Observatório Alviverde

09/02/2019

PALMEIRAS INAUGURA SEGUNDA-FEIRA O PACAEMBU PRIVATIZADO!


Os locutores esportivos já não poderão mais proclamar em pleno ar, com a ênfase  que os caracteriza, um velho chavão que vem, de geração em geração de narradores esportivos, sendo repetido  em rádio e TV, principalmente em rádio, desde os tempos memoráveis do pioneiro Nicolau Tuma, cognominado em sua época de "speaker metralhadora":

(sic)

"Estamos falando "diretamente do Pacaembu, o próprio da municipalidade da cidade de São Paulo, palco do jogo entre Palmeiras x Corintians" (ou qualquer outro).

E não poderão, haja vista a privatização do estádio após um leilão ocorrido esta semana, colocando o velho "próprio municipal" durante 35 anos na condição de propriedade particular.

Não, não entro em detalhes no que respeitou às negociações, mas as aprovo integralmente.

Passou da hora de os governos municipal, estadual e federal darem um basta no financiamento de negócios particulares usando dinheiro, patrimônio e pessoal que provém, direta ou indiretamente,  do bolso da população!

O velho Pacaembu foi inaugurado antes mesmo de eu nascer, na década de 40, mais precisamente  no dia 27/04 e o jogo inaugural colocou frente à frente, sabe quem?  

Não sabe?

Justamente o Palmeiras em um confronto contra o Coritiba, convidado especial para um quadrangular sabe com mais quem?  

Não sabe?

Com o Curica!

Sabem quem venceu o primeiro jogo? 

É óbvio que foi o Verdão e por goleada, 6 x 2, embora sem a prerrogativa do gol inaugural marcado pelo "coxa-branca" Zequinha.

Mas muito mais importante foram a primeira vitória combinada com a primeira goleada (6x2 para o alviverde) e muito mais importante do que tudo isso foi o título conquistado mediante um 2 x 1 em cima do Curica.

De lá até hoje, mesmo sem ser o time que mais vezes se apresentou no Pacaembu, o Palmeiras -muito mais importante- foi (ainda é) o maior campeão da história do velho estádio que, depois, mudou de nome e passou a se chamar "Estádio Municipal do Pacaembu".

Apesar do Santos fazer, domingo contra o Mirassol o último jogo do estádio, coube (cabe) ao Palmeiras a realização do jogo inaugural do velho Pacaembu privatizado.

Que o Verdão mantenha a tradição e derrote um adversário que, além de preto e branco, é identificado com o Curica, time para o qual, habitualmente, abre as pernas e, em contrapartida, faz sempre o jogo da vida quando enfrenta o Palmeiras.

Para encerrar acerca do Pacaembu.

Vocês não sabem o quanto torci para que nenhum grande viesse a adquirir o Pacaembu, pois, bem administrado, seria um concorrente e tanto para a Allianz Arena.

Ainda bem que Lulaburro (ele imaginou que seu poder era perpétuo)  entregou um elefante branco ao Curica, imaginando que, com o passar do tempo, poderia dar a Arena ao seu clube de coração.  Bendigo a Lava-Jato que evitou a cornucópia.

Foi essa expectativa que os impediu de ficar com o Pacaembu. Obrigado, Lula. Apesar de inimigo declarado e constante, dessa vez você foi um grande amigo do Verdão! 

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O Bragantino, mesmo antes dos irmãos Chedy (Nabi foi o principal) que num determinado momento colocou o Braga numa posição de destaque no futebol brasilero, sempre foi um adversário duríssimo e cabe ao Palmeiras depois de amanhã, segunda-feira mostrar a eles "quem, efetivamente, dá as ordens no terreiro.

Para encerrar quero lhes dizer que, conquanto eu apoie AMBAS as contratações, não existe a menor chance (ao menos neste momento) de o Palmeiras contratar Valdívia ou Alexandre Pato.

Valdívia não virá em decorrência de tudo aquilo que este blog publicou acerca das relações tumultuosas entre ele e Matos, não obstante a sua idade considerada provecta.

Alexandre Pato não virá em face dos custos altos e da incerteza de que terá um comprometimento sério com o clube.

O indicativo mais perfeito de que Pato não virá foi o perdão que o Palmeiras, com o beneplácito de Felipão, acabou concedendo a Deyverson.

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