Observatório Alviverde

09/09/2013

O SÃO PAULO NÃO VAI CAIR! VAI?



Quem não enxerga que já existe uma mobilização geral para evitar a queda dos bambis?

Independentemente da ruindade do time deles, as arbitragens já começam a trabalhar por eles, embora nem sempre, especificamente, no jogo deles.

A Portuguesa foi operada, sábado em Porto Alegre, sem direito a anestesia.

Pelos lindos olhos azuis do Grêmio? Certamente que não!

Então, por quê?

Simplesmente para que a lusa não avance na tabela e não abra uma perigosa distância em relação aos bambis.

O Criciúma também não teve moleza arbitral em seu jogo contra o Bota.

É nesses resultados paralelos que temos de ficar de olho, pois o rebaixamento deles, dos bambis, em meu entendimento, deverá ser contido por aí, a partir das dificuldades que os concorrentes diretos terão com as arbitragens.

É evidente que o time deles precisa melhorar muito para conseguir jogar mal. Quanto mais para jogar bem!

É flagrante, neste momento, a cumplicidade da mídia para com os bambis. Uma vergonha!

As exceções são raríssimas de profissionais que estão tratando o fato com frieza, naturalidade, isenção de ânimos e profissionalismo!

Ontem na transmissão da Band, Neto - curintiano por interesse e sãopaulino de coração - trovejou e esbravejou sobre a arbitragem do mineiro Alício Pena, sem o menor motivo em diversas ocasiões.

Era visível e notória a decepção do argumentador da Band em face do resultado e, principalmente, do péssimo rendimento sãopaulino.

Tanto é verdade que ele não analisava o time coxa-branca, mas, apenas o São Paulo. 

Parecia que ele estava comentando um treino sãopaulino e não um jogo de campeonato, pois só se referia a um dos protagonistas, o time bambi. 

O desespero da equipe da Band era tal, que Luciano do Vale assumiu, criticando com raiva o árbitro,  a impropriedade proferida por Neto quando o Coritiba teve uma falta marcada, a 30 segundos do encerramento do primeiro tempo.

E-s-t-u-p-i-d-a-m-e-n-t-e, mostrando que, Luciano em quase um século de futebol como cronista e Neto, ex-jogador, em mais de 30 anos, ainda não dominam as regras do futebol, ambos criticaram com virulência e veemência a atitude do árbitro, que esperou o desfecho da cobrança da falta para terminar o primeiro tempo.

Em todos esses anos de militância eles ainda não aprenderam que é princípio pétreo e basilar da arbitragem é o de não beneficiar o infrator.

Luciano e Neto - é improvável - podem até ter esquecido disso, mas se sabiam e não disseram, por questão de solidariedade com o SPFC não tiveram uma conduta profissional ética e correta.

Em momento algum eles disseram  que a cobrança da falta não ocorreu a tempo e hora, em razão da "cera" e da "catimba" propositais e explícitas do goleiro de hóquei, aquele que adora ajoelhar, que queria evitar a cobrança da infração.

Alício Pena Júnior foi correto, corajoso, sensato, honesto e profissional, ao esperar o tempo necessário para a cobrança da falta pois foi acintosa demais a catimba sãopaulina visando a por um termo no jogo sem que a infração, que envolvia um lance perigosíssmo, fosse cobrada.

Desesperado, Luciano disse várias vezes em tom patético que o único lance que o árbitro deve esperar e para o qual não existe tempo para esperar é o pênalti. 

De fato, é vedade, só que não foi o caso de ontem!

Essa preocupação com os bambis, irritante e provocativa em relação às outras torcidas, nem Luciano, nem Neto, nem a Band e nem a Globo tiveram com o Palmeiras à época em que o time brigava para não cair.

Criticaram o time o tempo todo, não deram nenhum refresco e, pelo que se viu nas programações televisivas da época, os profissionais da área artística das duas redes entraram em êxtase e chegaram ao nirvana com o rebaixamento palmeirense.

O mutirão de salvamento dos bambis está em plena ação envolvendo as duas redes televisivas que cobrem o Brasileiro, as rádios, sobretudo a Band, a Globo e a Jovem Pan, além da mobilização da mídia escrita, leia-se jornais, revistas, sites e blogs.

Tudo na contramão, ao contrário do que fizeram com o Palmeiras, que ao ser rebaixado o ano passado, foi escrachado, esculachado, vilipendiado e humilhado.

 A mídia está tendo o máximo cuidado para  não ferir as susceptibilidades da torcida tricolor, assim como de não gerar um sentimento de inferioridade que venha a afetar psicologicamente o elenco. 

O problema nos bambis não está sendo tratado pela mídia como crise, os jogadores não são criticados e tudo está  sendo administrado de forma a não gerar escândalos.

Nem a iminente queda de Paulo Autuori e sua substituição por Muricy Ramalho está sendo anunciada com estardalhaço, embora deva acontecer, talvez, só na próxima rodada, se os bambis perderem para um de seus concorrentes diretos ao descenso, a Ponte Preta.

E, mesmo com  tudo o que se vê, palpável e real, os idiotas midiáticos, para justificarem a subserviência ao SP e ao Curintia, dizem que nós, palmeirenses, cultivamos a "teoria da conspiração".

"A prática da constatação" nos ensina que se o Palmeiras dependesse da mídia, não estaríamos na série B, mas, simplesmente, extinto, fora de qualquer disputa.

O Palmeiras precisa passar a tratar pior a mídia, como fazem os outros clubes, pois se tratar bem, não será, devidamente, respeitado ou reconhecido.

Parece um contrassenso, um paradoxo, uma aberração, mas é só desse jeito que funciona!

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