Observatório Alviverde

28/05/2012

EU JÁ SEI QUEM É O VERDADEIRO PROFESSOR PARDAL!

 

Em futebol fala-se, e com justa razão, que um time, para ser bom, precisa ter entrosamento.

Concordo!

Considero, entretanto, que o termo entrosamento é muito mais amplo do que imagina a maioria.

Dizem que entrosamento é “a capacidade de os jogadores se entenderem em campo e atuarem em perfeitas sintonias técnica, tática e individual em benefício de um time, em completa simbiose”.

Entrosamento é isso, sim, mas é, também, muito mais.

A abrangência do significado da expressão diz respeito a outras necessidades que correm paralelas, conhecidas como o trabalho de bastidores..

Envolve um pouco de tudo em termos de ambiente, organização, estrutura, administração, gestão e “et coetera”, exatamente tudo que falta à Sociedade Esportiva Palmeiras.

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O Palmeiras dos dias de hoje, é um clube sem perspectivas, perdido, dentro e fora de campo, refém (ou seria vítima?) de dirigentes incompetentes e de um técnico superado sob quase todos os pontos de vista;.

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Fora de campo o Palmeiras sofre demais, por tudo o que se sabe da política interna rasteira que grassa, há anos, nas fileiras do clube, eterna luta pelos cifrões e pelo poder daqueles que querem fazer do Palmeiras, às vezes, um feudo e, na maioria das vezes, uma propriedade particular.

Dentro de campo, o Palmeiras também sofre, em razão dos métodos pra lá de ultrapassados de nosso treinador que, em dois anos de trabalho, sequer conseguiu formar um time competitivo.

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Decorrido um biênio, já não se ouve mais ninguém enaltecer o trabalho de Felipão, afirmando exageradamente que ele “tira leite de pedra”, porque, quem tem bom-senso sabe que ele não tira, não!

Eu mesmo cheguei a por fé nessa frase absolutamente idiota e, até, a proferi algumas vezes! Ledo engano!

Na verdade, quem fica a exigir a contratação de“camarões” (sinônimo de jogadores consagrados e caros) e afirma que somente assim poderá armar um time forte e competitivo, só tira leite, mesmo, do copo ou da caneca!

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Voltando a falar em entrosamento, como haverá entrosamento em um time cujo treinador não consegue manter a mesma escalação, sequer, na seqüencia de dois jogos, mesmo vencendo?

Quantas vezes eu disse que nunca consegui acertar na íntegra uma única escalação do Palmeiras?

Esse é um constante exercício de adivinhação que passo aos homens e mulheres de turbante,  pois, pelo que depreendo, nem Murtosa deve saber.

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A inquietude de Felipão adstrita a sua personalidade dominadora e impositiva,  têm sido a sua ruína como técnico do Verdão..

A inquietude o torna ansioso,  e, inadvertidamente, ele passa aos atletas as suas ansiedades, frustrações  e expectativas, com reflexos danosos dentro de campo.

Seu personalismo, suas cobranças exageradas e o seu jeito ameaçador de sargentão antigo, via de regra mal humorado, transmitem cargas mentais negativas aos atletas que não conseguem jogar com as suficientes calma, tranqüilidade  e autoconfiança.

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Se mal pergunto me perdoem, mas como jogar com calma,tranqüilidade e autoconfiança em uma equipe na qual ninguém é considerado titular?

Como jogar com entrosamento se a cada jogo o treinador escala um time diferente?

Como ter tranqüilidade para render em campo se não há metas, parâmetros ou objetivos neste grupo que não passem pelo crivo do controvertido treinador?

Como um atleta pode progredir se o julgamento de seu trabalho e a conseqüente escalação não provém da técnica ou da meritocracia como se supõe, mas dos humores, conveniências e preferências do treinador?

Como qualquer atleta render o que pode e sabe, se o ambiente é todo feito de incertezas e ninguém tem certeza da titularidade?

Como estabelecer hierarquias e sub-estabelecer as necessárias lideranças auxiliares que tanto ajudam o treinador a exercer o comando dentro do campo, se o grupo é, cada dia mais, desconfiado, desunido e heterogêneo?

Como controlar um grupo no qual ninguém tem consciência do próprio “status” e nem sabe o que representa nessa coletividade?

Quem desconhece que essa cultura do dividir (em vez de unir) para reinar provoca competições desnecessárias no intragrupo?

Quem não sabe que a incerteza quanto ao papel e a estratificação de cada jogador em relação ao grupo, estabelece relacionamentos profissionais conflitantes, eivados de rivalidades e competitividades? 

Quem já não viu e constatou, através dos tempos, que nenhum jogador passa a bola para jogadores que estréiam?

Todo mundo vê, a cada jogo, um jogador dando bronca em outro de forma acintosa e desafiante como se estivesse exercendo um papel superior ao companheiro!.

O elenco está, visivelmente, inseguro. Aliás, em sã consciência, sempre foi, e permanece assim desde que se iniciou a denominada “era Felipão”.

A competição interna, ferocíssima, recrudesce a cada jogo como uma verdadeira briga de foice, no escuro.

O escuro da indefinição!

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Como acreditar em técnico que não assume os próprios erros e limitações de conhecimento e de trabalho e, por cima, ainda censura com veemência e de forma pública todo um grupo com o qual tem de trabalhar

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Colocados os aspectos psicológicos, coloque-se, também, os aspectos técnicos.

Como tolerar um treinador de tão estreita visão, que não consegue, a cabo de dois largos e longos anos, imprimir um padrão de jogo à equipe?

Como permanecer calado diante de suas rotineiras ações de preparação, escalação e substituições equivocadas que contrariam o senso comum daqueles que conhecem futebol?

Como admitir as suas escolhas e preferências sistemáticas por jogadores tecnicamente fracos e a teimosia na escalação reiterada de grossos e caneleiros?

Quem diz que Luan é craque e induz o clube a pagar uma fortuna para ficar com ele, não pode e nem merece ser chamado de conhecedor de futebol.

Como trabalhar com um treinador que rejeita os jovens valores e vem a público declarar que a base é ruim e que “não existe nenhum jogador de  baixo, em condições de ser promovido ao time principal?

Como continuar com um treinador que viu seu time quase ser rebaixado no ano passado por cultivar o jogo, exclusivamente, defensivo e imaginar que se pode ganhar sem fazer gols?

Como se tudo não bastasse, como se a lição de 2011, segundo a qual ter a melhor defesa não significa, necessariamente, ter sucesso, Felipão, que imaginei ter melhorado, continua obsessivo em sua tese de que “retranca ganha jogo”.

Ficou provado que não ganha.

Se ganhasse, a Suíça, que inventou o sistema, teria vencido a maioria dos mundiais que disputou e suas equipes estariam,  frequentemente, participando das finais da Copa dos Campeões da Europa.

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A impressão que Scolari passa, subliminarmente, através da tela da TV é a de total impotência para solver os crônicos problemas de um “time” que, decorridos dois anos, é, ainda, apenas e tão somente, um aglomerado de jogadores e não pode, definitivamente, ser chamado de time

A expressão facial de Felipão sem o viço, a alegria e a “marra” de outras épocas revela, claramente, um fato que só não enxerga quem não quer.

Ele já se convenceu de sua incapacidade para alterar o atual estado de coisas e sabe, perfeitamente que, d-e-f-i-n-i-t-i-v-a-m-e-n-te,  não deu certo no Palmeiras.

A sua teimosia em continuar no Palmeiras tem a ver com o seu “brio profissional”, mas, muito, mais  com a elevada dose de vaidade que o caracteriza.

Não, por favor, não digam que ele gosta ou ama o Palmeiras porque, acima de tudo, ele é um profissional e já disse em entrevistas que dirigiria, sem problemas, qualquer de nossos adversários, até os bambis e as galinhas!

Outra coisa.

Que não se deixe de afirmar que o seu “fico” passa, também, claramente, pelo salário milionário que recebe, o maior da América Latina para um técnico de futebol, suficiente, aliás, para a compra de um imóvel valorizado por mês em qualquer capital brasileira.

Felipão (et troupe) sabe que nem no exterior dirigindo uma seleção nacional, conseguirá receber um salário dessa monta ou que passe perto das atuais cifras. Também por isso, reluta a sair.

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Eu, que sempre fui compreensivo e paciente, chego a conclusão de que o prazo de validade de Felipão está vencido.

Independentemente de qualquer resultado ou conquista da Copa do Brasil, sou favorável à dispensa imediata de Scolari.

Ontem quando vi o time com escalação equivocada, voltada, exclusivamente a se defender e a não tomar gols, atuando de maneira tímida, exclusivamente na defesa e as substituições de Felipão, passou-me pela cabeça todo o sofrimento que vivemos no último Brasileirão.

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Não, esta postagem não está sendo feita sob o efeito passional de uma emoção, em decorrência de uma simples derrota de 1 x 0 para o Grêmio, em Porto Alegre, que, em outras circunstâncias seria,absolutamente, normal

De passagem diga-se que, outra uma vez, mais uma, fomos lesados pela arbitragem que marcou um pênalti de João Vitor que jamais seria marcado fosse contra os bambis, as galinhas ou contra o Flamengo.

De quebra.o árbitro deixou de assinalar um pênalti sobre Henrique, quando o jogo se encaminhava para o final.

Foi um lance tão escandaloso que até o Noriega, comentarista do Sportv, desta vez não titubeou e ousou, como não é de seu feitio em jogos do Palmeiras, a se expressar com ênfase, apontando a irregularidade não assinalada.

As críticas ao time e, principalmente, ao treinador são obrigatórias mesmo neste momento em que o time se prepara para as duas semifinais contra o próprio Grêmio.

As observações têm de ser feitas em decorrência da péssima escalação da equipe, da forma como perdemos e das inexplicáveis substituições primárias procedidas por LFS, absolutamente ilógicas .

Como é que o time pode começar um jogo de tamanha responsabilidade escalando o inexperiente Felipe?

Por que retirar Juninho sob a alegação de que ele estaria sendo poupado? Poupar jogador em clássico e na maioria das circunstâncias de um campeonato de pontos corridos, está provado, é um tiro no pé

Depois de tudo o que dissemos e do que muitos vão acrescentar, alguém tem dúvida de quem é o verdadeiro “Professor Pardal” do futebol brasileiro?

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(Peço desculpas pela demora da postagem. A Net fez trabalho de manutenção em meu bairro e só pude postar agora, 17.10H)