Observatório Alviverde

03/08/2011

A ARBITRAGEM PREJUDICOU MUITO, MAS O PALMEIRAS NÃO TEVE COMPETÊNCIA PARA GANHAR DO CORITIBA!

 

Estou postando no intervalo e o jogo está 1 X 1.

O Palmeiras começou muito nervoso e errando demais os passes.

Sofremos o primeiro gol do mesmo modo que sempre sofremos,

Bola alçada na meia esquerda que encontra um adversário livre, de frente para cabecear.

Nem Gabriel, nem Rivaldo e, agora, nem Gerley conseguiram solucionar esse velho problema.

Eu acho que a solução só virá quando tivermos Henrique no time e um esquema sólido de três zagueiros.

Neste primeiro tempo de muitas faltas, de péssimo toque de bola e de um futebol ruim e absolutamente previsível, as duas equipes se igualaram em erros e acertos e o placar é justo;

Entretanto, ficou claro que temos melhores individualidades e um exímio cobrador de faltas e esses podem ser os fatores que podem decidir o jogo.

Nota zero para esse árbitro caseiro, que tanto prejudicou o Palmeiras.

Deixou de assinalar um pênalti clamoroso sobre Luã, tão visível que até Arnaldo César Coelho reconheceu que existiu.. Por aí todos podem verificar o quanto é que foi pênalti.

Árbitro: Celio Amorim (péssimo neste primeiro tempo, encheu o time do Palmeiras de cartões, alguns corretamente, mas afinou quando se tratou do Coritiba.
Assistentes: Kleber Lucio Gil e Claudemir Maffessoni

Qual deles acompanhou o ataque do Palmeiras no primeiro tempo? A televisão nunca diz e o telespectador acaba passando batido sem saber quem prejudicou o seu time.

Esse bandeira, atrapalhou demais a vida do Verdão.

Acho que temos tudo para ganhar!

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O SEGUNDO TEMPO

Por incrível que possa parecer, o segundo tempo foi ainda mais amarrado do que o primeiro, com uma ou outra oportunidade de gol.

O Coritiba esteve mais próximo de chegar do que o Palmeiras e Marcos trabalhou muito mais do que Edson Bastos.

Aliás, Marcos foi o melhor em campo pelo lado do Palmeiras, realizando algumas defesas importantes, ótimas saídas do gol, fora o comando exercido sobre os homens de defesa.

É bem verdade que o Palmeiras começou melhor do que o coxa na segunda etapa.

Em compensação tinha dificuldades para penetrar e principalmente para finalizar.

Valdivia e Kleber ensaiaram algumas jogadas, mas, invariavelmente, paravam na marcação forte da defesa do Coritiba.

Aos 8 minutos: o Palmeiras teve uma boa chance após uma bela trama Kleber/Valdívia que terminou com um chute perigoso do chileno, por cima .

A partir daí o Palmeiras abdicou da iniciativa do jogo e voltou para compor uma linha de dois atacantes, Kleber e Valdívia, e duas linhas de quatro para tentar ganhar o jogo no erro ofensivo do adversário, engrenando contrataques..

Com pouca marcação sobre os seus zagueiros (Kléber e Valdívia estavam extenuados e desgastados em decorrência da missão de marcação)  o Coritiba passou a ter espaços e passou a dominar, completamente, o jogo.

Fechadíssimo atrás, o Palmeiras passou a sofrer um assédio tremendo,  fechou-se em copas para manter a pressão e o resultado, contando com a perspectiva de uma jogada decisiva em contrataque ou bola parada, que, sequer, se esboçou..

Sem espaços para trabalhar a bola e penetrar e sem atacantes com habilidade para a as jogadas individuais, o time coxa-branca  passou a abusar dos cruzamentos para a área, principalmente após as substituições de seus laterais Maranhão e Eltinho, substituídos por Gil e Triguinho.

Outra alternativa do  Coritiba foi a de tentar arremates de média e longa distâncias,.porém, infrutiferamente. porque  o time  não teve pontaria e as poucas bolas que chegaram foram aparadas e defendidas por Marcos. 

O Palmeiras teve uma chance relativa aos 28 minutos aproximadamente, quando, Valdivia recebeu de Marcio Araújo e arriscou de fora da área. O chute foi fraco, mas carregado de veneno. Edson Bastos teve de fazer a defesa em dois tempos, com  enorme dificuldade.

Quando o jogo caminhava para um empate, Marcelo Ramos passou mal a bola ao tentar armar um contrataque, servindo um jogador do Coritiba, parece-me que Tcheco, livre, no pivô da intermediária palmeirense.

Em um toque só o apoiador do Coritiba habilitou Bil ao seu feitio, isto é, em profundidade, nas costas de Thiago Heleno. Bil ia penetrar na área e foi derrubado na hora H por Thiago Heleno.

Além da falta perigosíssima cedida ao adversário, o Palmeiras passou a jogar com dez a partir dos 31 minutos do segundo tempo, em função da conseqüente expulsão do zagueiro palmeirense.

A partir daí Felipão não teve alternativas e foi obrigado a reestruturar  a defesa, promovendo a estréia de Henrique em circunstâncias muito pouco favoráveis, em face da responsabilidade que o jogo passava a ter para o Palmeiras, Deixou o campo o jovem Patrick, cuja atuação era tímida e discreta, voltada, exclusivamente para a marcação. 

Henrique, na reestréia, teve de trabalhar dobrado para ajudar a segurar o empate que passava, então, a ser um bom resultado. Henrique foi muito bem na antecipação e, principalmente na cobertura, sem poder cumprir o que melhor sabe, a saída de bola redonda e perfeita.

É bem verdade que Henrique levou um drible envolvente de Rafinha e que poderia ter-lhe comprometido a reestréia caso saísse o gol, mas ele foi coberto por Marcos que fez uma defesa excepcional.

O Coritiba ainda assustou o Palmeiras em um chute longo da intermediária com Rafinha, mas o jogo acabou mesmo em igualdade, muito melhor para o Palmeiras em face das circunstâncias advindas da expulsão de Thiago Heleno.

Eu já disse que Marcos foi o melhor do Palmeiras que, ontem, foi um time essencialmente tático que procurou, o tempo todo, muito mais defender do que atacar.

Em razão dessa postura defensivista, faltou ao time contundência ofensiva, jogadas de linha de fundo e chegadas que preocupassem mais a defesa do Coritiba, que se impôs de forma absoluta sobre o nosso ataque.

Sem Cicinho e Gerley apoiando e sem Patrik chegando, as nossas jogadas se circunscreveram a poucos lances de Luan e Kléber pela esquerda e pelo meio e a uma ou outra tentativa de enfiada de bola de Valdívia, nada mais.

Não há como encontrar destaques individuais no time do Palmeiras ontem em Curitiba. O time foi essencialmente tático, muito mais voltado para não perder do que, propriamente, para ganhar.

Tirante Marcos, nem Cicinho, nem Araújo, nem Kléber, nem ninguém cumpriu performance individual digna de destaque.

Pode-se dizer, porém, que Felipão deve ter ficado satisfeito com o time porque, do ponto de vista tático, o Palmeiras foi um time coeso, muito aplicado e de uma obediência canina às ordens do treinador.

Num jogo em que os nossos maiores talentos, Valdívia, Cicinho e Kléber se vêm obrigados a cumprir funções táticas de marcação, sem dar asas para o que melhor sabem fazer, a criatividade, o Palmeiras X Coritiba do primeiro turno do Brasileirão não poderia terminar de outra forma, senão como terminou:  um empate “magérrimo” de 1 x 1 e ambos os gols nascendo em lances de bola parada.

FICHA TÉCNICA:
CORITIBA 1 X 1 PALMEIRAS

Estádio: Couto Pereira, em Curitiba (PR)
Árbitro:
Célio Amorim (SC)
Auxiliares:
Kleber Lúcio Gil (SC) e Claudemir Maffessoni (SC)
Público e Renda: 17.818 pagantes R$ 295.190,00

GOLS: Jéci, 8'/1°T (1-0); Marcos Assunção, 19'/1°T (1-1);

CORITIBA: Edson Bastos, Maranhão (Gil, 29'/2°T), Jeci, Emerson e Eltinho (Triguinho, 21'/2°T); Leandro Donizete, Léo Gago (Anderson Aquino, 17'/2°T), Rafinha e Tcheco; Marcos Aurélio e Bill. Técnico: Marcelo Oliveira.

PALMEIRAS: Marcos, Cicinho, Maurício Ramos, Thiago Heleno, Gerley; Márcio Araújo, Marcos Assunção, Valdivia (João Vitor, 44'/2°T) e Patrik (Henrique, 34'/2°T); Luan e Kleber. Técnico: Luiz Felipe Scolari

Cartões amarelos: Léo Gago, Eltinho, Leandro Donizete (COR); Valdivia, Kleber, Luan (PAL)
Cartões vermelhos: Thiago Heleno, 31'/2°T

Próximo jogo

No próximo sábado, o Palmeiras receberá o Grêmio, às 18h30, no Canindé.

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O FUTEBOL É PROFISSIONAL SÓ PARA OS JOGADORES OU PARA QUEM VIVE DELE!

 

O JOGO DA VINGANÇA

Nas priscas eras do amadorismo, o Palmeiras x Coritiba desta noite seria tratado como o jogo da vingança;

Haveria como que uma excitação, uma mobilização do grupo, visando a devolver o extravagante resultado, com o fito, exclusivo, de resgate moral.

Os 6 x 0 impostos pelo time araucariano, no fatídico jogo das semifinais da Copa do Brasil, ainda estão atravessados na garganta dos palmeirenses.

Nós, torcedores, ainda estamos engasgados e vai ser difícil desentalar.

O placar negativo recorde, imposto impiedosamente pelo coxa, ficará, para sempre, na memória e na lembrança dos palmeirenses como um estigma a nos atormentar.

Esse negócio de levar goleada funciona mais ou menos como quando se perde um amor. No começo você se inquieta, chora e lamenta, depois se acalma e tem raiva. Só um novo amor estanca a ferida.

No futebol, só um placar igual ou uma diferença de gols igual, tem o poder de acalmar os ânimos e fazer o torcedor retornar ao estado zen, de onde ele gostaria de nunca ter saído.

Nos tempos do amadorismo, o Palestra Itália disputava apenas a terceira partida de sua história e levou também maior goleada até que o clube registra em sua história. Perdeu de 7 x 0 para o Santos. A vingança veio em 1932: 8 x 0 pelo Paulista

No 1959, o Palmeiras levou um “depena periquito” do Santos de Pelé por 7 x 3, na Vila Belmiro.

Foi um baque, uma tristeza, para nós torcedores, mesmo considerando-se que o Santos tinha a maior máquina de jogar futebol do mundo à época.

Só que o Palmeiras não ficava atrás. Se igualava e peitava o o time de Pelé, com a vantagem de jogar um futebol muito mais clássico e mais bonito.

Um fato marcou-me muito nessa época.

O Santos não tinha torcida, apenas simpatizantes e admiradores. Pois não é que um desses admiradores da “baleia”, provavelmente um corintiano (também quase não havia bambis na época) escreveu em uma parede do bar mais frequentado da região: SANTOS 7 X 3 PALMEIRAS.

Eu tinha ímpetos de apagar aquela frase, mas não tinha oportunidade porque a corintianada não deixava. Eu me incomodava com aquilo, mas nada podia fazer.

É, mais veio o jogo seguinte, dois ou três meses depois e o duelo aconteceu no Pacaembu. O Palmeiras acabou com o Santos e, impiedosamente, estabeleceu 5 x 1 no placar, isto é, pagou com a mesma moeda, a diferença de 4 gols.

A partir da goleada que encheu-me de alegria, fiquei à espreita de um momento em que eu pudesse responder a quem houvera humilhado o meu amado time.

A oportunidade surgiu e escrevi em letras maiores, em cima do que estava escrito naquela parede: “Palmeiras 5 x 1 Santos. Pagamos com a mesma moeda”.

Entre os jogadores, há alguns exemplos disso e dois me ocorrem neste instante foi relatados por Zico.

No final da década de 80 o Palmeiras goleou o Flamengo em pleno Maracanã por 4 x 0.

Passou a ser uma obsessão para os jogadores daquele grupo do Flamengo de Zico, Adílio, Júnior, Andrade e companhia, devolver a goleada ao Palmeiras, o que ocorreria um ano depois com a imposição de uma  goleada ao Verdão, no Maracanã, por 6 x 2.

Da mesma forma, Zico relatou que toda a vez que ia enfrentar o Botafogo, surgia uma faixa com os dizeres: Botafogo 6 x 0 Flamengo que o incomodava e ao time, profundamente.

Zico disse que só sossegou quando, em l981, nove anos após a goleada que ocorrera em 1972, conseguiu devolver o placar ao adversário.

A grande diferença é que esse time do Flamengo era formado por flamenguistas, isto é, jogadores que haviam sido promovidos a partir das escolinhas e da base do próprio clube.

Transportar esse sentimento para um time heterogêneo, formado por jogadores oriundos de tantos clubes e de tantas regiões, com pouca identificação com a camisa do Palmeiras é um pouco mais complicado.

Vivemos a época do profissionalismo, ou, se me permitem, do próprio mercenarismo. Vejam que Kléber que se autoproclamava um grande palmeirense fez tudo o que fez por dinheiro e quase gerou um problema de proporções inimagináveis dentro do clube.

Se ele, que se diz palmeirense, é assim, imaginem os demais jogadores.

Por todos esses aspectos eu não acredito que o Palmeiras parta para um jogo de desforra posto que esse sentimento só existe no coração de nós torcedores.

Eu acredito que Felipão vai cobrar postura e atitude de seu grupo, tomando como base e exemplo aquela catastrófica goleada de 6 x0. Para alguns jogadores, certamente, vai funcionar.Para outros, não!

De qualquer forma, com uma vitória simples de 1 x 0, eu vou me dar por satisfeito.

Como diziam os antigos, vingança é um prato que deve ser saboreado, preferentemente, frio!

O QUE VOCÊ ESPERA DO PALMEIRAS NO ESTA NOITE CONTRA O COXA?

HENRIQUE DEVE MESMO ESTREAR?

DEVE ENTRAR NO LUGAR DE MAICON LEITE PARA FORTALECER A DEFESA?

OU SERIA MELHOR ELE FICAR NO BANCO E TERMOS UM TIME MAIS OFENSIVO?

HÁ AMBIENTE PARA QUE POSSAMOS GOLEAR O RIVAL?

 

QUAL O SEU PLACAR PARA O JOGO?

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