Observatório Alviverde

27/07/2015

PORQUE NÃO ME EMPOLGO COM A GOLEADA DE ONTEM SOBRE O VASCO!

 CUIDADO, PALMEIRAS!
Image result for excesso de confiança

Os 4 x 1 do Palmeiras sobre o Vasco foram construídos a partir da melhor qualidade do time palmeirense, tanto e quanto da entrega e do empenho de um time unido, fechado com seu treinador. 

Em razão da goleada e da série de bons resultados, a grande maioria dos palmeirenses está em êxtase, completamente deslumbrada e muitos torcedores já se identificam com o famigerado "já ganhou"! É muito cedo para isso!

Sempre é bom lembrar que o Palmeiras, apesar da boa fase, ainda não passa de um protótipo, isto é, de um time em formação. 

Marcelo Oliveira tem deixado esse recado em todas as entrevistas, às vezes diretamente e, em outras, subliminarmente...

Porém, a empolgação do palmeirense é de tal monta, que muitos já ultrapassam os limites da confiança em direção à autossuficiência. 

Isso é ruim e perigoso, na medida em que pode contaminar os jogadores levando-os a imaginar que o campeonato já esteja ganho!

Como se sabe, há mais quatro jogos a ser cumpridos, referentes ao primeiro turno e mais um segundo turno completo a percorrer, em um certame cada vez mais difícil à medida em que vai afunilando.

Sobre Vasco 1 x 4 Palmeiras, sem querer ser pessimista na análise do jogo, mas, simplesmente, realista, deixo claro o seguinte:

"sem a colaboração do goleiro Martin Silva, o Palmeiras, apesar do empenho, da garra, do espírito de luta, da aplicação tática e, enfim, do time tecnicamente melhor que ostenta, teria tido dificuldades para vencer. Goleada, então, nem pensar!"

Fique claro, isso não retira os inquestionáveis méritos do time, cuja campanha até agora, sob Marcelo, é exemplar.

É óbvio que o Verdão, jogou mais e melhor que o Vasco e venceu outro jogo importante impondo as suas qualidades em termos de técnica, coesão, empenho, gana, obediência tática, raça, marcação e a busca incessante pela vitória.

Começou o jogo exercendo a marcação alta, isto é, à frente, no ataque, na porta da cozinha do Vasco, com o poder de estrangulamento de um torniquete.

Esse, em meu entendimento, o fator que decidiu o jogo e, creio, fatalmente o decidiria com as falhas de Martin, sem Martin, com Jordi ou com qualquer outro goleiro, em face do maior volume de jogo palmeirense!

Há que se registrar, então, como prevenção à contagiosa moléstia do excesso de confiança, a contribuição efetiva do goleiro vascaíno (culpado direto pelos três gols do Palmeiras no primeiro tempo), elemento facilitador da vitória e, principalmente, da goleada.

Isto tem de ser batido, rebatido, colocado e realçado, a fim de que to torcedor alviverde se conscientize que os 4 x 1, têm de ser divididos, sempre, entre os méritos do Palmeiras e a deficiência individual do goleiro adversário.

De prático é bom que se realce a imensa pressão do Palmeiras e o maior volume de jogo do Verdão, que impediu o Vasco, em determinados momentos, de poder sair para o jogo!

Isso desequilibrou, do ponto de vista emocional, não só o goleiro, mas todo o time cruzmaltino, que se enervou, demorou a acertar os passes e esteve acuado dentro de sua própria casa.

O Palmeiras abriu o marcador precocemente, logo aos 3 minutos, com Leandro Pereira em chute rasteiro, de média distância, em bola defensável

Daí para a frente, com a tranquilidade do caminho aberto, o que se viu foi um show de bola do Verdão que ampliou o marcador aos 17 com Dudu, e aos 34 com Vitor Ramos, em outras duas falhas incríveis do goleiro Martin Silva substituído emergencialmente no intervalo por Celso Roth.

O Palmeiras ainda contabilizou, no primeiro tempo, uma cabeçada de Leandro Pereira na trave direita do goleiro Martin Silva.

Registre-se que o Vasco também perdeu, com Herrera, uma chance incrível de diminuir aos 43 do 1º tempo que, se convertida, poderia ser o embrião de uma virada.

Aproveitando-se de uma bola longa pelo lado esquerdo da defesa palmeirense, Herrera (conhecido na Argentina por "casi gol", isto é, quase gol) penetrou livre, driblou espetacularmente Fernando Prass, enganou Jackson, clareou o lance e, com o gol aberto, a sua mercê, soltou uma bomba que inacreditavelmente bateu no travessão.

Deu sorte, o Palmeiras, mas para ser campeão é preciso, também, ter sorte!

No segundo tempo o Palmeiras voltou a marcar aos 9 minutos, novamente através de Leandro Pereira, escorando, de cabeça, um lindo cruzamento de Robinho. 

A partir daí o time se acomodou, recuou e passou a jogar em contra-ataques, perdendo, como de hábito (é preciso acabar com isso) a oportunidade de meter uma goleada histórica sobre o Vasco!

As alterações efetuadas por Marcelo no segundo tempo, não tiveram como objetivo melhorar o time, mas simplesmente, motivar e dar ritmo de jogo a Cristaldo, a Lucas Barrios e a Cleyton Xavier. 

Eles substituíram, respectivamente, Rafael Marques, aos 15 minutos, Leandro Pereira, aos 18 e Robinho aos 30 minutos.

O Vasco descontou com Riascos, aos 23 da etapa complementar, explorando a marcação em linha da defesa palmeirense, penetrando entre Jackson e Danilo que, outra vez, titubearam no lance a exemplo do que ocorrera no lance de Herrera, no primeiro tempo. 
 
Quero deixar a análise do jogo para vocês. De minha parte prefiro, apenas, analisar individualmente os jogadores alviverdes:

Prass esteve, como sempre, bem, tanto e quanto o capitão Lucas.

Vitor Ramos foi o melhor entre os zagueiros. 

Jackson falhou duas vezes, no gol perdido por Herrera e no lance do gol. 

Egídio, estupenda atuação, falhou por não estar posicionado no lance de Herrera. 
Da mesma forma, teve um vacilo no gol do Vasco. 
Trata-se de problema de cobertura que Marcelo terá de corrigir esta semana para o jogo contra o Furacão. 
Melhor para atacar do que para defender, Egídio é, muito mais, meio campista do que lateral. 
Ele, se necessário tem capacidade para substituir Valdívia (quase) a altura! Basta Marcelo querer e o treinar!

Gabriel, outra partidaça. 

Arouca, o melhor em campo no primeiro tempo, bom no segundo!

Robinho muito bem. 

Rafael Marques, bom, eficiente, líder em campo, como sempre!

Dudu, matou a pau!

Cristaldo, muita movimentação!

Lucas Barrios, desambientado e fora de forma.

Cleyton Xavier, esforçado.

Leandro Pereira, o craque do jogo. 

Viram como eu e este blog estávamos certos? 

DEIXE A SUA ANÁLISE...

COMENTE COMENTE COMENTE

NA TV
Muito boa a transmissão de Jader Rocha.

Além de permitir que fugíssemos da cansativa rotina dos narradores paulistas, a maioria escancaradamente antipalmeirense, ele é dono de ótimas dicção e voz.

Da mesma forma, narra com seriedade, sem comentar em demasia, atento, apenas ao audio-visual, sem querer ser engraçado ou aparecer.

Jader, que é jovem, precisa aprender que Palmeiras X Vasco se enfrentando, não são, apenas, oito títulos nacionais que estão em jogo.

Ou foi a turma da produção que teria lhe passado a mentirosa, ou, vá lá (vamos dar a Jader um crédito), a equivocada informação?

Atualize-se, Jader, por favor posto que você é um ótimo narrador e está no mesmo plano de qualidade de Jota Júnior, Luís Carlos e Linhares.

Ricardo Rocha comentando é um atentado ao jornalismo esportivo e a sua história, só superado pelas presenças no vídeo de Carlos Alberto e Edinho.
Como é patética e como desrespeita os jornalistas essa Rede Globo!
(AD)