Observatório Alviverde

12/03/2014

CRAVO E APOSTO QUE O PALMEIRAS VOLTA A SAMPA CLASSIFICADO SEM A NECESSIDADE DO JOGO REVANCHE!





Você, palmeirense de São Paulo, -da capital e do interior-,  ou aquele que habita qualquer outro estado desenvolvido, não subestime o jovem estado de Rondônia, atualmente vivendo uma situação caótica em face das indomáveis cheias do Rio Madeira, um dos mais extensos e caudalosos do planeta, o maior afluente da margem direita do Amazonas.

De há muito -desde 1982- Rondônia abandonou a sua condição de território -chamava-se Guaporé- cuja principal atividade econômica era essencialmente extrativista, -madeira, borracha, castanha-do-Pará e outros produtos da Floresta Amazônica- tornando-se, hoje, um entreposto comercial importantíssimo, abastecedor e integrador da região, constituindo-se em um polo de desenvolvimento respeitabilíssimo do norte do país.

Rondônia -nome que homenageia o marechal Cândido Rondon, o patrono da comunicação e considerado por muitos, o maior dos brasileiros- já consegue ser a terceira economia da região norte, ultrapassado, apenas, por Amazonas e Pará, os dois maiores estados brasileiros em extensão territorial, que, ninguém sabe porquê, continuam "individidos" e indivisíveis.

Creio que o resumo da situação econômico-geográfica de Rondônia, está contido nestes excertos da Wikipédia que tenho o prazer de publicar:

(sic)

Rondônia é o estado com a maior porcentagem de evangélicos do Brasil e também o 3º estado mais rico da região Norte, responsável por 11,7% do PIB da região. Apesar de ser um estado jovem (criado em 1982), possui o 3º melhor Índice de Desenvolvimento Humano, o 2º maior PIB per capita, a 2ª menor taxa de mortalidade infantil e a 3ª menor taxa de analfabetismo entre todos os estados das regiões Norte e Nordeste do país, além da 2ª maior teledensidade do Brasil. Entre 2002 e 2010 o estado apresentou 63,9% de crescimento acumulado do PIB, sendo o 2º estado brasileiro que mais cresceu no período3 . Rondônia possui ainda a menor incidência de pobreza e o melhor desempenho na avaliação do PISA 2009, entre todos os estados das regiões Norte e Nordeste e também a 4ª melhor distribuição de renda de todo o Brasil, e a melhor fora da Região Sul do país.

Quem se interessar por maiores detalhes, sejam eles históricos, geográficos ou econômicos,  acesse  

http://pt.wikipedia.org/wiki/Rond%C3%B4nia 

Com a proliferação das escolas, das faculdades e das universidades, o ensino e a tecnologia foram disseminados por todos os rincões deste país. 

Acresça-se a tudo isso a comunicação avançada e desenvolvida , com a tv e a internet funcionando a pleno vapor, levando a informação e o conhecimento a toda parte do Brasil e do mundo! Rondônia não é a exceção!

Tudo isso foi dito para que muitos que não sabem, fiquem cientes de que, também,  por analogia, não existem mais bobos no futebol. Menos, ainda, inocentes!

Se, de repente, do nada, o Vilhena -adversário do Palmeiras esta noite- surpreender e, ainda que não vença, endureça o jogo ou, vá lá, que empate ou -em pior hipótese- vença, para mim não se constituirá em nenhum espanto ou surpresa e nem vou considerar um armagedon.

Estivesse o Palmeiras enfrentando uma equipe do interior de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, de Goiás ou dos estados nordestinos, -pior ainda- eu diria que o jogo era sumamente perigoso e exigia toda cautela. O futebol, hoje, está por demais equilibrado e, só com o nome, time nenhum ganha os jogos e nem a classificação!

Sem querer ser pessimista, mas bem realista, louvo-me nas dezenas de vezes em que os grandes clubes encontraram dificuldades imensas para bater esse tipo de adversário, aos quais muitos torcedores chamam de "galinha-morta" e foram por eles desclassificados.

Sem querer dar muitos tratos à bola e sem tempo para uma pesquisa acurada, lembro-me, perfeitamente, de que o Palmeiras já foi desclassificado, um dia, pelo Asa de Arapiraca -com Luxemburgo no banco e tudo-, fato que a mídia não esquece e, por pirraça e para desmoralizar o clube, publica sequentemente, embora o fato tenha ocorrido há mais de 10 anos.

Lembro-me, também, de que já fomos eliminados pelo Ipatinga, não importando se, naquela vez contra os mineiros, fomos terrivelmente prejudicados pela arbitragem na decisão por pênaltis. 

O Palmeiras tinha a obrigação de ganhar sem sacrifícios, pois, além de ser um time de orçamento muito mais elevado, jogava a decisão dentro de casa.

Não quero nem me referir a desastres contra times do porte do Ceará,  Goiás, Vitória e outros, haja vista que, essas equipes, ostentam um status técnico muito mais elevado em relação àquelas de estados menos conhecidos e desenvolvidos.

Kleina sabe de tudo isso, e, em razão disso, -foi esperto- levou todos os titulares a Vilhena, pois, no meio dessa floresta rondoniana pode surgir alguma zebra inesperada ou um bicho desconhecido que surpreenda o Palmeiras.

Quando dizemos isso, -fique muito claro- não estamos reivindicando para esta noite um time medroso e covarde, cheio de volantes de contenção com laterais fixos na defesa e somente explorando os contra-ataques. 

Recomendamos, porém, cautela nos primeiros minutos,  que, a exemplo do caldo de galinha -diziam nossos avós- nunca fez mal a ninguém.

O Palmeiras, esta noite, tem de ter, sim, desassombro, coragem e, principalmente, ousadia tática e individual, se estiver disposto a eliminar -de pronto- o adversário e evitar o jogo de volta, mediante a imposição da diferença numérica de dois gols ou mais no placar! 

Antes disso, porém, é de bom tom e muito saudável, colocar o termômetro, sentir, -primeiro-, a temperatura do jogo, estudar um pouco o adversário para, a partir de então, avançar pra cima e "botar para tirar do ramo"!

Ontem, neste OAV, arrisquei o time que eu imaginava fosse iniciar o jogo:

Na defesa, Prass, Wendel, Lúcio, Marcelo Oliveira e Juninho. Se Kleina não mudar de idéia à última hora, acertei na mosca!

Para o meio de campo arrisquei, prioritariamente, Eguren e França, isto é, dois volantes de contenção e acertei de novo. 

Só deixei em aberto a possibilidade de Kleina relançar Renatinho, muito em função da péssima e decepcionante atuação do uruguaio domingo passado em Ribeirão.

Mas Kleina foi coerente com os seus princípios táticos e éticos e não subtraiu Eguren da formação principal! Apesar das más performances, o gringo parece que ainda tem crédito e moral com a direção técnica alviverde!

Acertei em cheio na escalação de Valdívia, mas, como poderia errar? Até a Mancha sabia disso!

Não acertei em relação ao retorno de Mazinho, pois, como o jogo é fora, muito longe de nossos pagos e da implicância da torcida, imaginei que poderia ocorrer outro relançamento, já que as condições eram propícias para tal. 

Fique claro, porém, que Mazinho não seria e nem era a minha opção para agora, da mesma forma que Leandro, em cujo retorno eu apostei. Parece-me, entretanto, que ele perdeu a titularidade e a condição de formar dupla de área com Kardec.

Portanto, se errei no prognóstico, acertei no diagnóstico. Publiquei assim:

"Não creio, porém, que Vinicius e Patrick Vieira comecem jogando, mas bem que eles merecem, ainda que fosse nos lugares de Mazinho e de Leandro. E merecem, m-e-s-m-o!"

O meu desejo -conforme deixei muito claro- de que os dois jogassem está se realizando, e, creio, realmente, que neste momento, a entrada e o aproveitamento dos dois garotos  representa, do ponto de vista técnico e individual,  o máximo, o melhor que temos para escalar.

A titularidade de Patrick, para mim, não se constitui em nenhuma surpresa, mas a grande surpresa tem nome e se chama Vinicius. Vejo-me obrigado a redimir-me com ele e a reconhecer e dizer que o garoto está jogando demaaaisss! 

En passant: "os nossos amigos da Mancha deveriam aproveitar o ensejo e, da mesma forma, fazer a paz e ficar (de) bem com Valdívia! Seria sensaaaciooonal!

Por fim, devo dizer que não acredito que Kleina solte o time de forma desembestada e descontrolada desde os primeiros minutos. 

É verdade que se o Palmeiras abrir rapidamente o marcador o time pode se entusiasmar e tentar resolver imediatamente a parada ainda que ao arrepio das ordens do treinador. É pura questão de instinto!

Em caso de dureza ou dificuldade, o time tocará mais a bola e procurará envolver gradativamente o adversário fazendo o jogo da paciência, para o qual estamos aptos em decorrência do razoável conjunto da equipe.

Sem subir ou permanecer sobre o irritante muro da indecisão, arrisco-me a dizer que se o Palmeiras, ao menos, encontrar dificuldades para vencer, terá sido um fato insólito e inusitado que, ao menos em meu entendimento, só existe em um plano exclusivamente teórico!

Cravo e aposto que o Palmeiras volta a Sampa classificado, sem a necessidade do jogo revanche!

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