Observatório Alviverde

22/03/2016

TEMPO, TAMBÉM, PARA ALEXANDRE MATTOS!

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 Atenção Mattos: O outono de 2016 começou dia 20/03!

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Quando Nobre contratou Mattos, imaginou o dirigente mineiro como a panaceia capaz de curar um antigo doente crônico do futebol brasileiro, o Palmeiras.  

Sabedor da saga curta, restrita e limitada do executivo contratado a custo de craque(este OAV é editado em Belo Horizonte), fiz-lhe, de imediato, várias restrições.

Citei que, não obstante os dois títulos nacionais conquistados pelo Cruzeiro sob a sua direção parcial, que Mattos era, em se tratando de São Paulo, noviço, um "cabaço", isto é, alguém ainda  despreparado para gerir a solo o futebol de um clube da grandeza e da dimensão do Palmeiras.

Afirmei com todos os esses, erres, consoantes, vogais, pontos, vírgulas e acentos e, enfim, todos os sinais ortográficos, que se tratava de um moço inteligente, competente e até influente no universo dos negócios da bola, mas que carecia de vivência e experiência para gerir com carta-branca, um clube do jaez, importância e do calibre do Palmeiras.

O tempo, o trabalho, as atitudes, os exageros, as vaidades, os acertos, os desacertos, as ações e até as omissões do jovem diretor de futebol palmeirense encarregaram-se de mostrar que este velho escriba estava certo no que afirmava. Rigorosamente, certo!

Decorridos (quase) um ano e seis meses (considerando-se que, na prática, ele começou a trabalhar em novembro de 2014 ainda vinculado ao Cruzeiro) fica evidente que suas ações de corretor superaram, completamente, aquelas, as principais, que deveriam nortear-lhe a função de diretor. 

A impressão que fica (impressão não é constatação) é a de que ele, pelo que mostrou até agora, só se destaca no quesito contratação. Até hoje tem sido assim! Ser bom diretor -muito mais importante do que ser um mero corretor- transcende, infinitamente, a apenas isto.

A autocracia e as decisões isoladas têm sido as marcas registradas de Mattos, que num primeiro momento, chegou a ser chamado festivamente de Mittos por aquela parcela imatura da torcida, a que chamo de "vai com a valsa". 

Esses torcedores vibram -muito mais- com as contratações, escalações e movimentações de jogadores do que, propriamente, com as vitórias da equipe. Parece estranho o que eu digo, não? No entanto, creiam, pois é a mais lídima expressão da verdade.

Voltando a Mattos, como pôde um diretor de futebol que há tão pouco havia chegado, contratar um bonde repleto de jogadores, mais de trinta! Isso não é, definitivamente, profissionalismo!

Foram atletas recrutados de toda a parte, das mais diversas procedências, características e tendências, tudo sem método, sem cálculo, sem objetivos, antes mesmo da contratação de um treinador! Ocorreu com Osvaldo, você se lembra?

Mas quem, depois, acabou jogando senão, exclusivamente, os indicados por Oswaldo e mais dois ou três gatos pingados dos contratados do diretor para a composição do time? 

Foi um abuso, um exagero, ou, como eu gosto de dizer, uma cornucópia de custo monumental, cuja fatura Mattos entregou nas mãos de Nobre para ele se virar e pagar a conta ao final de cada mês!  

Nobre pagou e -acredite- ainda paga! Os contratos, na maioria das vezes demorados, são, mais que longos, quilométricos.

Bem-feito para Nobre! Por que cargas d'água concedeu carta branca a um diretor de futebol cujo trabalho e a quem, pessoalmente, sequer conhecia?  

Com a agravante que, meses antes empurrara o contundido crônico Vitorino (salário altíssimo) para o Palmeiras pagar e, se possível, recuperar? 

Foi, com o devido respeito o encontro de dois hímens, perdão, de dois homens, um de pouca visão e o outro completamente cego em matéria de futebol!

E no episódio Valdívia, no qual Mattos satisfez a vontade dos donos e dos "Tonton Macoutes" que comandam os soldados da Mancha? Culminou com a dispensa do único craque de que o time dispunha! 

O prejuízo técnico e financeiro foi incalculável, atendendo, a um só tempo, o sentimento de vingança dos organizados e os anseios da mídia adversa, que até hoje, aliás, não elaborou nenhum cálculo a respeito do custo benefício negtivo de Cleyton Xavier, como fazia com Valdívia. 

Mas não afirmavam e garantiam que, sob Nobre, as organizadas haviam perdido o poder de influência e a voz ativa em relação ao clube? A realidade dos fatos diverge das informações e grita cada vez mais alto três letras e o sinal gráfico anasalador: "ene, a, ó, til", isto é NÃO!

No episódio Valdívia, lembro-me bem, Mattos, em consonância com os usos, costumes e  tradição de seu estado, agiu à socapa e jogou (como se dizia em meus bons tempos de sinuca) com o famoso pau de dois bicos.

Para a torcida comum e apoiadores da permanência do Chileno (a esmagadora maioria), ele dizia que o Mago interessava, que negociava com o Palmeiras, coisa e tal pão duro e caixa de fósforos, mas, no cerne da questão, sob o toldo invisível que encobre os bastidores, agia de forma diversa e forçava a saída do jogador.

Agua mole em pedra dura... Valdívia não é insubstituível mas faz falta! E como faz!

Mattos tem muita culpa no cartório pelas agruras e aflições que infelicitaram a torcida alviverde de sua posse até hoje, mas nem os erros de 2014 o inibiram da prática de novas ações suicidas na entressafra 2015/2016.

Como pôde um diretor de futebol que se jacta em maduro e da primeira linha do futebol brasileiro, reeditar o mesmo erro de 2015  e encher novamente o time com oito contratações, repito, "das mais diversas procedências, características e tendências, sem método, sem cálculo, sem objetivos, antes mesmo do contratação de um treinador? 

Se, como ele disse, Marcelo Oliveira já estava na alça de mira e seu abate era questão de dias, por que Mattos, num primeiro momento, não retocou o time com uma ou duas contratações, guardando as demais para quando se estabelecesse o treinador definitivo, no caso, Cuca? 

Alguém sabe o tamanho do prejuízo do Palmeiras em face dessa irresponsabilidade?

E, no entanto, o Palmeiras tem entrado em campo em todos os jogos e em todos os torneios inocentemente, isto é, "...de peito aberto e com o coração cheio de amor pra dar" (royalties para Oswaldo Maciel, o locutor sãopaulino que adora, também, narrar os jogos do Palmeiras).

Pela inércia e inação do departamento de futebol, o Palmeiras tem sido esbulhado pelas arbitragens com prejuízos seriíssimos, incalculáveis e impagáveis, culminando com a arbitragem facciosa de Vinicius Forlan, domingo passado em Osasco, no Audax x Palmeiras.

Digam todos o que disserem, diga Cuca, diga Mattos, diga Nobre ou quem quer que seja que o Audax mereceu vencer, ficou claro, muito claro, que não fosse a arbitragem (leiam a postagem de ontem) mal intencionada e danosa e o Palmeiras, apesar de tudo e apesar dos pesares, teria sido o vencedor.

O Audax mereceu, sim, mas só conseguiu ganhar pela primeira vez de um time grande do futebol de São Paulo, mediante o auxílio de um árbitro que, talvez Mattos nem saiba, mas eu sei e todo mundo sabe, detesta o Palmeiras. Por que não foi contestado antes do jogo?

Da mesma forma, na Libertadores o Palmeiras foi operado invasivamente em duas oportunidades contra o Nacional, tanto na Allianz Arena quanto em Montevidéu, tendo de suportar duas cirurgias seguidas sem direito a anestesia!

Para quem não sabe, antes dos jogos contra o Verdão, a diretoria nacionalina havia entrado com um protesto junto à Sul Americana reclamando das arbitragens. 

A operação "Lava Porco" já estava em pleno curso, mas, como sói sempre acontecer, o Palmeiras, ainda que sabendo antecipadamente do procedimento de bastidor dos uruguaios, recolheu-se ao seu impávido silêncio e, como gostam de dizer os enxadristas, não preveniu o pulo do cavalo.

Interessante é que mesmo tendo tido conhecimento prévio de tudo o que o Nacional aprontara e promovera nos bastidores, tanto e quanto sofrido a influência deletéria da péssima arbitragem do trio chileno  nem Mattos, nem Cícero nem ninguém tomou as providências cabíveis, visando ao segundo jogo.

O fato repercutiu, (o inimigo Simon disse na Fox que o Palmeiras fora prejudicado) e foi divulgado até no Chile por jornais e portais de Santiago. 

No entanto Mattos, ao que se sabe, recolheu-se ao seu conveniente silêncio sem, no mínimo escandalizar os fatos via mídia, culminando com a segunda cirurgia processada pelos médicos, digo, pelos cirurgiões-árbitros do trio equatoriano que mediou o segundo jogo em Montevidéu.

Se mal pergunto, me desculpem, mas Mattos e Cícero não teriam de protestar oficial e  veementemente contra as duas arbitragens tendenciosas que vitimaram o Palmeiras? Ou Enrique Osses e Carlos Veras voltarão, impunemente, a apitar os próximos jogos do Verdão?

Para encerrar quero dizer que recomendei a continuidade de Mattos no futebol do Palmeiras. 

O fiz considerando que se trata de um jovem inteligente com potencial para se tornar uma estrela na função, tanto e quanto pela experiência adquirida nestes quase um ano e meio de trabalho que completa na mais difícil entre todas as universidades da bola, o Palmeiras.

Recomendar e referendar, entretanto, tem um limite! 

Conquanto este blog desfrute de mínima influência no contexto do clube e da torcida, exerceremos democraticamente o nosso direito de elogio e de crítica e estaremos de olho no trabalho do Depto de futebol.

Em nosso modestíssimo entender, Mattos e Cícero têm se omitido na condução do extra campo, a julgarmos pelo tamanho dos prejuízos que as arbitragens têm imposto ao Palmeiras. É de doer!

Precisamos, em nosso futebol, muito mais, de diretores executivos do que, propriamente, de corretores.

TEMPO, TAMBÉM, PARA ALEXANDRE MATTOS! (AD)

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