Observatório Alviverde

31/08/2014

PARA GARECA, A COR VERDE TRÁZ AZAR! AZAR DEU ELE, NA VIDA DO PALMEIRAS! ESPERANDO O QUE PARA DEMITI-LO, PAULO NOBRE?

 
Com a mão na cabeça para não perder o juízo! 
     Peça pra sair, Gareca!


ESCLARECIMENTO:

Fui, sempre, um crítico antecipativo dos erros e lambanças do presidente Paulo Nobre e sua diretoria, embora reconheça nele um cidadão respeitável,  muito bem intencionado, palmeirense de primeira hora e da mais fina cepa, que merece o meu, o seu e, enfim, o nosso respeito.

Antevisto, tido e havido, assim que se lançou candidato à presidência do Palmeiras, como um administrador moderno e eficaz, tendente a transformar-se em uma espécie de Vicente Matheus do Palmeiras, Nobre equivocou-se, inverteu os valores, desviou os objetivos e perdeu-se, completamente, nos desvãos de sua inexperiência em gerir um clube que tem como carro-chefe o futebol.

Perdeu-se, não, apenas, por não ser, ele, alguém do ramo, mas, sobretudo, por sua visão distorcida de como se administra um clube que deveria ter o futebol como prioridade.

Administrar um clube de futebol é matéria que não consta nos manuais dos cursos, e, parece, nosso maior mandatário ainda não se deu conta disso.

Pelo que se sabe, não segue a lógica ou o senso comum da gestão de uma loja, de uma casa comercial ou de qualquer indústria de pequeno, médio ou grande porte. 

Em suma, administrar um clube de futebol, é, sobretudo, administrar emoções, ainda mais em se tratando de uma nação denominada SE Palmeiras.

Como se não bastasse tudo isso, Nobre ainda teve o azar de assessorar-se muito mal com Brunoro no futebol, e com um diretor de marketing cujo nome não me lembro, a quem ele despediu, tardiamente,  há cerca de um mês após quase dois anos de trabalho estéril e improfícuo.

À distância, percebo que faltou ao empenho, às boas intenções e à impetuosidade de nosso jovem presidente através de uma assessoria inteligente, franca, aberta, direta e experiente, mais partícipe e disposta a colaborar!

Confesso-lhes, porém, que desconheço se essa assessoria tentou algum aconselhamento ao presidente, ou, se Nobre alguma vez que fosse, apeou-se da majestade do cargo a fim de ouvir e acatar as sugestões e conselhos de cabeças mais experientes e  mais bem dotadas que circundavam-lhe o poder. 

De fato, Nobre mudou a assessoria e Brunoro, agora, está fora do futebol! Uma benção! Nobre parece que desconhecia -ninguém lhe disse isso?- que Brunoro é concorrente no ramo de compra e venda de atletas!

Por tudo isso, neste momento de tristeza e turbação que envolve o  Palmeiras e a nossa comunidade, sinto-me completamente livre, solto, liberado e à vontade para redigir este pequeno ensaio construtivo em face do clube, do time, do presidente, da diretoria e da própria torcida, sem querer, com isso, arvorar-me em gato-mestre ou em dono da verdade.  

Esses eventos adstritos à deplorável perspectiva de um terceiro rebaixamento levaram-me a perceber quanto Nobre tem sido um administrador trôpego e indeciso, fique claro, no futebol, no futebol, no futebol...

E digo isso, não apenas em decorrência da manutenção exagerada do estagiário Kleina no comando do futebol, aquele que conseguiu perder o campeonato paulista mais fácil da história.

Digo, também, e, principalmente, em função das atitudes de Nobre que parecem ser tomadas de acordo com os interesses e a filosofia de Mustafá, com o aconselhamento da mídia que, em sua imensa maioria, quer que o Palmeiras feche as portas, exploda e deixe de existir enquanto time de futebol!

A dispensa extemporânea de Kleina, no limiar do Brasileiro, foi um erro tão crasso quanto a contratação desse treinador, via Tirone e Frizzo, ele que, conforme ficou provado,  não possuia  "background" e nem perfil suficientes para dirigir um clube da magnitude e grandeza do Palmeiras

Resumo da ópera: 
Kleina, simbolicamente, não passou de um piloto de teco-teco agarrado ao manche de um supersônico que conduzia Kleina, sem ser  Kleina quem o conduzia. Não poderia dar certo, nunca! E não deu, apesar do óbvio regresso do clube à elite sob o próprio Kleina. 

A partir daí, a aposta irresponsável de Nobre em um técnico argentino comum e sem grife, desconhecedor completo do futebol brasileiro, e, principalmente do clube mais confuso, conturbado e anárquico do futebol brasileiro, a Sociedade Esportiva Palmeiras, representou o erro mais crasso de Nobre!

Em seguida, outro erro de Nobre, ao proferir uma frase com a qual, em princípio até concordei, mas que, depois, ao constatar as tendências administrativas do novo comandante, entendi que ele, jamais deveria ter proferido. 

Assim disse Nobre:
 "- não serei refém do centenário", sinônimo absoluto de desalento, de pessimismo de falta de grandeza e um atestado explícito de desprezo à sofridíssima torcida da SE Palmeiras.. 

Não teria sido muito mais fácil (conforme escrevi à época) Nobre ter, simplesmente, contratado Vanderley Luxemburgo?

Louvo, entretanto, e enalteço, a bem da justiça,  o empenho e a responsabilidade contábil de Nobre no sentido da rolagem administrativa (tão necessária para a sobrevivência da Sociedade Esportiva).

E o faço, tanto e quanto à outra política corretíssima, da implementação da nova política de salários de acordo com a realidade atual do clube, infelizmente exagerada e levada à sua maior potencialização quando da renovação de Kardec e da perspectiva frustrada da contratação de alguns jogadores.

Quero, agora, reportar-me, muito mais, ao time de futebol e dizer o seguinte:

SÓ PODE ESTAR TUDO ERRADO... 
 

1) em um time que, disparadamente,  é aquele que mais perdeu neste brasileirão: já são onze (11) acachapantes, brochantes e desanimadoras derrotas na cacunda .

2) em um time que ficou sem vencer dez partidas consecutivas, desprovido, completamente, de esquemas de jogo, sem o menor poder ofensivo e atuando, sempre, como time de várzea, à base da correria, sem posicionamento definido e nenhuma técnica..

3) em um time que consegue perder em casa sem chutar ao gol do adversário uma única vez que seja, em quase cem (100) minutos de bola rolando.

4) em um time desprovido de força física, energia e iniciativa para reagir e virar qualquer jogo em que o adversário sai na frente, estabelecendo o 1 x 0.

5) quando um time vira campeão mundial de contusões, recordista em afastamento de atletas e em demora de recuperação.

6) em um time brasileiro que possui tantos estrangeiros medianos no elenco. Já são oito (8), sendo que, entre todos, apenas um é efetivo, leia-se Valdívia, e faz a diferença nas poucas vezes em que consegue entrar em campo.

7) em um time cujo líder, Lúcio, veteraníssimo e rodado, vai a público denunciar que existem companheiros que se omitem, não se dedicam tanto e quanto os outros, que não correm e nem se esforçam suficientemente.

8) em um clube, cuja diretoria toma conhecimento das gravíssimas acusações do capitão do time, faz ouvidos de mercador e finge que nada foi declarado para não ter de tomar as devidas e cabíveis providências que uma denúncia tão grave deveria suscitar.

9) em um time que, -isto é tradicional e recorrente-, contrata "trocentos" zagueiros e meio campistas, se omitindo, sempre, em adquirir atacantes. Há quantos anos o Palmeiras não tem um grande artilheiro?

10) em um time que conta com um elenco gigantesco, porém desqualificado e  desequilibrado, com 90% ou mais, dos jogadores, para a defesa e meio de campo, e, praticamente, ninguém para o ataque. Quem a diretoria contratou para o lugar de Kardec?.

11) em um time para o qual 1 x 0 é goleada, em face de não investir em centroavantes e, quando, por obra do acaso, descobre alguém para a posição, (Kardec) ainda que um meia-boca, apenas razoável, o perde por não querer gastar o que se chama de "dinheiro de pinga".

12) em um time que não suporta ter jogadores que resolvam em campo, e, quando os tem, arruma sempre um jeito de negociá-los. Por que doaram o Barcos (negócio nebuloso, inescrupuloso, mal explicado), por que negociaram Henrique, por que negociaram Cicinho, por que tentaram vender Valdívia, excluindo-o, no mínimo, de três jogos? Como perguntar não ofende, quem, no Palmeiras ou do Palmeiras recebe as comissões por esses negócios?

13) em um time que, quando contrata jogadores, demora uma eternidade para lançá-los no time principal. Será que Valdívia teria ficado no Verdão se Caio Júnior, mais um crucificado pela torcida paulistana, não o lançasse no time?

14) em um time que não faz gols e cujas torcida e diretoria só falam em São Marcos, "escola de goleiros", "defesa que ninguém passa"  e exclusivamente em defensivismo?

15) em um clube cuja torcida, quando o time está vencendo e pode golear, em vez de pedir mais gols fica gritando e pedindo, em vez de outros gols, apenas e tão somente o estúpido "Olé"! Alguém se lembra da última vez em que o Palmeiras marcou três ou quatro gols em um jogo?

16) em um clube, completamente abandonado pela mídia, para a qual é motivo de desprezo, gozação, crítica e escárnio, ter diretorias tão submissas, incapazes de reagir.

17) em um clube perseguido pelo STJD que não reage, não reclama e nem toma qualquer atitude confrontadora em face de semelhantes atitudes do "colendo" conluio?

18) em um clube que assiste, impávido, à caça declarada ao seu único craque, e, além de não reagir a ela e nem se posicionar contra os abusos reiterados e perpetrados, permanece quieto e silente, preferindo se omitir da importante e, às vezes, decisiva, batalha de bastidores!

19) em um clube que é vítima contumaz e constante de arbitragens facciosas, incapaz de mandar à comissão de arbitrgem, ao menos, uma mensagem via twitter, um e-mail ou um ofício de protesto?

20) em um clube que sofre perseguição sistemática da parte do STJD sendo o alvo preferido do Sr, Smith, o procurador-revólver, pois só atira contra o Palmeiras que não consegue encontrar uma forma de se defender? 

21) em um clube no qual o técnico manda tanto a ponto de recusar-se a vestir as cores do clube, tachando-as de aziagas ou de mau agouro e determinar que o clube jogue de azul como se o Palmeiras fosse o Cruzeiro, o Palestra Mineiro, coincidentemente, o atual líder do Brasileiro. 

Fechando esta matéria deixo, também, algumas perguntas:

Por que o Palmeiras, até hoje, ainda não tem um porta-voz? 

Por que o Palmeiras não "peita" (no sentido exclusivo de contestar)  a imprensa quando são divulgadas noticias tendenciosas ou mentirosas a respeito do clube? 

Por que Paulo Nobre atende a imprensa e não atende a torcida, que elogia Gareca e o coloca, indevidamente, como o menos culpado da situação atual do Palmeiras, quando se sabe que ELE, GARECA, nas circunstâncias atuais é o maior culpado?

Os jornais, hoje, através dos repórteres que cobrem as atividades do clube, afirmaram que Gareca mudou o esquema do Palmeiras, ontem, contra o Inter, e foi a campo com três atacantes sem, ao menos, ter realizado um único e solitário treino com a formação que iniciou o jogo contra o colorado gaúcho.

O que Nobre está esperando para demitir Gareca, aquele que não deu certo e, pelo que se vê e se constata de seu trabalho, dificilmente dará? Que o time se encaminhe para a segunda divisão e, aí, sim, se transforme, definitivamente, em uma Portuguesa de Desportos!

Se não tiver peito para fazê-lo, Sr. Paulo Nobre, demita-se da presidência pelo bem e felicidade da SE Palmeiras! 

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