem marcado. Ele está longe de ser o principal jogador do Galo como julga a maioria, Felipão, inclusive..

A ausência do ponta (quase) nato, Bernard, por contusão, enfraqueceu o time atleticano.

Telê, ao eliminar os pontas (ele foi ponta especialista em seu tempo de jovem e só depois, mais experiente voltou para marcar e ajudar o meio de campo) arrebentou o futebol brasileiro.

Não por ele que perdeu muito mais do que venceu, mas pelo dimensionamento que a mídia concedeu ao seu trabalho que virou um paradigma a ser seguido.

A forma Telê de jogar, adotada por tantos treinadores brasileiros, passou a ser um modelo que alterou radicalmente a forma de se jogar no Brasil.

Sem pontas especialistas, sem meias pensantes, voltado muito mais ao defensivismo, sem a ginga e a malícia na horas de jogar, o futebol brasileiro tornou-se  um contumaz perdedor, 

Tele não foi tudo o que a imprensa viu nele ou disse dele.

Foi, muito mais, uma imagem projetada! (AD)

PS: NADA FALEI SOBRE A SELEÇÃO DE 58, BASE DA DE 62 DE GILMAR, ZITO, DIDI, VAVÁ, PELÉ E MANÉ QUE GANHOU DUAS COPAS MUNDIAIS. PRECISA?

TAMBÉM NÃO FALEI SOBRE A EXTRAORDINÁRIA SELEÇÃO DE 70, QUE PROTAGONIZOU A MELHOR ATUAÇÃO DE UMA SELEÇÃO EM TODAS AS COPAS! AÍ É COVARDIA!

CHEGA DE OS MESMOS SETORES DA MÍDIA EMPULHAR O PÚBLICO JOVEM COM FACTÓIDES DO  MELHOR FUTEBOL E DO MELHOR TREINADOR!

QUE A VERDADE DOS FATOS E A HISTÓRIA SE REESTABELEÇAM!

COMENTE COMENTE COMENTE