Observatório Alviverde

21/12/2015

UM ENFOQUE DIFERENTE DA IMPORTANTE VITÓRIA DO PALMEIRAS SOBRE O SÃO BERNARDO!




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LEIAM O QUE EU ESCREVI NO INÍCIO DO ANO. 
NÃO FOI PUBLICADO ESTAVA ARQUIVADO NOS RASCUNHOS. 
VALE A PENA RECORDAR PORQUE DIZ RESPEITO A UM PERÍODO IMPORTANTE DA SAGA PALMEIRENSE EM 2015!

(sic)
O excesso de jogadores da babel de contratações de Mattos, continua  prejudicando -demais- o time do Palmeiras.

Mattos sabe, muito, de negociação, mas, pouco, de contratação, sobretudo em termos de prioridades por posição e distribuição.

Assim, entregou nas mãos de Owaldo um grupo gigantesco, heterogêneo e disforme, cuja formação obedeceu, muito mais, os seus impulsos, do que, propriamente, como deveria ter ocorrido, um planejamento.

Foi a mais inconsequente formação de um time de futebol a que assisti em quase cinquenta anos de jornalismo!

Renovação radical, como essa, só me lembro de uma, no Palmeiras, entre 1957 e 58 que deu certo quando o Palmeiras vendeu Mazola ao Milan, fez caixa, reformou seu estádio e contratou um grupo enorme de jogadores, entre os quais o legendário Julinho Botelho, Paulinho ex Fla,(o primeiro negro retinto a vestir a nossa camisa), os gaúchos Enio Andrade, Valdir de Morais, Chinesinho, os pernambucanos Zequinha, Aldemar e Géo e vários jogadores do interior como Américo Murolo que veio do Linense.

Após 9 anos sem vencer a imundície curintiana (o Palmeiras não contratava negros e para disfarçar um ou outro mulato claro, tanto e quanto só formava time de anões sem contratar atacantes de respeito), em 1958 ocorreu a redentora reabilitação 4x0 - Pacaembu, São Paulo (SP) - Paulista (21/08/1958) gols de Gol Paulinho (3), Julinho Botelho

Esse primeiro time serviu de base para formar o time supercampeão de 1959 que derrotou aquele que a imprensa paulistana incensava injustamente e colocava nos pináculos como o maior time do mundo, o Santos de Zito, Dorval, Jair da Rosa Pinto, Coutinho, Pelé, Pepe e companhia.

Por essa abrupta renovação de Mattos no Palmeiras paga um preço altíssimo em face da dificuldade de Oswaldo de Oliveira em compor um time a partir de um grupo enorme de quase quarenta jogadores todos eles buscando um lugar no time!

Oswaldo deve sentir-se uma ilha em meio a um mar de jogadores, nem todos, tecnicamente, ao nível de exigência de um clube de ponta como Palmeiras, que reivindicam a titularidade, mormente pelo fato de ganharem por produtividade.

À distância tenho a impressão de que Oswaldo sente-se obrigado a escalar determinados jogadores por fatores diversos:

Uns porque ele próprio indicou, caso específico dos jogadores que vieram do Botafogo.

Exemplifico: com todo o respeito ao correto e esforçado Lucas, bom jogador, de há muito que o garoto João Pedro, candidato a craque, deveria, ser titular... Com Lucas, experiente e dedicado, estamos bem. Com João Pedro, entretanto, se lhe dessem chances de jogar e ganhar ritmo de jogo, estaríamos muito mais bem servidos e, taticamente, mais ofensivos!

Outros, porque Oswaldo os conhece de outros trabalhos e de outros clubes. Até que ele se situe, completamente, dentro do Palmeiras, assuma, de fato, o comando e venha a conhecer os demais atletas, vai, o que é natural, dar ampla preferência aos conhecidos. 

Então, pela falta de tempo para um trabalho mais profundo, Oswaldo, certamente, vai desperdiçar muitos jogadores alguns dos quais, sou convicto do que digo, sequer estrearão ou farão, no máximo uns dois ou três jogos.

Exemplifico: A intempestiva promoção de Arouca a titular, ele, em si, um estupendo jogador do ponto de vista individual, inibiu, completamente, um meio de campo que se entrosava e priorizava a habilidade de Robinho.

A partir da entrada de Arouca, o rendimento desse jogador que veio do Coritiba declinou e ele deixou de ser "o cara"!

Ontem, contra o São Bernardo, investido em funções menos expressivas, fora de sua melhor especialidade, Robinho sumiu em campo, restringindo o seu talento às necessidades do grupo, o que, em outras palavras significa que foi mal aproveitado.

No segundo tempo, foi visto, muitas vezes, com a mais do que missão, a obrigação de cobrir os avanços e a impossibilidade e impotência de recomposição do veterano Zé Roberto.

Outros, ainda, Oswaldo só os aproveita porque têm nome e fama, tanto e quanto muita bagagem na mochila.

Exemplifico: o próprio Arouca, já citado e, principalmente, Zé Roberto, como lateral, como lateral, como lateral, que, neste momento, não são credores da titularidade de que desfrutam no time de Oswaldo.

Outros, finalmente, por ostentar personalidades mais fortes (é normal dentro de qualquer grupo) e que acabam se impondo, em razão disso.

Não tenho nomes, porém, para exemplificar, haja vista que não privo da intimidade do grupo e, sequer, acompanho de perto os treinamentos.

Sou convicto, entretanto, de que isso ocorre, também, no intragrupo palmeirense, como sempre ocorreu e ocorre em qualquer grupo em todo e qualquer clube de futebol.

Oswaldo, então, por questões que envolvem todos esses aspectos, vive entre a cruz e a espada, receando tomar atitudes mais radicais, pois, além de não ser de seu temperamento, ele não quer correr nenhum risco de mandar, água abaixo, todo o ingente trabalho realizado até agora.

Se eu pudesse transmitir uma "dica" a Oswaldo, que acertou em mais de oitenta por cento e que vem realizando, apesar das críticas,  um bom trabalho, eu diria o seguinte.

Acrescente à defesa dois laterais, um de cada lado. De preferência, João Pedro pela direita e Vitor Luís ou João Paulo pela esquerda. Aliás, não consigo entender porquê a torcida já rejeita João Paulo, se ele ainda nem jogou!

Mantenha o miolo de zaga de hoje com os dois "Vitores", tanto e quanto sustente Gabriel, o anjo protetor da defesa! Ou ele, ou Arouca! No momento, melhor, ele!

Mas tenha coragem de sacar Arouca por desentrosamento e por não ter encontrado o jeito de jogar em dupla com Gabriel. Tem de ser assim até que Arouca adquira ritmo de jogo Arouca está se esforçando muito, sem render, no entanto, cinquenta por cento do que sabe e pode.

No meio de campo, sustente Robinho, mas mantenha, por enquanto, Rafael Marques como meio-campista até que cheguem Cleiton Xavier ou, principalmente, o mago Valdívia!

Nessa hipótese, Marques, com folga, pode brigar pela camisa nove onde, entendo, pode se sair melhor do que Cristaldo. 

ESSA CRÔNICA ERA PARA SER PUBLICADA NA ÉPOCA DO PAULISTÃO, MAS, POR FORÇA MAIOR, FOI SUBSTITUÍDA. 

Pelo que posso deduzir, eu estava certo em relação a todas aquelas nuances que antecederam e precipitaram a demissão de Osvaldo de Oliveira, tolhido, acuado e afogado em um mar de egos hipertrofiados, com raríssimas exceções.

PARA ENCERRAR:

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O Palmeiras está renovando com Luan.

Não goste quem quiser, mas eu, particularmente, considero que em termos de composição de grupo é um jogador espetacular que, de quando em vez, pode, pela raça, pelo empenho e pelo seu inegável espírito de luta, transformar-se em protagonista.

Ele trabalhou com Marcelo no Cruzeiro e o técnico gostou tanto de sua participação que está se esforçando no sentido de que o Palmeiras renove com o jogador até 1918.

Respeito os que pensam o contrário, mas ter o reforço de um jogador mediano que consegue se superar em campo e que joga mais para o time do que para os holofotes e a galera, é muito bom.

Eu aprovo a renovação de Luan, em meu entendimento, hoje, hoje, hoje, hoje, hoje, (ficou claro?)  melhor, muito melhor do que Zé Roberto.

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