Observatório Alviverde

28/09/2015

APESAR DO EMPATE GLORIOSO E GLORIFICADO, OSÓRIO DEU UM BAILE EM MARCELO OLIVEIRA!



Resultado de imagem para sabor de vitória
 
O empate de ontem, que teve o gosto de vitória e glória para o Verdão, não pode esconder que o Palmeiras jogou menos do que os bambis e que o time de Osório esteve superior ao de Marcelo!

No primeiro tempo, então, o SP aplicou o que em futebol chama-se de vareio de bola.

Dizer algo diferente é falsear a verdade e tentar tapar o sol com a peneira.  

Isto, este OAV nunca fez, não faz e nem vai fazer. 

Nunca!

------------------------------

Como previ, Marcelo Oliveira não abriria mão do 4-2-3-l, e ele não abriu, mesmo! Por isto quase se danou!

Outra vez, em vez de escalar as melhores peças possíveis ele privilegiou o esquema e faltou pouco para que o tiro voltasse pela culatra.

O time que colocou em campo não foi aquele que eu julgava o ideal, mas foi o mesmo que previ que escalasse. 

Considerando-se que Zé Roberto não jogou, acertei ao antecipar os jogadores que preencheriam o esquema e que entrariam em campo. 

Só não acertei no nome do volante, em face da surpresa decorrente da escalação de Girotto que começou jogando. Eu imaginava que fosse Amaral. 

Para o esquema e pelo esquema, Oliveira optou por trocar seis por meia dúzia, com algumas desvantagens. 

Fosse por opção, seria menos mal, então, se optasse por Amaral pela rodagem, pela experiência e, sobretudo, pelo fato de vir jogando, deixando o jovem e desentrosado Girotto para entrar, se necessário, em outras circunstâncias ou no próprio decorrer do jogo.

Mas a melhor entre todas as alternativas seria -sem qualquer dúvida- a entrada de Allione, jogador de muito maior mobilidade e, sobretudo, de criatividade, daqueles que correm e fazem o time correr. 

Fique bem claro, não estou falando sobre isso pelo fato de o time ter estado a pique de perder o "choque-rei" ou como pretexto para criticar o treinador. 

Antecipei essa perspectiva na postagem anterior, ao mencionar que com Allione o time poderia, teoricamente, ficar um pouco mais exposto, mas daria mais trabalho ao adversário e, possivelmente, não levaria o sufoco que levou.

Como se não bastassem todas essas situações decorrentes de equívocos de escolhas, o Palmeiras teve um jogador a menos dentro de campo.

Lucas Barrios durante todo o tempo em que permaneceu em campo teve como principais lances afastar (de cabeça) duas bolas de sua própria área quando recuou para defender cobranças de córneres.

Foram irritantes o seu imobilismo, sua pouca participação no jogo, e nenhum empenho no sentido de, ao menos, cercar a saída de bola do adversário. Marcar forte, então, jamais pensou ou cogitou dessa hipótese. 

Barrios, muito mais do que o assustado Girotto, do que o perdido Robinho (que se salvou do ostracismo do jogo por uma cabeçada no travessão e pelo golaço que marcou), do que o vaidoso Gabriel Jesus...

Por falar em Gabriel Jesus, apesar de ser, ele, um talentosíssimo jogador, muito jovem -é incrível- sua capacidade aeróbica tem sido insuficiente para aguentar os 90 minutos.

De seu cansaço precoce e fatal, em que ele não teve presença física para proteger uma bola para ganhar um escanteio, GJ foi antecipado pelo zagueiro, que o contornou, saiu com a bola livremente (Jesus nem esboçou acompanhá-lo pois estava exausto) e avançou servindo Ganso que habilitou Carlinhos que penetrou e fulminou Prass.

-----------------------------

Foi a falta de preparo físico ou de empenho de Barrios o fator determinante da má apresentação palmeirense ontem contra os bambis? 

Sei, perfeitamente, que o time teve pouca capacidade de criação, mas se o jogo não chega ao jogador, o jogador tem que buscar o jogo e Barrios nunca fez isso.

Como perguntar não ofende, estaria ele já se preparando para atender ao chamado da Seleção Paraguaia que se prepara para as eliminatórias da próxima Copa? 

Afinal, se antes ele, aparentemente,  se esforçava em campo na esperança de ser chamado, agora que atingiu o seu objetivo, pode, perfeitamente, estar se escondendo do jogo após ter sido, oficialmente, convocado.

Foi substituído tardiamente por aquilo que sempre dizem os treinadores, de "ter paciência com o matador até que ele compareça com o gol decisivo". 

Barrios, mal, esteve sempre longe, até, dessa cotação e deveria ter sido substituído com muita antecedência, pois até quando saia na frente do adversário corria para chegar depois... 

Não apenas ele, mas, também, Girotto, Gabriel Marques, Robinho e, algumas vezes, Egídio.
 

Até ontem defendi a titularidade de Barrios. Mas, pelo que mostraram ele e Alecsandro, obrigo-me, a partir de agora, a defender o ex-flamenguista no time principal pois mostrou muito mais raça, mobilidade,  compromisso, responsabilidade e empenho.

------------------------------

Quantas vezes, eu pergunto, Barrios partiu para disputar a bola com Ceni? Quantas vezes correu para marcar a saída de bola dos zagueiros e volantes sãopaulinos?

Considerando-se a veteranice, a lentidão e até a indisfarçável barriga do ex-atleta sãopaulino, por que Barrios o deixou, sempre, sair jogando com os pés, à vontade e a seu bel-prazer durante todo o transcurso do jogo? 

Aliás, como a mídia nunca diz que Ceni envelheceu e nem que, hoje, está incompatível com as necessidades dos bambis, fica a impressão de que o goleiro é o mesmo de dez, quinze ou mais anos atrás e permanece a sua imagem de "quase" inexpugnável e de "o goleiro brasileiro que melhor sabe jogar com os pés".

Talvez, em razão disso, ninguém o acosse, ninguém o marca, ninguém o aperta ou molesta com uma marcação mais forte, ninguém parte pra cima (com medo, talvez, de ser driblado por um goleiro) e ele continua jogando como quer e dando todas as ordens no terreiro. 

Está aí o mérito maior de Alecsandro, que, na realidade, fez 50% do gol, induzindo o goalkeeper tricolor ao erro na reposição, aproveitando-se de sua lentidão na reposição da bola, bloqueando-lhe o chute e permitindo que a bola sobrassse para outro gol antológico por cobertura, assinalado (outra vez quis o destino) por Robinho.

Vida longa aos três: a Robinho e Alecsandro, no Palmeiras e a Rogério Ceni, no gol do SPFC.

----------------------------

Vou deixar a análise individual dos jogadores do Palmeiras para vocês que participal deste OAV, mas não vou omitir-me da minha:

Prass, 6.0, Lucas 5.0, Jackson 6.5, Vitor Hugo, 6.5 e Egídio 5.0.
Giroto, 5.0, Thiago Santos 6.5, Rafael Marques 6.0, Robinho 6.0, Gabriel Jesus 5.0, Barrios 4.0.
João Pedro 6.0, Alecsandro 6.5 e Kelvin 6.0

A arbitragem do gaúcho Da Ronco esteve, de um modo geral, boa, com erros pontuais mais contra o Palmeiras.

O maior deles ocorreu aos 17 do primeiro tempo quando Mateus Reis puxou a camisa de Gabriel Jesus e foi advertido com cartão. 

O árbitro não deu vantagem no lance, em que Rafael Marques sairia cara a cara com Rogério Ceni, prejudicando Palmeiras.

Ele não teve a mesma conduta em relação ao lance em que Prass tocou a mão na bola fora da área, preferindo optar pela vantagem que quase redundou em gol.

Porém, em relação ás tantas vezes em que o Palmeiras foi prejudicado contra os bambis pode-se dizer que a arbitragem foi boa. 

Há algum tempo dificilmente seria anulado qualquer gol dos bambis, como o de ontem, marcado em flagrante impedimento por Rogério aos 23 minutos e corretamente anulado.

Até um revoltante gol de mão (marcado por Adriano) validado pelo abominável Paulo César Oliveira (hoje comentarista(?) de arbitragem global -HAHAHAHAHAHAHAHA- aconteceu, e a maior parte da mídia não apenas aplaudiu o erro como o festejou e comemorou. Que mídia!

Mas não é essa a mesma mídia de PCO, de PVC, de Neto, de Caio, de Casagrande, de Beletti, de Edinho de Júnior, do Capita, do Capeta e de tantas outras excrescências, que afirma categoricamente, digo, estupidamente, que os bambis têm mais torcida do que o Palmeiras?

Ontem, pelo que ouvi por baixo da transmissão de TV, pouco mais de 20 mil testemunhas assistiram ao "choque rei".

Mas os bambis não têm a segunda torcida do estado de São Paulo?

COMENTE COMENTE COMENTE 

NA TV
Espetacular a transmissão de Milton Leite, ontem, no "choque-rei"! 

Por que ele não transmite, sempre, da forma como transmitiu ontem?

Não engoliu, jamais, a voz, não exagerou nas irritantes piadinhas e nem abusou das estatísticas inúteis sobre o histórico dos jogos.                                                                                                       

Se mantivesse, sempre, o pique e o ritmo de ontem, se conseguisse livrar-se da mesmice das piadas muitas das quais ainda conta, repetitivamente, desde que iniciou a carreira de locutor esportivo...

Se conseguisse concentrar-se mais no jogo e se conseguisse livrar-se da tentação e da vaidade pautar o comentarista, Leite seria, sem dúvida alguma um dos melhores narradores do país, senão o melhor.  

Resta saber se ele quer!  

------------------------------

Usaria, Beletti, a camisa bambi que ele sempre ostentou com tanto orgulho, por baixo do uniforme da Sportv ao comentar os jogos do SPFC? Parece que sim!

Ontem, com a maior desfaçatez, ele disse que esteve no apronto dos bambis para o clássico e que havia conversado pessoalmente com Osório. 

Por que ele, do mesmo modo, não comparece aos treinamentos do Palmeiras? 

Primeiro porque não gosta do time, e, depois, porque não torce pelo time, mas contra o time. 

Como acreditar em um comentarista que confessa nas transmissões que frequenta as dependências de um determinado clube e só dele?

Ah, por um instante eu acreditei que Beletti era comentarista. Desculpem-me, por favor!

------------------------------

André Hernan pode não ser palmeirense (certamente não é), mas é o melhor (acho que já disse isto outras vezes) o melhor entre todos os repórteres de TV e que faz por merecer um lugar na equipe principal da Globo.

Para aqueles que imaginavam que ele só fazia perguntas fortes aos jogadores do Palmeiras, ele os desmentiu frontalmente outra vez, ontem, ao ferver em cima de Ceni, perguntado-lhe o que os demais repórteres nem sempre têm a coragem de perguntar. (AD)