A ARBITRAGEM PREJUDICOU MUITO, MAS O PALMEIRAS NÃO TEVE COMPETÊNCIA PARA GANHAR DO CORITIBA!
Estou postando no intervalo e o jogo está 1 X 1.
O Palmeiras começou muito nervoso e errando demais os passes.
Sofremos o primeiro gol do mesmo modo que sempre sofremos,
Bola alçada na meia esquerda que encontra um adversário livre, de frente para cabecear.
Nem Gabriel, nem Rivaldo e, agora, nem Gerley conseguiram solucionar esse velho problema.
Eu acho que a solução só virá quando tivermos Henrique no time e um esquema sólido de três zagueiros.
Neste primeiro tempo de muitas faltas, de péssimo toque de bola e de um futebol ruim e absolutamente previsível, as duas equipes se igualaram em erros e acertos e o placar é justo;
Entretanto, ficou claro que temos melhores individualidades e um exímio cobrador de faltas e esses podem ser os fatores que podem decidir o jogo.
Nota zero para esse árbitro caseiro, que tanto prejudicou o Palmeiras.
Deixou de assinalar um pênalti clamoroso sobre Luã, tão visível que até Arnaldo César Coelho reconheceu que existiu.. Por aí todos podem verificar o quanto é que foi pênalti.
Árbitro: Celio Amorim (péssimo neste primeiro tempo, encheu o time do Palmeiras de cartões, alguns corretamente, mas afinou quando se tratou do Coritiba.
Assistentes: Kleber Lucio Gil e Claudemir Maffessoni
Qual deles acompanhou o ataque do Palmeiras no primeiro tempo? A televisão nunca diz e o telespectador acaba passando batido sem saber quem prejudicou o seu time.
Esse bandeira, atrapalhou demais a vida do Verdão.
Acho que temos tudo para ganhar!
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O SEGUNDO TEMPO
Por incrível que possa parecer, o segundo tempo foi ainda mais amarrado do que o primeiro, com uma ou outra oportunidade de gol.
O Coritiba esteve mais próximo de chegar do que o Palmeiras e Marcos trabalhou muito mais do que Edson Bastos.
Aliás, Marcos foi o melhor em campo pelo lado do Palmeiras, realizando algumas defesas importantes, ótimas saídas do gol, fora o comando exercido sobre os homens de defesa.
É bem verdade que o Palmeiras começou melhor do que o coxa na segunda etapa.
Em compensação tinha dificuldades para penetrar e principalmente para finalizar.
Valdivia e Kleber ensaiaram algumas jogadas, mas, invariavelmente, paravam na marcação forte da defesa do Coritiba.
Aos 8 minutos: o Palmeiras teve uma boa chance após uma bela trama Kleber/Valdívia que terminou com um chute perigoso do chileno, por cima .
A partir daí o Palmeiras abdicou da iniciativa do jogo e voltou para compor uma linha de dois atacantes, Kleber e Valdívia, e duas linhas de quatro para tentar ganhar o jogo no erro ofensivo do adversário, engrenando contrataques..
Com pouca marcação sobre os seus zagueiros (Kléber e Valdívia estavam extenuados e desgastados em decorrência da missão de marcação) o Coritiba passou a ter espaços e passou a dominar, completamente, o jogo.
Fechadíssimo atrás, o Palmeiras passou a sofrer um assédio tremendo, fechou-se em copas para manter a pressão e o resultado, contando com a perspectiva de uma jogada decisiva em contrataque ou bola parada, que, sequer, se esboçou..
Sem espaços para trabalhar a bola e penetrar e sem atacantes com habilidade para a as jogadas individuais, o time coxa-branca passou a abusar dos cruzamentos para a área, principalmente após as substituições de seus laterais Maranhão e Eltinho, substituídos por Gil e Triguinho.
Outra alternativa do Coritiba foi a de tentar arremates de média e longa distâncias,.porém, infrutiferamente. porque o time não teve pontaria e as poucas bolas que chegaram foram aparadas e defendidas por Marcos.
O Palmeiras teve uma chance relativa aos 28 minutos aproximadamente, quando, Valdivia recebeu de Marcio Araújo e arriscou de fora da área. O chute foi fraco, mas carregado de veneno. Edson Bastos teve de fazer a defesa em dois tempos, com enorme dificuldade.
Quando o jogo caminhava para um empate, Marcelo Ramos passou mal a bola ao tentar armar um contrataque, servindo um jogador do Coritiba, parece-me que Tcheco, livre, no pivô da intermediária palmeirense.
Em um toque só o apoiador do Coritiba habilitou Bil ao seu feitio, isto é, em profundidade, nas costas de Thiago Heleno. Bil ia penetrar na área e foi derrubado na hora H por Thiago Heleno.
Além da falta perigosíssima cedida ao adversário, o Palmeiras passou a jogar com dez a partir dos 31 minutos do segundo tempo, em função da conseqüente expulsão do zagueiro palmeirense.
A partir daí Felipão não teve alternativas e foi obrigado a reestruturar a defesa, promovendo a estréia de Henrique em circunstâncias muito pouco favoráveis, em face da responsabilidade que o jogo passava a ter para o Palmeiras, Deixou o campo o jovem Patrick, cuja atuação era tímida e discreta, voltada, exclusivamente para a marcação.
Henrique, na reestréia, teve de trabalhar dobrado para ajudar a segurar o empate que passava, então, a ser um bom resultado. Henrique foi muito bem na antecipação e, principalmente na cobertura, sem poder cumprir o que melhor sabe, a saída de bola redonda e perfeita.
É bem verdade que Henrique levou um drible envolvente de Rafinha e que poderia ter-lhe comprometido a reestréia caso saísse o gol, mas ele foi coberto por Marcos que fez uma defesa excepcional.
O Coritiba ainda assustou o Palmeiras em um chute longo da intermediária com Rafinha, mas o jogo acabou mesmo em igualdade, muito melhor para o Palmeiras em face das circunstâncias advindas da expulsão de Thiago Heleno.
Eu já disse que Marcos foi o melhor do Palmeiras que, ontem, foi um time essencialmente tático que procurou, o tempo todo, muito mais defender do que atacar.
Em razão dessa postura defensivista, faltou ao time contundência ofensiva, jogadas de linha de fundo e chegadas que preocupassem mais a defesa do Coritiba, que se impôs de forma absoluta sobre o nosso ataque.
Sem Cicinho e Gerley apoiando e sem Patrik chegando, as nossas jogadas se circunscreveram a poucos lances de Luan e Kléber pela esquerda e pelo meio e a uma ou outra tentativa de enfiada de bola de Valdívia, nada mais.
Não há como encontrar destaques individuais no time do Palmeiras ontem em Curitiba. O time foi essencialmente tático, muito mais voltado para não perder do que, propriamente, para ganhar.
Tirante Marcos, nem Cicinho, nem Araújo, nem Kléber, nem ninguém cumpriu performance individual digna de destaque.
Pode-se dizer, porém, que Felipão deve ter ficado satisfeito com o time porque, do ponto de vista tático, o Palmeiras foi um time coeso, muito aplicado e de uma obediência canina às ordens do treinador.
Num jogo em que os nossos maiores talentos, Valdívia, Cicinho e Kléber se vêm obrigados a cumprir funções táticas de marcação, sem dar asas para o que melhor sabem fazer, a criatividade, o Palmeiras X Coritiba do primeiro turno do Brasileirão não poderia terminar de outra forma, senão como terminou: um empate “magérrimo” de 1 x 1 e ambos os gols nascendo em lances de bola parada.
FICHA TÉCNICA:
CORITIBA 1 X 1 PALMEIRAS
Estádio: Couto Pereira, em Curitiba (PR)
Árbitro: Célio Amorim (SC)
Auxiliares: Kleber Lúcio Gil (SC) e Claudemir Maffessoni (SC)
Público e Renda: 17.818 pagantes R$ 295.190,00
GOLS: Jéci, 8'/1°T (1-0); Marcos Assunção, 19'/1°T (1-1);
CORITIBA: Edson Bastos, Maranhão (Gil, 29'/2°T), Jeci, Emerson e Eltinho (Triguinho, 21'/2°T); Leandro Donizete, Léo Gago (Anderson Aquino, 17'/2°T), Rafinha e Tcheco; Marcos Aurélio e Bill. Técnico: Marcelo Oliveira.
PALMEIRAS: Marcos, Cicinho, Maurício Ramos, Thiago Heleno, Gerley; Márcio Araújo, Marcos Assunção, Valdivia (João Vitor, 44'/2°T) e Patrik (Henrique, 34'/2°T); Luan e Kleber. Técnico: Luiz Felipe Scolari
Cartões amarelos: Léo Gago, Eltinho, Leandro Donizete (COR); Valdivia, Kleber, Luan (PAL)
Cartões vermelhos: Thiago Heleno, 31'/2°T
Próximo jogo
No próximo sábado, o Palmeiras receberá o Grêmio, às 18h30, no Canindé.
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