Observatório Alviverde

28/12/2015

ENCAMINHEM ESTE RECADO (importantíssimo) AOS CRONISTAS ESPORTIVOS DO INTERIOR!


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 Não vi camisas do Palmeiras na Bahia!


Amanhã retorno a Belo Horizonte após ter passado o Natal com minha família no resort "Ibéria Star em Salvador, Bahia" .

Diferentemente do que eu imaginava, não encontrei por aqui nenhum hóspede vestindo a camisa do Palmeiras e nem nas imediações do Hotel, localizado na Praia do Forte...

Encontrei, sim, (gosto de falar a verdade) uns oito vestidos de Curica, dois de Bahia, um de Bambi e a maioria absoluta (algumas dezenas) daqueles que gostam de vestir camisas de clubes (não é o meu caso) trajando indumentárias de times europeus da Italia, Alemanha, Espanha e Inglaterra, maior legado, aliás, de Juca, Prado e Trajano (os três patetas da mídia) ao futebol brasileiro.

Foi através daquela   m#rda  de programa dominical em circuito nacional que faziam na TV Cultura, "Cartão Verde" que a trinca impôs ao futebol brasileiro a camisa-de-força que o enclausura e oprime até os dias de hoje.

Aliás, aquele Cartão Verde, na realidade, deveria chamar-se "Cartão contra Verde" tamanha era a campanha paralela que faziam contra o Palmeiras, reduzindo o clube a "subnitrato do pó de traque" não só desestimulando-lhe a torcida, mas impedindo-a que se renovasse. 

Não obstante a Lei Pelé e a elitização do futebol brasileiro que já haviam conseguido, impor via política, fizeram uso, então, da lavagem cerebral e conseguiram convencer o público juvenil e aqueles indivíduos dotados de menor personalidade e visão que o futebol brasileiro era inexpressivo, o Palmeiras um time de merda e o futebol europeu muito infinitas vezes melhor do que o nosso.  

Até hoje gente existe que admite, adota e até apoia essa falácia.

Se me disserem que os clubes europeus são mais ricos, que têm maior capacidade de investimento e que o futebol de lá é, economicamente, mais forte, mais viável e mais bem organizado do que o Brasileiro e o Sul-Americano, vou concordar plenamente.

Mas qualquer comparação de ordem técnica evidencia, claramente, a superioridade do futebol que se pratica por aqui, haja vista que, tradicionalmente, a maior parte dos jogadores que se consagraram mundialmente, não são nunca os nascidos na Europa, mas aqueles oriundos de clubes de outros países, sobretudo da América do Sul.

É preciso acabar com essa subserviência, com esse sentimento de inferioridade e isso só se consegue a partir do fortalecimento do futebol brasileiro como um todo. 

Esse fortalecimento, entretanto, só virá a partir da ressurreição do futebol do interior, que não sobreviverá com dignidade e revelará um número cada vez menor de jogadores (já vem acontecendo há anos) se continuar vigorando o atual conceito de divisões imposto pela mesma trinca de idiotas da imprensa que arrancou as raízes do futebol brasileiro, e acabou com os campeonatos regionais.

Além de liquidarem clubes de grande tradição (os que não foram liquidados vivem hoje com extrema dificuldade e a um passo da falência) como Guarani de Campinas, América de Rio Preto, Botafogo e Comercial de Ribeirão Preto, Noroeste, São Bento de Sorocaba, XV de Piracicaba, Inter de Limeira, Marília, Prudentina -para que se fale apenas de clubes do interior paulista-, massificaram o desemprego no futebol, diminuíram drasticamente a formação de jogadores e, por consequência, limitaram o surgimento de novos craques.

O interessante é que, paralelamente, também liquidaram com a imprensa esportiva de todas principais cidades, interioranas reduzidas, hoje, à insignificância, considerando-se a importância de 20 ou mais anos atrás. 

Na década de 60 a crônica esportiva ribeirãopretana, em muitos casos, pagava mais do que as grandes emissoras paulistas aos seus locutores e o fenômeno era comum em quase todas as grandes cidades do interior de São Paulo ao menos em relação aos expoentes da narração esportiva. Era muito comum locutores paulistanos ou lotados em São Paulo, migrarem para o interior mediante boas propostas.

O inacreditável, hoje, é que os companheiros do interior acreditam que foi a TV, passando todos os jogos, que acabou com a profissão e respeitam e até "homenageiam" esses caras, responsáveis diretos pelo desaparecimento da profissão, a partir da pulverização das rivalidades regionais.

Fico perplexo quando vejo os meus inocentes companheiros do interior convidando esses indivíduos para os seus debates e para as suas festas.

Eles, todos, fazem-me lembrar os políticos de Lima, a capital do Peru, a única cidade do mundo que erigiu uma estátua para homenagear o seu conquistador, Pizarro. 

Os radialistas do interior precisam abrir os olhos e partir para uma reação, se conscientizando de que, ao convergir com eles e homenagear esses "cronistas" e outros da mesma verve, estão, simbolicamente, construindo estátuas que homenageiam os seus destruidores! Creiam, todos, esses caras não merecem...

Juca, Prado, Trajano e outros, explodiram o futebol e com ele os empregos da crônica esportiva do interior do Brasil.

Retardados mentais e ególatras que se arvoram em gênios, têm de ser denunciados e colocados no verdadeiro lugar em que deveriam estar no cenário profissional,  aquele reservado aos chamados idiotas da profissão. 

Mormente Juca, o doidivanas, a quem considero a cabeça mais fraca da crônica esportiva brasileira em todos os tempos, conquanto a mais influente, capaz de conceber e criar a Lei Pelé, que tirou os jogadores dos clubes e os entregou nas mãos de empresários tanto e quanto oficializá-la.

Muito pior do que esses cronistas marca barbante são os nossos dirigentes que pouco ou nada fizeram ou fazem no sentido de manter a força dos certames regionais aqueles que representam a base da pirâmide e responsáveis exclusivos pela força, renovação e pelo equilíbrio do futebol brasileiro.

Na real, não é Alemanha 7 X 1 Brasil, mas Alemanha 7 X 1 Combinado Juca-Trajano-Prado!

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 PS - Amanhã, segunda-feira, já em BH,volto aos assuntos do Palmeiras!