Observatório Alviverde

14/12/2015

O RETORNO DOS QUE NÃO PARTIRAM!



DE VINTE E OITO JOGADORES CEDIDOS POR EMPRÉSTIMO PELO PALMEIRAS, QUINZE ESTÃO RETORNANDO...

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MAS SÓ DOIS SERÃO APROVEITADOS!


A mídia já cravou que entre quinze jogadores cedidos por empréstimo a outros clubes, o Palmeiras só aproveitará dois se, de fato, aproveitar : o lateral Vitor Luís e o zagueiro Thiago Martins, cedidos, respectivamente, ao Ceará Sporting e ao Paissandu. 

A mídia cravou a informação com muita convicção, e se a mídia cravou, quem sou eu para desmentir? 

Ninguém divulga ou publica uma notícia desse teor definindo de maneira tão categórica os nomes e o número de jogadores, que não esteja respaldada por uma informação oficial ou, no mínimo, oficiosa.

Se o vazamento, para mim de caráter grave, de uma informação pressupostamente estratégica não houver partido de Nobre, de Mattos ou de Cícero é necessário que haja uma averiguação para que se apure de onde e de quem partiu.

A infantilidade e o amadorismo foram de tal monta que quem a divulgou tem de ser alertado a fim de que fatos como esse que mexem com o ambiente e dilapidam as finanças do clube não venham a se repetir.

Aliás, nos mais de dez anos de vida deste OAV, entra ano, sai ano e todo final de temporada é assim: os jogadores cedidos retornam, tanto e  quanto as inúmeras promessas da base, mas já com a informação definitiva de que estão fora dos planos e que não vão permanecer no clube.

Aliás a nova política de contratações, equivocadíssima, privilegia exclusivamente as compras. 

Não venham me dizer que está justificada apenas porque o time venceu a CdB). Ela não contempla ou prevê o aproveitamento de ninguém da base, o que tem ocorrido apenas  por extrema necessidade e ousadia pontual do treinador que, por esse aspecto merece elogios. Ainda assim, trata-se apenas de improviso desprovido de método ou previsão.

Por tudo isso, eu não seria absolutamente contra a manutenção de um time B, desde que houvesse a certeza de que ele não estaria, do ponto de vista econômico, a serviço de interesses particulares inconfessáveis de dirigentes e empresários.

Nesta impossibilidade, manteria parceria com um time do interior, tipo aquela que o Curica mantém há anos com o Bragantino, espécie de "barriga de aluguel" que costuma parir ótimos jogadores a eles, quase de graça. Lembrei-me disso ontem quando Paulinho definiu a vaga à semifinal da Copa do Mundo Interclubes para o time chines comandado por Felipão.

Eu não sou um categórico pessimista quando se trata da volta de jogadores emprestados e nem considero que todos eles são desprovidos de condição para vestir a camisa do Palmeiras. 

Em minha maneira de ver futebol, jogadores existem que não rendem satisfatoriamente em um clube ou circunstância, sob o comando de um treinador e "explodem" sob o comando de outro e um outro ambiente.

Ademais o Palmeiras, constantemente, tem jogadores vítimas da implicância de uma torcida autossuficiente que se acha acima do bem, do mal, do conhecimento e de tudo, quando se trata de analisar futebol e principalmente, de escolher jogadores.

Como disse-me certa feita meu irmão, Mouche joga muito menos do que Luan, jogador mediano mas eficiente, lutador e que veste a camisa. Mas se você disser que o Palmeiras reaproveitará Luan a torcida abrirá uma campanha contra o técnico e contra o atleta.

Detalhe: na qualidade de jogador para compor elenco e que atuou pontualmente com Marcelo no Cruzeiro, aqui em BH Luan não recebeu nenhuma crítica e não foi perseguido sistematicamente pela torcida. 

Mesmo na condição de reserva, nas vezes em que entrou em campo, teve atuações consistentes e ajudou o Cruzeiro a ser campeão Brasileiro em 2013 tendo feito três gols em um jogo decisivo contra os bambis. 

Em 2014 foi campeão mineiro e suas boas atuações o levaram para o Al-Sharjah dos Emirados Árabes, onde, com 27 anos e no auge da forma física, adquiriu ainda mais experiência.

Mas os bocas moles ou, melhor, os brocoiós da torcida não darão tranquilidade nem para Marcelo Oliveira e nem para Luan e ele, certamente, será negociado como mercadoria desprovida de valor.

O que se nota é que com o passar dos anos e o rarear das conquistas o palmeirense passou a festejar não a conquista de campeonatos, mas as contratações e assim é que tem sido. Para grande parte dos torcedores do Verdão, mais vale uma nova contratação do que a promoção de um garoto promissor.

É óbvio que nessa leva de jogadores que estão retornando, muitos há com os quais eu não ficaria, ressalvando, no entanto que testaria todos aqueles que fossem possíveis de testar.

Leandro o centro-avante emprestado ao Santos e Felipe Menezes, ao Goiás, estão, hoje, abaixo do nível do Palmeiras e devem ser usados como moeda de troca.

Em relação a Mendieta trata-se de jogador algum potencial técnico porém imaturo, que não deveria sequer ter sido contratado pelo Palmeiras.

Só o foi pelo fato de o Palmeiras, que precisava de um centroavante e queria Pablo Velasquez do Libertad considerá-lo muito caro. 

Resolveram Nobre e Brunoro trazer Mendieta pois venderam-lhes a falácia de que Velasquez só era artilheiro porque era muito bem abastecido por Mendieta. O resto da lenda, todo mundo sabe!

Em relação aos outros, Tiago Real, João Denoni, Mazinho,Vinicius, Renato, Welder, Gabriel Leite, Wellington e Patrik Vieira, eu acenaria a todos com chances de reaproveitamento, principalmente os ex juniores.

Além desses quinze emprestados, há, paralelamente, a realidade de outros 13 cedidos a outros times, embora com contratos em vigência.

Incluem-se nesses casos Bruno e Ayrton, o promissor Bruno Dybal, emprestado ao Figueirense até o mês de abril, e Tóbio, emprestado ao Boca Juniors até junho, mas cujo retorno imediato ao Palmeiras eu veria com muito com grado.

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