Observatório Alviverde

09/03/2017

VAMOS, TODOS, REFLETIR, MEUS AMIGOS PALMEIRENSES!


Disse alguém, já nem me lembro quem, que "o burro é o único animal que não volta atrás"! Verdade verdadeira, verdadeira verdade!

Uso, então, o axioma sem criticas ou ofensas indiretas a quem quer seja que comente neste blog, nem os que fazem de suas opiniões inamovíveis dogmas como se fosse o futebol uma modalidade esportiva fixa, estática ou matemática, mas, creiam, em função de mim.

Por mais que eu considere que o Palmeiras, para se firmar como um time de ponta, necessite prementemente de um lateral mais novo e mais produtivo do que Zé Roberto (Necessita, mesmo!), a bem da justiça não posso deixar de registrar quando ele atue bem e apresente bons serviços com a camisa do Verdão!

Ontem, a partir do momento em que o Palmeiras viu-se reduzido a dez homens, ZR, em novas funções,agigantou-se, e não permitiu que o time esmorecesse, desistisse ou se entregasse em campo.

Na qualidade de jogador mais velho e experiente chamou para si a responsabilidade, exerceu a sua função de liderança e mostrou categoria, versatilidade e vivência dentro de campo.

Por seu empenho, raça e vontade de vencer, ZR constituiu-se, inicialmente, no jogador taticamente mais importante da equipe e, em seguida, naquele tecnicamente mas efetivo, o melhor do time (sob o meu ângulo de análise) de todo o time do Palmeiras... 

Sem medo de errar ou de me equivocar, sou convicto de que ZR, ontem, constituiu-se em um verdadeiro protagonista, no que foi seguido por Dracena (apesar da falha no gol) por Prass e por Felipe Melo quando voltou para ser, menos um volante, e, muito mais, um zagueiro recuado à última linha de defesa! 

En passant: lamentável que estejam colocando os guerreiros Vitor Hugo e Thiago Santos, dois jogadores alvos da cobiça de tantos clubes brasileiros na condição de outro injustiçado, Marcio Araújo.

O que muitos não conseguem perceber é que jamais existiu na história do futebol um time formado exclusivamente por craques.

O Palmeiras de Leão, Luis Pereira e Ferrari teve Minuca que nunca foi um craque mas um jogador eficiente e raçudo tanto quanto Thiago Santos, haja vista que  eu considere Vitor Hugo um jogador bem acima da média em sua posição.

Para que não digam que exagero ou que eu seja uma opinião isolada, Tite, de própria voz o citou como um dos bons valores na posição e um jogador  convocável à Seleção. 

Para fechar o assunto Zé Roberto, muito mais do que exibir ontem em Tucuman a sua imensa, inegável e indesmentível categoria individual, tornou-se o melhor em campo, ao menos para mim, para mim, para mim, também pelo comando e liderança que exerceu sobre os companheiros tanto e quanto na qualidade de um preposto de Eduardo Batista dentro de campo.

Como deixar de reconhecer estas verdades? Como cravou o Araújo, só quem estivesse "blogando" de dentro do Juqueri. Não chego a esse extremo, mas entendi, perfeitamente, o que ele quis dizer em sua  mensagem.

Não tenho restrições (sinceramente, não tenho mesmo) por quem queira este ou aquele jogador em campo, por quem considere que essa ou aquela tática seja a melhor ou a pior, haja vista que, tudo isso faz parte do jogo e está e estará (sempre) no campo das discussões.

A única coisa que eu recrimino, embora só introspectivamente, de mim para mim mesmo, é que quando um jogador atua bem e se destaca, não ter o seu trabalho reconhecido apenas por não fazer parte da relação dos preferidos deste ou daquele participante do blog.

Mais do que torcer por um jogador, torço pelo Palmeiras, por suas cores e pela instituição. Os jogadores, em meu critério de análise, não passam de funcionários graduados, regiamente remunerados para compor o time de futebol.

O que muita gente ainda não compreendeu ou, se compreendeu não quer admitir é que temos um dos melhores elencos das Américas, e é com esse grupo inscrito nas diferentes competições que vamos ter de dar sequência ao trabalho rumo ao(s) pódio(s). 

O que vale, afinal, é que, com poucas restrições, e, queiram ou não os pessimistas de plantão, o Palmeiras, teoricamente, é um dos mais fortes candidatos ao título da Libertadores em 2017, com Eduardo ou sem ele. Pensem nisso!

Pensem, também, que jogador de futebol não é (na prática) um trabalhador regido pela CLT, senão em pequena proporção dos salários (no plural, sim) que recebe.

As rescisões são caríssimas e as contratações investimentos ainda de maior monta o que inviabiliza essa movimentação constante dos clubes por contratar e dispensar indefinidamente conforme o desejo de tantos! 

Quem tem empresa sabe, perfeitamente, o quanto é difícil e custoso demitir um trabalhador, ainda que os salários sejam minúsculos. Imaginem demitir quem ganha cem, duzentos, trezentos mil reais a mais...

O Palmeiras vai disputar a Libertadores com esses jogadores inscritos ou com três ou quatro (se muito) contratações a mais. 

O que pode, verdadeiramente, mudar (se mudar) é o técnico, mas receio que EB, a julgar pelo que vi ontem das alterações realizadas em comum acordo com os jogadores mais experientes, do apoio visibilíssimo dos jogadores ao treinador, creio que só uma hecatombe em casa contra os Bambis terá o poder de destabilizar EB.

Em contrapartida uma simples vitória sobre o time de Rogério Ceni representará uma grossa camada de "super-bonder" com o poder de fixar por muito mais tempo EB na cadeira de técnico do Palmeiras.

Creio que a Hora H, isto é, a hora fatal e derradeira da definição da vida de EB e de sua permanência no comando técnico do Palmeiras acontecerá neste final de semana!

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As críticas e reparos que fiz ontem a Maurício Noriega por sua infeliz performance na análise da arbitragem no primeiro tempo de Tucuman x Palmeiras, eu as atenuo em parte, considerando o que ele falou sobre o árbitro paraguaio no segundo tempo do jogo, tachando-o de caseiro e em razão disso, indiretamente, de um manipulador de resultados! (AD)