Observatório Alviverde

05/05/2017

TORCIDA ESPERA PELA RESSURREIÇÃO DO BOM FUTEBOL... E DO PALMEIRAS, CLARO!



Eduardo Baptista -finalmente- demitido!

O momento é de júbilo, alegria e, principalmente, de esperança por parte da torcida palmeirense.

Em meio a tudo isso quero mencionar algo trivial que quase todo mundo, no embalo da festa e da contratação de um novo técnico, acaba se esquecendo...

Seja Cuca -hipótese mais provável-, Luxa, -a segunda alternativa-, tanto e quanto Abelão, Mano Menezes, Paulo Autuori -todos neste momento vão bem, obrigado, pois estão bem empregados-, ou qualquer um que venha a ser contratado, ninguém trará consigo a garantia absoluta de que os títulos virão.

O palmeirense de bom-senso sabe disso, como sabe, também e deseja, antes de qualquer conquista, é que o Palmeiras tenha um time acertado, ajustado, bem treinado, entrosado, capacitado e preparado para enfrentar, ao menos em igualdade de condições, qualquer adversário. Se em melhores condições, ainda melhor!

O que não se pode mais admitir é que um time do peso, do estofo e da categoria desse atual que o Palmeiras montou a peso de ouro, se transforme para pior ao entrar em campo e não renda na plenitude de seu potencial, considerando-se que o grupo atual, do ponto de vista das individualidades é reconhecido até pela mídia adversária como o mais qualificado entre todos os times do país.

Eduardo Batista que teve em mãos um grupo com todo esse potencial foi como aquele cidadão proprietário de uma Mercedes do ano, último tipo, mas que só anda, no máximo, a 20 quilômetros por hora. 

O Palmeiras esteve assim sob o comando desse treinador neófito, jovem, estudioso, esforçado, correto, porém imberbe e sem casca, que Mattos, irresponsavelmente foi buscar como panacéia para suprir a ausência de Cuca. 

Já chega de um time desfibrado, desinteressado, um verdadeiro aglomerado de jogadores sem conexões entre eles e um autêntico corpo sem alma entrar em campo antes para não perder do que para vencer... 

Não dá mais para aturar o acoelhar de um time gigante se apresentando, na maioria das vezes, como time pequeno sem um modo de atuar definido, sem  táticas definidas, sem jogadas ensaiadas, constituindo-se em um time limitado e previsível.

O Palmeiras de Eduardo Baptista era assim e foi assim até conseguir perder infantilmente o Paulistão mais fácil de toda a história e ser ameaçado de desclassificação para a fase seguinte da Libertadores.

Para que não se diga que tudo foi ruim há que se destacar no decorrer de um quadrimestre apenas e tão somente três lampejos de um time reto, marcável, inofensivo, sem qualquer criatividade, imprevisível para a sua torcida mas sempre previsível para os adversários.

O primeiro lampejo ocorreu naquele jogo no Allianz contra os bambis dia 11/03 em que o Verdão se impôs por 3 x 0 e aplicou um show de bola no time veadeiro.

O segundo dia 19/03, isto é, oito dias depois, quando da virada em cima das sereias em plena Vila Belmiro. 

O Verdão jogou magnificamente bem os derradeiros 15 minutos daquele clássico, tendo marcado com Róger Guedes e Willian respectivamente aos 40 e aos 42 do 2º tempo, os gols que viraram e quebraram o aquário santista, após largo tabu. 

No intervalo desses confrontos, justamente no dia 15/03 o Palmeiras, embora sem jogar bem, mas com muito esforço, garra e aplicação, havia passado pelo Jorge Wilstermann por um a zero e, seu segundo confronto continental do ano.

Apesar do rendimento limitado do time, o jogo, psicologicamente foi favorável ao Verdão pois o gol definidor de Mina aos 50 minutos do 3º tempo, aumentava bastante a expectativa da torcida em relação ao título paulista e à classificação para a fase seguinte da Libertadores. 

Quem, a partir desses resultados não se encheu de esperanças? 

Apenas aqueles que não admitiram a contratação de EB e que por mais que neguem, efetivamente torceram contra para que os maus resultados derrubassem o treinador. Aconteceu!

O único jogo em que o Palmeiras de EB esteve ao nível do Palmeiras de Cuca, foi aquele contra o Peñarol, porém exclusivamente no segundo tempo, após um primeiro tempo medíocre, horroroso e decepcionante em que o Verdão levou um vareio de bola e foi derrotado por 0 x 2.

Mostrando o seu imenso potencial o Palmeiras voltou para o segundo tempo exibindo um futebol irretocável que culminou com a histórica e inesquecível virada em cima do Peñarol em pleno estádio Campeón Del Siglo! 

É esse o Palmeiras que a torcida queria e quer ver amiúde, mas, seguramente, ficou provado que isso não ocorreria nunca, jamais e em tempo algum, continuasse EB à frente do elenco alviverde. 

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